ESS - DM - Fisioterapia
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Browsing ESS - DM - Fisioterapia by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Ciências da Saúde"
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- Ajustes posturais antecipatórios dos músculos da cintura escapular e tronco associados ao gesto de alcance em crianças com desenvolvimento motor típicoPublication . Ferreira, Sara da Silva Brito Pacheco; Silva, Cláudia; Sousa, AndreiaOs mecanismos de controlo postural emergem durante a infância, sofrendo complexos processos de reorganização no período de idades compreendido entre os 5 e os 6 anos. A incompleta maturação do sistema nervoso central (SNC), associada a um período de transição no próprio processo de crescimento corporal, contribui para a variabilidade nos padrões de modificação muscular antecipatória ao gesto de alcance, nestas idades. A geração de ajustes posturais antecipatórios (APAs), em muito dependente da construção de modelos internos para o movimento, tem por base mecanismos de feedforward, cuja maturação se completa por volta dos 8-10 anos de idade. Objectivo(s): Analisar o timing de modificação da atividade dos músculos da cintura escapular e do tronco, nomeadamente os trapézios superior (TS) e inferior (TI), o grande dorsal (GD), o grande dentado (GDent), o reto abdominal (RA) e o longuíssimo do dorso (LG), bem como o deslocamento antero-posterior do centro de pressão (COPAP), associado ao gesto funcional de alcance na posição de pé, em crianças com desenvolvimento sensoriomotor típico. Métodos: Estudo observacional analítico, com uma amostra de 8 crianças de 5 e 6 anos de idade e desenvolvimento típico. Utilizou-se a electromiografia de superfície para registo dos timings de modificação da atividade muscular do TS, TI, GD, GDent, RA e LG e a plataforma de forças para avaliar o deslocamento do COPAP, no gesto de alcance unilateral, na posição de pé. Determinou-se o início do movimento (T0) com recurso a um acelerómetro triaxial. Os dados foram tratados através do software Acqknowledge. Utilizou-se a estatística descritiva para caracterizar a amostra e o teste não paramétrico de Wilcoxon para comparar timings de modificação da atividade muscular entre 1) lado ipsi e contralateral ao movimento, 2) alvo próximo e alvo distante e 3) entre membro superior dominante e não dominante, bem como para comparar o deslocamento do COPAP entre o movimento com membro superior dominante e não dominante e entre distâncias ao alvo. Resultados: No movimento de alcance, quer com membro superior dominante, quer com não dominante, verificou-se que pelo menos metade da musculatura contralateral em análise modificou a sua atividade mais precocemente do que a musculatura ipsilateral, com exceção da situação do gesto de alcance ao alvo distante com o membro superior não dominante. Verificou-se, também, a tendência para a modificação da atividade muscular mais precoce da maioria dos músculos em análise para o gesto de alcance com o alvo próximo, com ambos os membros 4 superiores. Na comparação entre membros, verificou-se uma tendência da maioria da musculatura modificar mais precocemente a sua atividade aquando do movimento com o membro superior dominante. Relativamente ao deslocamento do COPAP, verificou-se que este foi maior no movimento com o membro superior dominante, para ambas as distâncias. Entre distâncias, verificou-se que, no gesto de alcance realizado com o membro superior dominante, o deslocamento do COPAP foi maior na situação do alvo próximo, enquanto que, com o membro superior não dominante, foi maior na situação do alvo distante. Conclusão: Verificou-se a geração de APAs em todos os músculos analisados e em todas as situações de teste, nomeadamente na realização do gesto de alcance com o membro superior dominante e com o não dominante e a duas distâncias ao alvo diferentes. No entanto, foi evidente a grande variabilidade nos padrões de ativação, no que respeita ao timing de modificação da atividade muscular e ao deslocamento do COPAP, contrariamente ao que se verifica em crianças mais velhas e em adultos. Esta variabilidade é compatível com um SNC ainda em maturação e com a noção de uma desorganização dos mecanismos de controlo postural característica deste período de idades.
