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O tratamento oncológico reveste-se de múltiplas condicionantes, entre elas, os efeitos sistémicos e a resposta individual do doente, sendo, portanto, uma área terapêutica em constante investigação para encontrar esquemas terapêuticos que sejam menos lesivos e mais efetivos. No ano 2000, a Food and Drug Administration aprovou o primeiro medicamento conjugado anticorpo-fármaco (CAF). Os CAF pretendem combinar o direcionamento altamente específico de um anticorpo monoclonal e o poder potente de um fármaco ou toxina com atividade antineoplásica, objetivando a eliminação precisa e eficiente de células cancerígenas, melhorando a janela terapêutica. Embora os sucessos iniciais tenham ressaltadoo seu potencial, ainda não são amplamente utilizados nos diversos tipos de cancro. Identificar e caracterizar os CAF disponíveis em contexto nacional e internacional.Métodos:Em outubro de 2022, procedeu-se a uma pesquisa na base de dados Infomed do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.), da Food and Drug Administration, da Agência Europeia de Medicamentos e da Pharmaceuticals and Medical Devices Agency utilizando o sufixo “mab” para medicamentos autorizados. Foram eliminados da pesquisa os medicamentos que não se enquadravam no género CAF e percursores radiofarmacêuticos. Para a contextualização da temática, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos de revisão, revisão sistemática e meta-análises no motor de busca PubMed® com a palavra-chave “antibody-drug conjugate”, dos últimos 5 anos. Em outubro 2022, encontravam-se 13 medicamentos CAF autorizados pelas principais autoridades reguladoras. Em Portugal, foram encontrados 9 CAF com o estado de medicamento autorizado, sendo que 5 tinham indicação para tumores hematológicos e 4 para tumores sólidos. O potencial inovador dos CAF no tratamento oncológico tem encontrado diversas barreiras que condicionam a sua aprovação pelas diferentes autoridades reguladoras do medicamento, nacionais e internacionais. A eficácia destes complexos moleculares está dependente de vários fatores como: tamanho da molécula, eficácia do ligante, dependência do ciclo celular e variabilidade inter-individual, o que se tem traduzido numa grande variabilidade em termos de resultados observados, face ao expectável. Assim, as diferentes políticas de aprovação de medicamentos, em conjunto com o limitado balanço custo-efetividade tem condicionado a aprovação de novos CAF, com variação mundial, remetendo quase sempre a sua utilização para tumores refratários ou recidivantes. Apesar da expectativa inicial para o aumento do arsenal terapêutico em oncologia, existem diversas limitações associadas aos CAF que não se traduzem num valor terapêutico acrescentado, condicionando, por isso, a sua aprovação.
Description
Keywords
Anticorpos monoclonais Imunoterapia Citotóxicos Quimioterapia
Citation
Barbosa, C., Silva, A., & Sousa, J. (2023). Conjugados anticorpo-fármaco: Uma nova perspetiva no tratamento oncológico. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health 2023 - XVIII Colóquio de Farmácia: Papel da Farmácia em Oncologia, 1 (2), 12.
Publisher
Centro de Investigação em Saúde e Ambiente, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto