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- Literary texts and intercultural learning: exploring new directionsPublication . Cerqueira, CarinaHoje em dia, a interculturalidade faz parte das análises, estudos e pensamentos de muitos estudiosos e teóricos das mais diversas disciplinas.
- Creation, translation, and adaptation in Donald Duck Comics, by Peter Cullen BryanPublication . Cerqueira, CarinaTo mentionDonald Duck and the imaginary world of fictional characters is,at the same time,to stress the importance of analyzing disruptive case studies. Donald Duck comics functions as a niche market, intercultural and intersemiotic. In ‘Creation, Translation,and Adaptation in Donald Duck comics’ by Peter Cullen Bryan we have the opportunity to better understand the intercultural relevance of this fictional character, the social positioning of the character and creators, and the ability to portraycultural transformations mirrored in Donald Duck.
- As viagens na obra de José Eduardo AgualusaPublication . Cerqueira, CarinaA viagem é um processo de movimento, físico e mental, mas também sócio-cultural. Este artigo propõe uma viagem pelas expressões de interculturalidade que marcam a escrita de Agualusa, numa fluídez triangular (Angola – Brasil – Portugal), onde se ultrapassa fronteiras e se alcança a desconstrução da memória cultural. Aparentemente encerrados em espaços geográficos unidimensionais, as múltiplas narrativas de Catálogo de Sombras rompem fronteiras e mesclam influências interculturais – expressão da geografia lusófona.
- Preponderância do feminino na obra literária: The golden notebook: a análise como exercício de pré-traduçãoPublication . Cerqueira, Carina[…]Um francês é quem fala francês, e é inglês quem fala inglês (desde que seja dos Estados Unidos ou neozelandês ou indiano ou canadiano ou aviador ou corrector de câmbios).» Longe disso. Para os franceses uma nação define-se pelos seus contornos políticos, e não linguísticos. Inglês é quem é fiel ao English way of life e à democracia inglesa, seja ele inglês, galês ou japonês. Para ele, uma nação política não é uma comunidade providencial em que uma pessoa se limita a nascer, como é o caso de uma língua; é, antes, o resultado de uma união voluntária, como é o caso de um clube; podemos fazer parte dele se cumprirmos as regras do clube, ou seja, a constituição. Seremos assim definidos pela Língua que falamos? Seremos um fruto da história cultural do local onde nascemos? Seremos indivíduos independentes? E se sim, será a nível social e/ou a nível da língua que adoptamos? Ou teremos que considerar todas estas características unidas na formação da nossa identidade? Quando afirmamos que somos portugueses, que premissas nos levaram a tal conclusão? Terá sido a certidão de nascimento, a educação e a cultura que nos foram incutidas? Então porquê o fascínio pela cultura alheia? Enquanto leitores, o que queremos encontrar quando iniciamos a leitura de uma obra literária estrangeira? Ao seleccionarmos a obra, o tema, o autor, o país de origem, quereremos a adaptação cultural? Necessitamos da adaptação contextual e cultural da Língua de Partida à nossa cultura de chegada? E qual o papel da tradução, enquanto acção de transposição linguística e cultural? Se reflectirmos sobre estas questões, deparamo-nos, em primeiro lugar, com a dificuldade de definir os limites dos conceitos de Língua e Cultura. O tradutor parte dos conhecimentos linguísticos para se inteirar das características comunicativas específicas do texto em questão, mas esta comunicação não pode ser pensada sem o devido enquadramento cultural, que se concretiza em aspectos particulares: económicos, sociais, temporais, históricos e políticos. Os conceitos que o estudo do texto literário engloba requerem assim uma pesquisa mais abrangente, a completa inserção do tradutor nas diversas áreas que surgem ligadas ao texto a traduzir, implicando, por exemplo, estudar o segmento histórico em que o texto se enquadra. Por outro lado, a obra literária é identificada mediante o seu modo (lírico, narrativo, etc.) e o seu género (i.e. romance, poesia, etc.), inserida numa área especifica (como viagens, fantástico, etc.). Não é a obra literária que anseia enquanto texto apresentar-se com uma determinada definição. A forma de expressão e a forma como é apresentado o acontecimento ou evento que nela se encontra relatado indica-nos a nós, leitores, que se trata de um tipo de texto em particular, neste caso o literário. Na execução da tradução, tenta-se reproduzir no leitor da Língua de Chegada a mesma reacção que teve o leitor na Língua de Partida. Deveremos assim começar por responder a algumas questões: O que necessitamos de saber para compreendermos a obra? Do ponto de vista do tradutor, quais os elementos que não podem ficar excluídos? No caso concreto do The Golden Notebook, o trabalho inicial de pesquisa fornece ao tradutor uma série de pressuposições, ilações e conhecimentos úteis. A dissecação e a análise dos pormenores apresentados pelas personagens ao longo da história, tanto no free Women como nos notebooks, orientam o processo criativo do tradutor. Este elabora uma linha geral que caracteriza a personagem. Neste trabalho de análise, a contextualização é fundamental: para conseguirmos definir as características da personagem principal Anna Wulf, tornou-se peremptório constatar a relevância de temas culturais que explicam muitas das escolhas da autora. Temas como o comunismo, a luta feminista pela valorização da posição social da mulher ou a reflexão associada ao seu estado de divisão interna devem ser analisados à luz da época retratada. Esta obra emblemática inglesa The Golden Notebook, definida por muitos como a bíblia da luta feminina, é uma obra representativa do tumulto da época, mudança de pensamento que começa a despertar e verbalizar a importância do papel social feminino. Trata-se de um romance realista que retrata uma geração em constante mudança, referindo-se