ESS - DM - Fisioterapia
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Browsing ESS - DM - Fisioterapia by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências da Saúde"
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- Ajustes posturais no final do single leg drop landing em indivíduos com instabilidade crónica do tornozeloPublication . Gouveia, Ana Isabel Teixeira; Sousa, AndreiaIntrodução: A entorse lateral do tornozelo é uma das lesões mais comuns em atletas, estimando-se que cerca de 70% dos indivíduos desenvolvem instabilidade crónica do tornozelo (ICT) após a lesão inicial. A ICT tem sido associada a uma desregulação dos mecanismos de controlo postural, no entanto não existe ainda consenso acerca da disfunção postural que está na origem da perpetuação da ICT. A transição de uma tarefa dinâmica para estática em condições semelhantes às do mecanismo de lesão tem sida referida como uma habilidade reveladora destes défices. Objetivo: Avaliar bilateralmente os ajustes posturais envolvidos no final do SLDL, até e após a estabilização unipodálica, em superfície de apoio instável e contexto de dupla tarefa, em indivíduos com ICT. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 28 atletas, divididos em dois grupos, com e sem ICT, de acordo com os critérios da International Ankle Consortium. A atividade eletromiográfica (EMG) bilateral dos músculos glúteo médio (Glúteo M.), reto femoral (RF), gastrocnémio medial (GM), solear, tibial anterior (TA) e peroniais longo (LP) e curto (CP), bem como as forças de reação do solo foram recolhidas durante o SLDL para apoio unipodálico estático numa superfície instável, em contexto de dupla tarefa. A componente vertical das forças de reação do solo foi utilizada para identificar o instante do landing, bem como o instante em que o participante iniciou o apoio unipodálico. Procedeu-se ao cálculo da posição do centro de pressão (CoP), de forma a identificar o instante temporal onde ocorreu a sua estabilização. Nos intervalos até e após estabilização do CoP foram calculados a amplitude de deslocamento e desvio padrão do CoP e a magnitude de atividade muscular relativa. Para análise estatística foi utilizado um intervalo de confiança de 95% (nível de significância α꞊0,05). Resultados: O membro ipsilesional do grupo com ICT mostrou diminuição significativa da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF e TA entre o landing e o início do apoio unipodálico. A mesma tendência foi observada no membro contralesional, com diferenças significativas na magnitude do RF. O tempo de transição de apoio bipodálico para unipodálico revelou-se tendencialmente maior em ambos os membros do grupo com ICT, sendo acompanhado por diminuições significativas do tempo necessário para a estabilização e da amplitude de deslocamento do CoP (direção ântero-posterior - AP) no membro ipsilesional. No período de apoio unipodálico até à estabilização, o membro ipsilesional apresentou diminuição significativa da magnitude dos músculos GM, CP e LP. Após estabilização verificou-se uma tendência para maior amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP, no grupo com ICT. Nesta fase, enquanto o membro ipsilesional mostrou diminuição da magnitude muscular do GM e CP, o contralesional apresentou um aumento significativo do LP, relativamente ao grupo sem ICT. Conclusão: Os indivíduos com ICT parecem apresentar alterações do controlo postural, em ambos os membros inferiores, após entorse unilateral do tornozelo. O membro ipsilesional apresentou diminuição da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF, TA, GM, CP e LP. A diminuição do tempo necessário para a estabilização e a menor amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP no membro ipsilesional, parece estar associada a estratégias compensatórias. O membro contralesional mostrou diminuição da magnitude do RF durante a transição do landing para apoio unipodálico, bem como aumento da magnitude muscular do LP após estabilização do CoP.
