ESS - DM - Fisioterapia
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- Adaptação Cultural e Linguística do Trunk Control Test: avaliação das propriedades psicométricasPublication . Oliveira, Justina dos Santos; Pinheiro, Ana Rita; Silva, Cláudia; Mesquita, CristinaIntrodução: O controlo postural do tronco é um fator preditivo de autonomia, sendo fundamental a existência de instrumentos válidos e fiáveis a fim da sua avaliação na população portuguesa. Objetivo: Traduzir e adaptar o Trunk Control Test (TCT) para a população portuguesa em indivíduos após AVE e avaliar as suas propriedades psicométricas. Métodos: O TCT foi sujeito aos processos de tradução e retroversão para a população portuguesa por dois tradutores bilingues e realizadas duas reuniões com painel de peritos na área. Avaliou-se a validade, a fiabilidade, a sensibilidade, a especificidade e o poder de resposta em 19 indivíduos com AVE. Para avaliar a validade de critério os indivíduos foram adicionalmente submetidos à Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), à Avaliação Motora de Rivermead (AMR) e à Escala de Comprometimento do Tronco (ECT). A fiabilidade inter-observadores foi garantida por uma segunda amostra de 25 fisioterapeutas, através da avaliação do desempenho de um participante no TCT. Os dados foram analisados no programa SPSS 22.0. Resultados: O TCT apresentou baixa consistência interna ( =0,523) e fiabilidade inter-observadores substancial (k=0,662). Obteve-se forte correlação do TCT com a ECT (r=0,885) e AMR (r=0,864), e correlação moderada com a EEB (r=0,700). A validade de construção aponta para uma moderada correlação entre itens (KMO=0,755; Bartlett=0,001). Não foi possível obter os valores de sensibilidade, especificidade e poder de resposta do TCT. Conclusão: O estudo demonstrou que o TCT é um instrumento válido e fiável na avaliação da população portuguesa após AVE.
- Adaptação cultural e validação da versão Portuguesa do "Western Ontario Shoulder Instability Index"Publication . Faria, Sara Isabel da Silva; Torres, Rui; Gonçalves, RuiA instabilidade do ombro é um problema que afeta a população geral, no entanto, verifica-se uma maior incidência em desportistas ou profissionais que utilizem essencialmente o membro superior e que recorram frequentemente a gestos com a "mão acima da cabeça". Existem alguns questionários validados sobre a funcionalidade do ombro, mas nenhum é específico para a instabilidade do ombro. “Western Ontario Shoulder Instability Index” (WOSI) é um questionário de autopreenchimento com o objetivo de medir a qualidade de vida em pacientes com instabilidade do ombro. Realizar a adaptação cultural do questionário WOSI para a população portuguesa e proceder à sua validação. A versão Portuguesa do WOSI foi efetuada através do processo de tradução, retroversão, painel de consenso, revisão clínica e teste de compressibilidade. A versão portuguesa dos questionários WOSI, QuickDASH, SF-12 foi aplicada a 81 participantes com instabilidade sintomática do ombro, em centros clínicos previamente definidos. O teste-reteste foi realizado em 50 participantes, 72h após o preenchimento dos primeiros questionários. A fiabilidade do WOSI foi excelente, tendo apresentado um alfa de Cronbach de 0.97 e um coeficiente de correlação intraclasse de 0.98. No que diz respeito a validade de construção verificaram-se correlações elevadas e negativas entre “WOSI total” e a “QuickDASHtotal” (-0.79), entre a “WOSItotal” e “SF-12 sumário da componente física” houve uma moderada correlação positiva (0.66) enquanto que entre a “WOSItotal” e o SF-12” sumário componente mental” a correlação foi fraca e positiva (0.34). O questionário mostrou ser válido e fiável para avaliar a qualidade de vida em paciente com instabilidade do ombro.
