ESMAE - DM - Artes e Tecnologias do Som
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Browsing ESMAE - DM - Artes e Tecnologias do Som by advisor "Cabral, Inês Salselas"
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- A máquina falante: o discurso sonoro através da mediação na peça As Três IrmãsPublication . Leal, Francisco Mendes de Freitas; Cabral, Inês Salselas; Conceição, Marco Paulo BarbosaEsta dissertação pretende analisar o discurso do som mediado e as estratégias adotadas, a partir do estudo de caso do processo técnico-criativo da conceção da sonoplastia e desenho de som da peça As Três Irmãs, de Anton Tchékhov, testemunhando a metodologia efetuada e elencar a sua ação na construção dramatúrgica do espetáculo dirigido por Carlos Pimenta, numa coprodução do Ensemble - Sociedade de Actores e Teatro Nacional S. João, apresentada no Teatro Carlos Alberto, no Porto, entre 7 e 14 de Janeiro de 2021. O conceito deste espetáculo, proposto pelo encenador, formaliza a apresentação da peça no contexto de um grupo de atores que se reúne num estúdio de som para gravar As Três Irmãs numa produção de teatro radiofónico. Para tal, baseou-se na exploração da auralidade da peça, procurando elementos auditivos e visuais que pudessem relevar, simultaneamente, o universo sonoro da narrativa e o universo da gravação em estúdio, originando, por esta razão, a majoração da função do som dentro do espetáculo. Assente em duas vertentes que refletem a distinção da prática das atividades do desenho de som e da sonoplastia, buscou-se fabricar cenários e ações na reconstituição da narrativa e procurou-se salientar as relações dos personagens, entre si e no espaço, explorando a manipulação do ponto de escuta através dos microfones, tal como no teatro radiofónico, mas neste caso, devolvidas à audiência recorrendo a um dispositivo eletroacústico desenhado especificamente para esta sala e esta peça. Assim, o dispositivo sonoro estabelece o discurso do som, veiculando palavras e música, objetos e paisagens, configurando o espaço em que ocorrem e produzindo sentidos nas representações aurais dos eventos e na emocionalidade da ação, traduzindo-se, pois, num discurso dramatúrgico em relação com a narrativa. O dispositivo sonoro que permite a experiência sensorial da auralidade poder-se-á considerar, então, uma Máquina Falante. É, simultaneamente, um objeto e o espaço que cria, onde a peça de teatro radiofónico tem a sua projeção pública, como se de um filme se tratasse.
- Ópera Real e a Repetição do Fim do Mundo - um contributo da sonoplastia e da espacialização sonoraPublication . Leitão, Daniel Oliveira Freire; Conceição, Marco Paulo Barbosa; Cabral, Inês SalselasO seguinte projeto, desenvolvido ao longo do último ano do mestrado, pretende analisar e relatar o processo estratégico e metodológico, criativo e operacional na criação da sonoplastia realizada para a peça da Ópera Real – A Repetição do Fim do Mundo, encenada por António Durães. O objetivo fulcral foi ode tornar uma peça de ópera numa uma peça imersiva, levando os espetadores a sensações e a lugares distintos. A execução da peça foi apresentada a 12 de maio no Teatro Helena Sá e Costa (Porto), a 18 de maio na Casa das Artes de Famalicão (Famalicão) e a 22 de junho de 2023 no Coliseu Ageas do Porto. Um dos desafios propostos pelo encenador para a sonoplastia da Ópera era que esta tivesse a capacidade de se tornar numa experiência imersiva para a audiência através de momentos de intensidade e também com momentos de transição entre atos, que seriam conjugados em parceria como o departamento de Vídeo. Deste modo, foi feita uma pesquisa, que é documentada nos primeiros capítulos, sobre Design de Som, áudio 3D e tecnologias que contribuíram para a operacionalidade do espetáculo operático. Por fim, temos a descrição detalhada de como é que o projeto se foi desenvolvendo desde a sua pré-produção até à sua execução. Tendo especial foco na construção sonora para a ópera e no modo como o sistema de som foi implementado para ter um resultado de acordo com o objetivo delineado desde o início do projeto. Não esquecendo, as dificuldades sentidas durante o processo e reflexões que foram feitas após a execução do projeto. Este projeto veio a descobrir-se desafiante, tendo em consideração toda a complexidade que envolve criar a sonoplastia para uma peça de teatro. Sabendo as suas diferenças com o trabalho que é desenvolvido para o cinema ou para um meio de multimédia linear, este veio por outro lado a debloquear receios do que é o trabalho de som ao vivo e a descoberta de uma nova área onde o som pode ser manipulado e enaltecer o projeto, tornando-o único.
- Som negativo, som encantatório e som membrana: para uma prática de arte sonora com sensibilidade arquitectónicaPublication . Silva, João Luís Maia e; Penha, Rui Luís Nogueira; Cabral, Inês SalselasPartindo do pressuposto de que a relação intrínseca entre som e espaço está na génese das práticas de arte sonora, o presente trabalho é um projecto que pretende expandir esta base conceptual e artística, numa prática de cruzamento desta área com a da arquitectura. Sendo este campo de relação entre som e espaço vasto, abrangendo uma diversidade de práticas artísticas muito considerável, propõe-se uma classificação de abordagens à sua problematização, a partir daquilo que podemos chamar de objecto artístico. Assim, após uma selecção de casos de estudo de obras de arte sonora, propõe-se uma divisão entre obras mais próximas de um entendimento fenomenológico da experiência do espaço acústico, de obras mais próximas de um entendimento do espaço enquanto arquitectura. Este trabalho situa-se neste último campo, numa prática de arte sonora de carácter site-specific, que opera na matéria da arquitectura a partir do som, ou seja, no uso do espaço, nas actividades que desempenhamos aí, na dimensão humana a partir da experiência acústica. Propõe-se ainda, dentro deste campo de acção, uma taxonomia de abordagens artísticas, às quais se dão os nomes de Som Negativo, Som Encantatório e Som Membrana. Esta taxonomia é o que estrutura todo o desenvolvimento do projecto. Este começa por uma selecção de casos de estudo, agora no campo da arquitectura, de espaços construídos cujo estudo da experiência acústica espacial permite construir uma abordagem de interpretação e representação destes. Estes projectos de representação de espaços sonoros têm como objectivo principal a procura por uma adequação das ferramentas do desenho, próprias da prática arquitectónica, a uma prática artística de diálogo com a arquitectura e a experiência do espaço acústico. Por fim, a elaboração de um projecto de intervenção num destes espaços serve como síntese da abordagem construída ao longo do trabalho. Procura-se, em suma, evidenciar as possibilidades que o próprio acto de representar abre no objectivo de transformação poética e artística da nossa vivência do espaço, tendo como base o som.