ESS - DM - Terapia Ocupacional
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESS - DM - Terapia Ocupacional by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências da Saúde"
Now showing 1 - 9 of 9
Results Per Page
Sort Options
- Efeitos da musicoterapia na agitação em idosos com demência: uma revisão sistemáticaPublication . Carvalho, Beatriz da Silva; Portugal, Paula; Trigueiro, Maria JoãoA demência é, atualmente, uma das principais patologias associada ao processo de envelhecimento sendo que a agitação é um dos sintomas comportamentais mais comuns e para o qual não existe um tratamento farmacológico satisfatório. Em alternativa, tratamentos não farmacológicos como a utilização de música têm vindo a ser relacionados com uma diminuição da agitação em idosos com demência. Deste modo, este estudo teve como objetivo sistematizar a evidência disponível para determinar quais os efeitos da musicoterapia ao nível da agitação em idosos com demência. Para tal, realizou-se uma revisão sistemática com dezanove artigos após pesquisa na Pubmed, ISI Web e Scopus e para avaliar a qualidade metodológica foi utilizada a checklist The Joanna Briggs Institute (JBI). Nesta revisão foram incluídos estudos experimentais, randomizados e não randomizados, estudos pré-experimentais e estudos de caso. A maioria dos estudos incluídos na presente revisão sistemática verificou que a musicoterapia foi eficaz na melhoria de pelo menos um parâmetro da agitação em idosos com demência (n=15). No entanto, quatro estudos verificaram que a musicoterapia não apresentou nenhum beneficio ao nível da agitação em pessoas com demência. As intervenções utilizadas nos vários estudos variaram muito entre si, quer em termos da forma como a música foi aplicada quer no tempo de duração. As medidas utilizadas para avaliar os resultados das intervenções foram, na sua grande maioria, subjetivas e, nalguns casos, os instrumentos não estavam validados para a população. Também a qualidade dos artigos incluídos foi, de uma forma geral, moderada a baixa, e os resultados obtidos, pelos viéses e limitações apresentados pelos estudos, não são generalizáveis. Apesar de haver algumas evidências que parecem indicar alguma eficácia no uso da musicoterapia como tratamento da agitação em idosos com demência, a qualidade e heterogeneidade dos estudos existentes é limitada, pelo que não se pode assumir, sem reservas, que a utilização de uma intervenção com recurso à musicoterapia é eficaz na diminuição da agitação
- Efeitos de um programa de atividade física com base na plataforma Wii em reclusas de um estabelecimento prisional com sintomas moderados a graves de depressãoPublication . Barbosa, Vanessa Catarina Sousa; Rocha, Nuno BarbosaObjetivos: O presente estudo tem como objetivo verificar os efeitos de um programa de exercícios, baseado na plataforma Wii, nos sintomas de depressão, bem como na melhoria da condição física e desempenho cognitivo de mulheres reclusas. Métodos: Este estudo pode classificar-se como longitudinal, de natureza quantitativa e de caráter experimental. Inicialmente selecionaram-se 90 reclusas, das quais 51 foram excluídas por score de Ces D inferior a 16. Das restantes 39, duas não aceitaram participar no estudo e uma foi excluída por presença de lesão no pé. Ficando apenas para randomização 36, das quais 18 ficaram alocadas no grupo controlo e 18 no experimental. No decorrer da intervenção foram excluídas duas reclusas por desistência (não comparência às sessões) e uma por lesão, ficando um total de 15. Já no grupo controlo registou-se apenas uma desistência, ficando composto por 17 indivíduos. A avaliação realizou-se em dois momentos, antes e após a intervenção, para tal recorreu-se ao instrumento de avaliação Ces D, um conjunto de três Testes cognitivos (Digit Span (DS), Trail Making Test (TMT) e Fluency Test (VFT), a Bateria de Testes de Aptidão Física EUROFIT (Plate Tapping Test, Sit-and-Reach Test , Standing Broad Jump Test , Shuttle Run Test, Sit-Ups in 30 seconds, 6 minute Walk Test) e ainda à Balança TANITA para recolha das seguintes variáveis: Peso, Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Massa Gorda, Índice de Massa Muscular e Percentagem Corporal de Água. Resultados: Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na variável Plate Tapping Test, onde o grupo experimental obteve um melhor desempenho após a intervenção. Assim como se encontraram diferenças significativas na variável Percentagem Corporal de Água, onde neste caso foi o grupo controlo que apresentou melhores resultados no momento da reavaliação mesmo não tendo qualquer tipo de intervenção. Conclusão: No presente estudo conclui-se que, o grupo experimental, após intervenção, apenas apresentou melhorias no desempenho do Plate Tapping Test. Tal pode dever-se ao facto do curto espaço de tempo para a realização da intervenção e ainda devido à falta de controlo sobre diversos fatores que podiam enviesar o estudo.
