ESTG - DM - Gestão e Internacionalização de Empresas
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Browsing ESTG - DM - Gestão e Internacionalização de Empresas by Field of Science and Technology (FOS) "Gestão"
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- An International Approach To Highgrowth BusinessPublication . Queirós, Maria Máximo; Braga, Vitor; Correia, AldinaO empreendedorismo tem merecido a atenção de muitos autores, e realmente é notável o papel deste fenómeno na economia. Este é considerado um motor para o crescimento da economia e riqueza. Alguma importância já tem sido dada a este fenómeno, mas não a suficiente, pois ainda persistem dificuldades/desigualdades em relação à capacidade de iniciar e gerir negócios com um considerável nível de crescimento. A literatura sublinha alguns determinantes para o alto crescimento das empresas tais como as características dos empreendedores, como o nível de educação, bem como, as experiências empresarias já adquiridas; o tamanho e a idade das empresas. De forma geral, percebe-se que as empresas mais pequenas e mais jovens crescem mais rapidamente que as empresas maiores e com mais idade. Muitos autores enfatizam o papel da inovação como motor do desempenho superior das empresas. A cultura é, também referida como chave para o alto crescimento das empresas. Existem diversos estudos sobre como os cidadãos de diferentes origens éticas conseguem enveredar no mundo dos negócios. Ainda na linha da cultura é crucial entender a sua influência no ambiente de trabalho e consequentemente no desempenho das empresas. De forma a investigar o impacto dos aspetos supracitados nas empresas de alto crescimento, utilizou-se dois formatos diferentes de investigação. Numa primeira fase, utilizou-se um programa de pesquisa que inclui avaliações anuais de níveis de atividade empresarial (perceções) em vários países, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que atualmente é uma das principais bases de dados internacionais de pesquisa, com o intuito de verificar se há evidências estatísticas para afirmar que os determinantes mencionados pelos autores influenciam os indivíduos de certos países a mostrar níveis de iniciativa mais altos para gerenciar ou criar um negócio de alto crescimento. Para atingir este objetivo utilizaram-se técnicas de análise multivariada, em particular análise de regressão linear múltipla, análise de clusters e análise discriminante. Numa segunda fase, com o propósito de comprovar os determinantes mencionados pelos autores com dados reais, criou-se uma base dados que inclui dados de país de três bases de dados: base de dados da OCDE; base de dados EUROSTAT e base de dados HOFSTEDE; em que os dados foram submetidos a várias técnicas de análise multivariada, em particular a análise de regressão linear múltipla. Os resultados obtidos no primeiro artigo permitem concluir que os indivíduos que reagem rapidamente a oportunidades parecem mostrar melhores habilidades de iniciar e gerir um negócio de alto crescimento; As empresas menores e mais novas parecem mostrar mais inicitiva de gerir um negócio de alto crescimento; Os recursos e as politicas públicas disponíveis nos países são fulcrais para o nível de iniciativa de iniciar e gerir um negócio de alto crescimento, e; A cultura nacional também é comprovada como fator influenciador no nível de capacidade individual de iniciar e gerenciar negócios de alto crescimento. No segundo artigo, verifica-se uma relação estatisticamente significativa entre a distância de poder na sociedade com o alto crescimento das empresas; A incerteza no local de trabalho parece influenciar negativamente as taxas de crescimento nos países; A masculinidade detém uma relação negativa com o alto crescimento das empresas, e; ao contrário do verificado no primeiro artigo, há evidências estatísticas para afirmar que quanto maior o tamanho das empresas mais as suas taxas de crescimento.
