ESMAD - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESMAD - Dissertações de Mestrado by advisor "Baptista, Adriana"
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- Carros da minha memóriaPublication . Rodrigues, João Ferreira Inácio Pinto; Baptista, AdrianaAos olhos do cidadão comum, um automóvel, apesar de ser importante no quotidiano da maioria da população, é meramente uma máquina com quatro rodas e um volante usado para facilitar deslocações. É frequente haver uma relação quase de carinho e preocupação com o estado do próprio carro. Elevando o nível de relação aos entusiastas, o carro ganha um grande lugar de destaque na vida. Os donos ficam fascinados pelas linhas de design que fomentam a aerodinâmica do carro, os motores lendários, customizações quase infinitas, o cuidado na construção de uma carroçaria equilibrada por parte do construtor, suspensão e pneus que culminam no máximo grau de estabilidade e conforto. Admiradores imergem no mundo automóvel com grande adrenalina e paixão. Este projeto valoriza essa forte relação entre o dono e o seu automóvel, procurando documentar carros que, por diversas razões,são significativos na estirpe auto no distrito do Porto. Os carros usados neste projeto acabaram por marcar gerações e tornaram-se parte relevante na minha memória. O presente ensaio documenta e aprofunda a problemática do meu projeto: “Carros da minha memória” descrevendo todo o processo de pré-produção, da metodologia, da criação de entrevistas e da realização das mesmas, o trabalho de campo, a revelação de pelicula e os métodos digitais aplicados, e todos os procedimentos de pós-produção trilhados. Os objetivos do trabalho integram uma pesquisa concisa sobre vários fotógrafos que fizeram do carro um objeto de estudo e uma reflexão sobre o conceito de automóvel. Procurei quatro carros e respetivos donos para integrarem o meu projeto, com o intuito de os fotografar e de perceber como os donos dos automóveis se relacionam do ponto de vista estético com os seus veículos, e poder retratá-los privilegiando a relação entre ambos como sínquise. Os resultados do meu projeto demonstram que a fotografia assume um papel tanto de reviver acontecimentos, pessoais ou não, como ajuda a criar novos através da partilha da experiência.
- A comunidade enquanto protagonista no cinema documental: o caso particular de A Nossa Terra, o Nosso Altar de André GuiomarPublication . Ferreira, Diogo Machado; Baptista, AdrianaA comunidade do Bairro do Aleixo é apresentada enquanto personagem documental e protagonista do filme ‘A Nossa Terra, o Nosso Altar’ (André Guiomar, 2020), tendo sido levado a cabo neste filme um contacto próximo e humano com a comunidade que permitiu à equipa com esta desenvolver relações interpessoais que se revelaram fundamentais para que fosse possível atingir os limites de representação comunitária pretendidos. A relação de poder que se estabelece entre a realização e a personagem no seu processo de construção é uma dimensão que acompanha o cinema documental desde os primórdios e, no caso deste filme, foram reveladas preocupações éticas, morais e técnicas que vieram estabelecer novos limites de relação e construção documental com as personagens e que lhes veio atribuir um papel ativo na construção narrativa do mesmo. Através de uma revisão teórica sobre i) alguns dos principais períodos estéticos do cinema e a forma de fazer personagem inerente a cada um deles; ii) a comunidade enquanto conceito da Sociologia e Psicologia e iii) análise de alguns filmes nos quais a comunidade surge como protagonista; reúnem-se as condições para uma análise aprofundada sobre os domínios éticos, morais, emocionais e técnicos do contacto estabelecido entre André Guiomar e a comunidade do Bairro do Aleixo para a realização de ‘A Nossa Terra, o Nosso Altar’, um filme que lhes oferece uma oportunidade de inscreverem a sua visão sobre a sua própria história por meio deste filme documental.
- A construção do personagem biográfico no cinema documental: o caso da biografia fílmica de Luís Neves RealPublication . Seixas, Alberto Davide Bastos; Baptista, Adriana; Pinheiro, José AlbertoA construção de um personagem fílmico obedece a um processo que pode ir desde a pré-produção até à pós-produção de um filme. No caso do cinema documental, os personagens têm origens diversas, podendo ser “atores sociais” (Nichols, 1991, p. 42), ou seja, figuras da vida real, que são representadas pela sua própria performance, mas também podem ser personagens do passado, que o autor do filme recria, ao recolher sobre elas informações, testemunhos e/ou documentos. Para entender este processo, abordamos as origens da biografia enquanto género literário e cinematográfico, analisando a sua relação com a história, com os factos e com a ficção. Tendo como objetivo paralelo a construção da biografia fílmica de Luis Neves Real (1910-1985), académico e cinéfilo portuense do seculo XX, refletimos sobre o papel do realizador na construção de uma personagem que será por ele moldada. Analisamos também os documentários Le tombeau d’Alexandre (1993) de Chris Marker e Finding Vivian Maier (2O13) de John Maloof e Charlie Siskel, enquanto atitude para compreender de que modo a organização retórica dos testemunhos ajuda a apresentar uma personagem para um sujeito já desaparecido e que integrará a memória coletiva como uma realidade cultural que o cinema ajudou a construir.