- Adaptação para a população Portuguesa da escala de avaliação Trunk Impairment Scale (TIS)Publication . Teixeira, Sofia Alexandra Pinto; Mesquita, Cristina; Silva, Cláudia; Pinheiro, Ana RitaPara uma melhor avaliação e definição do plano de intervenção do indivíduo, é cada vez mais importante a existência instrumentos de avaliação válidos e fiáveis para a população portuguesa. Objetivo: Traduzir e adaptar para a população Portuguesa a escala Trunk Impairment Scale (TIS) em pacientes pós-AVE, e avaliar as propriedades psicométricas da mesma. Metodologia: A TIS foi traduzida para o Português e adaptada culturalmente para a população portuguesa. As propriedades psicométricas da mesma, incluindo validade, fiabilidade, concordância inter-observadores, consistência interna, sensibilidade, especificidade, poder de resposta, foram avaliadas numa população diagnosticada com AVE e num grupo de controlo de participantes saudáveis. Participaram neste estudo 80 indivíduos, divididos em dois grupos, nomeadamente indivíduos pós-AVE (40) e um grupo sem patologia (40). Os participantes foram submetidos à aplicação das escalas de Berg, Medida de Independência Funcional e Escala de Desempenho Físico Fugl Meyer e a TIS de modo a avaliar as propriedades psicométricas desta. As avaliações foram realizadas por duas fisioterapeutas experientes e o re-teste foi realizado após 48 horas. Os dados foram registados e trabalhados com o programa informático SPSS 21.0. Resultados: Relativamente aos valores obtidos, verificou-se que, quanto à consistência interna da TIS estes apresentam-se de forma moderada a elevada (alfa Cronbach = 0,909). Quanto à fiabilidade inter-observadores, os itens com menor valor são os itens 1 e 4 (0,759 e 0,527, respetivamente) e os itens com valor de Kappa mais alto são os itens 5 e 6 (0,830 e 0,893, respetivamente). Relativamente à validade de critério, verificou-se que não houve correlação entre a escala de Desempenho Físico Fugl-Meyer, a escala de Equilibrio de Berg e a Medida de Independência Funcional, ou seja, os valores obtidos r=0,166; r=0,017; r= -0,002, respetivamente. Quanto à validade de construção, constatou-se que o valor da mediana é mais elevado nos itens 1 a 5, logo sugere que haja diferenças entre o grupo de indivíduos pós-AVE e o grupo de indivíduos saudáveis (p<0,001). Entre os outros dois itens (6 e 7) não foram encontradas diferenças nas respostas nos dois grupos, sendo o valor de p > 0,001. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo sugerem que a versão portuguesa da TIS apresenta bons níveis de fiabilidade, consistência interna e também apresenta bons resultados no que refere à concordância inter-observadores.
- Adjusting the base of support and trunk orientation in children with neuromotor disorders - Immediate effects on maximal respiratory pressuresPublication . Rocha, Isabella Morgado; Alexandrino, Ana Silva; Araújo, DanielaThe ventilatory and posturl relationship results from the dual role of the central nervous system which, in case of dysfunction, can induce changes in the respiratory and neromusculoskeletal systems. This study aims to investigate the influence of modifying the base of support and trunk orienttaion in sitting position, through proprioceptive afferences, on Maximal Respiratory Pressures (MRP) in children with central nervous system dysfunction. In addition, it was intended to verify the impacto f the type of brething (nasal or oral) and motor classification (spastic or non-spastic). Pre-experimental longitudinal study, consisting of 10 volunteers, ages between 6 and 18-year-old with central nervous system dysfunction. Maximal respiratory pressures and crânio-cervical-trunk orientation were measured before (MO) and immediately after (M1) physiotherapy intervention, based on the modification of the base of support and, consequentely, trunk orientation, through proprioceptive afferences in a sitting position. With the intervention, there were significant diferences in both Maximal Inspiratory pressure (MIP) and Maximal Expiratory Pressure (MEP) (MIPMO=25.00±29.0 vs MIPM1=33.50±42.0; p=0.016 and MEPMO35.50±42,00 vs MEPM1=38,00±27,00; p=0,016) and in the craniocervical angle (CA) (CAMO=32.35±7.73 vs CAM1=41.09±9.80; p=0.010). There also seem to be diferences between the maximal inspiratory pressure in relation to the type of breath (p=0.038), ando f motor condition (p=0.032). Maximal respiratory pressures appear to be influenced by the intervention. In addition, the intervention may have differently influenced the maximal inspiratory pressure of children with nasal versus oral breathing, as well as the spastic versus non-spastic motor pattern.
