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ESMAE - DM - Artes Cénicas

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  • A Banda: a música e o teatro num diálogo cénico – A Era da Surdez
    Publication . Rodrigues, Simão Collares Flores Sirgado; Vicente, Maria Inês Areal Rothes Marques; Sousa, Carlos Manuel Meireles de
    A Era da Surdez é o culminar na forma cénica de um projeto de investigação do Mestrado em Artes Cénicas, especialização Criação Teatral da ESMAE-IPP. Este projeto revisita e clarifica vontades de investigação expressas quer no ato da minha candidatura quer no desenrolar do primeiro e segundo anos curriculares do mestrado, enunciado também no título A Banda: a música e o teatro num diálogo cénico - A Era da Surdez. Esta monografia estrutura-se em 4 capítulos e um post scriptum. No primeiro capítulo referem-se as inspirações atuais ou passadas de artistas ou projeto que se relacionam com os tópicos de pesquisa. O segundo capítulo aborda a metodologia em investigação/ação desenvolvida na fase projetual e na fase de concretização do espetáculo. O terceiro capítulo dedica-se à fase de concretização da obra cénica A Era da Surdez, propriamente dita. No último capítulo sob o título Considerações Finais reflete-se sobre o impacto do espetáculo no público e adiantam-se inquietações do foro da encenação que alavancam possibilidades futuras. Em post scriptum mergulha-se numa perspetiva pessoal sobre A Força Fantasma: relatos de efemeridade do processo e da permanência do coletivo.
  • A materialidade têxtil como manifestação das emoções
    Publication . Campos, Joana Margarida Costa; Rocha, Maria Manuela Bronze da; Sousa, Carolina Oliveira Marques de
    Este projeto investiga o figurino enquanto meio expressivo e político, capaz de dar corpo a narrativas silenciadas e emoções ocultas. Através da criação de dois projetos distintos, MEDeUSA e A Era da Surdez, explora-se o potencial da materialidade têxtil, da reutilização e da desconstrução como instrumentos de afirmação estética e simbólica. Em MEDeUSA, revisita-se a figura mitológica de Medusa como metáfora de resistência íntima e de transformação, construída a partir de resíduos, camadas e texturas que evocam cicatrizes, libertação e memória. Já em A Era da Surdez, o contexto distópico da proibição da música gera uma resposta coletiva, na qual, o figurino atua como extensão de um grito partilhado, vibrante, cru e urgente. Na partilha de uma linguagem visual marcada pela imperfeição, fragmento e suspensão, a recusa aos padrões normativos propõe outras formas de escuta e presença. Entre o simbólico e o sensível, o figurino revela-se aqui como gesto poético de resistência e reinvenção.
  • Senhora séria não tem ouvidos: uma alquimia cénica entre a matéria inanimada e o intérprete
    Publication . Rafael, Raquel Gomes de Magalhães; Castro, Regina Maria de Carvalho Menezes e; Meireles, Nuno Miguel Santos
    A peça “Senhora séria não tem ouvidos” constrói-se a partir das biografias reais de um coletivo, cruzadas com objetos que funcionam como condensadores simbólicos de experiências sociais interiorizadas (ex.: medalhas, óculos de natação, elmo.). Esses objetos não são apenas recordações privadas, mas marcadores de posição social, cultural, histórica e afetiva - O teatro mostra não só quem somos, mas como nos tornámos quem somos. Isto corresponde à ideia bourdieusiana de que as estruturas mentais (lembranças, traumas, gostos, manias) resultam da incorporação — habitus — das estruturas sociais. A dramaturgia não apresenta personagens fictícias, mas testemunhos que tornam visível como a subjetividade é socialmente construída: uma infância marcada pela pobreza; o preconceito sofrido na escola; a desigualdade de género; a alienação digital; ou os legados familiares. Criar é lutar com um texto — ou com a própria vida transformada em texto — até que ele nos conceda uma forma de verdade. Esta luta, marcada por tensão e descoberta, encontra ecos profundos no meu projeto final, onde a criação dramatúrgica é, acima de tudo, um gesto de confronto com a memória, com o corpo e com o mundo.