- Business Innovation and Internationalisation in Female Owned BusinessesPublication . Machado, Diana Catarina Sampaio; Braga, Vitor Lélio; Correia, Aldina Isabel de AzevedoO empreendedorismo é considerado um dos principais motores do crescimento económico e desenvolvimento, consubstanciando-se no tema de uma vasta quantidade de investigação. Contudo, em muitos casos, a investigação é ampla e não específica do género. As mulheres empreendedoras enfrentam diferentes desafios e barreiras quando comparadas com os homens; por conseguinte, a investigação empresarial específica baseada no género poderia ajudar no desenvolvimento e progresso do empreendedorismo feminino. A vigente dissertação detém como objetivo principal compreender o impacto do empreendedorismo feminino na inovação e internacionalização de empresas. Adicionalmente, pretende expor como se encontram agrupados os países da Europa e Ásia Central em termos de empreendedorismo feminino. Para atingir o propósito supracitado, utilizaram-se vários métodos de investigação. Numa primeira parte, recorreu-se a três técnicas multivariadas, nomeadamente, a Análise Fatorial, a Regressão Linear Múltipla e Análise de Clusters, com a finalidade de estudar o impacto do empreendedorismo feminino na inovação e internacionalização de empresas, assim como expor como os países da Europa e Ásia Central se encontram agrupados em termos de empreendedorismo feminino. Numa segunda parte, com o intuito de estudar a relação entre o empreendedorismo feminino, inovação e internacionalização através de uma nova abordagem, colmatando as desvantagens dos métodos quantitativos tradicionais, recorreu-se ao método de análise comparativa qualitativa fuzzy-set (fsQCA). Os resultados do primeiro artigo sugerem uma relação estatística não significativa entre o empreendedorismo feminino, a inovação e a internacionalização. Os resultados também sugerem que os países da Europa e da Ásia Central podem ser divididos em dois clusters. A diferença entre os dois clusters pode ser justificada pelo papel das mulheres nos países em questão. Globalmente, os resultados do segundo artigo sugerem que o empreendedorismo feminino, por si só, não é uma condição suficiente nem necessária para atingir uma alta internacionalização ou alta inovação. No entanto, os resultados indicam que o empreendedorismo feminino é importante para se alcançar um elevado nível de internacionalização. A dissertação trata de uma dimensão específica e ainda não reconhecida do empreendedorismo, ou seja, o empreendedorismo feminino. O empreendedorismo não é igual para homens e mulheres e os desafios das mulheres empreendedoras variam em diferentes ambientes e culturas. Neste sentido, a presente dissertação diferencia-se por colmatar a literatura, através de um estudo simultaneamente quantitativo e qualitativo, contribuindo para a consciencialização do papel do género no empreendedorismo, no crescimento económico, na inovação e na internacionalização.
- A cooperação informal para a internacionalizaçãoPublication . Gonçalves, Ana Cristina Baptista; Braga, VitorA presente dissertação aborda o processo de cooperação para a internacionalização, com foco especial nas relações de cooperação informal entre empresas. Pretende-se assim, identificar as relações colaborativas e de que forma estas contribuem estrategicamente para o processo de internacionalização e permanência das empresas no mercado. Para o efeito, foi realizado um estudo às PME’s do sector têxtil. Este estudo apresentará evidências sobre a importância das características estruturais e sobretudo, das relações de confiança e desenvolvimento de relações colaborativas para o intercâmbio de conhecimento em áreas relacionadas com a tecnologia, o mercado e os produtos, bem como ao nível da gestão empresarial.
- Do Internacional ao local: Processos colaborativos no âmbito da literacia ambientalPublication . Martins, Leandro; Braga, Vítor Lélio da Silva; Ferreira, MarisaEste estudo teve como base campos de trabalho internacional em regime de voluntariado ambiental, em que o propósito do mesmo é estudar a relação colaborativa entre as instituições responsáveis pela sua organização, bem como perceber de que forma estes campos foram impactantes na literacia ambiental quer dos voluntários, quer dos membros das organizações. Após a pesquisa de bibliografia, foram identificadas algumas das dimensões da colaboração, sendo que estas serviram de base às entrevistas, que foram realizadas com o intuito de poder recolher a opinião de cada representante de cada uma das organizações. Fruto destas entrevistas, ficou explícito uma boa relação mantida entre os parceiros, sendo que os seus laços fortes e confiança foram realçados como um fator que aprimora o compromisso e a continuidade deste projeto. Também ficou inicialmente definido o objetivo de perceber quais as motivações dos voluntários para participarem neste tipo de iniciativas, bem como perceber junto deles de que forma estes Campos de Trabalho Internacional foram impactantes na sua literacia ambiental. Através de questionários, foram recolhidas quais as motivações e o impacto destes campos na literacia ambiental dos voluntários. Assim, estes destacaram a participação neste tipo de iniciativas pelo interesse em ajudar o ambiente. Em relação à literacia ambiental, estes apontaram para um impacto positivo destes Campos de Trabalho Internacional na sua literacia ambiental, ainda que foi possível notar uma pequena discrepância entre aquilo que foi aprendido e a adoção das boas práticas transmitidas no seu dia a dia.
