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Abstract(s)
Pese embora o currículo tenha ultrapassado as dinâmicas circunscritas à seleção, planificação e avaliação (Paraskeva, 2000), diferentes autores (Diogo, 2010; Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008; Pacheco, 2001; Zabalza, 2000) integram, ainda com destaque, o processo de planificação no âmbito das dinâmicas de desenho e desenvolvimento curricular. Porém, os mesmos reconhecem mudanças significativas no modo como esta prática é entendida, valorizando-se, atualmente, processos mais flexíveis, que atribuem menor importância a estruturas e objetivos rígidos e detalhados (Doll Jr., 1989). O ato de planificar é não só importante para a prática pedagógica, em sentido estrito, como é um elemento indispensável ao desenvolvimento docente (Jalongo, Rieg, & Helterbran, 2007; Mutton, Hagger, & Burn, 2011), evidenciando-se, assim, a sua relevância aquando da formação inicial de professores. A este propósito, e subscrevendo Moreira, Duarte & Alves (2019), emerge como pertinente uma reflexão abrangente sobre as atuais dinâmicas de formação de professores de Ciências Sociais.Pela presente comunicação, propomo-nos a analisar exemplos de planificações desenhadas por futuros docentes de história do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, no âmbito da prática educativa supervisionada vivenciada durante a profissionalização.Assim, selecionaram-se, aleatoriamente, três instituições públicas portuguesas de Ensino Superior, que incluem o mestrado profissionalizante para aqueles níveis de ensino na sua oferta formativa, recolhendo-se nos respetivos repositórios abertos seis planificações de aulas de história (duas por cada).
O principal objetivo deste trabalho de análise documental será conceptualizar as características das planificações consideradas, quer numa perspetiva subjacente à educação histórica preconizada para a contemporaneidade (Seixas, 2012; Barca, 2015; Lee, 2016; Schmidt & Urban, 2018), quer nas dimensões curriculares mais amplas.Mais do que meros conteúdos substantivos sob a forma de atividades tradicionais de transmissão unidirecional e de um recurso didático único, definidas quase minuto a minuto e para uma avaliação circunscrita ao (com)provar, a planificação de uma aula de história precisa de ser um ‘objeto’ prático e mobilizado, sobretudo, para o desenvolvimento de competências de pensamento histórico várias (Domínguez, 2015), focadas na aprendizagem dos estudantes e não na hiperdefinição das ações docentes, como se de uma exigência burocrática se tratasse (Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008).
Description
Keywords
Currículo Planificação Educação histórica Formação de professores
Citation
Duarte, P., & Moreira, A. I. (2019). A planificação como dimensão da ação docente: especificidades na formação de professores de história. Em C. Leite (coord.), P. Fernandes (coord.), A. Monteiro, C. Figueiredo, F. Sousa-Pereira, & M. Pinto (Org.), Currículo, Avaliação, Formação e Tecnologias educativas (CAFTe): II Seminário (pp. 173-186). Porto: Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCE) da Universidade do Porto (UPorto).
Publisher
Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCE) da Universidade do Porto (UPorto)