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- Português língua materna de especialidade: luta inglória face às línguas hegemónicas?Publication . Castro Fernandes, JoanaÉ communis opinio que a comunicação profissional enquadrada num contexto de globalização e de internacionalização dos saberes especializados – inerentes a qualquer atividade profissional do atual quadro societal – pressupõe o domínio multilingue de competências comunicativas especializadas. Qualquer plano de estudos marcado por um air du temps – em áreas ligadas à comunicação empresarial – oferece pelo menos duas línguas estrangeiras tidas como hegemónicas no panorama internacional. Sendo esta uma premissa comummente aceite não deixa, todavia, de ser curioso que o valor cognitivo, cultural e económico de uma língua como o português, uma das dez línguas mais faladas no mundo, tenha deixado de granjear o reconhecimento daqueles que dela dependem inelutavelmente para se afirmarem profissionalmente. A competência comunicativa especializada em língua materna constitui, do nosso ponto de vista, o mais poderoso instrumento de afirmação de identidade e de competitividade junto do mercado laboral, ao instituir-se como principal ferramenta cognitiva, analítica e performativa ao serviço da comunicação especializada. O trabalho em sala de aula é revelador de que uma percentagem significativa de alunos manifesta insegurança aquando das opções terminológicas e pragmático-discursivas inerentes à interação oral e à produção escrita especializadas. Para tal, torna-se imperativo investir no estudo exploratório de práticas pedagógicas em português – língua materna de especialidade – que conduzam à melhoria desses resultados, como procuraremos demonstrar através da análise de um caso prático. Se hoje, mais do que nunca, a complexidade semiótica da rede impõe uma gestão equilibrada do fluxo caleidoscópico de impressões (Whorf, 1957) – na formação académica – não pode ficar esquecido o potencial organizador, cognitivo e heurístico da língua materna para a construção de um perfil comunicativo especializado, competente e competitivo.
- Terminologia e b-learning: o regresso de Humpty DumptyPublication . Castro Fernandes, JoanaEste estudo tem por objectivo reflectir sobre o papel da Terminologia na organização conceptual e linguística das áreas de especialidade. Defender-se-á que, pela sua natureza hermenêutica, organizadora, harmonizadora e heurística, esta área científica poderá reduzir a complexidade e a fragmentação lexical e conceptual que impera no domínio dos modelos de educação para o Ensino Superior, permitindo ajudar a clarificar a filiação ideológica das várias visões de ensino, levando deste modo a que o debate seja epistemologicamente transparente. Será focado o caso particular do Blended-Learning, enquanto exemplo de um sub-domínio ainda instável, do ponto de vista da sua organização ontológica e da sua materialização linguística e terminológica.
- Guia sobre o funcionamento da Língua Portuguesa: Saber Escrever. Saber Falar. Um Guia Completo para Usar Corretamente a Língua Portuguesa, de: Edite Estrela, Maria Almira Soares e Maria José Leitão, Lisboa: D. Quixote, 2004Publication . Castro Fernandes, JoanaEstaremos a viver numa espécie de Babel devastada por Deus, onde todas as formas de falar e de escrever coexistem anarquicamente? Onde está o juiz? Onde está o árbitro? A transgressão involuntária e o mau comportamento linguístico gozam de absoluta impunidade e poucos são os k kérem çaber. Sobrevivem, porém, alguns arautos da resistência que reivindicam o direito à perplexidade e à inquietude, perante o caos linguístico instaurado nos jornais, nas revistas, nas obras traduzidas, no discurso pedante e convicto dos jornalistas, nas placas oficiais e nos mais variados dísticos e outdoors.
- Port2COMM: Português global? Estratégias para a comunicação empresarialPublication . Castro Fernandes, Joana; Querido, JoanaA partilha de uma língua foi desde sempre um agente promotor de transações comerciais. O Português(s) Global guarda no seu património genético a tradição provecta de língua de diáspora. No entanto, ainda que o seu potencial no mundo negocial possa facilmente ser atestado por indicadores de ordem vária, tais como o número de falantes, o índice de penetração na internet e a taxa de utilização de redes sociais, a inteligibilidade mútua entre as suas variantes, nomeadamente entre o PE e o PB, está longe ficar assegurada por via da mera harmonização ortográfica. No que à internacionalização diz respeito, o Guia para PME Horizonte Internacionalizar da AICEP (2013) revela que a expansão das empresas portuguesas se norteia por dois tipos de proximidade - a geográfica e a psicológica - e que esta última se prende diretamente com fatores de ordem linguística, determinando a preferência por países de Língua Oficial Portuguesa. O mesmo documento, ao concluir que a existência de uma “linguagem comum” é um fator de atratividade, parece apontar para a existência de um português internacional, dotado de homogeneidade. Todavia, esta unidade, ao ser apenas parcial, compromete a inteligibilidade plena, tornando-se necessário assumir a diversidade que faz do português uma língua pluricêntrica. O objetivo deste estudo, alocado ao Projeto PORT2COMM, é aferir a conceção de português para a internacionalização de portuguesas e brasileiras. Para a persecução de tal desiderato, analisaram-se diferentes formatos de comunicação externa digital de PME portuguesas internacionalizadas no Brasil e de PME brasileiras com internacionalização em Portugal. Uma primeira análise dos resultados evidencia que o mercado de exportação não parece revelar uma grande preocupação com a inteligibilidade plena entre as variantes brasileira e europeia, sendo mais recorrentes os casos em que há recurso exclusivo a uma das variantes do português para comunicar com outro país de língua oficial portuguesa em que a variante é distinta. Cremos que, por um lado, estas lacunas poderão ser colmatadas no contexto empresarial através de uma intervenção que incida na valorização da identidade linguístico-cultural dos conteúdos digitais e da produção de guias de boas práticas de comunicação intralinguística e, por outro lado, na formação superior, investindo na qualificação de recursos humanos orientados para resolver questões linguístico-culturais que assegurem a eficaz intermediação linguística na esfera negocial.
- Interactional strategies between terminologist and domain specialist. Putting order into our universe: the concept of Blended LearningPublication . Castro Fernandes, Joana; Peres, Paula; Costa, RuteA presente comunicação visa discutir as mais-valias de um desenho metodológico sustentado numa abordagem conceptual da Terminologia aplicado ao exercício de harmonização da definição do cenário educativo mais promissor do Ensino Superior actual: o blended learning. Sendo a Terminologia uma disciplina que se ocupa da representação, da descrição e da definição do conhecimento especializado através da língua a essência deste domínio do saber responde a uma necessidade fundamental da sociedade actual: putting order into our universe, nas palavras de Nuopponen (2011). No contexto descrito, os conceitos, enquanto elementos da estrutura do conhecimento (Sager, 1990) constituem um objecto de investigação de complexidade não despicienda, pois apesar do postulado de que a língua constitui uma ferramenta fundamental para descrever e organizar o conhecimento, o princípio isomórfico não pode ser tomado como adquirido. A abordagem conceptual em Terminologia propõe uma visão precisa do papel da língua no trabalho terminológico, sendo premissa basilar que não existe uma correspondência unívoca entre os elementos atomísticos do conhecimento e os elementos da expressão linguística. É pela razões enunciadas que as opções metodológicas circunscritas à análise do texto de especialidade serão consideradas imprecisas. Nesta reflexão perspectiva-se que o conceito-chave de uma abordagem conceptual do trabalho terminológico implica a combinação de um processo de elicitação do conhecimento tácito através de uma negociação discursiva orientada para o conceito e a análise de corpora textuais. Defende-se consequentemente que as estratégias de interacção entre terminólogo e especialista de domínio merecem atenção detalhada pelo facto de se reflectirem com expressividade na qualidade dos resultados obtidos. Na sequência do exposto, o modelo metodológico que propomos sustenta-se em três etapas que privilegiam um refinamento dessa interacção permitindo ao terminólogo afirmar-se como sujeito conceptualizador, decisor e interventor: (1) etapa exploratória do domínio-objecto de estudo; (2) etapa de análise onamasiológica de evidência textual e discursiva; (3) etapa de modelização e de validação de resultados. Defender-se-á a produtividade de uma sequência cíclica entre a análise textual e discursiva para fins onomasiológicos, a interacção colaborativa e a introspecção.
- Contributos do texto para a terminologia de base conceptual. O conceito de Blended Learning: uma viagem diacrónicaPublication . Castro Fernandes, JoanaEste artigo constituiu um exercício de reflexão sobre um dos cenários educativos mais promissores do Ensino Superior atual: o blended learning. Assumimos o ponto de vista da Terminologia, disciplina que se ocupa da representação, da descrição e da definição do conhecimento especializado através da língua. Neste quadro teórico, os conceitos, enquanto elementos da estrutura do conhecimento, constituem um objeto de investigação de complexidade não despicienda, pois, apesar do postulado de que a língua é uma ferramenta fundamental para descrever e organizar o conhecimento, o princípio isomórfico não pode ser tomado como adquirido. A abordagem conceptual em Terminologia propõe uma visão precisa do papel da língua no trabalho terminológico, sendo premissa basilar que não existe uma correspondência unívoca entre os elementos atomísticos do conhecimento e os elementos da expressão linguística. Não obstante, como será demonstrado, a análise do texto de especialidade é uma ferramenta relevante para acesso ao conceito, constituindo um dos principais ambientes discursivos ao dispor do terminólogo.
- Uma abordagem cognitiva em semântica lexical: o verbo colherPublication . Castro Fernandes, Joana
- Mudança linguística em português: aspectos sociolinguísticos da neologiaPublication . Castro Fernandes, JoanaNeste estudo, proponho-me reflectir sobre o conceito de neologismo, com vista a analisar o contributo deste fenómeno para a mudança linguística do português. Discutirei a relevância de alguns dos critérios propostos por Cabré (1993) e pela Rede Panlatina de Terminologia para a identificação do fenómeno neológico, sustentandome na observação de dados linguísticos relacionados com o domínio da aprendizagem electrónica. É meu propósito ponderar as motivações sociolinguísticas da neologia e analisar possíveis implicações deste processo de criação lexical no tecido linguístico português contemporâneo e no contexto educativo do ensino superior.
- Do ensino à distância ao ensino remoto de emergência: desafios de delimitação conceptual pós-Covid19Publication . Castro Fernandes, JoanaNeste artigo, é nosso objetivo apresentar uma breve resenha crítica sobre o conceito de Ensino a Distância (ED) tal como foi definido até à eclosão da Pandemia COVID-19 e confrontá-lo com o conceito de Emergency Remote Teaching (ERT), cunhado por Hodges et al. (2020). Constata-se que as questões de delimitação conceptual no domínio dos paradigmas e modelos de aprendizagem não são um problema recente. Todavia, a necessidade societal de nomeação e de redesenho rápido de modelos improvisados de ensino e aprendizagem levou à divulgação generalizada de terminologia nem sempre precisa. Pretende-se com a nossa reflexão contribuir para uma visão diacrónica demonstrativa de que os conceitos de ED e de ERT apresentam caraterísticas em comum, mas não são equivalentes
- Estílistica (cognitiva) comparada no currículo disciplinar do curso de Tradução Especializada do ISCAPPublication . Castro Fernandes, JoanaA reflexão que nos propomos apresentar tem por finalidade dar a conhecer as linhas centrais do conteúdo programático da cadeira de Estilística Comparada - Língua Inglesa, tal como foi leccionado no ano lectivo de 1999/2000, para que, com base nessa exposição, se torne possível avaliar as suas potencialidades e limites, bem como esboçar futuras re-orientações metodológicas. Que âmbitos de análise estilística deverá privilegiar uma disciplina dirigida a futuros Tradutores Especializados? O regime semestral e a carga horária semanal de duas horas não autorizam um programa ambicioso no que respeita à extensão de conteúdos. Há todavia um princípio geral que deverá nortear qualquer leccionação: a necessidade de desmantelar a carga semântica de frivolidade que os alunos frequentemente conferem ao termo “estilística”. Preocupámo-nos por isso (correndo o risco de ser, ou não, bem sucedidos), em talhar um plano de estudos relevante para o futuro Tradutor Especializado, o qual passa, numa primeira etapa, pela reconceptualização dos conceitos tradicionais de estilística/ estilo/ figura, partindo da evidência de que qualquer produto verbal, até mesmo o texto técnico, se constroi e ostenta “traços estéticos”. Desses “traços” emerge um que é indissociável do funcionamento cognitivo em geral e do trabalho do tradutor em particular: a dimensão metafórica/figurativa dos sistemas linguísticos. Utilizando uma perspectiva comparativa, analisamos, numa segunda etapa, realizações de superfície de modelos cognitivos idealizados das línguas inglesa e portuguesa.