  • Uma vida em delírio ou a tentativa de não esquecer
    Publication . Paula, Priscila Clemente Martin de; Vicente, Maria Inês Areal Rothes Marques; Silva, Carolina Lyra Barros da
    Esta dissertação apresenta uma investigação situada na convergência entre a pesquisa académica e a prática teatral, com o objetivo de questionar os mecanismos de opressão associados à velhice, ao mesmo tempo em que reconhece a força e a singularidade do envelhecimento feminino. A pesquisa visa compreender a senescência do corpo da mulher e valorizar suas contribuições culturais, sociais e simbólicas. Inspirado pela abordagem da Pesquisa Baseada em Artes, o estudo propõe a arte como meio legítimo de produção de conhecimento, capaz de traduzir dimensões subjetivas, afetivas e sensoriais da experiência humana. A metodologia fundamenta-se na escuta e no acolhimento, articulando práticas performativas e ritualísticas como campos férteis para a subversão de convenções e para a emergência do corpo envelhecido como presença discursiva e criadora. O delineamento teórico reúne autoras e autores que refletem criticamente sobre envelhecimento, memória e representação: Simone de Beauvoir, Michela Murgia, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur e Aleida Assmann, além de pensadores que valorizam a tradição oral como forma legítima de conhecimento, como Jan Vansina e Julvan Moreira de Oliveira. O trabalho também dialoga com referências centrais no campo do teatro documental e ritualístico, como Erwin Piscator, Bertolt Brecht, Augusto Boal, Antonin Artaud, Richard Schechner, Victor Turner, Patrice Pavis e Hans-Thies Lehmann. A investigação culmina na criação e encenação de Sa(N)tã: Uma Vida em Delírio ou a Tentativa de Não Esquecer, um projeto teatral com abordagem ritual. A partir de relatos de mulheres idosas e cuidadoras, a cena se constrói como espaço de resistência, escuta e transmissão intergeracional. A dissertação reafirma, assim, a potência do teatro como dispositivo político, ético e poético, capaz de resgatar vozes, ativar memórias e romper com os silenciamentos impostos ao corpo feminino envelhecido.
  • Relatório de estágio Quarteto Contratempus
    Publication . Rocha, João Pedro Fontes da; Castro, Regina Maria de Carvalho Menezes e; Baptista, Marta Monteiro de Moura
    O presente relatório descreve e analisa o estágio curricular realizado no Quarteto Contratempus, no âmbito do Mestrado em Artes Cénicas – vertente de Direção de Cena e Produção, da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) do Politécnico do Porto. O estágio decorreu entre outubro de 2023 e março de 2025 e permitiu uma imersão prática no contexto da criação, produção e mediação de ópera contemporânea, com particular enfoque na ópera de câmara multimédia. Ao longo do estágio integrou a equipa da companhia em diversas funções, desde a preparação de digressões e apoio à produção técnica, até ao apoio à gestão de figurinos, bilheteira, comunicação e divulgação em redes sociais. Paralelamente, acompanhou a conceção de novos projetos como o FIATO – Festival Internacional de Ópera do Porto, e participou no laboratório criativo Contrapartituras – Música em Cena. Como complemento, prático e analítico, mas fora do estágio no QC, foi desenvolvido um inquérito direcionado ao público, com o objetivo de recolher dados sobre hábitos culturais, consumo de conteúdos em redes sociais e perceções em torno da ópera de câmara. A análise dos resultados reforçou a importância da comunicação digital como ferramenta estratégica na aproximação a novos públicos e na desmistificação da ópera como linguagem artística. Este relatório combina a descrição prática das atividades com uma reflexão crítica, pessoal, sobre os processos de produção e direção de cena no contexto contemporâneo, evidenciando as competências adquiridas. O estágio permitiu consolidar uma compreensão integrada das exigências do setor cultural e reforçou a importância da articulação entre pensamento artístico, gestão eficiente e estratégias de mediação cultural.
  • Sa(n)tã – não quero esquecer
    Publication . Fangueiro, Neusa Maria da Silva; Binyon, Claire Margaret
    A presente monografia revela o processo da criação teatral denominada de “Sa(n)tã – uma vida em delírio ou a tentativa de não esquecer”. Analisa o lugar da mulher no teatro, e como a performance e os estudos de género alteraram o paradigma artístico, e de que modo isso influenciou a minha perspetiva enquanto criadora e interprete. O tema inicial partiu de inquietações pessoais sobre a minha posição enquanto mulher na sociedade – mãe, filha, atriz com surdez –, com interrogações de identidade, as influências culturais e religiosas, e a transformação do corpo nos últimos anos. Posteriormente, a pesquisa funde dois objetos de estudo artístico que se mostraram relacionados: a dualidade entre santa e satã e a experiência do envelhecimento, tendo como ponto de partida um coletivo de memórias de mulheres entre os 60 e os 98 anos, construindo assim uma narrativa político-poética que desafia as normas sociais e os estereótipos. Pretende, deste modo, gerar discussão e debate sobre o papel da mulher na sociedade, destacando histórias recolhidas de resistência e sucesso e, estimular a reflexão crítica sobre questões existenciais, éticas e religiosas através da expressão artística teatral. Demonstra, ainda, a relevância do devising theatre e do teatro do real, como referências metodológicas em criação teatral.
  • Voz é corpo em performance: contributos da semiótica da canção para a atuação cénica para intérpretes de música popular brasileira
    Publication . Nogueira, Anahi Clara Santos; Vicente, Maria Inês Areal Rothes Marques; Pereira, Bruno Alexandre Bernardino
    A presente investigação debruça-se sobre a formação cénica de cantores de música popular, explorando a articulação entre os estudos de Valéria L. Braga sobre os Aspectos Indicadores da Atuação Corporal e Cénica do Cantor Popular e a Semiótica da Canção proposta por Luiz Tatit. Partindo de uma inquietação pessoal e profissional, este trabalho procura responder a questões fundamentais sobre a integração dos conhecimentos teatrais na prática vocal, o aprimoramento da expressividade em palco e a construção de uma metodologia específica para a formação cénica de intérpretes da música popular. Para tal, desenvolveu-se uma abordagem prática através da implementação de Laboratórios de Atuação Cénica para Cantores de Música Popular, estruturados em cinco encontros abertos ao público. Estes laboratórios permitiram testar e refinar uma proposta metodológica que considera a canção como matéria-prima da cena, explorando as articulações entre corpo, voz, presença, teatralidade e dramaturgia. Como resultado, foi elaborado um roteiro de análise da canção popular para construção performativa, oferecendo um mapeamento possível para o aprofundamento das camadas expressivas da canção e sua transposição para a cena. Conclui-se que a intersecção entre os referenciais teóricos adotados possibilitou novas formas de abordagem da expressividade cénica, a partir de uma perspetiva integrada e sensível aos elementos estruturais e poéticos da obra musical, contribuindo para preencher lacunas identificadas no ensino profissional da área, particularmente no contexto educacional profissionalizante brasileiro.
  • Entre a memória e o objeto: a cenografia como um lugar de descoberta no Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos
    Publication . Fernandes, Catarina Maria Costa; Silva, Carolina Lyra Barros da
    O estudo aqui apresentado propõe uma reflexão da cenografia enquanto prática artística situada entre a memória e o objeto, a partir do contexto do Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos (HJM). Observamos a cenografia como um campo que habita numa trama elástica, sensível de escuta, onde memória, objetos e espaços participam ativamente num processo individual e coletivo, e de resignificação. Esta investigação parte de um trabalho de campo, um laboratório experimental com o Grupo, pessoas com experiência de doença mental, terapeuta e profissionais das artes cénicas. É do olhar de uma cenógrafa que a cenografia é observada como mediadora entre o consciente e o subconsciente, entre o real e o irreal. A cenografia será vista como uma grafia, como a escrita de uma poética que vai sendo criada ao longo de um tempo com várias mãos, acolhendo memórias, afetos e narrativas pessoais, dando-lhes corpo e um lugar para habitar. Não se pretende aqui trazer uma nova forma de cenografia, mas abrir um espaço de pensamento e de prática onde esta possa ser entendida como lugar de descoberta, inscrevendo-se no território da criação contemporânea. Esta proposta amplia a definição da cenografia, reconhecendo nela um modo de fazer que cruza disciplinas, corpos, tempos, objetos e memórias.
  • Bicha de Sete Cabeças. Eu como “ACT”or
    Publication . Dias, Alex da Costa; Binyon, Claire Margaret
    A “Bicha de Sete Cabeças” dá nome a uma performance queer que procura suprir as inerentes lacunas do eterno processo enquanto artista performer, experimentando diferentes métodos de criação e modos de performance objetivando o desenvolvimento de uma dramaturgia própria através de uma ideia de “retalhos” ou “fragmentos” que parte muito do trabalho desenvolvido durante as unidades curriculares de Devising e Criação Cénica. Poderíamos também chamar-lhe uma carta ao meu “eu” do passado, sobre todas as pessoas que travaram e ainda travam as mesmas lutas - é uma anamnese de que a liberdade é uma luta constante. Abordando, simultaneamente, o campo de estudos queer, através da premissa de que a história de um é a história de muitos, encorajando a contínua tentativa de uma constituição de histórias, arquivos e repertórios queer. Este esforço parte de uma convicção para a preservação e exploração da multiplicidade destas vivências através das artes cénicas. O número 7, referenciado no nome da performance é um número mágico que servirá como base para a construção de todo o argumento – 7 cenas, 7 partes de uma bicha.
  • A Era da Surdez: a música de intervenção como base dramatúrgica num processo criativo
    Publication . Martinho, Matilde de Fachada; Castro, Regina Maria de Carvalho Menezes e
    “A Era da Surdez” é uma peça teatro, criada no âmbito de um projeto de Mestrado em Criação Teatral. É uma criação em conjunto que conta a história de uma sociedade, onde a música, ou qualquer expressão de musicalidade, é proibida. Criada por, Simão Collares, que ficou encarregue da encenação e escrita da peça, Guilherme Festas, encarregue do vídeo e da ilustração, da Joana Campos, encarregue dos figurinos, e por mim, que fiquei encarregue da criação das músicas para o espetáculo. Esta monografia serve como um olhar por dentro do processo que foi criar as músicas utilizadas no espetáculo, as escolhas, as falhas, os desafios, entender como é que a música de intervenção foi utilizada como base dramatúrgica neste processo criativo.