- Ajustes posturais e a orientação da escápula no gesto de alcancePublication . Vieira, André Augusto Martins; Sousa, Andreia; Silva, AugustaIntrodução: Os Ajustes Posturais (APs), estratégias integrantes do Controlo Postural, podem ser influenciados pela informação aferente proveniente de várias estruturas corporais, sendo o alinhamento dos segmentos um possível condicionante da qualidade e quantidade dos mesmos. Não se encontraram estudos até à data que relacionassem o posicionamento inicial da omoplata e a geração de APs. Objetivo: Identificar músculos que modularam atividade e respetivos timings nos Early Postural Adjustments (EPAs) e Anticipatory Postural Adjustments (APAs) durante o gesto de alcance em indivíduos com e sem alteração do alinhamento da omoplata. Métodos: Estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 49 indivíduos divididos nos grupos A (com alinhamento da escápula dentro dos valores de referência) e B (com alinhamento da escápula fora dos valores de referência em pelo menos um dos planos de movimento avaliados). Foi recolhida atividade eletromiográfica bilateral dos músculos Trapézio Superior (TS) e Inferior (TI), Grande Dentado (GD), Tibial Anterior (TA) e Solear (SOL) e de forma unilateral dos músculos Reto Abdominal (RA) e Eretor da Espinha (ES) durante o gesto de alcance. Estes dados foram recolhidos simultaneamente com uma plataforma de forças para deteção do início da tarefa. Os APs foram avaliados pela quantidade de ocorrências verificadas e pelo registo temporal do início da ativação ou inibição muscular relativos ao início da atividade muscular dos EPAs e dos APAs. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre grupos na quantidade de ocorrências de ativação/inibição nos EPAs do TS (p<0,016) e nos tempos de inibição nos EPAs do GD ipsilateral (p<0,016) e de ativação nos APAs do TA contralateral (p<0,011). Não foram encontradas outras diferenças significativas. Conclusão: Observaram-se tendências para APs mais precoces e em menor quantidade no grupo com alinhamento dentro dos valores de referência da escápula. São necessários mais estudos para encontrar alinhamentos escapulares potenciadores do melhor controlo postural.
- Análise Eletromiográfica de Exercícios de Controlo Motor do Ombro em indivíduos saudáveis e com dorPublication . Borges, Sílvia Patrícia AguiarIntrodução: A prevalência de dor do complexo articular do ombro (CAO) é bastante elevada, e está normalmente associada a distúrbios do controlo motor que se traduzem numa ativação precoce do trapézio superior (TS), atraso da ativação e inibição do serrátil anterior (SA) e trapézio inferior (TI). Estas alterações resultam em ajustes compensatórios que podem conduzir à perpetuação da dor. O exercício terapêutico é fundamental para restaurar a função e o controlo motor, os programas de reabilitação devem enfatizar a rotação superior, tilt posterior e rotação externa escapular, bem como priorizar a atividade dos músculos SA e TI. Objetivo: Determinar qual o melhor exercício e fase para recrutar a sinergia muscular ótima para o CAO, expressa pelos níveis de atividade muscular em relação à contração máxima voluntária isométrica (CMVI) em indivíduos com história de dor (CHD) e sem história de dor (SHD) no CAO. Métodos: Numa amostra de 41 indivíduos, divididos em dois grupos, CHD e SHD no CAO no último ano, foi avaliada a atividade muscular dos estabilizadores da escápula em 4 exercícios, rotação lateral do ombro a 90º de abdução com banda (RLB) e sem banda (RL) (3 fases) e o exercício inferior glide com (IGB) e sem banda (IG) (4 fases). Estes foram ainda combinados com squeeze escapular. Para a avaliação da atividade dos músculos TS, trapézio médio (TM), TI e SA recorreu-se à eletromiografia de superfície e à normalização das suas recolhas pela CMVI. Resultados O exercício que parece recrutar a melhor sinergia muscular no grupo CHD é o RLB e no grupo SHD é o de RL. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os grupos nos exercícios RLB e IGB. Conclusão: A RLB fase 2 parece ser o melhor exercício no grupo CHD, enquanto no grupo SHD parece ser RL fase 2.
- Análise Eletromiográfica de Exercícios Multiarticulares de Rotação Lateral do Ombro em indivíduos com e sem história de dorPublication . Melo, Ana Sofia Carneiro de; Sousa, Andreia; Macedo, RuiIntrodução: A dor no complexo articular do ombro associa-se a alterações como atraso e diminuição da ativação dos músculos trapézio inferior (TI) e médio (TM), grande dentado (GD) e coifa dos rotadores e hiperatividade do trapézio superior (TS). A sua reabilitação e prevenção poderá ser conseguida pela realização de exercício terapêutico que conduza a uma correta sinergia estabilizadora. Objectivo(s): Identificar qual o exercício e respetiva fase mais adequados para ativar os músculos GD, TI e TM em detrimento do TS. Métodos: Numa amostra de 41 indivíduos, divididos em dois grupos segundo a existência (GCHD) ou não (GSHD) de história de dor no ombro no último ano. Realizaram-se 3 fases do exercício de rotação lateral do ombro (RL) a 0º e 90º de abdução do mesmo, combinadas com rotação tronco, squeeze escapular e, a 90º, com uma banda de suporte. Para a aferição dos rácios e da percentagem de atividade, em relação à contração máxima voluntária isométrica, dos músculos TI, TM, GD, TS, infra-espinhoso e deltóide médio recorreu-se à eletromiografia de superfície. Resultados: Observaram-se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os grupos na RL a 0º e na RL a 90º com banda, sendo que no primeiro o GCHD apresentou níveis de atividade mais adequados enquanto no segundo se verificou o inverso. A RL a 0º foi globalmente o que apresentou menores rácios e níveis de ativação nos dois grupos, contudo foi efetiva para o GCHD. A RL a 90º induziu níveis elevados de atividade nos dois grupos, no entanto na fase 2 o TS ultrapassou os 20% e, no GCHD, o deltóide excedeu a actividade do infra-espinhoso em todo o exercício. A RL a 90º com banda diminuiu a atividade do TS e deltóide mas também reduziu a ativação dos estabilizadores. Em todos os exercícios, a fase 2 foi a que produziu maiores níveis de atividade. Conclusão: Os exercícios têm efetividades distintas entre grupos. A RL a 0º constitui o exercício que mais favorece a atividade estabilizadora aliada a uma baixa coativação do TS no GCHD. As RL a 90º com e sem banda mostraram-se mais adequadas para o GSHD.
- Avaliação da Eficácia de um Programa de Promoção de Saúde na Prevenção de Lesões em Jovens Atletas de BasquetebolPublication . Jourdan, Luís Filipe Magalhães; Melo, Cristina; Silva, DiogoO Basquetebol é uma modalidade com potencial risco para a ocorrência de lesões no membro inferior particularmente a entorse do tornozelo. Os programas de exercícios com foco no treino propriocetivo e controlo neuromuscular apresentam-se como uma estratégia eficaz na prevenção de lesões. Contudo poucos ou nenhum estudo se centram na prevenção em jovens atletas. Objetivos: Avaliar o padrão de lesões e a eficácia de um programa de exercícios na prevenção e na performance física, de atletas Sub-16 de Basquetebol. Métodos: O presente estudo do tipo ensaio randomizado controlo teve como amostra 30 atletas de 2 equipas de basquetebol divididos aleatoriamente em 2 grupos: o grupo experimental (GE) (n=15) e o grupo de controlo (GC) (n=15). Ambos os grupos realizaram os treinos normais e o grupo experimental realizou adicionalmente o programa de exercícios preventivos duas vezes por semana, durante 12 semanas. O levantamento e registo de lesões ocorridas, antes e durante a aplicação do programa, foi feito através de um questionário de caracterização da amostra e os instrumentos Star Excursion Balance Test (SEBT), o protocolo de endurance muscular de McGill e a análise de vídeo em duas dimensões (2D) do DeepSquat foram utilizados como medidas de performance fisica. O teste Mann-Whitney foi utilizado para a comparação entre grupos. Resultados: Foram registadas 12 lesões durante o período correspondente à implementação do programa de exercícios preventivos, comparativamente a 22 lesões no mesmo período da época anterior. Para os testes de avaliação física, verificou-se uma melhoria na componente anterior (p = 0,044), postero-medial (p = 0,044) e postero-lateral (p = 0,023) do membro inferior esquerdo e na componente anterior (p = 0,023) do membro inferior direito do SEBT. Conclusão: Cumpriu-se o objetivo de compreender o padrão de lesões ocorrente em atletas sub-16 de basquetebol e de que forma um programa de prevenção de lesões surtiu efeito na redução de lesões e na melhoria moderada da propriocetividade do tornozelo e equilíbrio dos participantes.