- Ajustes posturais no início do single leg drop landing em indivíduos com instabilidade crónica do tornozeloPublication . Nunes, Ana Rita Ferreira; Sousa, AndreiaIntrodução: O controlo postural tem sido definido como o controlo da posição do corpo no espaço e requer eficiência dos mecanismos de feedforward (early postural adjustments e ajustes posturais antecipatórios). Têm sido demonstradas alterações bilaterais nos mecanismos de feedforward, nos indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo (ICT), no entanto a análise destas modificações em tarefas próximas dos mecanismos de lesão carece ainda de investigação. Objetivo: Avaliar os ajustes posturais no início do single leg drop landing (SLDL) em contexto de dupla tarefa, em ambos os membros inferiores, nos indivíduos com ICT. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 28 atletas distribuídos em dois grupos, com e sem ICT, de acordo com os critérios do International Ankle Consortium. Os participantes realizaram o SLDL a partir de uma superfície de apoio estável para uma superfície instável, em contexto de dupla tarefa. O sinal das forças de reação do solo e centro de pressão (CoP) foram monitorizados nas duas superfícies de apoio, para aceder ao instante temporal correspondente ao início relativo da oscilação do CoP para o membro que inicia (MI) e para o membro de apoio (MA), bem como ao instante de contacto com a superfície instável (landing). Foram ainda recolhidas as amplitudes do deslocamento do CoP para o MI e no MA. O sinal eletromiográfico (EMG) dos músculos glúteo médio, reto femoral (RF), gastrocnémio medial (GM), solear, tibial anterior (TA), peroneais longo (LP) e curto (CP) foi utilizado para identificação do timing de variação de atividade muscular em relação ao início da oscilação do CoP e da magnitude relativa de ativação muscular. Para análise estatística foi utilizado um intervalo de confiança de 95% (nível de significância α꞊0,05). Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre grupos no timing de variação de atividade muscular, no entanto, foi observada uma tendência para um atraso no membro ipsilesional (quando inicia a tarefa), associado a uma tendência bilateral para alterações na ordem de recrutamento muscular no grupo com ICT. O grupo com ICT mostrou uma diminuição significativa da magnitude de ativação do músculo RF contralesional como MA durante o deslocamento do CoP para o MI. Foi ainda observada uma tendência bilateral para menor magnitude de ativação até ao início do movimento do tornozelo que inicia a tarefa no grupo com ICT. Já próximo ao contacto com a superfície instável, o membro ipsilesional apresentou uma diminuição significativa da magnitude de ativação dos músculos CP, TA e RF. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nas variáveis relacionadas com a oscilação do CoP, no entanto, foi notória uma tendência para atraso no início da oscilação do CoP para o MI e para o MA, bem como tendência para maior amplitude de deslocamento para o MI, em ambos os membros inferiores do grupo com ICT. A amplitude de deslocamento no MA mostrou-se tendencialmente superior no membro ipsilesional. O contacto com a superfície instável mostrou-se tendencialmente mais tardio no grupo com ICT. Conclusão: O grupo com ICT demonstrou alterações bilaterais no controlo postural durante o início do SLDL. No membro ipsilesional estas foram expressas por uma diminuição da magnitude de ativação dos músculos CP, TA e RF durante o landing. Por sua vez, o membro contralesional, no papel de MA, demonstrou uma diminuição da magnitude de ativação do músculo RF, durante o deslocamento do CoP para o MI.