- Deste lado do espelho vê-se o outro lado de mimPublication . Carvalho, Abigail Fonseca; Baptista, AdrianaO objetivo central desta minha pesquisa é conseguirmos compreender a importância da prática artística para a construção de identidade do próprio artista. Ainda, refletir de um modo interdisciplinar (teórico e artístico) sobre a relação do eu e do outro, em que o papel do espelho possa interferir na perceção desse mesmo eu e na construção da fotografia e sobre a multiplicidade de representações contidas nesse processo de autorretrato. No período do Renascimento, o retrato ganha uma enorme importância nas camadas sociais de maior destaque político e social. Com o surgimento do espelho, objeto imprescindível na pintura do autorretrato, este consequentemente começa a progredir. Partimos assim, de uma breve introdução histórica do conceito e da produção do retrato e do autorretrato, onde se vieram a estruturar globalmente, aspetos importantes desta prática artística. Posteriormente, ao realizarmos uma análise de casos, não podemos de modo algum esquecer aqueles que impulsionaram a história da fotografia, particularmente do autorretrato, que dedicaram parte da sua vida a produzir várias obras deste género, tanto Andy Warhol, Nan Goldin como também Cindy Sherman. Todos estes tentaram dessa forma compreender as suas individualidades, experiências e vivências, intercetando algumas particularidades do autorretrato. Ainda, é objeto de estudo e análise particular, na qual são observadas a relação “eu e o outro” e o elemento espelho na sua obra, na obra da fotógrafa Vivian Maier. Em seguida, faz-se referência e cruzam-se os valores polissémicos e estéticos do espelho, onde foram selecionados artistas que o tivessem destacado nas suas obras (fotografia, pintura e literatura) como elemento principal, nomeadamente René Magritte, Lewis Caroll e Jorge Molder.
- Em busca do movimento interior: o cinema de Robert BressonPublication . Azevedo, Cláudio Rui da Silva; Baptista, Adriana; Martins, FilipeA presente dissertação tem como objetivo principal procurar o sentido da declaração de Robert Bresson, onde o cineasta afirma que o cinema é o movimento interior. Esta reflexão terá como ponto de partida uma intuição de François Truffaut sobre a afirmação de Bresson, onde o cineasta da Nouvelle Vague separa o movimento interior em dois: o movimento interior das personagens e o movimento interior do filme. Na primeira parte, com a intenção de levar a cabo uma leitura materialista do estilo de Bresson, pretendo defender que, se o movimento interior das almas das personagens só se torna sensível através do movimento interior do filme, é porque Bresson faz uma recuperação do sentido material do conceito de estilo, aproximando-se de um método artesanal de fazer cinema. Assim, o movimento interior das almas nasce de um trabalho material profundo no movimento interior do filme. Na segunda parte, pretendo mostrar como, no cinema de Bresson, estes dois movimentos interiores são inseparáveis e constituem uma unidade, isto é, como a interioridade fílmica traduz a vida interior das personagens. Esta ligação, entre um movimento e o outro, é feita através de um raccord extra: o raccord interior. A terceira parte será dedica a uma análise fílmica, onde analisarei cenas específicas que evidenciam a presença de raccords interiores, onde os movimentos internos do filme se conjugam entre si para refletirem os movimentos interiores das personagens.
