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- Formação pedagógica no ensino superior: desafios e oportunidadesPublication . Salgado, Ana; Freitas, Ana; Oliveira, Nuno; Sá, SofiaHistoricamente, no contexto do ensino superior, os critérios de recrutamento e seleção de professores para integração no corpo docente baseiam-se quase exclusivamente no grau académico e mérito/produção científica do candidato. Durante décadas, prolongou-se a tradição de que um docente com competências científicas era, naturalmente, competente a nível pedagógico, vigorando assim o modelo do ‘aprende-se a ensinar, ensinando’, de forma intuitiva, por ‘tentativa-erro’. Contrariando a perspetiva acima descrita, reconhecendo a atividade docente como tarefa complexa e exigente, que carece de mais do que apenas capacidades inatas e para a qual é necessário um conjunto de saberes que potencie a efetiva aprendizagem dos estudantes e promova a qualidade do ensino, diversas instituições do ensino superior (IES) têm apostado na formação pedagógica dos seus docentes, um pouco por todo o país, contando para tal com formadores pedagógicos. Estes formadores são, geralmente, da área psicoeducativa, integrados ou não nas instituições, que trabalham, com os docentes, estratégias reconhecidas pela investigação como eficazes, ao mesmo tempo que promovem reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem, avaliação e outros aspetos relevantes. Esta proposta visa apresentar boas práticas internacionalmente reconhecidas na promoção de formação pedagógica para docentes, discutindo à luz das mesmas o que tem sido implementado em várias IES nacionais. É ainda intenção dos autores refletir sobre o potencial da promoção e implementação de formação pedagógica para docentes no sentido de partilhar estratégias que conduzam a um modelo eficaz de desenvolvimento da carreira docente. Esta proposta apresenta assim, nas várias fases do planeamento da formação pedagógica para docentes, questões que concernem: o formato da formação (e.g. workshops de curta duração, ações de formação de duração média e longa e formação on-the-job); a duração da mesma (workshops de 90 a 180 minutos, uma manhã/uma tarde, vários dias, um semestre...); a metodologia utilizada pelos formadores (utilização de metodologias ativas que promovam a integração dos conteúdos e a reflexão) assim como os próprios temas da formação (orientações top-down ou baseadas em análises de necessidades - bottom up). Um aspeto importante a abordar será ainda o modelo da formação - o modelo teasers pedagógicos, em que os docentes adquirem conhecimento de novas ferramentas pedagógicas para utilizar em sala de aula (e.g.: mindmaps, quizzes, apresentações dinâmicas) ou uma perspetiva conceptual com o objetivo de promover reflexão sobre temas fulcrais como planificação de aulas, aspetos ensino aprendizagem e/ou avaliação. Por outro lado, em formação on-the-job surge ainda o modelo de observações de aulas com feedback posterior, permitindo ao docente receber, de forma profissional e detalhada, informações sobre a sua prática em sala de aula com vista a posteriores melhorias e mudanças, num ambiente colaborativo e isento de processos avaliativos. A este propósito discute-se ainda a questão do público-alvo. Ainda neste âmbito convirá refletir se os modelos e temas da formação deverão ser os mesmos para docentes recém integrados e docentes experientes, discutindo-se a necessidade de diferentes formas de planeamento consoante a população-alvo. Serão ainda abordados desafios e constrangimentos relacionados com a parte burocrática e logística do planeamento da formação pedagógica como a questão do financiamento necessário para o desenvolvimento destas iniciativas e o número de participantes por ação, entre outro. Este trabalho apresenta-se como uma reflexão, fruto do trabalho desenvolvido por 4 profissionais da formação pedagógica, ligados pelos mais de 10 anos de experiência. A paixão pela área pedagógica nasce do desejo de contribuir para melhores processos de ensino aprendizagem e é alimentada pela abertura, disponibilidade e vontade dos docentes em adquirir conhecimentos que lhes permitam assumir a atividade docente com mais confiança e com novas estratégias fundamentadas na investigação.
- Desenvolvimento de competências de comunicação clínica no primeiro ano de fisioterapiaPublication . Salgado, Ana; Dores, Artemisa Rocha; Martins, Helena; Magalhães, Andreia; Reis, AnaO curso de fisioterapia na Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto implementou em 2008 o modelo pedagógico: PBL (Problem-Based Learning). A área de Ciências Sociais e Humanas (CSH) integra diferentes unidades curriculares (UCs) ao longo da licenciatura, tendo entre os seus objetivos, desenvolver competências de comunicação clínica na área da saúde de forma integrada e longitudinal. O trabalho que aqui se apresenta foca-se na UC de fisioterapia em Condições Neuromusculoesqueléticas 1 (NME1) na qual estão inscritos 88 estudantes do primeiro ano de fisioterapia. Em 8 horas de Seminários e 6 horas de Teórico-Práticas abordam-se temas como a comunicação e a relação terapêutica, a abordagem centrada na pessoa vs no problema, as atitudes comunicacionais, as competências de comunicação na entrevista em fisioterapia, as atitudes comunicacionais e as microcompetências/técnicas de atendimento, bem como a comunicação ao longo do ciclo vital e em situações específicas. Os resultados da avaliação da UC, que incluem uma avaliação escrita e um trabalho prático desenvolvido ao longo das sessões teórico-práticas, serão apresentados e discutidos. A aplicabilidade das ferramentas pedagógicas aqui apresentadas a outras UCs e domínios científicos será analisada criticamente sem esquecer as suas implicações para investigação futura.
- Comunicação em saúde: O desafio de novos públicos em formatos inovadoresPublication . Dores, Artemisa Rocha; Salgado, Ana; Villhena, Jéssica; Teixeira, Catarina; Oliveira, Telma; Silva, ReginaO desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação e a sua democratização trouxeram novos desafios aos profissionais da ciência e da saúde, nomeadamente desenvolver um processo de produção de ciência participativo e próximo da sociedade. No domínio da comunicação, o desafio deixou de ser o de partilhar a informação científica unicamente com os pares, para implicar a transmissão de informação a públicos diversos, em formatos inovadores e o de ouvir esses públicos ao longo do processo de construção de conhecimento. No entanto, comunicar sobre temas de saúde, conciliando qualidade e rigor científico, com simplicidade e atratividade, é uma tarefa que requer competências específicas. A unidade curricular (UC) de “Comunicação em Saúde”, do 1º ano, do Mestrado em Técnicas Laboratoriais em Biopatologia, tem como objetivo o desenvolvimento de competências de comunicação de ciência e de promoção de literacia em saúde através da produção de conteúdos digitais e interativos, fichas informativas e outro material didático a ser disponibilizados em plataformas,repositórios digitais abertos, construídos para o efeito, ou apresentados sob a forma de ações de formação e de sensibilização, em formatos presencial ou a distância, como forma de chegar a novos e diversificados públicos-alvo com estratégias personalizadas. A avaliação desta UC tem dois elementos de avaliação: (1) o desenvolvimento de um projeto digital de promoção de literacia em saúde e/ou de comunicação de ciência; (2) a apresentação oral do projeto. O binómio ciência-tecnologia requer uma atualização dos conteúdos nos curricula e novos métodos de ensinoaprendizagem para capacitar os futuros profissionais de saúde, investigadores e cidadãos participativos, para esta nova exigência, aproximando a ciência e o conhecimento da sociedade. É essa experiência pedagógica, com resultados positivos, que aqui se reflete e as aprendizagens daí resultantes.
- Avaliação das propriedades psicométricas e validação do NEO-FFI para estudantes portugueses de tecnologias da saúdePublication . Martins, Helena; Reis, Ana; Salgado, Ana Isabel; Magalhães, Andreia Carla Fonseca; Sousa, Zita; Dores, Artemisa RochaO modelo de 5 fatores (Big Five) organiza a personalidade humana em cinco fatores: neuroticismo, extroversão, abertura à experiência, amabilidade e conscienciosidade. O Neo-Five Factor Inventory (Neo-FFI) avalia a personalidade no modelo teórico referido. Neste trabalho apresentamos os esforços de validação da escala para estudantes portugueses de tecnologias da saúde, incluindo fiabilidade, análise fatorial exploratória e análise fatorial confirmatória.
- Desenvolvimento da carreira docente e mindfulness. Qual a relação?Publication . Sousa, Zita; Salgado, Ana; Lopes, PaulaO stress laboral é um dos problemas de saúde mais reportados. Comparativamente a outros grupos profissionais, trabalhadores na área da educação estão em maior risco para stress, particularmente os docentes do ensino superior. Estes reportam maiores níveis de stress, conflito e dificuldade no balanceamento vida profissionalpessoal, e menores níveis de bem-estar e suporte de pares (e.g., Kinman & Wray, 2013). Hipotetizando a influência negativa destes fatores na qualidade pedagógica e relação docente-estudantes, defendemos a integração da promoção de competências pessoais na conceção inovadora da formação contínua do docente, competências estas que contribuem para a saúde. Enquanto Escola de Saúde, concebemos a saúde como bem-estar físico, psicológico e social, tal como preconizado pela Organização de Mundial de Saúde (e.g., 2001) e, também, espiritual, tal como argumentado por inúmeros estudos. Esta dimensão espiritual refere-se, exemplificando, ao sentido de plenitude (Marín, 1995), à concretização do potencial de desenvolvimento humano (Marques, 2003), à integração dos vários domínios da vida (Westgate, 1996) e ao propósito de vida (e.g., Reed, 1992). A saúde integral pode passar pelo cultivo do Mindfulness. O Mindfulness é a competência de focar a atenção, de forma especial, plena e intencional, no momento presente, cultivando autoconsciência com uma qualidade de nãojulgamento e aceitação da experiência (Kabat-Zinn, 1990). Os seus benefícios – cientificamente comprovados – indicam melhor qualidade de vida, bem-estar e saúde geral (e.g., Chiesa & Serretti, 2010; Goleman & Davidson, 2017). Nos últimos anos o Projeto de Formação Pedagógica da ESS-P.Porto procurou promover a saúde integral dos docentes através de Práticas Guiadas de Mindfulness. Apresentaremos a experiência da formação prática em Mindfulness, tecendo considerações sobre desafios, oportunidades e adaptações ao longo do processo, bem como sobre os seus resultados, nomeadamente em termos de benefícios para os participantes. Em última instância, pretendemos contribuir para a reflexão acerca do futuro nesta área, que consideramos primordial.
- Comunicar ciência: a formação em competências transversais dos estudantes de doutoramento da Escola de Ciências da Universidade do MinhoPublication . Salgado, Ana; Côrte-Real, Manuela; Casal, MargaridaOs cientistas são cada vez mais avaliados pela sua capacidade de transmitir ideias e descobertas. Como tal precisam de desenvolver competências de comunicação em diferentes contextos, não apenas entre pares. Nos dias que correm revela-se fundamental abandonar a torre de marfim e dialogar com outros públicos. A Escola de Ciências da Universidade do Minho decidiu investir no desenvolvimento de competências de comunicação de ciência nos últimos anos, através da criação de cursos com diferentes formatos e objetivos.
- Projeto de formação pedagógica para monitores de estágio na ESS P.PORTOPublication . Salgado, Ana Isabel Gomes; Lopes, PaulaOs estágios são considerados momentos de aprendizagem muito significativos na formação. Ao acolher os estudantes nos serviços, os educadores clínicos representam desde o primeiro dia, modelos de exercício profissional. Contudo, é frequente estes profissionais de saúde não terem recebido qualquer formação pedagógica para o efeito. A Escola Superior de Saúde organizou um ciclo de eventos para colmatar esta lacuna em articulação direta com os coordenadores de estágio e a Presidência. Definiu-se como público-alvo desta intervenção futuros e atuais monitores de estágio a desempenhar funções em hospitais públicos e privados, clínicas e centros de saúde, motivados a participar voluntariamente.
- Características psicométricas da Escala de Empatia de Jefferson em estudantes de Tecnologias da SaúdePublication . Reis, Ana; Martins, Helena; Salgado, Ana Isabel; Magalhães, Andreia; Sousa, Zita; Dores, Artemisa RochaO impacto positivo da Empatia no contexto das profissões de saúde é consensualmente aceite pela comunidade científica. Diversos estudos têm sido desenvolvidos na área da Medicina, mas os resultados têm-se revelado controversos. No entanto, são escassos os estudos que se debruçam sobre a Empatia entre os estudantes das Tecnologias da Saúde, pelo que é objetivo deste trabalho a validação da Escala de Empatia de Jefferson – versão para estudantes para o contexto das tecnologias da saúde.
- Desenvolvimento de competências de comunicação clínica no primeiro ano de Fisioterapia em Condições Neuromusculoesqueléticas 1Publication . Salgado, Ana; Dores, Artemisa Rocha; Martins, Helena; Sousa, Zita; Magalhães, Andreia; Reis, AnaO curso de Fisioterapia na Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto implementou em 2008 o modelo pedagógico PBL (Problem Based Learning). A área de Ciências Sociais e Humanas integra diferentes unidades curriculares (UC) ao longo da licenciatura, tendo entre os seus objetivos desenvolver competências de comunicação clínica na área da saúde de forma integrada e longitudinal. O trabalho que aqui se apresenta foca-se na UC de Fisioterapia em Condições Neuromusculoesqueléticas 1 (NME1), na qual estão inscritos 80 estudantes do primeiro ano de Fisioterapia.
- Desenvolvimento pessoal do docente: O exemplo do MindfulnessPublication . Sousa, Zita; Salgado, AnaTradicionalmente, a formação pedagógica do docente foca-se no que acontece dentro da sala de aula, promovendo o desenvolvimento de competências pedagógicas como, por exemplo, na área das metodologias ativas e e-learning. Contudo, sabe-se que as competências pessoais interferem com o desempenho profissional, do mesmo modo que a vida profissional tem impacto na experiência pessoal. Encarar o docente como um todo indivisível sustenta a integração inovadora da promoção de competências pessoais na conceção da formação contínua do docente. O docente é, antes de ser docente, pessoa. O desenvolvimento pessoal do docente no sentido da homeostasia, como diz Damásio (2017), ou seja, no sentido da sua regulação orientada para a evolução e o bem-estar, permite persistir (sobreviver) e prevalecer (florescer). O florescimento no sentido do bem- -estar e saúde integral pode passar pelo cultivo do Mindfulness. O Mindfulness é a competência de focar a atenção, de forma especial, plena e intencional, no momento presente, cultivando autoconsciência com uma qualidade de não-julgamento e aceitação da experiência (Kabat-Zinn, 1990).