- Análise da coativação antagonista durante a marcha em indivíduos saudáveisPublication . Monteiro, Jessica Andreia Teixeira; Silva, Maria Augusta; Sousa, Andreia; Santos, RubimIntrodução: a ligação entre o sistema nervoso central e o sistema musculo esquelético, no que diz respeito ao controlo postural durante a marcha é fundamental para uma adequada regulação desta tarefa. Objetivo: analisar a relação dinâmica entre os membros inferiores e entre segmentos proximais e distais dos membros inferiores, durante subfases especificas da marcha através da coativação antagonista, face à posição funcional de cada membro – orientação posterior e anterior. Métodos: estudo transversal analítico realizado em 15 indivíduos sedentários de acordo com o Centre for Disease Control for the American College of Sports Medicine. Com recurso à eletromiografia de superfície, foi recolhida a atividade muscular bilateral dos músculos reto femoral, bicípite femoral, tibial anterior, solear e gastrocnémio medial. Para registo das forças de reação ao solo na marcha recorreu-se a duas plataformas de força. A identificação das subfases da marcha em análise foi feita com recurso às plataformas de força. Foi aplicada uma fórmula de coativação para calcular o grau de coativação antagonista de acordo com o papel dos músculos durante a marcha. Estatisticamente recorreu-se aos testes não paramétricos, ANOVA de Friedman e Wilcoxon Signed-rank, com nível de significância de 0,05. Resultados: na coativação antagonista ao nível da coxofemoral não se observaram diferenças estatisticamente significativas. No que respeita a coativação antagonista ao nível da tibiotársica observaram-se diferenças estatisticamente significativas, especificamente entre as subfases aceitação de carga e final da propulsão e entre final da propulsão e pré-pendular. No que respeita a comparação da coativação antagonista entre a coxofemoral e a tibiotársica no mesmo membro inferior foi observada uma tendência para uma maior coativação antagonista ao nível da tibiotársica. Conclusão: a variação do padrão de coativação antagonista ao nível da tibiotársica, salienta o papel deste segmento na regulação da marcha, pela sua capacidade de ajuste em função da variação do input.
- Análise do reflexo de Hoffmann: avaliação de indicadores de excitabilidade dos motoneurónios-aPublication . Figueiredo, Rui Jorge Crisóstomo Cardoso de; Silva, Maria Augusta; Moreira, CamiloIntrodução: Alterações ao nível do controlo postural (CP), são consequências do Acidente Vascular Cerebral (AVC), por incapacidade do Sistema Nervoso Central (SNC) recrutar motoneurónios (MN-α) capazes de estabelecer níveis de excitabilidade adequados entre vias aferentes e eferentes. Vários métodos têm sido utilizados para a análise do reflexo de Hoffmann, Objetivo(s): Avaliar através do reflexo de Hoffmann a excitabilidade dos MN-α, em indivíduos pós-AVE da Artéria Cerebral Média (ACM) e em indivíduos sem patologia. Avaliar o rácio Hslp/Mslp e o declive das curvas H e M, e comparar entre os membros dos indivíduos com patologia e a comparação destes com o membro dominante dos indivíduos sem patologia. Métodos: Estudo observacional analítico transversal, com 11 indivíduos pós-AVE e 12 sem patologia. Induziu-se o reflexo de Hoffmann pela estimulação elétrica do nervo tibial com registo eletromiográfico do músculo Solear (SOL). Provocaram-se 3 estímulos de 0,5 mseg, desde o limiar de ativação das fibras Ia até a estabilização da curva M. Resultados: Foi possível verificar diferenças significativas no rácio Hslp/Mslp entre o membro dominante dos indivíduos saudáveis e o membro contralesional dos indivíduos pós- AVE (p=0.011). Também houve diferenças significativas entre membros dos indivíduos pós AVE (p=0.006). Não se verificou alterações significativas na comparação do membro dominante dos indivíduos saudáveis com o membro ipsilesional dos indivíduos pós-AVE. Quando analisadas o declive das curvas de forma isolada, não se verificou diferenças significativas. Conclusão: Verificaram-se diferenças significativas entre os membros contralesional e ipsilesional no grupo pós-AVE, bem como, entre contralesional e o dominante do grupo sem patologia, demonstrando que o membro contralesional pode contribuir para as alterações do controlo postural.