- Eficácia de um programa de estruturação de objetivos ocupacionais na fase de transição para a vida adulta em jovens com perturbação da personalidade: estudo de casoPublication . Mendes, Andreia Isabel Oliveira; Trigueiro, Maria João; Barbosa, TâniaA Perturbação da Personalidade (PP) é um tipo de doença mental que afeta todas as áreas de vida da pessoa, como, por exemplo, família, comunidade, trabalho, educação, relacionamentos, lazer e sono. O seu diagnóstico é realizado num período crítico, a fase de transição da adolescência para a vida adulta, que se carateriza por múltiplas mudanças ao nível dos papéis de vida desempenhados, sendo este facto foco de preocupação e de necessidade de intervenção. Assim, é fundamental que se identifiquem programas de atuação com esta população que respondam às necessidades detetadas. Atendendo a estas necessidades e às caraterísticas da PP, o grupo de investigação criou para este estudo, os seguintes objetivos: (1) Verificar se existem alterações ao nível da participação de jovens com PP, nomeadamente, através de um maior envolvimento em atividades e ocupações e um maior grau de funcionalidade, quando utilizado um programa baseado no “Kit para Jovens”, um instrumento criado por terapeutas ocupacionais no sentido de orientar os jovens com incapacidades a organizar todos os processos relativos a esta fase de transição, no seu processo de intervenção; (2) Verificar se existe uma relação ao nível do envolvimento em atividades e ocupações com a perceção de qualidade de vida, perceção de suporte social e a ansiedade e evitamento em situações de desempenho e interação social em jovens com PP e (3)Verificar a perceção de jovens com PP para a adequabilidade do programa baseado no “Kit para Jovens” como processo de intervenção. Trata-se de um Estudo de Caso com desenho A-B-A. A amostra foi constituída por seis indivíduos com PP que, na altura do estudo, estavam a frequentar a Unidade de Psiquiatria do Jovem e da Família (UPJF) da Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar de São João (CPSM-CHSJ). Os participantes foram sujeitos a uma intervenção individual com base no “Kit para Jovens”, durante seis meses. A recolha de dados foi realizada em três distintos momentos (pré-teste, ongoing e pós-teste). Nos momentos pré e pós-teste foram utilizados instrumentos de natureza quantitativa (Questionário Sociodemográfico, WHODAS II, SF-36V2, WHOQOL-BREF, ESSS e EAESDIS). A avaliação ongoing consistiu na observação qualitativa dos comportamentos apresentados durante as sessões, registando os valores na Grelhas de Observação de Comportamentos. No final, foi ainda aplicado um questionário em forma de entrevista, para avaliação da satisfação com o programa de intervenção. Da análise de dados é possível referir que o programa baseado no “Kit para Jovens” aumentou a funcionalidade e a participação em atividades e/ou ocupações em todos os participantes que concluíram este programa de intervenção. Verificou-se, igualmente, um aumento da qualidade de vida e da perceção de suporte social, bem como uma diminuição da ansiedade e do evitamento em situações de desempenho e interação social. Concluindo, os resultados obtidos parecem suportar a viabilidade e eficácia do programa baseado no “Kit para Jovens” para esta amostra, todavia, destaca-se a necessidade de novas pesquisas que confirmem a aplicabilidade desta intervenção na população com PP, durante a transição da adolescência para a vida adulta.
- Influência da dupla tarefa na pressão plantar máxima de indivíduos com doença de ParkinsonPublication . Ferreira, Ana Sofia Silva; Fernandes, Ângela; Rocha, Nuno BarbosaObjetivos: Este estudo teve como objetivo principal analisar a pressão plantar máxima registada em cada região da planta do pé de indivíduos com doença de Parkinson em comparação com indivíduos sem patologia, em posição ortostática, sob condições de tarefa simples e dupla. Pretendeu-se de igual forma estudar a pressão plantar máxima registada em cada região do pé. Métodos: A amostra é não probabilística por conveniência e constituída por 89 indivíduos (sendo que 46 pertencem ao grupo de controlo e 43 pertencem ao grupo de indivíduos com doença de Parkinson) residentes na comunidade com idade igual ou superior a 65 anos. Para a obtenção da pressão plantar máxima (PPM) foi utilizada uma plataforma de pressão e as medições foram realizadas em condição de tarefa única (permanecer na posição de pé com os olhos abertos e com os olhos fechados) e condição de dupla tarefa (permanecer na posição de pé enquanto realizavam uma tarefa de fluência verbal e uma outra de semântica). O pé foi dividido em três regiões: retro pé; médio pé e ante pé para analisar a pressão plantar máxima. Resultados: Foram verificadas diferenças significativas (p<0.05) entre a PPM registada em condição de tarefa única e a PPM em dupla tarefa, ao nível do ante pé direito e ante pé esquerdo, bem como no retro pé direito. Analisando os dois grupos constatamos que existem diferenças no medio pé direito e medio pé esquerdo. Foram ainda encontradas diferenças significativas entre as três zonas do pé (p0.05) tanto no pé esquerdo como no pé direito, nos dois grupos. As diferenças verificam-se entre os grupos, mas não se verificam na sua interação. Conclusão: Este estudo permitiu verificar um aumento da PPM na região do ante pé no grupo de indivíduos com doença de Parkinson e uma diminuição da PPM na região do retro pé, sob condição de tarefa dupla em comparação com a tarefa simples. Entre os dois grupos podemos constatar que a PPM é menor no grupo de indivíduos com doença de Parkinson, comparativamente ao grupo de controlo. No que concerne às diferenças entre as regiões do pé apenas na região do medio pé o grupo de indivíduos com doença de Parkinson apresentam PPM superior ao grupo de controlo.
- Modulação sensorial e autorregulação em jovens em acolhimento institucionalPublication . Cavadas, Magda Sofia Da Fonseca Ramos; Trigueiro, Maria JoãoA problemática da institucionalização na infância e na adolescência constitui-se um tema de grande relevância social, não somente pelo número de jovens nesta situação, mas pela preocupação com a qualidade do atendimento oferecidos nas instituições. Sabe-se que, desde o nascimento, as crianças e jovens são desafiadas a organizar o input sensorial em respostas adaptativas ao meio em que estão inseridas. Dentro daquelas que são consideradas respostas adaptativas eficazes, inclui-se a qualidade da autorregulação emocional. Assim, a qualidade da informação recebida do contexto aparece como um fator essencial para o desenvolvimento de um correto comportamento adaptativo e as instituições que acolhem as crianças e jovens nem sempre são eficazes na sua providência. Deste modo e partindo do princípio de que o contexto onde a criança se desenvolve pode ter influência sobre a qualidade desse desenvolvimento, a presente investigação tem como objetivos descrever a capacidade de autorregulação e de modulação sensorial de jovens institucionalizados, bem como a existência de perturbações a este nível, analisando a existência de associações entre problemas de autorregulação e alterações da modulação sensorial em jovens institucionalizados. A amostra foi constituída por 40 jovens em acolhimento institucional, com idades compreendidas entre 11 e 18 anos. A recolha de dados foi realizada num único momento de avaliação, através da aplicação do questionário sociodemográfico, SRQ - Self-Regulation Questionnaire e, SensOR - Sensory Over-Responsivity Inventory. Para o tratamento dos dados, foram utilizadas medidas descritivas e medidas de correlação, a estimação do risco de desenvolver problemas de autorregulação e uma regressão linear múltipla para verificar os preditores da autorregulação de entre os domínios do SensOR e dos dados sociodemográficos. Para todas as análises, foi usado uma probabilidade de erro tipo I (α) de 0,05. Os resultados deste estudo salientam 1) a substancial prevalência de hiperresponsividade (domínios tátil-materiais=82,5%; olfativo=82,5%; auditivo-locais 72,5%; vestíbulo-propriocetivo= 72,5%) e problemas de autorregulação (87,8%) em jovens institucionalizados; 2) a correlação significativa entre a autorregulação e o domínio gustativo (r=0,488; p<0,01); 3) a associação dos domínios tátil, gustativo e auditivo (locais) à ocorrência de alterações da autorregulação; 4) obteve-se um modelo significativo que explica 31% da variabilidade da capacidade de autorregulação, sendo as variáveis preditoras o domínio gustativo, a presença de doenças e a idade do primeiro acolhimento. Pode-se, assim, concluir que a substancial prevalência de hiperresponsividade e problemas de autorregulação encontrada em jovens institucionalizados implica que sejam pensadas medidas que permitam prevenir o seu desenvolvimento, por exemplo, fornecendo, ao nível das instituições, um contexto mais enriquecido. Por outro lado, parece ser imprescindível pensar em novas formas de intervenção, que incidam nas perturbações da modulação sensorial, de forma a diminuir estes défices, o que implica uma maior atuação da Terapia Ocupacional com esta população.