- Efeito da Pandemia COVID-19 no Processo de Internacionalização das PME Portuguesas: Análise no Setor do CalçadoPublication . Pereira, Cláudia Manuela Ferreira; Oliveira, Jorge Miguel da CostaA pandemia da COVID-19 trouxe uma nova realidade ao cenário empresarial que impactou diversas áreas de negócios, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Diversas empresas viram o seu nível de faturação diminuir, seja por falta de encomendas do mercado seja por falta de recursos (matéria-prima, mão-de-obra etc). Sob estas circunstâncias, viram-se obrigadas a reinventarem-se através de outras áreas de negócio. O objetivo deste estudo é perceber de que forma a COVID-19 influenciou o processo de internacionalização das empresas e de que forma este foi feito nas circunstâncias pandémicas atuais. Espera-se que o estudo seja importante para o processo de recuperação das empresas em era pós-pandemia.
- Entrepreneurial Motivations and Intentions - An Approach to International EntrepreneurshipPublication . Mota, Ângela Brandão; Braga, VitorThe relevance of entrepreneurship is unquestionable in all economies for driving economic growth and job creation. Entrepreneurs are motivated to start a business either by opportunities or necessity and entrepreneurial intention is defined as the will an individual has to start a business. This research analyzes the behavior, attitudes and perceptions of individuals, that are reflected in their motivations and entrepreneurial intentions. In order to investigate the impact of entrepreneurial motivations and intentions, the study was divided into two chapters. The results of the first chapter show that opportunity seeking is the main motivation of entrepreneurs, regardless of the economic development level of their countries. This analysis suggests that countries aiming to promote entrepreneurship should develop policies that foster entrepreneurial opportunities. For this analysis, the Global Entrepreneurship Monitor (GEM) database was used, in particular the Adult Population Survey (APS), for the period between 2010 and 2016 supported by multivariate statistical techniques, such as crosstab, linear regression, cluster and discriminant analysis. In the second chapter, on entrepreneurial intentions, statistical analysis show that the perception of perceived opportunities and capacities, the need for personal fulfillment, risk attitude and culture are characteristics that influence entrepreneurial intentions. In turn, innovation, from 2002 to 2016, had no effect on entrepreneurial intentions. In the literature, culture is referred as being a determinant in the individuals’ behavior. Our results show that Hofstede’s cultural dimensions influence motivations of opportunitymotivated entrepreneurs negatively, namely: power distance index, uncertainty avoidance index, indulgence versus restraint, fear of failure rate. However, indulgence versus restraint has a positive impact in opportunity entrepreneurship. For this study, the Global Entrepreneurship Monitor (GEM) database was also used, in particular the Adult Population Survey (APS) between 2002 and 2016 and the Hofstede database for the year 2015 and these data was subject to linear regression, cluster and discriminant analysis. This study contributes a better understanding of the factors that influence the motivations and intentions of the entrepreneurs, which are important for politicymakers and researchers to design adequate measures.