- Fotografia e representação: a redistribuição dos lugares na fotografia participativaPublication . Campos, Isabel Maria Ferreira de Sousa Leal Costa; Baptista, Adriana; Leal, JoãoO presente Ensaio visa refletir sobre o imaginário usado para representar grupos vulneráveis e marginalizados da sociedade e considerar novas formas de abordagem. Adotam-se formas alternativas de autoria na produção de imagens, a partir de um projeto fotográfico participativo que remodela a posição autoral tradicional do fotógrafo por meio da colaboração da pessoa fotografada, desmontando a ideia do fotógrafo como observador especial e privilegiado. Numa estratégia pautada pela valorização da dimensão do encontro entre aquele que fotografa e aquele que é fotografado, questiona-se a definição convencional de autoria individual e as relações entre o fotógrafo e os seus sujeitos. Neste estudo, destacam-se as várias questões que gravitam em torno da representação fotográfica e ensaia-se a possibilidade subversiva de um desvio as convenções da fotografia documental através de um projeto prático de fotografia participativa/colaborativa. Partindo, no contexto da toxicodependência, da identidade do sujeito, constrói- se uma história visual, tomando como hipótese a redistribuição de lugares na fotografia. Será também a volta desta redistribuição que se deverá analisar até que ponto a fotografia documental pode beneficiar com a introdução de práticas colaborativas e participativas. Simultaneamente, avalia-se se estas práticas fotográficas podem oferecer uma compreensão mais matizada, complexa e diversificada nas representações fotográficas de grupos vulneráveis e minorias (e ponderamos uma redefinição do papel do fotógrafo no contexto da fotografia contemporânea). Os resultados demonstram que o ato fotográfico pode assumir uma inter-relação humana entre o registo e a sequência do acontecimento onde o fotógrafo faz algo para além de fotografar e onde o fotografado faz o acontecimento, mas também o seu registo, com um poder de decisão do que mostra.
- Fotoponímias: a toponímia das ruas de Braga na contemporaneidadePublication . Camacho, Daniel Alexandre Ferreira; Baptista, Adriana; Leal, JoãoBraga é uma cidade milenar com uma história densa e possui uma toponímia com uma estrutura e organização muito particular que dá conta da sua história, cultura e identidade local. As ruas, praças e outros espaços urbanos da cidade são nomeados em homenagem a personalidades que pertencem à religião, históricas, eventos significativos, características da região e elementos culturais. Este projeto de mestrado em Fotografia parte do tema das toponímias contemporâneas na cidade de Braga e reflete sobre a relação da fotografia com o espaço físico das cidades, tendo como objetivo analisar a forma como os nomes de ruas, praças e outros espaços urbanos se estruturam e refletem as dinâmicas sociais, culturais e políticas da cidade. A pesquisa baseou-se numa abordagem qualitativa, utilizando fontes documentais, um inquérito à população e observação direta conducente a uma seleção de ruas. Trata-se, por um lado, de uma reflexão sobre o papel das toponímias na construção da imagem de uma cidade, e por outro, da forma como a fotografia poderá funcionar como veículo crítico/documental/artístico de transmissão das características e atmosfera dos espaços urbanos, contribuindo para uma melhor compreensão das toponímias. Neste ensaio pretende-se elaborar uma análise abrangente e crítica das dinâmicas dos espaços urbanos, destacando as relações entre toponímias, identidade, fotografia e memória na construção da paisagem urbana. Deste modo, fica patente neste ensaio o quanto a toponímia pode ou não ser um fator de expressão e de memória coletiva e identidade local. A componente prática do trabalho não se limita ao registo fotográfico de certas ruas, da sua estrutura ou características, mas visa imergir o espectador numa experiência multisensorial, permitindo que ele sinta e entenda a cidade, não apenas através de palavras, mas através de imagens e sons. A abordagem visual do projeto inclui uma série de fotografias das placas toponímicas e fotografias feitas de drone, que capturam a essência de cada rua, praça ou espaço urbano escolhido. Estas fotografias, mais do que meros registos, seriam interpretações artísticas que refletem a atmosfera e memórias associadas a cada toponímia. O projeto é também composto por pequenos vídeos feitos de drone que capturam a vida diária, os movimentos e as interações humanas em cada espaço. Isso traz uma camada adicional de compreensão, mostrando como os espaços são vividos e experienciados no dia a dia. A abordagem sonora inclui sons capturados em cada rua que refletem a sua atmosfera: o murmúrio das conversas, o som dos passos, os pássaros, a atividade comercial, etc. As imagens e sons selecionados reforçam e ilustram os pontos teóricos discutidos no ensaio. O objetivo final será criar uma exposição interativa onde os visitantes podem explorar as imagens e sons enquanto leem trechos do ensaio teórico referentes a cada topónimo. Isso permitirá uma experiência imersiva, onde o público pode conectar-se emocionalmente com a análise fornecida. O contraste entre o antigo (a história por trás da toponímia) e o novo (a vida atual da cidade) pode ser um ponto focal para discussões e reflexões, incentivando os visitantes a pensar mais profundamente sobre a cidade em que vivem e como ela evoluiu. A componente prática, tem o potencial de enriquecer significativamente a experiência do espectador, tornando o tema das toponímias mais tangível, emotivo e compreensível. Ao combinar a teoria com uma experiência sensorial, não é apenas transmitido conhecimento, mas também se permite que o público se conecte emocionalmente com as histórias e memórias que Braga tem para oferecer.