- Avaliação do controlo postural em adultos com Síndrome de DownPublication . Mota, Maria João Monteiro da; Silva, Cláudia; Costa, Rui; Montes, AntónioIntrodução: Adultos com Síndrome de Down evidenciam frequentemente alterações ao nível do controlo postural. Desta forma, a potenciação dos mecanismos relacionados com o mesmo revela-se de extrema importância, no sentido de melhorar a eficiência e qualidade dos movimentos funcionais, nomeadamente no gesto de alcance. Objectivo(s): Analisar as modificações na amplitude do CoP e nos ajustes posturais antecipatórios dos músculos reto anterior, bicípite femoral, tibial anterior e solear, bilateralmente, associados ao gesto de alcance realizado na posição de pé, em indivíduos adultos com síndrome de Down, face à aplicação de um programa de intervenção em fisioterapia. Métodos: Foi aplicado um programa de intervenção em fisioterapia, durante três meses, em quatro indivíduos com Síndrome de Down. Estes foram sujeitos a dois momentos de avaliação, um antes da implementação do programa de intervenção e, outro após. Assim, associado à realização do gesto de alcance, foi analisada a amplitude dos deslocamentos antero-posterior e médio-lateral do CoP através da plataforma de forças. Com a eletromiografia de superfície foram avaliados os tempos de ativação dos músculos estudados, em ambos os membros inferiores. O período temporal avaliado compreendeu o intervalo de -250 a 100 ms. Resultados: No geral, após a intervenção, todos os participantes apresentaram uma diminuição das amplitudes do CoP, tanto antero-posterior como médio-lateral. Em relação aos timings de ativação muscular verificaram-se alterações positivas em todos os participantes, uma vez que vários músculos iniciaram a sua atividade mais precocemente em M1, comparativamente a M0. Conclusão: Após o período de intervenção foi possível constatar modificações ao nível do CP em todos os participantes, nomeadamente nas amplitudes do CoP e nos timings de ativação muscular.
