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ESE - CLL - Livro, parte de livro ou capítulo de livro

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Recent Submissions

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  • Na hora de confinar, também podes proverbiar
    Publication . Coelho, Claudia; Morgado, Celda
    Os provérbios fazem parte da nossa memória coletiva e vertem a maneira de agir e de pensar de um povo: as nossas vivências, as nossas alegrias, tristezas, preocupações, valores… A pandemia, que teve o seu início, em Portugal, em março de 2020, como sabemos, veio trazer, por um lado, um novo rumo às nossas vidas e impulsionou o uso e a (re)criação de novos vocábulos ou expressões, incluindo palavras como "confinamento", "distância", "máscara", "online", "estudo em casa", "pandemizar", "covid" e "covidário". Por outro lado, quer queiramos ou não, a Covid-19 também fará parte da nossa história. Quis-se, com o projeto que aqui se dá a conhecer, mostrar que, apesar de a cultura popular não ser escrava do tempo, bem pelo contrário, tem o seu tempo de criação. Foi precisamente o momento da criação cultural que aqui se quis fotografar. A presente brochura digital surge no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º CEB, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Neste projeto, pretendeu-se promover a criação de estruturas proverbiais que espelhassem esta nova realidade, como é exemplo o título do projeto – “Na hora de confinar, também podes proverbiar" -, tendo como objetivos, em tempos de pandemia, promover a criatividade e a reflexão linguísticas e desenvolver a compreensão e a motivação para o estudo dos textos de tradição oral, textos esses que, contrariamente ao desejável, estão em desuso e, em meio educativo, pouco são explorados e dados a conhecer às novas gerações. Através deste projeto, que enlaçou alunos pertencentes a três turmas do Ensino Básico (4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade), familiares, professores cooperantes, professores supervisores, professores em formação e outras pessoas que, perante a divulgação do projeto, se sentiram motivadas a colaborar, foi reunido um corpus de potenciais provérbios, criados entre fevereiro e março de 2021, período referente ao segundo confinamento, através de uma diversidade de tarefas motivadoras. Nesta brochura, apresentamos uma compilação dos provérbios após seleção e tratamento, recheando as suas páginas com ilustrações de pequenos grandes artistas – os alunos envolvidos neste projeto.
  • A canção de embalar e a sua dimensão poética e educativa
    Publication . Vasconcelos de Macedo, Ana Cristina; Gomes, José António
    Neste ensaio, propõe-se uma reflexão sobre a dimensão poética da canção de embalar e sua importância em contexto educativo. Sendo a canção de embalar um particular texto do património literário oral, são apontados os elementos semânticos, métricos e fónico-rítmicos, estilísticos, entre outros, que contribuem para a complexidade estética destas «rimas» e que impulsionam a sua reescrita ou apropriação do género quer por compositores quer por poetas de vários quadrantes do mundo, com destaque para alguns portugueses. O contacto com estas «rimas» para a infância é essencial numa educação estética que deve iniciar-se desde a idade pré-escolar.
  • O Violino de Auschwitz, de Maria Àngels Anglada: execução musical ou «fuga de morte»?
    Publication . Cristina Vasconcelos de Macedo, Ana
    O Violino de Aushwitz, escrito pela catalã Maria Àngels Anglada, constitui um fenómeno de crossover fiction que interpela a história oficial do ponto de vista de uma personagem feminina que narra intradiegeticamente episódios ocorridos no campo de concentração de Auschwitz e vividos pelo luthier Daniel, seu tio. Propomo-nos, neste artigo, examinar a importância desta obra para jovens leitores na construção da(s) verdade(s) histórica(s) e do andamento trágico da humanidade. O ponto de vista de uma personagem feminina que se apresenta duplamente como testemunha passiva e herdeira de um passado a quem cumpre perpetuar e transformar faz desta narrativa ficcional uma hipótese referencial que possibilita aos leitores o acesso a outras verdades (também históricas) e à configuração de um coletivo individual.
  • Entre a memória e a sua ausência, a construção de uma identidade – para uma leitura de A História de Erika, de Ruth Vander Zee e Roberto Innocenti.
    Publication . Cristina Vasconcelos de Macedo, Ana
    A História de Erika, escrito por Ruth Vander Zee e ilustrado por Roberto Innocenti, é mais um dos livros que se debruçam sobre o tema do Holocausto, entrecruzando o trabalho ficcional do texto verbal e a História factual representada nas ilustrações hiperrrealistas. Apesar da simplicidade lexical e sintática do texto verbal, esta narrativa é contada através de uma analepse externa por Erika, em 1995. Nesse recuo temporal de cinquenta e um anos, Erika conta como foi lançada pelos pais para fora do vagão onde seguiam rumo ao campo de extermínio de Birkenau – Auschwitz. Toda a narração é construída por perguntas retóricas acerca dos sentimentos que teriam experimentado os seus pais nesse momento, que nome lhe teriam dado, se teria irmãos. A construção da identidade de Erika inicia-se depois de ter sido recolhida por uma família e a partir de uma memória não individual mas coletiva, ou seja, a partir do que ouvia contar sobre o Holocausto e do que podia ler na História oficial.
  • Leïla, uma narrativa axiomática da existência
    Publication . Cristina Vasconcelos de Macedo, Ana
    Leïla, uma criança beduína voluntariosa, sofre a perda do irmão mais velho, Slimane – o único capaz de aplacar a sua cólera. Após o desaparecimento de Slimane nas areias do deserto, o pai, o Cheik Tarik, proíbe a tribo de pronunciar o nome do filho. Leïla, uma vez mais, desobedece e não permite que Slimane caia no esquecimento, mas, para tal, terá de conseguir que os outros e ela própria consigam ultrapassar o medo. Neste comentário a um livro infantil em formato de álbum narrativo, aborda-se a inscrição do passado no presente como forma de manter viva a memória de Slimane, tornando-o, assim, imortal.
  • O Menino Eterno ou a arte da existência
    Publication . Cristina Vasconcelos de Macedo, Ana
    Da mesma forma que Sophia de Mello Breyner aprendeu «que não há poesia em silêncio sem que se tenha criado o vazio e a despersonalização», também este conto nos ensina que seremos meninos eternos «enquanto a palavra morte não couber na nossa boca » (Letria, 2016).
  • O humor como procedimento literário e estratégia pedagógica em O Elefante não Entra na Jogada, de António Torrado
    Publication . Cristina Vasconcelos de Macedo, Ana
    a reflexão de Baudelaire sobre o riso não nos interessa particularmente para o comentário que nos propomos fazer a O Elefante não Entra na Jogada, do ficcionista, dramaturgo, poeta e argumentista António Torrado (Lisboa, 1939), obra publicada pela primeira vez em 1985, na coleção ASA Juvenil , mas serve-nos de ponto de partida para demonstrar como o recurso à palavra escrita rivaliza com a expressão de paixões (termo tomado aqui na aceção kantiana) através da gestualidade própria da pantomina ou pantomima.