- O mar como espaço adverso ao fotógrafo no contexto da pescaPublication . Silva, Helder Luís Moreira da; Baptista, Adriana; Ferreira, ÂngelaProcurou-se com este ensaio entender de que modo o mar pode ser um espaço adverso ao fotógrafo no contexto da pesca e entender como este ultrapassa essas dificuldades, inerentes ao meio, ao habitar esse espaço com a sua máquina fotográfica e experienciar o mar não apenas como um espaço exterior a si, mas como um imenso espaço interior que faz parte de si. Reflete-se sobre a ligação quase umbilical que temos com o mar contextualizando-o em termos de simbologia e no que diz respeito à inegável presença em termos culturais e artísticos de forma transversal, desde à arte rupestre até à arte contemporânea, que abraçou o mar como símbolo e manifestação do estado em que a nossa civilização se encontra. Essa reflexão abre o caminho para a discussão sobre a sua presença na fotografia documental, mais especificamente no trabalho de três fotógrafos que ajuda a entender o papel e a experiência do fotógrafo neste meio tão adverso à fotografia. O trabalho de cada um deles foi abordado de forma diferente. Com Pepe Brix foi realizada uma entrevista, com Jean Gaumy foi feita uma biografia documentada e por fim com Corey Arnold analisou-se uma imagem. A realização deste ensaio levou ao desenvolvimento de um trabalho prático de fotografia com bastante profundidade e que se estendeu por vários meses e que consistiu no acompanhamento da atividade de uma embarcação em particular e é o resultado de um trabalho pessoal ainda mais abrangente dedicado ao mar e à pesca em Portugal que vem a ser desenvolvido há vários anos e que tem acompanhado de perto dezenas de embarcações do norte de Portugal. Neste trabalho investiga-se a história da traineira “Rumo à Pesca” e documenta-se, através de duas viagens e encontros em vários portos ao longo da costa, o trabalho e a vida destas pessoas. Este trabalho foi materializado num livro de fotografia intitulado “Rumo à Pesca” que representa a experiência prática e o contacto com a realidade da pesca e do mar.
- Passados sem rosto, rostos sem nome. Os expostos da Roda do Porto: arquivo e fotografiaPublication . Oliveira, Felícia Érica Pinho; Leal, João; Baptista, AdrianaA Casa da Roda do Porto terminou as suas funções no final do século XIX. O arquivo que guarda a sua memória e a de quem passou pela instituição encontra—se conservado no Arquivo Distrital da cidade. Integrando imagens estáticas e em movimento e som,o projeto parte do espólio deste arquivo para construir uma perspetiva sobre os objetos que sobreviveram a Roda do Porto, em especial os sinais que preservam os últimos vestígios genealógicos das crianças abandonadas. Como referência, são considerados os projetos fotográficos dos autores Helena Flores e Daniel Blaufuks desenvolvidos em torno do arquivo da Roda. O estudo teórico analisa o conceito de arquivo, e respetiva relação com a fotografia, e pondera sobre as possibilidades de representação e de interpretação autoral de uma coleção arquivística. O trabalho fotográfico pretende estimular, através do olhar, da seleção e do trabalho técnico e estético da autora do projeto, uma reflexão sobre a realidade da Casa da Roda e sobre as vidas encerradas na memória do arquivo.
- O tempo da imagem: olhares cinematográficos sobre produções visuais na realização d'A Imagem por VirPublication . Ferraz, Luís Miguel Queiroga; Baptista, AdrianaO presente ensaio propõe uma reflexão sobre os paralelismos entre cinema documental e cinema experimental, explora o conceito de Antropofagia Visual a partir do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, a Reprodutibilidade falada por Walter Benjamin e a mesclagem entre ficção e a realidade apoiado na Minnesota Declaration de Werner Herzog. A segunda parte contempla abordagens de intermedialidade em Szél (Marcell Iványi, 1996) e de intertextualidade em Le Livre d’Image (Jean-Luc Godard, 2018), conceitos que são basilares para a pesquisa e investigação do filme A Imagem por Vir e na terceira parte são aprofundados os respectivos processos de criação fílmica.