- Caraterização das lesões desportivas em jogadores da 1ª divisão de futebol feminino em PortugalPublication . Lourenço, Marta Cabral; Melo, Cristina Argel; Castro, CarlosIntrodução: O crescimento exponencial do futebol feminino associado ao aumento de intensidade e agressividade e à execução de movimentos explosivos aumentou consideravelmente o risco de lesão. Objetivo(s): Para um melhor entendimento da caracterização das lesões desportivas no futebol feminino é condição necessária o conhecimento dos fatores de risco intrínsecos e extrínsecos com vista à prevenção de lesões. É essencial estudar os diferentes contextos e procurar estratégias de prevenção de lesão que se coadunem com a disponibilidade e oportunidades do futebol feminino a nível nacional. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico retrospetivo, tendo sido aplicado um questionário às jogadoras federadas inscritas na primeira divisão do campeonato nacional na época de 2015/2016. O questionário visava a caracterização das atletas, da atividade, do contexto e das lesões. A presença de lesão foi utilizada como variável de divisão das atletas. Foi também aplicado um questionário aos treinadores para verificar a sua perceção do contexto em estudo. A análise estatística foi realizada através do software IBM SPSS Statistics® versão 23, com um nível de significância de 0,05, sendo que foram utilizadas as frequências absoluta e relativa, média e respetivo desvio padrão, o teste e o teste Qui-Quadrado. Resultados: Das 121 respostas ao questionário, 74 jogadoras sofreram lesões, tendo sido contabilizadas um total de 105. Os locais mais afetados são o joelho, a anca/coxa e o tornozelo. Os treinadores não apresentaram respostas concordantes com as atletas no que se refere ao número de lesões, e de um modo geral aplicaram métodos de prevenção de lesão durante a época. Conclusão: O tipo e local anatómico de lesão são condizentes com a informação expressa noutros estudos, quer no futebol feminino, quer no masculino. No entanto, as condicionantes anatómicas das mulheres potenciam as lesões ligamentares que necessitam de estratégias de prevenção adequadas.
- Controlo Postural Associado ao Gesto de Alcance em Crianças com Alterações GenéticasPublication . Inácio, Sílvia Catarina SilvaIntrodução: Em crianças com alterações genéticas, o défice de controlo postural (CP) é umas das características neuromotoras mais frequentemente encontradas, tendo consequências ao nível do desenvolvimento motor e na realização de tarefas funcionais como o alcance. Objetivo: Descrever as alterações do CP, mediante a relação entre os segmentos corporais durante o gesto de alcance, em crianças com alterações genéticas, após 12 semanas de intervenção em fisioterapia, baseada no Conceito de Bobath em Pediatria. Métodos: Foram avaliadas três crianças com diagnóstico de alteração genética, antes e após o período de intervenção, tendo-se recorrido ao registo de imagem, em vídeo, nas vistas lateral e posterior, durante o gesto de alcance, o qual foi dividido em cinco fases para a análise observacional e quantitativa. A análise quantitativa foi realizada com recurso ao Software de Avaliação Postural (SAPo), para as medidas de distância e de ângulo entre as referências anatómicas selecionadas, nomeadamente as distâncias entre a crista ilíaca – acrómio (CIA), ângulos inferiores dos omoplatas (AIOs) e ângulo inferior da omoplata ipsilateral – T1 (AIOT1) e os ângulos entre o trágus – acrómio/ vertical (TA/V), crista ilíaca – acrómio/ vertical (CIA/V), T1-T10- Espinha ilíaca póstero superior (T1-T10-EIPS), trágus – trágus/ horizontal (TT/H) e acrómio – acrómio/ horizontal (AA/H). Recorreu-se ainda à aplicação do Teste da Medida das Funções Motoras – Versão 88 itens (TMFM-88) e à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – versão Crianças e Jovens (CIF-CJ), para avaliar a função motora global e classificar a funcionalidade mediante as atividades e a participação, respetivamente. Resultados: Após o período de intervenção verificaram-se modificações favoráveis em todas as medidas avaliadas na análise quantitativa para as crianças A e B. Pela análise observacional, considera-se haver evoluções positivas na relação entre os segmentos corporais durante o gesto de alcance em todas as crianças incluídas no estudo, assim como nos scores do TMFM-88 e nos qualificadores das “Atividade a Participação” da CIF-CJ. Conclusão: De forma geral evidenciou-se uma evolução favorável das crianças incluídas no estudo, pois apresentaram modificações no gesto de alcance, o que poderá sugerir uma melhor organização dos mecanismos de CP, com impacto funcional manifestado no aumento do score final do TMFM-88 e nas modificações positivas na CIF-CJ.