- Os pais e a importância do brinca: perceções de um grupo de pais de crianças até aos seis anosPublication . Matos, Paula Cristina Correia de; Trigueiro, Maria JoãoBrincar é a principal Ocupação da criança e, como tal, é essencial ao seu desenvolvimento. Porém, atualmente, as sociedades modernas deparam-se com mudanças socioeconómicas e culturais aliadas ao paradoxo da expansão e desenvolvimento tecnológicos, e a uma crescente tendência para se colocar maiores exigências ao desempenho da criança, do ponto vista educacional. Mediante o olhar dos intervenientes nos contextos de vida da criança, essas mudanças podem traduzir-se em barreiras à sua participação no Brincar, e determinar os tipos de brincadeiras adotados, a escolha dos brinquedos utilizados, e condicionar o tempo e espaços destinados à brincadeira livre. É neste sentido que o presente estudo visa compreender que importância atribuem os pais de crianças até aos seis anos ao Brincar, enquanto promotor do desenvolvimento infantil. Este estudo, de cariz qualitativo, segue o método de Descrição Qualitativa. A amostra é constituída por vinte participantes, pais de crianças até aos seis anos, residentes no distrito do Porto. Foi utilizada a entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados com posterior análise de conteúdo com categorização a posteriori, para interpretação e discussão dos dados obtidos. Da análise dos resultados ficou claro que os pais de crianças em idade pré-escolar reconhecem maior importância à participação da criança em atividades lúdicas de caráter estruturado e educativo em detrimento de um Brincar livre. Constata-se também a substituição de um Brincar ativo ao ar livre por outro mais sedentário, em contextos mais controlados e que o tempo de brincadeira entre pais e filhos é reduzido em função das densas rotinas familiares. Verificou-se também a introdução cada vez mais precoce de dispositivos de caráter tecnológico, em detrimento de outras formas de Brincar. Face aos resultados, parece ser fundamental sensibilizar os pais para os benefícios de um Brincar mais ativo, promovendo o Brincar livre enquanto promotor do desenvolvimento infantil; apelar à existência de um equilíbrio entre as horas que são dedicadas às atividades estruturadas; promover a existência de espaços de qualidade nas cidades destinados ao Brincar; e alertar para as consequências da utilização de dispositivos multimédia.
