ESE - CE - Comunicações em eventos científicos
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- A autonomia e flexibilidade curricular: perspetivas dos docentes do 2.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Ferreira, Juliana; Duarte, PedroO conceito de currículo tem sido amplamente estudado, reconhecendo-se a dificuldade em evidenciar uma definição de consenso amplo. Os estudos curriculares, iniciados no século passado, com Bobbitt (1918) como um dos seus autores pioneiros, vinculam o currículo à predefinição dos conteúdos e, por vezes, dos métodos a desenvolver em contexto escolar, numa lógica que Pinar (2004) tem denominado de ‘currículo à prova de professor(es)’. Porém, após a década de 1970, com autores como Senhouse (1979), Huebner (1967) e Schwab (1969), os estudos curriculares evidenciaram maior preocupação com a sua dimensão prática o que, por inerência, possibilita a reflexão e discussão sobre conceitos como autonomia, flexibilização ou, recorrendo à proposta de Leite, territorialização curricular. Tendo em consideração o apresentado, o presente estudo tem como objetivo compreender de que modo os docentes definem e autonomia e flexibilidade curricular (considerando as indicações normativas explicitadas no Decreto-Lei 55/2018), e de que forma perspetivam esses conceitos, considerando a sua relação com o quotidiano escolar e com a prática educativa. Para tal, foram recolhidos dados, através de um inquérito por questionário — disponibilizado online e respondido, voluntariamente, por 40 docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico, das diferentes áreas disciplinares — que indicia que os professores, deste nível de ensino conceptualizam os conceitos de modo indiferenciado, reconhecendo a sua importância nas realidades escolares, mas considerando não existirem as condições administrativas e materiais necessárias para o desenvolver.
- O currículo do 2.º Ciclo no Ensino BásicoPublication . Araújo, Beatriz; Duarte, Pedro
- Entre o Currículo e a Filosofia: possibilidades para o 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Duarte, Pedro; Diogo, Fernando; Guedes, António José; Fernandes, DáridaO 1.º ciclo do Ensino Básico está intimamente associado a uma ideia de gestão integrada do currículo (Alonso, 2002). A Filosofia para Crianças, enquanto proposta pedagógica que visa o desenvolvimento do pensamento das crianças, nas suas múltiplas dimensões, poderá assumir-se como um elemento potenciador dessa integração (Guedes & Duarte, 2015). Metodologicamente, optou-se por um estudo de caso, que contemplou um período de intervenção numa turma do 2.º ano, e face ao qual já se analisaram dados parciais (Duarte, Fernandes & Guedes, 2017). A recolha de dados assentou numa entrevista à docente titular, após terem sido desenvolvidas, na sua turma, doze sessões de Filosofia para Crianças (numa perspetiva de articulação/transversalidade curricular). Pretende-se, com este estudo, compreender, à luz da opinião de professor titular, as potencialidades da Filosofia para Crianças como componente curricular transversal naquele ciclo, de acordo com dois parâmetros: as práticas pedagógicas dos docentes e as aprendizagens dos alunos.
- Gestão curricular como prestação de serviço educativoPublication . Teixeira, Inês; Diogo, Fernando; Duarte, PedroProcede-se neste estudo à análise dos processos de gestão do currículo na escola, tais como descritos e avaliados nos 289 relatórios de avaliação externa de escolas da região norte de Portugal, produzidos entre os anos de 2011 e 2017. Os dados indiciam graves fragilidades ao nível da gestão do currículo levada a cabo pelas escolas, permitindo a inferência de que o currículo não é ainda um projeto que as escolas concebam, a partir do currículo nacional. Os índices de insucesso escolar, a indisciplina nas aulas, as dificuldades com as famílias e o desconforto dos professores comprovam que a rigidez curricular e organizacional está na mais completa contradição com a acentuada heterogeneidade discente, tornando um desenvolvimento curricular fundado no paradigma racional-tecnológico. Face à complexidade acrescida da escola para todos, o currículo nacional precisa de ser, ao nível da escola, reconcetualizado e reconstruído, para se tornar acessível aos alunos e para que estes reconheçam a sua relevância. Contextualizar, integrar, adequar e diferenciar o currículo constituem o conjunto de decisões curriculares a serem assumidas pelos professores, individual e coletivamente. Não obstante, os dados indicam que, no essencial, impera a ditadura do currículo prescrito e que a gestão curricular de escola é, ainda incipiente. Os maiores avanços ter-se-ão produzido no âmbito das medidas de recuperação e apoio aos alunos com atrasos e/ou dificuldades de aprendizagem. As escolas parecem não ter consciencializado ainda que o currículo real que desenvolvem é um dos principais fatores desse insucesso e dessas dificuldades e atrasos. E, por isso, lançam mão de uma estratégia remediativa quando podiam minimizar o fenómeno através duma estratégia preventiva: conceber um currículo real contextualizado, adequado e articulado.