- Área de secção transversa do músculo psoas em indivíduos com e sem dor lombopélvica e efeito imediato da técnica de compressão isquémicaPublication . Rosa, Vanda Cristina Bernardino; Carvalho, PauloIntrodução: A dor lombopélvica é um dos distúrbios de dor mais prevalentes e uma causa frequente de morbidade e incapacidade. Segundo vários estudos, o músculo psoas é um forte contribuidor para a estabilização desta região. Contudo, a relação da dor com a sua área de secção transversa tem sido pouco estudada. O mesmo acontece com a técnica de compressão isquémica neste músculo. Objetivos: Verificar a existência de diferenças na área de secção transversa do músculo psoas em indivíduos com e sem dor lombopélvica crónica, não especifica, assim como testar o efeito imediato da técnica de compressão isquémica no músculo psoas, em indivíduos com dor lombopélvica. Métodos: Estudo caso-controlo, e pré experimental. Foram avaliados 8 indivíduos sem dor lombopélvica e 16 indivíduos com dor lombopélvica; recorreu-se à ultrassonografia para determinar as áreas de secção transversa do músculo psoas em ambos os grupos. O grupo com dor foi avaliado no momento inicial (M0), após uma técnica placebo (M1) e após a compressão isquémica (M2). Foi utilizado o teste t e a ANOVA medidas repetidas com um nível de significância de 0.05. Resultados: Apesar de não se verificarem diferenças significativas na área de secção transversa entre grupos com e sem dor lombopélvica, observou-se que a assimetria entre os dois músculos psoas era significativamente maior nos indivíduos com dor, do que nos sem dor (p= 0.008). Após a aplicação da técnica placebo não se observaram alterações significativas (p>0,05); no entanto, após a técnica de compressão isquémica observaram-se diferenças significativas (p=0.027). Conclusão: Os resultados sugerem que há uma assimetria maior na área de secção transversa nos indivíduos com dor relativamente aos indivíduos sem dor lombopélvica. A técnica de compressão isquémica mostra-se eficaz no aumento da área de secção transversa do músculo psoas e na diminuição da dor lombopélvica
- Atividade física materna durante a gravidez e o controlo postural da criança associado ao gesto de alcancePublication . Correia, Ana Alexandra Moura; Silva, Cláudia; Montes, António Mesquita; Santos, Paula ClaraIntrodução: Verificam-se associações positivas relacionadas com a prática de atividade física (AF) materna durante a gravidez nos outcomes do recém-nascido, todavia, as repercussões desta prática nos outcomes a médio e longo prazo na criança, não são claras. Sendo o input sensorial importante para o desenvolvimento fetal poderá questionar-se a influência dos diferentes estímulos provenientes da prática de AF no controlo postural (CP) da criança. Objetivo(s): Avaliar a influência que o cumprimento das recomendações para a prática de AF durante a gravidez tem no CP da criança com desenvolvimento motor típico, dos 3 aos 5 anos, especificamente, na sequência e timing de variação da atividade dos músculos Reto Abdominal (RA), Eretor da Espinha (ES), Reto Femoral (RF), Bicípite Femoral (BF), Tibial Anterior (TA) e Solear (SO), bilateralmente, durante a realização do gesto de alcance em pé, de um alvo colocado a 90% e a 120% do comprimento do membro superior (CMS) dominante. Métodos: Estudo observacional analítico longitudinal, constituído por uma amostra de 8 crianças, entre os 3-5 anos, subdivididas em dois grupos: grupo 1, cujas mães cumpriram as recomendações para a prática da AF segundo o American College of Sports Medicine (ACSM) pelo menos num trimestre; grupo 2, cujas mães não cumpriram as recomendações. Recorreu-se à eletromiografia de superfície para registo da atividade muscular. Utilizou-se a estatística descritiva para caracterizar a amostra e análise dos resultados. Resultados: Verificou-se a ocorrência de ajustes posturais, maioritariamente, no período dos ajustes posturais precoces (EPAs) em ambos os grupos. Nas crianças do grupo 1, cujas mães cumpriram as recomendações da prática de AF segundo o ACSM, observou-se uma tendência para apresentarem uma sequência de recrutamento muscular de distal para proximal e uma variação da atividade mais precoce nos músculos ipsilaterais ao movimento. Os timings de variação muscular foram mais próximos do início do movimento no grupo 1, a uma distância de 90% do CMS e no grupo 2, a uma distância de 120%, crianças cujas mães não cumpriram as recomendações. Conclusão: A grande variabilidade apresentada, bem como a imaturidade do sistema nervoso central não permitiu afirmar que o cumprimento das recomendações para a prática da AF durante a gravidez tem influência no CP da criança.