- O poder de uma boa ação: o impacto de uma intervenção no combate ao estigma face à doença mental em alunos do 1º cicloPublication . Fonseca, Ana Rita Teixeira; Sousa, Sara de; Viana, JoãoPerante a necessidade de prevenir a doença mental o mais precocemente possível, torna-se essencial combater o estigma, uma das principais barreiras à não adesão ao tratamento e à recusa na procura de ajuda. Existe também cada vez mais evidência de que as atitudes estigmatizantes começam desde cedo, nomeadamente, na fase infantojuvenil. Assim, o objetivo deste estudo passa por verificar o impacto de um programa de 3 sessões no combate ao estigma em crianças do 1º Ciclo, com recurso a uma leitura encenada de uma história de contacto e trabalho de expressão plástica. Este estudo assenta na hipótese de que intervenções estruturadas e centradas nesta faixa etária são eficazes na diminuição do estigma face à doença mental. A amostra é constituída por 75 indivíduos com idades entre os 6 e os 11 anos, sendo que 45 foram alocados ao grupo experimental e 30 ao grupo de controlo. Ambos foram submetidos a uma avaliação pré e pós intervenção através do preenchimento do questionário de Atribuição AQ-8-C. A um nível de significância de 0,050, constata-se uma diminuição estatisticamente significativa nas atitudes estigmatizantes no grupo experimental (p=0,000) entre os momentos pré e pós intervenção, no entanto o mesmo não se verificou no grupo de controlo (p=0,178). Através do teste ANOVA, verifica-se que as diferenças encontradas entre os momentos de avaliação foram significativamente influenciadas pelo grupo de intervenção do qual os participantes faziam parte (p=0,000), o que significa que a intervenção realizada no grupo experimental gerou impacto sobre as atitudes estigmatizantes. Em conclusão, o presente estudo mostra que o programa de intervenção surtiu um efeito significativo, tendo diminuído as atitudes estigmatizantes no grupo experimental. No entanto, dadas suas limitações metodológicas, ressalva-se a importância de, em estudos futuros, se incluir uma amostra de maiores dimensões. Deve também haver um follow-up, a fim de averiguar a manutenção dos resultados. Para além disso, torna-se igualmente essencial a criação de metodologias criteriosas e ajustadas à faixa etária em estudo, a fim de criar mais robustez sobre a influencia destes programas de intervenção no combate ao estigma.
- Relação entre a escolha de atividades cognitivas e o rácio digital 2D:4DPublication . Ferreira, Lais Jerónimo; Rocha, Nuno BarbosaIntrodução: As atividades cognitivas são atividades em que o processamento da informação é central e as exigências físicas são menos recrutadas. A escolha destas está, entre outras coisas, associada à capacidade do ser humano tomar decisões e, são as diferenças individuais de cada um que têm influência nesta tomada de decisões. A maior ou menor exposição pré-natal a testosterona, determinada pelo rácio 2D:4D, pode ter influência nestas escolhas. Objetivo: O objetivo deste estudo consiste em compreender a relação entre exposição pré-natal à testosterona, conforme determinada pelo rácio digital 2D:4D, e a escolha de atividades cognitivas em jovens adultos. Métodos: Realizou-se um Questionário de Atividades Cognitivas e obtiveram-se digitalizações das mãos, para posterior medição do rácio 2D:4D, a 487 jovens adultos. Resultados: Não se verificou correlação entre o somatório dos itens das diferentes fases da vida – infância e atualidade - e o rácio 2D:4D de ambas as mãos, nem entre somatório total do Questionário de Atividades Cognitivas e o rácio 2D:4D para as duas mãos. Verificou-se correlação para os itens independentes ler livros, ir a bibliotecas, escrever cartas e assistir a teatros, musicais ou concertos. Conclusão: Aparentemente não se verifica a existência de uma relação robusta entre a escolha de atividades cognitivas em jovens adultos e a exposição a maior ou menor testosterona pré-natal.
- A terapia ocupacional em cuidados paliativos: a visão dos profissionais da rede nacional de cuidados continuados integradosPublication . Dias, Ana Filipa Monteiro; Portugal, PaulaNas últimas décadas tem sido visível o envelhecimento da população, bem como o aumento das doenças crónicas e progressivas. Consequentemente verificam-se alterações da rede familiar, traduzindo-se num impacto crescente da organização do sistema de saúde e nos recursos destinados especificamente a utentes crónicos. Assim, surge como resposta a estas necessidades a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e dentro desta, as Unidades de Cuidados Paliativos. Nestas unidades urge a necessidade de uma intervenção multidisciplinar a utentes em situações clínicas decorrentes de doenças severas e/ou avançadas. Neste estudo pretende-se compreender a perceção dos profissionais integrantes das unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados acerca da pertinência e papel da Terapia Ocupacional em Unidades de Cuidados Paliativos. Assim sendo, recorreu-se a uma metodologia qualitativa para recolha da informação empírica, tendo sido construído um questionário de resposta online como instrumento de recolha de dados, aplicado a 25 profissionais a exercer funções em unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Os principais resultados demonstram que maioritariamente nas unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados o terapeuta ocupacional se encontra incluído na equipa multidisciplinar, e sugerem ainda que todos os profissionais entrevistados consideram pertinente a intervenção de Terapia Ocupacional em Unidades de Cuidados Paliativos, de forma a manter/ promover a funcionalidade do utente até ao fim da sua vida, a par da sua identidade ocupacional.