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  • A problemática da escrita feminina no século XX: As três poetas de Poesia 61
    Publication . Cameira, Maria João
    Este artigo pretende refletir sobre o reconhecimento e valorização da escrita feminina no século XX, centrando a sua atenção nas três poetas de Poesia 61: Fiama Hasse Pais Brandão, Maria Teresa Horta e Luiza Neto Jorge. A análise de traços comuns a estas três linguagens - a reflexividade poética, a intertextualidade e o erotismo – pretende demonstrar como estes mesmos aspetos são tratados de forma distinta, diferenciando-as entre si e singularizando a sua linguagem poética. Referindose aos antecedentes literários da escrita feminina do século XX, estudo contribui para realçar a importância decisiva destas três autoras na poesia de autoria feminina do século XX.
  • O devir-animal em Luiza Neto Jorge e Paula Rego: mulher cabra, mulher-cão e outras metamorfoses
    Publication . Cameira, Maria João
    As obras de Luiza Neto Jorge e Paula Rego são um bom exemplo de diálogo polifónico entre as várias artes. Sendo contemporâneas, as suas obras, de matriz surrealista, revelam um desejo claro de desconstruir e subverter o conceito tradicional de arte recriando-a. Ambas recorrem obsessivamente a uma identificação com diferentes animais traduzida em metamorfoses completas ou parciais da figura feminina. A atitude da mulher jorgiana, representada, sobretudo, pela mulher-cabra, é sempre a de uma mulher erótica, ativa, agressiva e desafiadora enquanto a animalidade em Paula Rego, protagonizada principalmente pela Mulher-Cão, apresenta a mulher submissa, humilhada, mas revoltada com a sua situação. Se a Neto Jorge se pode aplicar o «devir-animal» deleuziano total, em Paula Rego ele surge «internalizado» projetando-se em figuras grotescas e monstruosas, onde a metamorfose se revela externa. No entanto, nem por isso as mulheres pintadas por Rego são menos insurrectas do que as da escritora.
  • Da imagem poética ao diálogo interartístico
    Publication . Cameira, Maria João
    Na poesia de Luiza Neto Jorge existe uma verdadeira poética do olhar, uma espécie de poder de encantação que permite o estabelecimento de nexos de continuidade com as artes visuais. Partindo desta premissa de base surrealista, pretende-se relacionar a poesia de Luiza Neto Jorge com a pintura, o cinema, a música, o teatro, a arquitetura e a escultura Nos ensaios poéticos do século XX, na criação do poema como matéria verbal, o papel da imagem passa a ser o de apresentar e não mais o de representar. Com base na definição de André Breton, a imagem contraria o conceito harmonioso de beleza tradicional, acasalando realidades contraditórias e adquirindo um caráter delirante, fantástico e até diabólico.
  • A tradução em Luiza Neto Jorge ou a transfiguração da palavra
    Publication . Cameira, Maria João
    Salienta-se a importância da tradução na obra de Luiza Neto Jorge entre os anos 60 e 90 do século XX. As suas traduções de poesia, romance, cinema e teatro são consideradas notáveis. Traduz numerosas obras de autores clássicos e românticos e, sobretudo, de surrealistas franceses como Breton, Aragon, Eluard ou Artaud. Da sua arte de esculpir a palavra resulta uma verdadeira transfiguração poética dos textos traduzidos.
  • O Surrealismo português: um movimento tardio, mas singular
    Publication . Cameira, Maria João
    O aparecimento do Surrealismo em Portugal é tardio ainda que este país tenha sido possivelmente o primeiro a ter tido conhecimento daquele movimento em 1924, logo após a publicação do primeiro manifesto de Breton. Gomes Leal, Teixeira de Pascoaes ou a geração do Orpheu já possuem nas suas obras algumas características surrealistas, embora o Surrealismo em Portugal só venha a impor-se em 1947. Tal como em França, também em Portugal o desenvolvimento do Surrealismo sofreu algumas vicissitudes e Jorge de Sena considera que António Maria Lisboa terá sido talvez o que mais completamente abraçou este movimento.