- Agenesia do ligamento cruzado anterior – estudo de casoPublication . Moreira, Andreia; Torres, RuiA agenesia do ligamento cruzado anterior é uma condição extremamente rara. Dada a importância desta estrutura na função muscular, cinética e cinemática do joelho, especula-se que muitas serão as alterações decorrentes desta patologia . Perante o caso de uma atleta com agenesia do ligamento cruzado anterior, este trabalho pretendeu estudar os possíveis défices resultantes desta condição e, perceber se as alterações encontradas no membro com agenesia constituem uma estratégia de compensação eficaz, para um joelho com ausência do ligamento cruzado anterior. Desta forma , foi realizada uma avaliação da força dos músculos quadricípite e isquiotib iais , num dinamómet ro isocinético, a 60°/s e 180°/s. Fo i também recolhido o sinal electromiográfico do vasto medial, bicípite femural e gastrocnémio medial, durante a realização do salto vertical e horizontal. Os dados foram comparados bilateralmente. Os resultados evidenciaram um défice de força dos extensores do joelho com agenesia do LCA. No entanto, para os isqu iotibiais esse défice não foi evidente. A electromiografia não revelou uma estratégia de compensação consistente. Contudo, os resultados realçaram a importância dos flexores do joelho e plantares na estabilização dinâmica de um joelho com ausência do ligamento cruzado anterior. Concluiu-se que as alterações encontradas não formam uma adaptação eficiente .
- Ajustes posturais antecipatórios dos músculos da cintura escapular e tronco associados ao gesto de alcance em crianças com desenvolvimento motor típicoPublication . Ferreira, Sara da Silva Brito Pacheco; Silva, Cláudia; Sousa, AndreiaOs mecanismos de controlo postural emergem durante a infância, sofrendo complexos processos de reorganização no período de idades compreendido entre os 5 e os 6 anos. A incompleta maturação do sistema nervoso central (SNC), associada a um período de transição no próprio processo de crescimento corporal, contribui para a variabilidade nos padrões de modificação muscular antecipatória ao gesto de alcance, nestas idades. A geração de ajustes posturais antecipatórios (APAs), em muito dependente da construção de modelos internos para o movimento, tem por base mecanismos de feedforward, cuja maturação se completa por volta dos 8-10 anos de idade. Objectivo(s): Analisar o timing de modificação da atividade dos músculos da cintura escapular e do tronco, nomeadamente os trapézios superior (TS) e inferior (TI), o grande dorsal (GD), o grande dentado (GDent), o reto abdominal (RA) e o longuíssimo do dorso (LG), bem como o deslocamento antero-posterior do centro de pressão (COPAP), associado ao gesto funcional de alcance na posição de pé, em crianças com desenvolvimento sensoriomotor típico. Métodos: Estudo observacional analítico, com uma amostra de 8 crianças de 5 e 6 anos de idade e desenvolvimento típico. Utilizou-se a electromiografia de superfície para registo dos timings de modificação da atividade muscular do TS, TI, GD, GDent, RA e LG e a plataforma de forças para avaliar o deslocamento do COPAP, no gesto de alcance unilateral, na posição de pé. Determinou-se o início do movimento (T0) com recurso a um acelerómetro triaxial. Os dados foram tratados através do software Acqknowledge. Utilizou-se a estatística descritiva para caracterizar a amostra e o teste não paramétrico de Wilcoxon para comparar timings de modificação da atividade muscular entre 1) lado ipsi e contralateral ao movimento, 2) alvo próximo e alvo distante e 3) entre membro superior dominante e não dominante, bem como para comparar o deslocamento do COPAP entre o movimento com membro superior dominante e não dominante e entre distâncias ao alvo. Resultados: No movimento de alcance, quer com membro superior dominante, quer com não dominante, verificou-se que pelo menos metade da musculatura contralateral em análise modificou a sua atividade mais precocemente do que a musculatura ipsilateral, com exceção da situação do gesto de alcance ao alvo distante com o membro superior não dominante. Verificou-se, também, a tendência para a modificação da atividade muscular mais precoce da maioria dos músculos em análise para o gesto de alcance com o alvo próximo, com ambos os membros 4 superiores. Na comparação entre membros, verificou-se uma tendência da maioria da musculatura modificar mais precocemente a sua atividade aquando do movimento com o membro superior dominante. Relativamente ao deslocamento do COPAP, verificou-se que este foi maior no movimento com o membro superior dominante, para ambas as distâncias. Entre distâncias, verificou-se que, no gesto de alcance realizado com o membro superior dominante, o deslocamento do COPAP foi maior na situação do alvo próximo, enquanto que, com o membro superior não dominante, foi maior na situação do alvo distante. Conclusão: Verificou-se a geração de APAs em todos os músculos analisados e em todas as situações de teste, nomeadamente na realização do gesto de alcance com o membro superior dominante e com o não dominante e a duas distâncias ao alvo diferentes. No entanto, foi evidente a grande variabilidade nos padrões de ativação, no que respeita ao timing de modificação da atividade muscular e ao deslocamento do COPAP, contrariamente ao que se verifica em crianças mais velhas e em adultos. Esta variabilidade é compatível com um SNC ainda em maturação e com a noção de uma desorganização dos mecanismos de controlo postural característica deste período de idades.