- Benefícios de um programa de exercícios de baixa intensidade e curta duração em paciente com Miastenia GravisPublication . Pereira, Pedro da Silva; Melo, CristinaIntrodução: O presente estudo de caso apresenta o caso clínico de um utente com Miastenia gravis, submetido a um programa de exercícios de baixa intensidade. Apresentação do caso: Doente de 64 anos, com DPOC grau I, MG grau I e debilidade muscular. Sujeito a um programa de exercícios de forma a melhorar a capacidade funcional e a perceção do estado de saúde. Intervenção e resultados: Antes e após a execução do programa foram realizados testes funcionais e aplicadas escalas de avaliação da perceção do estado de saúde do paciente. O programa teve a frequência de três sessões semanais e duração de seis semanas. As sessões de treino englobaram exercícios para melhoria da resistência aeróbia, da força muscular, da flexibilidade e ainda exercícios respiratórios. Os resultados obtidos permitiram concluir que um programa de exercícios individualizado, de curta duração e baixa intensidade pode melhorar a capacidade funcional e perceção de sintomas em pacientes com miastenia gravis face. Discussão e conclusão: Este estudo de caso ilustra o valor da pratica de exercício supervisionado como também da melhoria da perceção do estado de saúde do paciente.
- Caraterização da relação neural entre membro superior e inferior no início da marcha em indivíduos saudáveisPublication . Marafuga, Ana Beatriz Silvestre; Silva, Maria Augusta; Sousa, Andreia; Santos, RubimIntrodução: Com base no conceito de neural coupling e sabendo que o input de um membro não influencia apenas o seu circuito segmentar adjacente, como também influencia componentes distantes da rede espinal, justifica-se a pertinência de explorar qual a relação entre músculos anatomicamente distantes, mas funcionalmente conectados na regulação de uma resposta extensora em função, como por exemplo o solear (SOL) e o braquiorradial (BRA). Objetivo(s): O presente estudo visa a caracterização da relação neural entre a atividade muscular do SOL e do BRA durante a sequência de ativação dos APA’s da tibiotársica na iniciação da marcha em indivíduos saudáveis. Métodos: No presente estudo participaram nove indivíduos saudáveis que foram submetidos a uma avaliação da atividade muscular do SOL e BRA durante a tarefa de iniciar a marcha, com recurso à eletromiografia de superfície e à plataforma de forças. Resultados: Segundo os registos eletromiográficos dos músculos SOL e BRA, evidenciou-se uma correlação forte entre SOL e BRA do mesmo lado (p≤0,05 e rho de Spearman entre 0,71 e 0,90), sendo que a relação contralateral entre SOL direito e BRA esquerdo também se evidenciou forte com um rho de 0,80 e um valor de p≤0,01. Conclusão: Observou-se que em sete dos nove participantes existia uma coordenação neural entre os músculos SOL e BRA, no sentido da inibição, dentro da faixa temporal dos APA’s na tarefa de iniciar a marcha.
