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  • Na formação inicial de professores, a investigação-ação revelada pelos relatórios de estágio
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro
    O desenvolvimento da literacia investigativa dos professores é um aspeto com particular importância, uma vez que se assume ser essencial que os docentes detenham competências para interpretar e protagonizar processos de investigação. Nesse âmbito, reconhece-se a consolidação de dinâmicas de investigação na formação inicial de professores, especificamente aquando da prática de ensino supervisionada, sobretudo direcionadas para a metodologia de investigação-ação. O presente trabalho tem como propósito apresentar os resultados decorrentes de uma análise do entendimento que futuros professores perfilham sobre investigação-ação e a forma como tendem a desenvolvê-la em contexto de supervisão pedagógica no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Analisaram-se 15 relatórios de estágio redigidos por estudantes do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico entre os anos de 2013 e 2019, recolhidos aleatoriamente nos repositórios de três universidades portuguesas. Sob a forma de preliminares conclusões, constata-se que os futuros professores se apropriam, em parte, de uma sustentação conceptual ampla e perspetivam a mobilização de múltiplos instrumentos e técnicas de recolha de dados para a sua ação investigativa, mas a apresentação e análise interpretativa do processo repetidamente se transforma numa descrição, nem sempre reflexiva, daquilo que foi a sua intervenção pedagógica.
  • Teaching (History) in the 21st Century: new competencies with identical contents
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Alves, Luis Alberto; Duarte, Pedro
    Contemporary thinking in Education must go beyond what is already known and feed on a utopian vision. Regardless of the contents, the change needs to happen, within the pedagogical practice above anything else: listening more and talking less; embracing new perspectives and different readings from well-known authors; preparing our interlocutors (students) to face the unforeseen and the uncertainty with optimism. In Basic and Secondary Education, this circumstance assumes the characteristics of a historical thinking and a historical consciousness progressively more sophisticated and, therefore, coincident with a reading of the world desirably more complex and humanistic. In Higher Education, it is crucial that future teachers perceive the relevance of that attitude of change. Based on these contemporary educational potentialities and challenges, we intend to discuss possible paths to consider, today, a teaching of History that allows us to design new futures or other competencies.
  • Os futuros professores e a investigação-ação: das práticas às conceções
    Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel
    A formação inicial de professores e educadores é um complexo processo de aprendizagem de saberes específicos da profissão, assim como de construção da identidade dos futuros docentes. Aqui enquadram-se dinâmicas de supervisão, de essencialidade notória, porquanto possibilitam a interação dos estudantes com os contextos educativos, o diálogo com outros profissionais já em atuação e, ainda, a aproximação aos processos de investigação. Com o presente trabalho pretendeu-se, como objetivo geral, analisar as conceções construídas pelos mestrandos (futuros professores) sobre a investigação-ação e interpretar a forma como a concretizaram, em contexto de estágio, no 1.º Ciclo do Ensino Básico. A pesquisa estruturou-se como um estudo de caso múltiplo (incluindo 3 universidades portuguesas), tendo sido considerados aleatoriamente 15 relatórios de estágio, entregues entre os anos de 2013 e 2019, produzidos por estudantes do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Como principais resultados podem destacar-se três elementos complementares. Em primeiro, percebeu-se a efetiva presença de dinâmicas de investigação-ação no âmbito da formação inicial de professores e, como tal, na vivência formativa dos futuros docentes. Todavia, os relatos redigidos a partir da experiência supervisiva daqueles estudantes ilustram a dificuldade de se percecionarem como agentes (potencialmente) construtores de conhecimento. Por fim, pode referir-se que os processos de investigação-ação levados a cabo são marcados por uma certa individualidade (ou isolamento) dos investigadores e, além disso, por uma rudimentar ação analítica e crítica (por vezes, quase substituída pela mera descrição das tarefas pedagógicas realizadas).
  • O 1.º Ciclo do Ensino Básico: Que identidade(s)? - Livro de Resumos
    Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel; Diogo, Fernando; Fernandes, Dárida Maria; Ribeiro, Deolinda; Costa, José António; Canha, Manuel Bernardo
  • Políticas educativo-curriculares na formação inicial de professores: o caso do ensino da História em Portugal
    Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel; Alves, Luis Alberto
    A partir de uma análise comparativa entre o Decreto-Lei n.º 43/2007 e o Decreto-Lei n.º 79/2014, pretendemos explicitar as mais recentes políticas educativo-curriculares portuguesas no que concerne à formação inicial de professores de História/Estudo do Meio. Num presente de constantes incertezas, de profissionais em falta nas escolas, de desarticulações entre as exigências dos contextos e a formação inicial proporcionada, afigurou-se como pertinente pensar sobre as circunstâncias prévias ao exercício da profissão docente. A leitura dos documentos normativos que, após o Processo de Bolonha (1999), enquadraram juridicamente os cursos de formação inicial de professores permitiu-nos um estudo qualitativo focado nas opções curriculares subjacentes às matrizes dos mesmos, nas concepções de docência perfilhadas, no discurso ali considerado e seus (eventuais) sentidos. Como resultados preliminares, percebemos uma tendência de valorização das dimensões mais técnicas da profissão em detrimento dos domínios mais abrangentes da reflexão pedagógica. Além disso, notamos a necessidade de contrariar uma formação inicial ‘menos rigorosa’, porquanto tal pode significar certa desvalorização da função docente.