- Ajustes posturais antecipatórios no alcance em crianças com hemiparésia espásticaPublication . Castro, Ana Martinho; Moreira, Ana; Silva, Cláudia C.Objectivos: Verificar o comportamento dos Ajustes Posturais Antecipatórios no alcance, em três crianças com hemiparésia espástica, face à aplicação de uma intervenção em Fisioterapia baseada numa abordagem segundo o conceito de Bobath. Pretendeu-se também perceber as modificações ao nível das actividades e participação, bem como ao nível da capacidade de modificação das componentes neuromotoras. Metodologia: A avaliação foi realizada antes e três meses após a intervenção através da electromiografia de superfície, máquina fotográfica Canon EOS, Classificação Internacional de Funcionalidade para Crianças e Jovens (CIF-CJ) e Sistema de Classificação da Função Motora Global (GMFCS). Resultados: Verificou-se melhorias nos Ajustes Posturais Antecipatórios no alcance com os dois membros superiores, nomeadamente no tempo de activação e na duração da actividade muscular, bem como alterações positivas nas componentes neuromotoras, como na sequência de movimento de sentado para de pé, e de pé para sentado, e marcha mais especificamente na fase pendular com o membro inferior predominantemente comprometido. Também se verificou após a intervenção uma maior funcionalidade nas três crianças, verificando-se alterações positivas nos qualificadores nas actividades e participação. Conclusão: A intervenção com base no conceito de Bobath induziu mudanças positivas quanto à funcionalidade das crianças, reflectindo-se nos Ajustes Posturais Antecipatórios e na reorganização de componentes de movimento.
- Ajustes Posturais dos músculos da tibiotársica em indivíduos com Doença de Parkinson durante o sit-to-standPublication . Fragateiro, Miguel; Sousa, Andreia; Silva, AugustaIntrodução: Os ajustes posturais antecipatórios (APAs) são essenciais para o movimento típico, estando alterados nas doenças neuro degenerativas como a doença de Parkinson (DP) Objectivo(s): Estudar os early postural adjustments e os APAs em indivíduos com DP durante o sentar para levantar (STS), com e sem dupla tarefa. Métodos: Foi recolhida a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos tibial anterior, solear e gastrocnémio medial, em indivíduos com e sem DP (9 em cada grupo), durante o STS. Este foi determinado pelo deslocamento antero posterior do centro de pressão através da plataforma de forças, sendo a tarefa cognitiva dada pelo stroop colour word interference test. Os ajustes posturais foram avaliados pelo tempo de ativação e pela atividade EMG relativa, bem como pela análise da co ativação agonista/antagonista. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo de controlo e o grupo com DP em nenhuma das variáveis analisadas Há uma tendência para o grupo com DP apresentar APAs mais cedo na tarefa simples, mantendo atividade muscular durante mais tempo e com maior atividade EMG relativa que o grupo controlo. Na dupla tarefa mantém-se essa tendência, exceto o tempo de ativação ser mais próximo do levante. Conclusão: Os défices posturais decorrentes da doença de Parkinson parecem não ser evidenciados na primeira fase do sit-to-stand.
- Ajustes posturais e a orientação da escápula no gesto de alcancePublication . Vieira, André Augusto Martins; Sousa, Andreia; Silva, AugustaIntrodução: Os Ajustes Posturais (APs), estratégias integrantes do Controlo Postural, podem ser influenciados pela informação aferente proveniente de várias estruturas corporais, sendo o alinhamento dos segmentos um possível condicionante da qualidade e quantidade dos mesmos. Não se encontraram estudos até à data que relacionassem o posicionamento inicial da omoplata e a geração de APs. Objetivo: Identificar músculos que modularam atividade e respetivos timings nos Early Postural Adjustments (EPAs) e Anticipatory Postural Adjustments (APAs) durante o gesto de alcance em indivíduos com e sem alteração do alinhamento da omoplata. Métodos: Estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 49 indivíduos divididos nos grupos A (com alinhamento da escápula dentro dos valores de referência) e B (com alinhamento da escápula fora dos valores de referência em pelo menos um dos planos de movimento avaliados). Foi recolhida atividade eletromiográfica bilateral dos músculos Trapézio Superior (TS) e Inferior (TI), Grande Dentado (GD), Tibial Anterior (TA) e Solear (SOL) e de forma unilateral dos músculos Reto Abdominal (RA) e Eretor da Espinha (ES) durante o gesto de alcance. Estes dados foram recolhidos simultaneamente com uma plataforma de forças para deteção do início da tarefa. Os APs foram avaliados pela quantidade de ocorrências verificadas e pelo registo temporal do início da ativação ou inibição muscular relativos ao início da atividade muscular dos EPAs e dos APAs. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre grupos na quantidade de ocorrências de ativação/inibição nos EPAs do TS (p<0,016) e nos tempos de inibição nos EPAs do GD ipsilateral (p<0,016) e de ativação nos APAs do TA contralateral (p<0,011). Não foram encontradas outras diferenças significativas. Conclusão: Observaram-se tendências para APs mais precoces e em menor quantidade no grupo com alinhamento dentro dos valores de referência da escápula. São necessários mais estudos para encontrar alinhamentos escapulares potenciadores do melhor controlo postural.
- Ajustes posturais no final do single leg drop landing em indivíduos com instabilidade crónica do tornozeloPublication . Gouveia, Ana Isabel Teixeira; Sousa, AndreiaIntrodução: A entorse lateral do tornozelo é uma das lesões mais comuns em atletas, estimando-se que cerca de 70% dos indivíduos desenvolvem instabilidade crónica do tornozelo (ICT) após a lesão inicial. A ICT tem sido associada a uma desregulação dos mecanismos de controlo postural, no entanto não existe ainda consenso acerca da disfunção postural que está na origem da perpetuação da ICT. A transição de uma tarefa dinâmica para estática em condições semelhantes às do mecanismo de lesão tem sida referida como uma habilidade reveladora destes défices. Objetivo: Avaliar bilateralmente os ajustes posturais envolvidos no final do SLDL, até e após a estabilização unipodálica, em superfície de apoio instável e contexto de dupla tarefa, em indivíduos com ICT. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 28 atletas, divididos em dois grupos, com e sem ICT, de acordo com os critérios da International Ankle Consortium. A atividade eletromiográfica (EMG) bilateral dos músculos glúteo médio (Glúteo M.), reto femoral (RF), gastrocnémio medial (GM), solear, tibial anterior (TA) e peroniais longo (LP) e curto (CP), bem como as forças de reação do solo foram recolhidas durante o SLDL para apoio unipodálico estático numa superfície instável, em contexto de dupla tarefa. A componente vertical das forças de reação do solo foi utilizada para identificar o instante do landing, bem como o instante em que o participante iniciou o apoio unipodálico. Procedeu-se ao cálculo da posição do centro de pressão (CoP), de forma a identificar o instante temporal onde ocorreu a sua estabilização. Nos intervalos até e após estabilização do CoP foram calculados a amplitude de deslocamento e desvio padrão do CoP e a magnitude de atividade muscular relativa. Para análise estatística foi utilizado um intervalo de confiança de 95% (nível de significância α꞊0,05). Resultados: O membro ipsilesional do grupo com ICT mostrou diminuição significativa da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF e TA entre o landing e o início do apoio unipodálico. A mesma tendência foi observada no membro contralesional, com diferenças significativas na magnitude do RF. O tempo de transição de apoio bipodálico para unipodálico revelou-se tendencialmente maior em ambos os membros do grupo com ICT, sendo acompanhado por diminuições significativas do tempo necessário para a estabilização e da amplitude de deslocamento do CoP (direção ântero-posterior - AP) no membro ipsilesional. No período de apoio unipodálico até à estabilização, o membro ipsilesional apresentou diminuição significativa da magnitude dos músculos GM, CP e LP. Após estabilização verificou-se uma tendência para maior amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP, no grupo com ICT. Nesta fase, enquanto o membro ipsilesional mostrou diminuição da magnitude muscular do GM e CP, o contralesional apresentou um aumento significativo do LP, relativamente ao grupo sem ICT. Conclusão: Os indivíduos com ICT parecem apresentar alterações do controlo postural, em ambos os membros inferiores, após entorse unilateral do tornozelo. O membro ipsilesional apresentou diminuição da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF, TA, GM, CP e LP. A diminuição do tempo necessário para a estabilização e a menor amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP no membro ipsilesional, parece estar associada a estratégias compensatórias. O membro contralesional mostrou diminuição da magnitude do RF durante a transição do landing para apoio unipodálico, bem como aumento da magnitude muscular do LP após estabilização do CoP.