- Comportamento dos early postural Adjustments no gesto de alcance em indivíduos após acidente vascular cerebralPublication . Correia, Marisa Massano; Ferreira, Maria Rosália; Silva, Cláudia; Santos, RubimIntrodução: O membro superior (MS) permite realizar uma multiplicidade de tarefas, sendo necessário um adequado controlo postural (CP). Este está dependente de ajustes posturais, como os early postural adjusments (EPAs), cujos timings de ativação estão entre os -400 a -500ms. Nos indivíduos após acidente vascular cerebral (AVC), o CP encontra-se comprometido e a caraterização desses ajustes ainda carece de investigação. Objetivo(s): Analisar o comportamento dos EPAs no gesto de alcance, em indivíduos após AVC. Métodos: Amostra constituída por 16 indivíduos divididos em 2 grupos: sem condição neurológica (8) e após AVC (8). Foi solicitado que realizassem a tarefa de alcance nos planos sagital e da omoplata, na postura de pé. Foi recolhida a atividade eletromiográfica bilateral dos músculos trapézio superior (TS) e inferior (TI), grande dentado (GD), serrátil anterior (SA) e grande peitoral (GP). Para análise estatística, recorreu-se aos testes tstudent para amostras emparelhadas, na comparação intragrupo. Na comparação intergrupo, recorreu-se ao teste t-student para amostras independentes, quando se verificou os pressupostos da normalidade, e o teste de Mann-Whitney, quando tal não se verificou, com nível de significância de 0,05. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nos músculos TS (p=0,030), TI (p=0,021) e GD (p=0,001) ipsilaterais e GP contralateral (p=0,010) no movimento realizado com MS contralesional/NDOM, e no SA contralateral (p=0,007) e o GP ipsilateral (p=0,016) no movimento executado com o MS ipsilesional/DOM, no plano da omoplata. No plano sagital, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas em TS (p=0,008), SA (p=0,000) e GP (p=0,001) ipsilaterais e TI contralateral (p=0,016) ao movimento realizado com MS contralesional/NDOM e no TS ipsilateral (p=0,034) ao movimento executado com o MS ipsilesional/DOM. Conclusão: Observa-se a tendência para um atraso nos timings de ativação dos EPAs nos indivíduos após AVC comparativamente aos indivíduos sem condição neurológica
- Controlo postural da tíbio társica: efeitos da órtese do tipo ankle foot orthosesPublication . Cotrim, Diana Andréa; Silva, Maria Augusta; Sousa, Andreia; Santos, RubimIntrodução: No âmbito do controlo postural em tarefas funcionais, os ajustes posturais da tíbio társica dependem de um adequado input proprioceptivo para garantir um correto output. As órteses do tipo ankle foot orthoses, podem interferir no input com impacto na ativação dos ajustes posturais antecipatórios. Objetivo: Verificar a influência da utilização da órtese do tipo ankle foot orthoses nos tempos de variação da atividade muscular, na janela temporal dos ajustes posturais antecipatórios dos músculos tibial anterior, solear e gastrocnémio medial, de ambos os membros inferiores, nas tarefas funcionais sentado para de pé, de pé para sentado e início da marcha em sujeitos saudáveis. Métodos: Oito participantes saudáveis e sedentários foram avaliados nas sequências de movimento sentado para de pé, de pé para sentado e início da marcha em dois momentos, sem e com a órtese do tipo ankle foot orthoses, após a sua utilização durante o período de uma hora. Em ambos os momentos foi recolhida, com recurso à eletromiografia de superfície, a atividade muscular dos músculos TA, SOL e GM nos dois membros inferiores. Resultados: Foi possível observar uma modificação dos tempos de variação da atividade dos músculos tibial anterior, solear e gastrocnémio medial em todas as tarefas funcionais avaliadas, caracterizando-se tendencialmente por um atraso no comportamento dos ajustes posturais antecipatórios da tíbio társica em ambos membros inferiores, sendo mais evidente no membro homolateral ao uso da órtese do tipo ankle foot orthoses. Conclusão: Face à utilização da órtese do tipo ankle foot orthoses foi possível observar uma tendência para um atraso na variação da atividade dos músculos tibial anterior, solear e gastrocnémio medial (homolateral e contralateral), nas sequências de movimento de sentado para posição de pé, de pé para sentado e início da marcha.