  • "As professores escrevem muito!": Representações de estudantes do 1.º Ciclo sobre a docência
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro
    As representações sociais podem ser entendidas como sistemas de significação utilizados na orientação de ações individuais ou mesmo como referência para a categorização de pessoas e acontecimentos (Jodelet, 2001; Moscovici, 1998). Aquelas conceções constroem-se, mesmo por quem ainda vai dando os primeiros passos na experiência educativa que é a frequência quotidiana da escola, como resultado de influências várias, para além dos próprios recursos cognitivos: os discursos sociais, os meios de comunicação, as tradições escolares ou a subjetividade inerente às marcas histórica e socialmente situadas (Moscovici, 2001; Jodelet, 2011). E no dia-a-dia, inevitavelmente, são elas que permitem a identificação como grupo social, a comunicação com os demais, a conferência de sentido a intervenções quotidianas, seja o significado das práticas concretizadas pelos professores ou os comportamentos adotados pelos pares na sala de aula (Castorina, 2017; Flick e Foster, 2008; Wagner et al., 1999). Este trabalho pretende, assim, apresentar as representações construídas por 22 estudantes a frequentarem o 1.º Ciclo do Ensino Básico, em instituições de ensino portuguesas, sobre o seu atual professor (titular da turma), bem como as idiossincrasias inerentes à profissão docente. As suas perspetivas emergem como elementos significativos para se analisar e conceptualizar aquela que, socialmente, se vai veiculando como a identidade de tal grupo profissional, desde logo pelos desenhos e palavras de quem começa agora o seu percurso escolar. Metodologicamente, optou-se por uma investigação de carácter misto (envolvendo análise de dados quantitativa e qualitativa), recolhendo-se as respostas dos alunos por via de um inquérito por questionário. Este contemplou três questões distintas: uma tradicional, de resposta livre e um pouco mais extensa; outra para associação de palavras e uma menos habitual e que requereu a elaboração de um desenho individual sobre a figura do professor. Os dados recolhidos tendem a representar uma professora (docente do sexo feminino), que tem uma profissão importante, centrada na aprendizagem, semelhante ao que é perspetivado por Roldão (2005). A par disso, reconhecem-se dois elementos simbólicos estruturais nessas representações: i) o quadro de ardósia, com especial destaque na sala de aula, estando os alunos centralmente a fixarem-no; ii) o ponteiro, enquanto instrumento utilizado, exclusivamente, pela docente.
  • Da consciência histórica à formação de professores (de ciências sociais)
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro; Alves, Luis Alberto
    Cada vez mais, perante uma realidade em permanente mudança, parece inevitável reconhecer os docentes como intelectuais transformativos, com uma prática assente na reflexão e na criticidade. No que concerne às Ciências Sociais, particularmente no ensino da didática, assume-se como relevante investir na formação de profissionais que se envolvem na ponderação epistemológica sobre, por exemplo, a história e a educação; que querem ser construtores de currículo para ultrapassar o dogmatismo, o revisionismo, a distorção; que pensam criativamente os sentidos educacionais da aprendizagem histórica na sociedade atual. Com esta comunicação pretende-se refletir e propor linhas de ação na formação inicial de professores, no âmbito da didática das Ciências Sociais, partindo da consciência histórica compreensão alcançada de dimensões várias que enformaram as ações ou ideais dos protagonistas da história ao longo do tempo evidenciada por futuros professores da disciplina de história. Para tal, solicitou-se a cerca de 50 alunos a frequentarem dois mestrados profissionalizantes para o ensino da história, de duas instituições de Ensino Superior públicas no norte de Portugal, a elaboração de uma narrativa sobre a história daquele país de onde são naturais. De modo voluntário, durante meia hora, e sem preparação para a tarefa ou recurso a qualquer fonte informativa, haviam de redigir e materializar, tácita ou explicitamente, a experiência do sentido do tempo, numa representação denunciadora da compreensão histórica até então elaborada. Assim, procurar-se-á cruzar as especificidades da educação histórica (Rüsen, 2005; Barca, 2015) e o papel docente que lhe pode estar inerente, as potencialidades de uma formação em (didática das) Ciências Sociais para o sentido da responsabilidade profissional (Alves, 2001; Barton e Levstik, 2004; Avery, 2010) e a exigência contemporânea de uma formação de professores holística, integradora, que mitigue a alienação e a mera execução (Giroux, 2001; Nóvoa, 2017). Considera-se que será possível pensar sobre a formação de professores de Ciências Sociais que promove, ou não, a afirmação de agentes responsáveis e questionadores dos cânones implantados, assim como a presença, ou inexistência, de uma reflexão consequente, no ensino da didática, relativa à dimensão ideológica que marca práticas e processos educativos. Lendo, desde logo, a história de Portugal que professores ainda a experienciar tal realidade formativa decidem contar.
  • A planificação na formação inicial de professores: um retrato a partir dos contributos da educação histórica
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro
    Como nos explica Rosales López (2012), o ato de planificar é uma prática específica da ação docente e, como tal, é essencial que os professores em formação desenvolvam competências no âmbito desta temática. Na mesma linha de pensamento, Roldão (2017) advoga a necessidade de se investigarem os processos pelos quais o cur r ículo - na sua dinâmica prescr ita - é, efetivamente, concretizado nos contextos educativos. Partindo destes pressupostos, no presente artigo temos como objetivo analisar as características das planificações desenhadas por futuros professores de História, aquando da prática educativa supervisionada, nomeadamente os contributos decorrentes dos estudos curriculares, bem como aqueles que são mais específicos da educação histórica (Barca, 2009), aí patentes. Para tal, optamos por uma análise documental de nove planificações provenientes de três instituições universitárias portuguesas distintas. Numa aproximação à Grounded Theory foi nosso propósito, também, criar uma planificação-tipo, enquanto retrato das principais tendências notadas. No final, verificamos que a direção tomada pelos futuros docentes pode ler-se a partir de dois eixos distintos: i) uma linha de pensamento curricular influenciada pelas teorias mais tradicionais e burocráticas, privilegiando, quase por inerência, estratégias pedagógicas assentes na ação primordial do professor e fundamentalmente expositiva; ii) a não integração de alguns dos mais relevantes princípios da educação histórica - a saber, a prevalência das destrezas do pensamento histórico, a diversidade de fontes de facto exploradas e uma recorrente relação intertemporal - evidenciando que, ainda na formação inicial, se valorizam mais os conhecimentos substantivos em detrimento dos saberes sobre História (Seixas, 2017).
  • O Estudo do Meio como espaço de implicação social e ambiental: prospeções e propostas curriculares, organizacionais e políticas
    Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel
    egundo Arendt (1961), o compromisso com a educação resultade uma relação de amorcom o mundo, porque decorre de uma efetiva responsabilização face ao mesmo. Talvez por esse motivo, como esclarecem Misiaszeke colaboradores (2022), o pensamento pedagógico emerge preocupado com um conjunto de domínios que não podem ser desconsiderados, como a diversidade cultural, as desigualdades sociais, as relações humanasou os efeitos da globalização nos diversos contextos ambientais.O Estudo do Meio, do 1.º Ciclo do Ensino Básico português, devido às suas características interdisciplinares tenderá a estabelecer-se como fundamental, numa formação comprometida com a cidadania da infância, possibilitando a articulação entre os desafios humanos, sociais e ecológicos. Pretendemos refletir sobre o modo como tal componente surge, ou não, como um espaço educativo de implicação social e ambiental, pelo qual a realidade contemporânea não é ocultada e sepotencia uma consciencialização mais abrangente e ecológica, associada às características do meio ambiente, às injustiças na sociedade, à diversidade humana. Assumindo essa finalidade, o estudo avança com um mapeamento das orientações curriculares nacionais para aquela componente curricular. Conseguimos compreender que, apesar da menção a aspetos como os direitos humanos, a justiça ou os problemas ambientais e comunitários, o currículo nacional parece não privilegiar uma análise desocultadora e humanizante dos desafios sociais e ambientais mais atuais. Assim, propomos um conjunto de opções curriculares, organizacionais e políticas que melhor poderão convergir para uma pedagogia assente no olhar atento e na atuação crítica, como condição necessária para a afirmação da cidadania democrática das crianças.
  • Quem avalia os futuros professores? Perceções a partir dos relatórios de estágio
    Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel
    Este artigo pode enquadrar-se no âmbito da reflexão mais alargada alusiva à formação inicial de professores. O mote do mesmo relaciona-se com a identificação das áreas científicas que se privilegiam nos júris das (obrigatórias por lei) defesas públicas do relatório de estágio, no último ano do Mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º ciclo do Ensino Básico, considerando o doutoramento e os domínios de investigação dos arguentes. Por via da informação disponibilizada nas páginas de internet das instituições portuguesas de Ensino Superior que incluem tal mestrado na sua oferta formativa, foi possível reunir uma amostra de quarenta sujeitos, remontando, o mais tardar, às provas acontecidas no ano de 2020, e até à atualidade (2023).Os dados recolhidos permitem-nos, desde logo, constatar que há uma preponderância dos domínios da área da docência no que diz respeito aos doutoramentos dos jurados principais convidados para as mencionadas provas públicas, bem como uma nula representatividade da área cultural, social e ética, aludindo à terminologia prevista na legislação em vigor. Além disso, torna-se evidente uma certa tendência para a disciplinarização do mestrado, pela consideração de arguentes com uma investigação vinculada às áreas do Português ou da História (às vezes, ao seu ensino), mas nenhum especialista no que concerne ao 1.º ciclo do Ensino Básico.No fim, assume- -se que este pode ser apenas o início, uma análise exploratória, para novas pesquisas ligadas ao tema ou suas derivações.