- Essays on Internationalization Speed: An Approach to the Agglomeration EffectPublication . Mendes, Telma Idalina Leite; Braga, Vítor Lélio da SilvaOs estudos sobre empreendedorismo internacional, focados na rápida internacionalização, colocaram a velocidade na vanguarda do debate académico. Este conceito desempenha um papel vital na estratégia internacional das empresas, devendo equilibrar os seus recursos e oportunidades estrangeiras. Os gestores responsáveis por alocar as capacidades internas das organizações para os processos de internacionalização, esperam obter uma expansão mais rápida e sustentável. Sendo assim, a velocidade de internacionalização é um importante desafio que os gestores enfrentam na tomada de decisão, principalmente nas empresas que possuem recursos limitados e que precisam utilizá-los de forma eficiente. No entanto, apesar da sua importância, existem várias limitações na forma como a literatura define e mensura a velocidade, revelando-se essencial desenvolver pesquisas mais aprofundadas na área. Num mundo onde o paradigma da globalização se tornou uma realidade inquestionável, a dimensão local tem vindo a ganhar interesse como tópico de análise. Neste contexto, os clusters industriais como entidades geográficas e socio-relacionais, com um percurso evolutivo específico e com dinâmicas locais de conhecimento, tornam-se elementos fundamentais para o desenvolvimento regional. Ao nível destas estruturas, as redes de cooperação desenvolvidas no seu seio impulsionam o rápido crescimento das empresas e o investimento em processos inovadores. A comunidade científica cada vez mais reconhece que os clusters apoiam o desenvolvimento da inovação e o crescimento internacional destacando que, tal capacidade, influencia todos os setores da economia, ao transferir o seu know-how para outras atividades económicas. Deste modo, os clusters industriais funcionam como transmissores de conhecimento, contribuindo de diferentes formas para a inovação e velocidade de internacionalização das empresas que os constituem - como fontes, facilitadores e promotores ativos destes processos. Combinando diversas dimensões, o principal objetivo desta investigação consiste em analisar o papel dos clusters industriais na velocidade de internacionalização das empresas, explorando o seu efeito na performance. Para atingir este propósito, desenvolveu-se uma pesquisa teórica assente no mapeamento de publicações científicas e tendências de investigação relacionadas com os tópicos em análise. O quadro de referência é composto por cinco dimensões chave: clusters industriais, inovação, velocidade de internacionalização, redes/cooperação e performance. Esta dissertação é composta por quatro estudos empíricos, em que o primeiro, através de um método quantitativo, analisa a relação entre redes e inovação, bem como os fatores que influenciam a cooperação para a inovação. Tendo em consideração que a literatura empírica sobre a velocidade coloca a tónica nos gestores (embora enalteça a importância de considerar o contexto em que estes atuam), os restantes estudos pretendem contribuir para a pesquisa na área, na medida em que analisam o conceito numa perspetiva mais coletiva, ao colocar a ênfase nos clusters industriais alternativamente ao enfoque na empresa/gestor. Neste sentido, o segundo estudo permite perceber o papel desempenhado pelos clusters industriais e pela inovação na velocidade de internacionalização. O terceiro evidencia de que forma é que um modelo organizacional específico - empresas familiares - afetam o processo inovador e a velocidade de expansão internacional das empresas em clusters. Por último, o quarto estudo, avalia a influência das redes na internacionalização e na performance das empresas aglomeradas, permitindo concluir qual a dimensão da velocidade que melhor contribui para a performance. Os resultados obtidos permitem apoiar algumas das relações entre as dimensões em análise. As nossas descobertas mostram a existência de uma relação recíproca entre redes e inovação, salientando que o investimento em atividades de inovação é visto como um fator que influencia a predisposição das empresas a cooperarem. Para além disso, existem evidências para afirmar que as empresas pertencentes a clusters industriais e as que desenvolvem atividades de inovação tendem a exibir uma internacionalização mais rápida. Da mesma forma, os negócios familiares inseridos em clusters, através da inovação, demonstram uma maior velocidade após entrarem nos mercados internacionais. Os resultados também permitem inferir que as redes desenvolvidas em clusters impulsionam as vendas das empresas em diversos mercados geográficos, melhorando a sua performance. Em suma, através desta investigação pretende-se contribuir para um maior conhecimento empírico de como os clusters industriais influenciam a velocidade de internacionalização e a performance considerando, complementarmente, o papel de outras dimensões. Deste modo, através dos estudos evidenciados, serão apresentadas implicações teóricas e práticas enaltecendo o que ainda necessita de ser feito ao nível dos clusters industriais como facilitadores do desenvolvimento regional e do crescimento empresarial.