às alterações que caracterizam um segmento temporal da história social inglesa. Estas perguntas levaram a uma reflexão sobre a importância da análise da obra literária para o trabalho tradutivo. No caso específico do texto seleccionado, decidimos considerar sobretudo a personagem feminina principal, focalizando a sua personalidade dividida. Toda a obra está, aliás, focalizada nesta personagem, daí constituir o cerne deste trabalho. Contudo, para se poder proceder a esta análise, foi necessário definir o conceito de texto literário, atentando às características que fazem de um texto ser especificamente definido como literário. Dentro dos mesmos moldes, foi necessário entender o conceito de tradução literária, e a sua consequente distinção perante outros tipos de tradução. É neste aspecto que o texto literário se torna tão particular, comparativamente ao texto técnico. Apoiados nestes conceitos basilares, passámos à compreensão dos elementos textuais, extratextuais e paratextuais, enquanto enquadramento do texto em questão. Que importância adquire esta contextualização? Qual a consequência para a fluidez e coesão textual? Quais os elementos que necessitam de adaptação? Qual a relevância destes factores para a compreensão do texto? Consideramos, pois, que todos estes pontos devem ser analisados no trabalho prévio à tradução. Nesta dissertação, procurámos salientar a influência do enquadramento social, cultural e histórico no processo tradutivo, acentuando os aspectos que caracterizam as personagens e as ligações entre si. Se, enquanto leitores, pensarmos no nosso trajecto literário, claramente identificamos obras de autores estrangeiros lidas na nossa língua. Contudo, e na grande maioria da vezes, ao adquirirmos a obra não pensamos na problemática ou na existência do original, muito menos no tradutor e no seu trabalho de adaptação. Focalizamos o autor da obra, que sabemos ter uma nacionalidade estrangeira, as personagens, as cidades, porém a tarefa intermédia de adaptação cultural/tradução linguística fica inconscientemente inserida no processo, quase como uma fase invisível. Esta ligação transparente é no entanto o meio que possibilita o nosso entendimento e compreensão.
- Work in progress: representar o «outro» segundo o pensamento antropofágico casos de estudo - Hans Staden e Les Maîtres FousPublication . Cerqueira, CarinaO presente artigo analisa o filme de Luis Alberto Pereira «Hans Staden» (1999), baseado no livro de Hans Staden «Duas Viagens ao Brasil» (1557), e o documentário/filme «Les Maîtres Fous» (1955) de Jean Rouch, tendo em consideração o pensamento antropofágico. Estas obras focalizam o choque cultural entre “civilizado” e “selvagem”, entre ritual canibal e ritual antropofágico, entre o «Nós» e os «Outros», encontros que permitem uma análise mais concreta à concepção de alteridade. A representação cinematográfica permite uma aproximação ao conceito antropofágico de apropriação da cultura externa, para posteriormente a reproduzir numa interpretação segundo a concepção ocidental do que figuram os rituais em questão. O Movimento Antropófago, pelo seu carácter vanguardista, concilia a matriz fundadora brasileira e ao mesmo tempo enaltece a irreverência de análise, e neste artigo serve de fundamento teórico e prático à decomposição dos exemplos. O pensamento antropófago e a sua aplicabilidade aos exemplos seleccionados permitem também aprofundar o estudo sobre o imaginário europeu enquanto recriação de relatos datados de viajantes ou colonizadores, pois a manutenção de um acervo estereotipado historicamente serve como forma de “legitimar” concepções. As duas obras focalizam a representação indígena e africana - o “selvagem” - na construção do imaginário ocidental - “civilizado” - dicotomia que nos permite desmistificar relações interculturais.
- Macunaíma – o herói sem nenhum caráter: obra basilar brasileira segundo o olhar portuguêsPublication . Cerqueira, CarinaMacunaíma – o herói sem nenhum caráter é uma obra emblemática da literatura brasileira, pautada pela irreverência linguística e narrativa, surge como expressão clara do Modernismo Brasileiro. Da autoria de Mário de Andrade (1893 – 1945) contempla diferentes indagações sobre a identidade nacional brasileira. Este autor/artista brasileiro foi um enorme instigador do pensamento de vanguarda, focalizando para tal, o estudo de diferentes linguagens artísticas na representação da cultura popular brasileira.
- Pensamento antropofágico ‘coloração’ tropical e irreverência teóricaPublication . Cerqueira, CarinaNeste artigo procuro apresentar o poeta, escritor e pensador brasileiro Oswald de Andrade e a influência deste no nascimento e desenvolvimento do pensamento antropofágico. Pensamento teórico que tendo raiz na cultura indígena e no ritual de deglutição dos inimigos pela tribo dos Tupinambás, extrapola as fronteiras da sua acção prática para desaguar, após sucessivos desenvolvimentos teóricos, no ano de 1922, na irreverência do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de São Paulo. Nascida sob a tónica do pensamento crítico e da reflexão social e cultural, propõe a metamorfose da cultura estrangeira e a reestruturação dos processos artísticos. Ao estudo da antropofagia, enquanto pensamento/conceito teórico optei por acoplar o conceito de tradução cultural. Duas estruturas de análise socioculturais que em comunhão funcionam como contributo efectivo ao reconhecimento e compreensão das particularidades que definem o (re)posicionamento multi e intercultural das sociedades pós-colonialistas e pós-modernas. Apreender o sentido teórico combinado de antropofagia e tradução cultural é pois reverenciar a figura, pensamento e vivência de Oswald de Andrade. Mais do que aprofundar a biografia do autor, este artigo visa apresentar um encontro teórico: antropofagia, tradução cultural e (re)posicionamento multi e intercultural – conceitos indispensáveis ao reconhecimento das sociedades contemporâneas.