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Authors
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Abstract(s)
A (co) construção de/o conhecimento da e sobre a realidade nasce
da “tarefa” prioritária, imprescindível e potencial de estar no
terreno. Num contexto de desenho e desenvolvimento de projetos
de e em Educação Social, o investigador não só presencia,
como vivencia a interação com as pessoas, numa postura de
permanente atenção, escuta ativa e aceitação. O reconhecimento
e a valorização do Outro na sua autenticidade abrem portas a
um trabalho que se forma e fortalece na relação entre educador
e educando. Assente nesta convicção, o artigo em apreço apresenta
o projeto “Um novo passo para a autonomia: Um projeto
de e em Educação Social com pessoas sem-abrigo”, desenvolvido
na Casa da Amizade do Centro Social e Paroquial de Nossa
Senhora da Vitória. Posicionado metodologicamente na Investigação-
Ação Participativa, o trabalho interventivo envolveu e
deu voz a múltiplos atores sociais, nomeadamente profissionais,
pessoas sem-abrigo e pessoas da comunidade. O recurso a várias
técnicas acompanhou todo o processo de análise da realidade e
desenvolvimento do projeto, permitindo a reunião de múltiplas
informações percecionais e experienciais de todos os participantes,
bem como o cruzamento das mesmas com contributos
teóricos sustentáveis. Desta recolha e confronto de conhecimento,
resultou o levantamento de problemas e necessidades, a par
da identificação de potencialidades, constrangimentos e recursos,
cruciais à planificação partilhada e à construção coletiva
do projeto de e em Educação Social. Este, almejando responder
às necessidades priorizadas, teve como finalidade Potenciar a
autonomia e empoderamento, bem como o bem-estar pessoal e
social dos sujeitos, e integrou duas Ações, De mãos dadas com a
mudança e Bastidores da Amizade, desenvolvidas com dois grupos
distintos, profissionais e pessoas sem-abrigo, norteados por
um conjunto de objetivos gerais e específicos. Para uma avaliação
que se pretendeu contínua, contextualizada e participada,
isto é, transversal a todo o trabalho co construído, foi eleito o
modelo de avaliação CIPP, de Stufflebeam e Shinkfield (1995).
Assente nos pressupostos da Educação Social, as conclusões deste
trabalho de investigação-ação apontam para a capacidade dos
participantes refletirem e agirem no sentido da sua autonomização
e empoderamento, tornando-se, simultaneamente, atores
da realidade social e autores da sua própria vida e história.
Description
Keywords
Projeto de e em Educação Social Empoderamento Sem-Abrigo Autonomia
Citation
Publisher
Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto