ESS - DM- Higiene e Segurança nas Organizações
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- Exposição ao ruído nas salas de aula em escolas do ensino básico da cidade de São Paulo e a sua influência em tarefas de leitura: um estudo preliminarPublication . Braga, Marisa Sofia Falcão; Rodrigues, Matilde; Cardoso, Maria Regina AlvesO ruído em ambiente escolar é considerado um agente que interfere no desempenho e bemestar do aluno, colocando em causa o processo de aprendizagem. Este agente atua principalmente na perceção do discurso do professor pelos alunos e interfere com os seus níveis de atenção e concentração. Esta questão torna-se ainda mais relevante quando se refere a crianças, uma vez que estas são consideradas um grupo particularmente vulnerável aos efeitos do ruído. No Brasil esta é uma questão de elevado interesse uma vez que, na sua maioria, as escolas do ensino básico poderão não possuir as condições estruturais ideais para a manutenção de ambientes acústicos favoráveis. No entanto, são ainda poucos os estudos sobre esta temática. Neste âmbito, o presente estudo tem como objetivo caracterizar os níveis de ruído em salas de aula de escolas públicas do ensino básico da cidade de São Paulo, bem como analisar a sua influência em tarefas de leitura. Foram incluídas neste estudo cinco salas de aula pertencentes a cinco escolas da cidade de São Paulo. O nível sonoro contínuo equivalente, ponderado A (LAeq,T) foi monitorizado de forma contínua durante todo o período de aula, quer no interior da sala de aula, quer no exterior. Para avaliar o desempenho ao nível da leitura, foi aplicado o Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras. Os resultados foram controlados para as capacidades intelectuais dos alunos, tendo sido aplicado o Teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven para o efeito. No interior das salas de aula, os valores de LAeq,T variaram, em média, entre os 70,2 dB(A) e os 77,5 dB(A). No exterior das salas de aula os valores de LAeq,T variaram entre os 68,0 dB(A) e os 78,4 dB(A). Os resultados indicam que os alunos se encontram expostos a níveis elevados de ruído no interior da sala de aula, que podem colocar em causa o seu desempenho, demonstrando a necessidade de controlo de ruído nestes ambientes. Verificou-se a existência de correlação entre os níveis de ruído no interior e no exterior da sala de aula. Não se verificou uma relação entre os valores de LAeq,T e o desenvolvimento dos alunos em tarefas de leitura. Os resultados deste estudo enfatizaram a necessidade das escolas analisarem as condições acústicas das salas de aula e definirem medidas de controlo adequadas. Estudos adicionais deverão ser desenvolvidos para a análise da relação entre os níveis de ruído na sala de aula e o desempenho dos alunos.
- Caraterização das atitudes e comportamentos ambientais dos estudantes na Escola Superior Politécnica do Cuanza-Norte (ESPCN)- AngolaPublication . Lutete, Nsiku; Rodrigues, Matilde; Nunes, MafaldaA par do aumento populacional e das transformações nas sociedades atuais crescem os problemas ambientais, um pouco por todo o mundo, e nos países em desenvolvimento em específico. Em Angola, esta problemática é particularmente evidente. Este país dispõe de taxas de crescimento que estão entre as maiores do mundo, situação que tem sido associada a impactos negativos no ambiente. É neste contexto que caracterizar as atitudes e os comportamentos ambientais em angola apresenta particular relevância, no sentido de permitir delinear estratégias eficazes para a preservação do ambiente e doa recursos naturais. O presente trabalho teve como principal objetivo caracterizar as atitudes e os comportamentos ambientais dos estudantes universitários da Escola Superior Politécnica do Cuanza-Norte, em Angola. Foram considerados neste estudo 193 estudantes de diferentes cursos, com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos de idade (M=25,65; DP=6,78). Para a caracterização das atitudes e os comportamentos ambientais foi utilizado um questionário. Este foi constituído por 4 partes: questões sociodemográficas; 40 itens para a caracterização das atitudes e preocupações ambientais, retiradas da escala Environmental Attitude Inventory (EAI); 13 itens relativos a comportamentos ambientais e, 10 itens de avaliação das ameaças percecionadas relativamente a fatores de risco ambientais. Os principais resultados mostraram que as atitudes e preocupações ambientais dos estudantes são influenciadas pela idade e pelo curso frequentado. Os estudantes apresentaram comportamentos pro-ambientais insuficientes, influenciados pelo curso frequentado e o nível de preocupação ambiental. As ameaças ambientais percecionadas pelos estudantes estão mais associadas à água e ao ar, mostrando-se influenciadas pelo curso e classe média dos estudantes. Foram ainda encontradas correlações positivas significativas entre a perceção de ameaça percebida e os comportamentos ambientais. Estes resultados sugerem a necessidade de se promover uma educação ambiental no seio dos estudantes angolanos, que permita potenciar uma maior consciência ambiental e responsável que tenha impacto ao nível das suas atitudes e comportamentos.
- Qualidade da água para consumo humano: riscos associados à presença de biofilmes em torneiras de espaços escolaresPublication . Quintela, Sara Isabel dos Santos; Freitas, Marisa; Silva, ManuelaNos sistemas de abastecimento e distribuição de água para consumo humano, as superfícies internas das torneiras podem estar em contacto direto com água não-estéril, potenciando o desenvolvimento de biofilmes. Os biofilmes podem alojar diversos microrganismos patogénicos, facto que representa um potencial fator de risco de doenças associadas à ingestão de água. A integridade dos sistemas de abastecimento e distribuição de água é particularmente crítica em estabelecimentos utilizados por grupos de risco (p.ex., escolas), devendo ser monitorizada regularmente. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da água, assim como os riscos associados à presença de biofilmes em torneiras de espaços escolares. A amostragem foi realizada em torneiras de casas de banho, cantinas e bebedouros de sete escolas, num total de trinta e seis amostras de água, trinta e três superfícies internas de torneiras, e vinte e dois arejadores. Para ambas as amostras, água e superfícies, foram avaliados os seguintes parâmetros: Bactérias Coliformes, Escherichia coli, Número de colónias a 22ºC e 37ºC, Clostridium perfringens, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus coagulase positiva. O cloro residual livre, pH e a temperatura foram igualmente determinados nas amostras de água. Foi também analisado o estado de higiene de vinte e nove superfícies internas de torneiras através do método de deteção de Adenosina Trifostafo (ATP) por bioluminescência. Na generalidade as amostras de água cumpriam as recomendações legais, à exceção do número de colónias a 22ºC e 37ºC (30,6% e 19,4%, respetivamente), e cloro residual livre (8,3% <0,2mg/L e 47,2% >0,6 mg/L). Na avaliação microbiológica das superfícies internas das torneiras observou-se contagens elevadas do número de colónias a 22ºC (de 5×101 a 6×106 UFC [unidades formadoras de colónias]/unidade de amostragem) e 37ºC (de 4,5×101 a 6,2×106 UFC/unidade amostragem) em 66,7% e 72,7% das amostras, respetivamente, e 86,4% e 100% dos arejadores, respetivamente. Neste último ponto de amostragem foi também detetado Clostridium perfringens, Bactérias coliformes, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus coagulase positiva em 13,6%, 9,1%, 9,1%, 4,5% e 18,2% das amostras, respetivamente. A análise de ATP evidenciou uma higienização débil em 17,2% das torneiras. Estes resultados indicam a presença de biofilmes nas superfícies internas e arejadores de torneiras, sugerindo deficiências na integridade dos sistemas de abastecimento e distribuição de água em algumas escolas. No presente estudo, Staphylococcus coagulase positiva foram encontrados simultaneamente nas amostras de água, superfícies internas das torneiras e arejadores, o que sugere que os biofilmes parecem representar um fator de risco para a qualidade da água. A definição de planos de higienização das superfícies internas das torneiras e arejadores poderá ser uma forma de minimizar a presença biofilmes que alojam bactérias patogénicas oportunistas que parecem provir do utilizador.
- Effects of cycling computer workstation on cognitive function and work performancePublication . Santos, Ana Carolina da Silva; Santos, JoanaA exposição ocupacional a grandes períodos de tempo sentados tornou o local de trabalho uma oportunidade para melhorar a saúde dos adultos em geral, através da implementação de estações de trabalho ativas. O objetivo deste estudo é avaliar as diferenças no desempenho no trabalho e na função cognitiva, enquanto os participantes estão apenas sentados ou a pedalar. A amostra é constituída por 20 estudantes do género feminino, com idade entre 18 e 25 anos, com um Índice de Massa Corporal entre 18.5 – 25 kg/m2, sem lesões músculoesqueléticas e sem défice cognitivo, que realizaram tarefas de escritório ao computador. As participantes responderam ao questionário do Perfil de Estados de Humor em cada momento de avaliação. A velocidade e o número de erros cometidos na transcrição de um texto, a atenção seletiva, o controlo inibitório e o estado de humor foram estudados. Os resultados mostraram algumas diferenças significativas entre momentos de medição, o que pode permitir concluir que a prática e a familiarização com a tarefa são essenciais para uma melhor função cognitiva. As estações de trabalho ativas podem ser uma solução para reduzir o tempo sentado e o comportamento sedentário, sem comprometer a função cognitiva e a performance no trabalho.
- Feasibility of a cycling workstation in a simulated office setting: a pilot studyPublication . Oliveira, Ana da Silva; Santos, Joana; Santos, RubimO comportamento sedentário está cada vez mais presente na vida profissional das pessoas e tem efeitos negativos na sua saúde. O exercício físico através de estações de trabalho ativas pode atenuar esses efeitos. O objetivo deste estudo foi investigar a adequabilidade de uma estação de trabalho ativa dotada de ciclo ergómetro, comparando a resposta fisiológica de mulheres saudáveis. Um total de 20 mulheres com idades entre os 18 e 25 anos, com um Índice de Massa Corporal entre os 18.5-25 kg/m2 e sem historial de lesões músculoesqueléticas foram selecionadas para o estudo com base no preenchimento do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo de controlo, que apenas ficava sentado na estação de trabalho, adaptada ergonomicamente, a realizar tarefas de escritório; grupo de teste, com as mesmas condições, mas utilizando uma estação de trabalho com um ciclo ergómetro, onde pedalavam livremente. Foram realizadas 3 medições durante 30 minutos, onde foram observados os seguintes parâmetros fisiológicos: frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), frequência respiratória (FR), temperatura da pele (TP) e a perceção de esforço (através da aplicação da escala de Borg CR10). Nos resultados da FC, houve um aumento da mesma entre momentos e os resultados do grupo de teste foram 30% maiores que no grupo de controlo. A PA aumentou no grupo de teste em relação ao grupo de controlo. Na FR não houve diferenças entre momentos, contudo existiram diferenças entre grupos, onde o grupo de teste teve resultados 32.9% maiores do que no grupo de controlo. Estes resultados correspondem a respostas fisiológicas típicas de exercício físico leve. A TP não demonstrou diferenças entre momentos e grupos. Os resultados da escala de Borg mostraram que não houve diferenças entre momentos, contudo houve diferenças entre grupos, com o grupo de controlo a classificar o seu esforço como "esforço extremamente ligeiro" e o grupo de teste classificou como "esforço ligeiro". Conclui-se que esta estação de trabalho ativa é adequada para um local de trabalho onde os indivíduos tenham a necessidade de quebrar a monotonia de um trabalho sedentário. Contudo, será necessário explorar estes efeitos em contexto real, juntamente com outras formas de intervenções no local de trabalho.
- Eficácia da formação em segurança e saúde no trabalho em empresas de pequena dimensão do setor da metalomecânica: estudo comparativo de dois métodos de formaçãoPublication . Barros, Beatriz Lopes; Rodrigues, Matilde; Dores, Artemisa RochaA formação nas empresas de pequena dimensão, bem como a sua eficácia tem sido alvo de poucos estudos, sendo necessária uma pesquisa adicional. Neste sentido, este estudo teve como objetivo comparar a eficácia de dois métodos de formação quando aplicados no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em empresas de pequena dimensão do setor da metalomecânica: o método ativo, com discussão em grupo, e o método expositivo, com exposição formal. O efeito destes dois métodos foi avaliado ao nível da perceção de risco (perceções de suscetibilidade, gravidade, barreiras e benefícios), comportamento de segurança (conformidade com a segurança e participação em segurança) e conhecimento de SST. Foi também analisada a influência de variáveis sociodemográficas e profissionais nas diferentes variáveis dependentes em estudo, bem como verificada a relação entre as variáveis dependentes. Foram definidos três grupos (n=212): dois grupos sujeitos a intervenção e um grupo sem intervenção. De forma a avaliar as necessidades de formação das empresas, foi realizado um focus groups e foram efetuadas visitas às mesmas, tendo sido posteriormente desenhado um programa pedagógico. A eficácia da formação foi avaliada através de um questionário aplicado antes e um mês após a formação, o qual inclui questões para avaliar as dimensões em estudo. Os resultados obtidos demonstraram, em geral, um efeito limitado mas positivo da formação nas variáveis em estudo, independentemente do método utilizado. Contudo, apenas foram identificadas diferenças significativas ao nível da perceção de suscetibilidade e do conhecimento de SST (p≤0,05). Adicionalmente, apesar dos resultados ligeiramente mais favoráveis por parte do método que envolveu discussão em grupo, não foram observadas diferenças significativas entre os dois métodos de formação (p≥0,05). Os resultados mostraram também que género, idade, antiguidade, ocorrência de acidentes de trabalho e doenças profissionais, escolaridade e tipo de contrato de trabalho tiveram influência nas dimensões em estudo. Ainda que existam evidências da importância do envolvimento nas ações de formação, o mesmo não se verificou no presente estudo. No entanto, é de ressalvar que a intervenção foi limitada a uma única sessão, pelo que estudos adicionais, com maior tempo de implementação, devem ser realizados.
- Contribuição para a implementação de um sistema e gestão ambiental pelo referencial NP EN ISSO 14001:2015 estudo desenvolvido em empresa de moldes em aço - ramo automóvelPublication . Fernandes, Ana Catarina de Jesus; Silva, Manuela Vieira daAs exigências do mercado automóvel, impulsionaram o desenvolvimento das empresas, através de uma forte aposta nos Sistemas de Gestão (SG). O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) tornou-se uma das principais ferramentas utilizadas pelas empresas para lidar com os aspetos ambientais e os impactes que as suas atividades têm sobre o meio ambiente, de forma a melhorar o desempenho ambiental das empresas e certificar as suas realizações. Este estudo teve como objetivo contribuir para a implementação de um SGA de acordo com o referencial normativo NP EN ISO 14001:2015 na empresa Simoldes Aços. Este estudo foi desenvolvido em quatro fases. A Primeira pretendeu realizar um diagnóstico ambiental de forma a compreender a situação atual da empresa, tendo em conta a infraestrutura, o processo produtivo e a expedição do produto. Na segunda fase foi elaborado o Ciclo de Vida (CV) do produto, tendo em conta todas as fases consecutivas e interligadas do molde em aço. Numa terceira fase foram determinados os aspetos e impactes ambientais, através da aplicação de uma metodologia baseada na norma MIL–STD-882. Na última fase foi realizada a avaliação do desempenho ambiental da empresa, através de cinco indicadores. Os resultados deste estudo indicam que a nível de diagnóstico ambiental a empresa tem de investir em recursos e matérias mais sustentáveis de forma a minimizar os impactes ambientais e reduzir os custos, salvaguardando que este investimento tem maior enfoque na área da infraestrutura. Ao nível do CV resultou seis fases principais e duas auxiliares, sendo todas elas tidas em conta no presente estudo. Na identificação dos aspetos ambientais diretos foram determinados cerca de 72 aspetos ambientais e 15 impactes ambientais, dos quais 10 foram considerados significativos. Nos aspetos ambientais indiretos também se obteve 10 aspetos significativos. Ao nível de indicadores de desempenho, a empresa consumiu mais de 500 tep de energia, produziu 237.120 Kg de resíduos, consumiu mais água subterrânea, em termos da matéria-prima, foi desperdiçado cerca de 10% do aço comprado e em relação ao consumo e solventes a Simoldes Aços consumiu mais de 2 t/ano. Apesar de a empresa possuir uma pequena frota, no ano de referência 2016 emitiu um total de 52.233,16 KgCO2, atingindo uma maior emissão de CO2 nos veículos a gasóleo. Este estudo permitiu de uma forma genérica verificar que a empresa ainda tem o SGA numa fase muito “embrionária” e, portanto, tem um longo caminho a percorrer.
- Determinantes para o desempenho de segurança e saúde no trabalho em micro e pquenas empresas do setor de operação de gestão de resíduosPublication . Sá, Ana Sofia Silva Pinto de; Rodrigues, MatildeO setor de operação de gestão de resíduos é constituído maioritariamente por micro e pequenas empresas. As empresas de menor dimensão enfrentam desafios no que se refere à gestão dos riscos profissionais, estando alguns dos determinantes para o desempenho de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) descritos na literatura. No entanto, no que se refere às empresas deste setor, pouco se sabe sobre como gerem os riscos profissionais, bem como qual o seu nível de desempenho de SST. Este trabalho teve como principal objetivo identificar os determinantes para o desempenho de SST em empresas de operação de gestão de resíduos. Foram caracterizados os acidentes de trabalho do setor, através da análise dos dados fornecidos pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP). Foram analisados registos e realizadas entrevistas aos empregadores de 66 empresas, com o objetivo de caracterizar o processo de avaliação de risco, os acidentes de trabalho, a formação em SST, bem como o tipo de serviços de SST. Adicionalmente, foi avaliado o desempenho de SST na amostra em estudo. Foram também analisadas as perceções dos empregadores (66) e dos trabalhadores (279) para identificar determinantes adicionais para a gestão de SST. Os resultados obtidos indicaram que a maioria dos trabalhadores do setor eram do género masculino. Foi relevante a elevada frequência de acidentes de trabalho no setor, sendo que em média, 2 em cada 10 trabalhadores sofreu um acidente que resultou em mais de 3 dias perdidos. Algumas empresas não realizavam atividades no âmbito da gestão da SST. As empresas que realizavam avaliações de risco, optavam por abordagens qualitativas, mesmo no que se referia à avaliação da exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos e biológicos. No que se refere aos determinantes para o desempenho de SST, os dados enfatizaram o número de visitas realizadas pelas empresas prestadoras de serviços e a formação em SST. Verificou-se também que quanto maior a participação em SST percebida pelos trabalhadores, o seu comprometimento organizacional e apoio pela gestão, maior o nível de desempenho de SST nas empresas em estudo. Os resultados também denotaram as dificuldades dos empregadores na gestão de SST, sendo enfatizados aspetos associados às exigências legais, burocracia e falta de conhecimento em matérias de SST. Este estudo mostrou que as empresas do setor de operação de gestão de resíduos apresentam importantes limitações na gestão dos riscos profissionais, sendo importante promover um maior envolvimento do empregador em matérias de SST, bem como potenciar a proximidade e o apoio por parte das empresas de consultadoria externa.
- Development and validation of a scale for safety climate measurement at workgroup levelPublication . Soares, Helena Raquel dos Santos; Rodrigues, MatildeIn Portugal, construction and manufacturing are two of the sectors with higher injury rates. In these industries several workers operate in teams. In this kind of arrangements, the team leader/supervisor and co-workers play an important role in what regards to occupational safety. As a result, safety performance should not be only analyzed at organizational level but also at the group level, being safety climate scales good instruments to this end. Since were found very few empirical research that described and validated scales to measure safety climate at workgroup level, this study aims to validate an instrument for that purpose. Additionally, relationships between workgroup safety climate and other variables, such as safety behaviors, accident rates and organizational safety climate were stablished. It was measured organizational safety climate, group safety climate, safety behaviors and injury frequency rates at workgroup level. The group safety climate included two subscales: leader safety climate and co-worker safety climate. The sample was composed by 207 workers from 3 different companies of the construction and manufacturing sectors. Exploratory and confirmatory factor analysis and correlations with other variables was used to validate the scales measuring the constructs under study. Results confirmed a single dimension for organizational safety climate and a two-factor structure for group safety climate, i.e., group leader safety climate and group co-worker safety climate. The group safety climate was positively correlated with organizational safety climate and safety behaviors at individual level. At workgroup level, when aggregated data was used, relationships with behaviors were only significant for safety participation dimension. This study contributed to the current knowledge about safety climate and the scale should be used by OSH practitioners as a proactive safety indicator.
- Monitorização e identificação de fungos no interior de transportes públicos coletivos na região do PortoPublication . Morais, Ana Rita da Mota; Santos, Joana; Oliveira, RuiOs autocarros, como serviço de transporte público, são utilizados por milhares de pessoas em todas as cidades, pelas vantagens que apresentam. Os passageiros encontram-se perante um microambiente, expostos a agentes biológicos, como os fungos, que podem ter impacto na sua saúde humana. O presente estudo possui como principal objetivo a avaliação e análise da exposição a agentes biológicos nos transportes rodoviários coletivos, através da quantificação e identificação de espécies fúngicas. De janeiro a maio, foram realizadas 41 viagens, onde, posteriormente, foram analisadas 68 placas de Petri puras viáveis de fungos, sendo 66 pertencentes ao ar e 2 às superfícies. A obtenção de colónias puras de fungos e o seu respetivo isolamento foi realizada através da técnica de riscado em placa, e para identificação das espécies procedeu-se à extração do ADN, seguido da realização da técnica do PCR e posteriormente da sequenciação. Os resultados analisados permitiram averiguar que não existe uma correlação significativa entre o número de ocupantes, a temperatura e as concentrações de fungos no ar. A influência das estações do ano – inverno e primavera – assim como a ventilação natural/forçada não permitiu verificar associações entre as variáveis. As 6 espécies de fungos identificadas foram Epicoccum nigrum, Clasdoporium haloterans, Cryptococcus diffluens, Cladosporium tenuissimum, Alternaria infectoria e Alternaria tenuissima / Alternaria alternata. As medidas de prevenção como a manutenção do sistema de ar condicionado e de ventilação, a utilização de produtos de limpeza mais eficazes e a realização de avaliações sazonais à qualidade do ar interior deste tipo de transporte têm o objetivo de assegurar as condições de segurança e de conforto para todos os ocupantes.