- Efeito do método de Pilates na estabilidade lombo-pélvica em mulheres grávidasPublication . Santos, Daniela Oliveira dos; Santos, Paula ClaraO período gestacional é marcado por profundas modificações no corpo da mulher, particularmente no sistema músculo-esquelético. Dentro dessas mudanças, temos as alterações hormonais e as alterações biomecânicas como as alterações da estabilidade lombo-pélvica, que acarretam inúmeros sintomas nomeadamente a lombalgia. Neste contexto o método de Pilates tem vindo a ser utilizado como meio (re)abilitador da estabilidade lombopélvica e consequentes disfunções da coluna lombar, por se tratar de uma técnica que promove a competência motora da musculatura estabilizadora do tronco. Contudo o efeito deste método está pouco estudado na gravidez. Objetivo (s): Avaliar o efeito do método de Pilates na dor lombar, na incapacidade funcional e na estabilidade lombo- pélvica na mulher grávida. Métodos: De uma amostra inicial de 30 grávidas com lombalgia gestacional, foram selecionadas 15 das quais, 7 integraram no Grupo Experimental (GE) e foram submetidas a sessões de sessenta minutos, bissemanais de Pilates Clínico durante 8 semanas consecutivas. Este grupo participou num plano de exercícios seguindo os princípios deste método. O Grupo de Controlo (GC) foi constituído por 8 grávidas, que apenas eram acompanhadas nas consultas pré-natais. Utilizou-se a Escala Numérica da Dor para avaliar a intensidade da dor, o questionário de Incapacidade de Oswestry (ODI 2.0) para avaliar as limitações funcionais provocadas pela lombalgia e utilizou-se o instrumento de avaliação Chattanooga Stabilizer Pressure Biofeedback para a avaliação da estabilidade da região lombo-pélvica. Resultados: No que se refere à dor lombar, verifica-se que, após o período de intervenção (M0-M1), há uma diminuição da intensidade da dor lombar no grupo experimental e um aumento da mesma no grupo de controlo, apesar destes resultados não serem significativos. Contudo, constatam-se diferenças significativas entre os grupos no segundo momento de avaliação (p=0,03), sendo que o grupo experimental apresenta menor intensidade da dor lombar. Do mesmo modo, relativamente à incapacidade funcional, não se verificam diferenças significativas após a intervenção (M0-M1), em ambos os grupos. Porém, observam-se diferenças significativas entre os grupos no segundo momento de avaliação (p=0,04), sendo que o grupo de controlo apresenta valores superiores de incapacidade funcional. Ao nível da estabilidade lombo-pélvica, após a intervenção baseada no método de Pilates clínico, não se constatam diferenças significativas em nenhum dos testes entre o grupo experimental e grupo de controlo. Conclusão: O método de Pilates clínico durante a gravidez teve efeito positivo na intensidade da dor lombar e na incapacidade funcional. Relativamente à estabilidade da região lombo-pélvica, não se verificou qualquer efeito.
- Efeitos da Terapia Tecar na Sensação Retardada de Desconforto Muscular no quadricípitePublication . Andrade, Joana Medeiros; Carvalho, PauloIntrodução: A Terapia Tecar mostrou efeitos imediatos no alivio da dor, contudo é desconhecido o seu efeito a longo prazo. Objetivo(s): avaliar os efeitos da Terapia Tecar na sensação retardada de desconforto muscular no quadricípite. Métodos: numa amostra de 40 indivíduos distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um com e outro sem Terapia Tecar, em que ambos realizaram um protocolo de fadiga. Foram avaliados em 5 momentos, no imediato, 24 horas após e 48 horas após. Relativamente a limiar de dor á pressão, desconforto muscular, funcionalidade do membro e avaliação isocinética. Resultados: observou-se que o grupo Tecar apresentou significativamente menos dor que o grupo sem Tecar no momento M24Após (p=0,027). Contudo não houve diferenças na variável Single Leg Hop e na variável Limiar de dor á pressão. Conclusão: a Terapia Tecar mostrou ser eficaz no alívio imediato da dor, no entanto os resultados a longo prazo não foram estatisticamente significativos. Não teve efeitos significativos no aumento de força e funcionalidade do membro.