- A planificação como dimensão da ação docente: especificidades na formação de professores de históriaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelPese embora o currículo tenha ultrapassado as dinâmicas circunscritas à seleção, planificação e avaliação (Paraskeva, 2000), diferentes autores (Diogo, 2010; Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008; Pacheco, 2001; Zabalza, 2000) integram, ainda com destaque, o processo de planificação no âmbito das dinâmicas de desenho e desenvolvimento curricular. Porém, os mesmos reconhecem mudanças significativas no modo como esta prática é entendida, valorizando-se, atualmente, processos mais flexíveis, que atribuem menor importância a estruturas e objetivos rígidos e detalhados (Doll Jr., 1989). O ato de planificar é não só importante para a prática pedagógica, em sentido estrito, como é um elemento indispensável ao desenvolvimento docente (Jalongo, Rieg, & Helterbran, 2007; Mutton, Hagger, & Burn, 2011), evidenciando-se, assim, a sua relevância aquando da formação inicial de professores. A este propósito, e subscrevendo Moreira, Duarte & Alves (2019), emerge como pertinente uma reflexão abrangente sobre as atuais dinâmicas de formação de professores de Ciências Sociais.Pela presente comunicação, propomo-nos a analisar exemplos de planificações desenhadas por futuros docentes de história do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, no âmbito da prática educativa supervisionada vivenciada durante a profissionalização.Assim, selecionaram-se, aleatoriamente, três instituições públicas portuguesas de Ensino Superior, que incluem o mestrado profissionalizante para aqueles níveis de ensino na sua oferta formativa, recolhendo-se nos respetivos repositórios abertos seis planificações de aulas de história (duas por cada). O principal objetivo deste trabalho de análise documental será conceptualizar as características das planificações consideradas, quer numa perspetiva subjacente à educação histórica preconizada para a contemporaneidade (Seixas, 2012; Barca, 2015; Lee, 2016; Schmidt & Urban, 2018), quer nas dimensões curriculares mais amplas.Mais do que meros conteúdos substantivos sob a forma de atividades tradicionais de transmissão unidirecional e de um recurso didático único, definidas quase minuto a minuto e para uma avaliação circunscrita ao (com)provar, a planificação de uma aula de história precisa de ser um ‘objeto’ prático e mobilizado, sobretudo, para o desenvolvimento de competências de pensamento histórico várias (Domínguez, 2015), focadas na aprendizagem dos estudantes e não na hiperdefinição das ações docentes, como se de uma exigência burocrática se tratasse (Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008).
- A relação entre o currículo e a formação inicial de professores (de Ciências Sociais): contributos para uma reflexão no ensino da didáticaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelComo nos esclareceu Young (2010), os conhecimentos são essenciais para os processos escolares e educativos, daí o currículo ter um papel predominante na escola. Como é indicado por diferentes autores (Apple, 2004; Pacheco, 2012; Paraskeva, 2000; Silva, 2000; Torres Santomé, 2017), o reconhecimento de influências distintas, como a ideologia e o poder, no que ao currículo se refere, tem sido evidenciada, paulatinamente, por diversos trabalhos e no âmbito daquilo que podemos denominar como estudos curriculares. Esses trabalhos sustentam a ideia de que, contrariamente às perspetivas clássicas (Bobbitt, 1918; Tyler, 1976), não é possível conceptualizarmos o currículo como uma prescrição que estrutura, de modo técnico, científico e neutro, os conhecimentos que deverão ser desenvolvidos em contexto escolar e o método de os ensinar. Atualmente, assume-se que o mesmo, podendo ser entendido como um projeto (Pacehco, 2016), integra uma dimensão de conflito (Paraskeva, 2000) e/ou de batalha ideológica, política, cultural, epistemológica, entre outras (Gimeno Sacristán, 2013). É de suma importância que um professor de Ciências Sociais, em sentido lato, tenha consciência de tais dinâmicas em torno do currículo e não o percecione como um texto entendido de modo ahistórico e apolítico (Torres Santomé, 2017). Reconhecendo as suas implicações no que concerne à validação e legitimação do conhecimento (Apple, 2000) e, talvez mais importante, a forma como esse conhecimento se entrecruza com o processo de reprodução (da desigualdade) social e de construção da cidadania individual e coletiva (Torres Santomé, 1998), assume-se como relevante tal reflexão também no contexto da formação (inicial) daqueles professores (Barton e Levstik, 2003; Merchán, 2009). Face ao indicado, e considerando-se a existência de uma relação estreita entre o currículo e a didática (Roldão, 2017), com a presente comunicação, em formato de ensaio, pretende-se discutir sobre o modo como os estudos curriculares podem contribuir para pensar o ensino da didática na formação dos professores de Ciências Sociais, para que estes se assumam como efetivos construtores do currículo, estando ainda conscientes da influência, por exemplo, da disciplina de história na formação cidadã dos estudantes.