- O impacto das Redes de Cooperação em Sistemas Produtivos LocaisPublication . Ferreira, Pedro Miguel Garcia Soares; Braga, Vitor LélioAs redes de cooperação e os sistemas produtivos locais têm merecido a atenção, e é de realçar o papel fundamental que estas têm na internacionalização das empresas. A literatura refere as dificuldades que as empresas enfrentam aquando se pretendem internacionalizar e como as ultrapassar, por exemplo, integrando redes de cooperação ou estarem geograficamente localizadas num sistema produtivo local. De forma geral, as redes de cooperação são vistas como fundamentais para a internacionalização das empresas. De forma a investigar o impacto que as redes de cooperação ou os sistemas produtivos locais têm no crescimento de uma empresa, utilizaram-se duas abordagens de investigação. A primeira, foi uma revisão bibliométrica apenas para a recolha dos artigos científicos e de seguida uma revisão literatura sistemática baseada em artigos científicos recolhidos na Web of Science ™ Core Colletion e uma análise utilizando o programa VOSviewer permitindo a formação de clusters. A segunda abordagem, com o propósito de compreender os resultados obtidos previamente consistiu numa investigação qualitativa baseada em entrevistas semi-estruturadas com o intuito de perceber a importância que as redes de cooperação e a localização geográfica da empresa na sua expansão internacional. De forma a analisar a informação recolhida foi utilizado um programa de mapeamento e análise, Voyant Tools, um software de análise de texto em código que disponibiliza competências variadas de manuseamento de texto (Hetenyi et al., 2019). Os resultados obtidos no primeiro artigo permitem concluir que as empresas, por via das redes de cooperação e sistemas produtivos locais, têm ganhos de informação, know-how, custos de transação reduzidos e conhecimento obtidos, o que facilita a sua entrada em mercados internacionais. O segundo artigo sugere uma relação direta entre a integração em redes de cooperação e a internacionalização, fortalecendo as conclusões retiradas no primeiro artigo. Adicionalmente, a inovação dos serviços ou do produto que são, também, apontadas como cruciais para a diferenciação nos mercados internacionais. A originalidade da dissertação é devido, que na literatura, os artigos científicos serem focados essencialmente apenas nas redes de cooperação e na internacionalização e não englobarem o impacto que os sistemas produtivos locais têm nas redes de cooperação.
- A Influência da orientação empreendedora na decisão de internacionalização: uma perspetiva de géneroPublication . Ribeiro, Alexandra Cecília Teixeira; Braga, Alexandra Maria da SilvaA orientação empreendedora (OE) é um dos conceitos centrais na literatura de empreendedorismo, com uma relevância inquestionável no crescimento económico. Os empreendedores são motivados a iniciar um negócio, seja por oportunidade ou necessidade, e a OE tem valor como fator de influência na determinação de tomada de decisão, nomeadamente, a nível internacional. O objetivo desta dissertação é reconhecer quais as dimensões da OE que estão associadas à perspetiva de internacionalização. Para atingir este objetivo foram elaborados dois estudos: o primeiro pretende fornecer orientação aos investigadores sobre: (a) mapeamento da literatura em orientação empreendedora individual (OEI) numa perspetiva de internacionalização (OEI(I)); (b) os desafios e possibilidades de medição da OEI(I) e; (c) futuras linhas de investigação da OEI(I); de forma a servir de base para o estudo seguinte. No segundo estudo, com recurso a métodos qualitativos – entrevistas a seis empreendedores do setor têxtil e de vestuário – pretende-se investigar o impacto das dimensões da OE nas motivações e intenções empreendedoras para a internacionalização e inferir se o género tem implicações neste sentido. As principais conclusões deste estudo apontam para: os temas em estudo neste campo de investigação baseiam-se, essencialmente, em quatro eixos – desempenho, estratégia de internacionalização, atitude empreendedora e gestão – evidenciando a presença de convergência dos temas em estudo; a OE aumenta positivamente a intenção empreendedora; há uma forte relação entre a intenção empreendedora internacional e as dimensões de proatividade, assunção de riscos e perseverança; que o género não é uma questão significativamente subjacente à questão do sucesso organizacional e; a importância de cada dimensão para predizer a natureza e o sucesso de um empreendimento nos mercados nacionais e internacionais, depende de fatores externos, fatores internos e das características dos líderes da organização, podendo a OE ser constituída por diferentes combinações das sete dimensões estudadas.
