ESS - DM - Técnicas Avançadas de Imagem em Radiologia
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- A importância do estudo de perfusão em ressonância magnética na diferenciação entre progressão e pseudoprogressão tumoral em GlioblastomasPublication . Alves, Marina Patrícia Prata; Adubeiro, NunoO glioblastoma (GB) é o tumor cerebral maligno primário mais comum, com um nível de agressividade muito elevado. O follow-up pós-terapêutico é complexo, sendo a diferenciação entre progressão (PR) e pseudoprogressão (PS) do tumor determinante na decisão clínica associada à continuidade da terapêutica subsequente. A ressonância magnética (RM) é um método imagiológico com elevada exatidão diagnóstica, desempenhando um papel essencial no estudo de tumores cerebrais. As técnicas avançadas permitem potenciar o papel da RM na avaliação tumoral. A perfusão por RM permite avaliar a angiogénese e a vascularização tumoral. O contraste de suscetibilidade dinâmica (Dynamic Susceptibility Contrast - DSC) é uma das técnicas de perfuão por RM mais utilizadas, e baseia-se na pera de sinal induzida pela suscetibilidade em sequências ponderadas em T2*, resultante da passagem de um bólus de produto de contraste. O objetivo deste estudo passa por aferir a relevância da perfusão por RM pela técnica DSC na avaliação da resposta terapêutica de GB. Para o efeito, foi realizado um estudo retrospetivo num equipamento 3 tesla, com 58 doentes com GB submetidos a terapia e que apresentassem alterações sugestivas de PR ou PSP tumoral, nos quais tenha sido realizada a sequência Principles of Echo-Shifting with a Train of Observation (PRESTO). Para cada doente, foi delineada uma região de interesse (Region of Interest - ROI) no hotspot da lesão e outra na substância branca normal contralateral à lesão. Foi realizada a análise estatística das diferentes métricas entre PR e PSP, entre os dois modelos de pós-processamento utilizados, Model Freee e função de entrada arterial (Arterial Input Function - AIF) manual, bem como entre as lesões e o tecido normal. Verificou-se que existem diferenças significativas entre PR e PSP para as seguintes métricas: fluxo sanguíneo cerebral relativo (Relative Cerebral Blood Flow - RCBF) e volume sanguíneo cerebral relativo (Relative Cerebral Blood Volume – RCBV) da lesão, razão do RCBF e RCBV para o Model Free; fluxo sanguíneo cerebral (Cerebral Blood Flow - CBF) e volume sanguíneo cerebral (Cerebral Blood Volume – CBV) da lesão, razão do CBF e do CBV, para o modelo AIF manual. O CBF da lesão utilizando o modelo AIF manual, obteve a melhor performance na diferenciação entre PR e PSP (área under the curve 98%), com uma acurácia de 95% utilizando um cutoff de 101,85ml/100g/min. Verificou-se que nos doentes com PR existiram diferenças significativas entre os modelos AIF manual e Model Free nas seguintes métricas: RCBF/CBF e RCBV/CBV da lesão, RCBF/CBF e RCBV/CBV do tecido normal, razão RCBF/CBF e razão RCBV/CBV; tempo de trânsito médio )Mean Transit Time - MTT) da lesão e do tecido normal, já para os doentes com PSP, verificou-se que apenas as métricas razão RCBF/CBF, razão RCBV/CBV, e o tempo até ao pico (Time to Peak – TTP) da lesão e do tecido normal não apresentam diferenças significativas entre os modelos. No que diz respeito a diferenças entre a lesão e o tecido normal, para os doentes com PR, utilizando o Model Free, obtiveram-se valores significativamente distintos para as métricas RCBF e RCBV. Para a AIF manual, verificaram-se diferenças entre as seguintes métricas: CBF, CBV e MTT. Já no caso dos doentes com PSP, apenas se obtiveram valores significativamente distintos para o TTP. A utilização das métricas do Model Free RCBF e RCBV da lesão, da razão de RCBF e, razão de RCBV, assim como as métricas do modelo AIF manual CBF e CBV da lesão, razão de CBF e razão de CBV poderão ser ferramentas de extrema importância no diagnóstico diferencial entre PR e PSP no estudos dos GB.
- O papel da imagem ponderada em difusão (DWI) na diferenciação entre pseudoprogressão e progressão em glioblastomasPublication . Inês Sofia Ramos Olimpio, Inês Sofia Ramos; Adubeiro, Nuno; Nogueira, Luísa; Freitas, DavideO glioblastoma (GBM) é o tumor cerebral primário mais comum e agressivo nos adultos, com uma sobrevida de 9-18 meses. Após o tratamento, os pacientes podem apresentar progressão tumoral (TP), ou pseudoprogressão (PsP), (efeitos do tratamento). Esta diferenciação é vital na decisão clínica associada ao respetivo tratamento. A ressonância magnética (RM) é um método imagiológico de extrema importância no estudo dos tumores cerebrais, mas pouco eficaz na diferenciação entre TP e PsP recorrendo apenas às imagens morfológicas. Técnicas avançadas de imagem, como a imagem ponderada em difusão (DWI), permitem obter informações adicionais que poderão acrescentar informação, auxiliando na distinção entre estas duas entidades. O objetivo deste trabalho é avaliar o papel da DWI e a performance da métrica de coeficiente de difusão aparente (ADC) na distinção entre TP e PsP. Neste estudo de cariz retrospetivo foram avaliados 49 doentes com diagnóstico de glioblastoma submetidos a terapia, com exames de RM no follow-up dos pacientes. Nas imagens do mapa de ADC foram definidas três regiões de interesse (ROIs) na zona da lesão com maior diâmetro presente na imagem T1W com contraste e três ROIs na substância branca (SB) do hemisfério contralateral à lesão. Das ROIS definidas foram extraídos o valor médio de ADC (ADCmean), máximo (ADCmax) e mínimo (ADCmin) das lesões e tecido normal, calculando-se posteriormente rácio de ADC médio (rADCmean), máximo (rADCmax) e mínimo (rADCmin). Verificou-se que os pacientes com TP apresentaram valores inferiores de ADC comparativamente aos pacientes com PsP. As métricas ADCmean, ADCmin, ADCmax, rADCmean e rADCmax apresentaram diferenças significativas entre os grupos de TP e PsP, mas para o rADCmin não se verificou qualquer diferença significativa. A SB apresentou valores de ADC significativamente inferiores das lesões de TP e PsP. Não se verificaram diferenças significativas nos valores de ADC da SB entre os grupos de TP e de PsP. Também não foram encontradas diferenças significativas entre os três ROIs para as métricas de ADC nos grupos de TP e PsP. Na SB, todas as métricas de ADC do grupo TP e o ADCmax e ADCmean do grupo de PsP não apresentam diferenças significativas entre a marcação das três ROIs, contudo, o ADCmin da SB do grupo de PsP foi distinto. Verificou-se que as métricas com maior capacidade para diferenciar entre TP e PsP foram o ADCmax (AUC-88.9%) e rADCmax que comum cut-off =1,822 × 10-3s/mm2, e cut-off= 2,141 respetivamente, atingiram idêntica performance, com 83,3% de sensibilidade, 100% de especificidade e 85,4% de exatidão. Os resultados apresentados neste estudo demonstram que a DWI apresenta um enorme potencial na distinção entre TP e PsP, no contexto pós terapêutico, podendo auxiliar no diagnóstico diferencial.
- Utilização do estudo dinâmico com contraste semiquantativo e do coeficiente de difusão aparente na avaliação do carcinoma prostáticoPublication . Magalhães, Ana Filipa Mendes; Adubeiro, NunoA Ressonância Magnética Multiparamétrica (RMMP) é um método de imagem amplamente utilizado no estudo do carcinoma da próstata (CAP). A combinação de imagens anatómicas ponderadas em T1 e T2 com técnicas funcionais como a imagem ponderada em difisão (Difusion-Weighted Imaging-DWI) e o estudo dinâmico com contraste (Dynamic Contrast Enhanced – DCE) permitem identificar e loalizar lesões suspeitas de CAP, bem como auxiliar no diagnóstico diferencial de patologias benignas. O coeficiente de difusão aparente (Apparent Diffusion Coeficient – ADC) apresenta um enorme potencial enquanto biomarcador na diferenciação entre CAP e tecido normal. O DCE através da análise semiquantitativa, mostra-se também, promissor nessa diferenciação. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o papel do DCE e DWI no estudo do carcinoma prostático com particular enfoque na avaliação da performance diagnóstica das métricas da DWI monoexponencial e DCE semiquantitativa na diferenciação entre tumores e tecido normal. Para o efeito foi realizado um estudo retrospetivo, que incluiu 88 doentes com diagnóstico de CAP confirmado histologicamente a partir de amostras colhidas por biópsia e/ou prostatectomia radical. Para análise da DWI foram utilizados dois métodos de delineação da região de interesse ((ROI – Region of interest). O primeiro delimitando a margem da lesão e o segundo com tamanho fixo de 20 mm2 aplicada à área central da lesão, ambas utilizando a imagem de DWI do valor de b 2000 s/ mm2 como referência. Para o tecido normal foi definido uma ROI de forma manual num único corte com tamanho fixo de 20 mm2. Foram calculados os valores de ADC mínimo, médio e máximo para cada lesão, assim como para o tecido normal. Para análise do DCE foi utilizada uma ROI com tamanho compreendido entre 20-21mm2 no local da lesão previamente identificada no estudo de DWI e T2w e colocada também uma ROI de tamanho idêntico no tecido normal. Foram extraídos os parâmetros semiquantitativos de tempo até ao pico (Time to peak – TTP), taxa de wash-in (wash-in rate – WIR) e taxa de wash- out (wash-out-rate – WOR). Foi realizada a análise estatística das métricas do ADC e DCE. As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e a respetiva área sob a curva (AUC – área under the curve) foram estimadas para cada métrica da DWI e DCE para diferenciar CAP de tecido normal. Na DWI em ambos os métodos de delineação da ROI, os valores de ADC foram inferiores no CAP comparativamente com o tecido normal. O método de ROI de tamanho fixo apresentou globalmente melhor desempenho tendo sido o ADC máximo a métrica com maior performance global com uma AUC de 100%, e acurácia de 100%, para um valor de cutoff de 0,848x10-3 s/ mm2. Na na´lise do DCE, o parâmetro TTP apresentou a melhor AUC (71,8%), com sensibilidade, especificidade e acurácia de 79,5%, 58% e 68,8% respetivamente, com um valor de cutoff de 130,4s. O ADC apresenta um enorme potencial na diferenciação entre tecido normal e maligno, sendo que a metodologia de definição da ROI para medição dos valores de ADC influencia a performance global do modelo. Por outro lado a análise semiquantitativa do DCE utilizando o TTP como referência, apresenta um papel mais modesto nessa diferenciação.