- Influência dos Aspetos Cognitivos no Padrão de Internacionalização entre EmpreendedoresPublication . Ribeiro, Sandra Sofia de Sousa; Silva, Carina; González-Loureiro, MiguelInvestigações recentes enfatizam o impacto que o padrão de internacionalização tem sobre a sobrevivência e o crescimento de pequenas e médias empresas. Entende-se por padrão de internacionalização o caminho que a empresa escolhe aquando a tomada das principais decisões estratégicas, nomeadamente, a combinação do momento da primeira entrada no mercado internacional, o nível de recursos comprometidos, e o modo de entrada. A associação da psicologia humana aos negócios, nomeadamente, em ambiente internacional tem evidenciado um crescente interesse científico. Apesar da muita literatura existente sobre os padrões de internacionalização, o papel do sistema cognitivo como determinante na escolha do padrão de internacionalização não parece ter recebido a adequada atenção, especialmente nos estudos referentes ao international business. A presente investigação pretende colmatar esta lacuna, estabelecendo uma ponte na revisão literária sobre padrões de internacionalização de empresas, “organizational ambidexterity” e sistema cognitivo do manager-empreendedor. Neste sentido, a investigação tem por objetivo verificar se existe influência do sistema cognitivo do manager-empreendedor, na escolha do padrão de internacionalização, analisando o Modelo de Uppsala e as International New Ventures. Esta ideia de influência do sistema cognitivo na literatura dos negócios também é aplicada à orientação de aprendizagem/adaptação da empresa, a “organizational ambidexterity”, visto que trata do modo como a empresa encara o mercado internacional. Ainda no âmbito da “organizational ambidexterity” também pretendemos verificar se existe influência sobre a escolha do padrão de internacionalização, uma vez que o modo como a empresa pretende abordar o mercado internacional também é um tema inerente à “organizational ambidexterity”. Sugerimos ainda que empresas que possuam caraterísticas, objetivos e necessidades específicas possam necessitar de possuir um manager com caraterísticas cognitivas especificas que se adaptem às singularidades de cada empresa. A análise quantitativa que aqui se implementa foi baseada na recolha de indicadores de fonte primária, através de um inquérito direto aos alunos inscritos na unidade curricular de Simulação Empresarial I, da Licenciatura em Ciências Empresarias, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico do Porto. O presente estudo incidiu inicialmente sobre uma amostra de 52 estudantes, que enfrentam relevantes níveis de incerteza sob o projeto empresarial futuro. Contudo a falta de interesse pela internacionalização levou à reaplicação do teste, dado que era expectável que com a experiência adquirida em Simulação Empresarial I, os futuros managers-empreendedores demonstrassem um interesse crescente na internacionalização dos seus negócios/empresas, sendo que obtivemos uma amostra de 31 estudantes. Porém, surgiu o mesmo problema: a falta de interesse na internacionalização. Apontamos como principal explicação a este problema estarmos a lidar com uma amostra com sistema cognitivo de Tipo 2 (racional), que seguem a “exploitation” organizacional. Isto é, estas duas variáveis aliadas levam a que os inquiridos optem pelo seu desenvolvimento no mercado doméstico não tendo em mente apenas o mercado internacional, o qual é considerado racional do ponto de vista da teoria de internacionalização gradual, estando apenas interessados em desenvolver o que a empresa já conquistou. Ainda assim o nosso estudo prosseguiu, possibilitando constatar a existência duma real ligação, verificada através de análises estatísticas, entre o sistema cognitivo com a “organizational ambidexterity”, e uma possível ligação, verificada através de análise de gráficos, entre o sistema cognitivo e a “organizational ambidexterity” na escolha do padrão de internacionalização.