ESS - PTE - Farmácia
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- Proposta de formação padronizada em manipulação de citotóxicos em contexto hospitalar: Revisão sistemática de diretrizes e análise de resumos de características de medicamentosPublication . Moreira, Fernando Xavier FerreiraA preparação de medicamentos citotóxicos por profissionais graduados em farmácia requer o máximo rigor para proteger os doentes e os próprios profissionais de saúde. O principal objetivo do presente estudo consistiu no desenvolvimento de uma proposta de padronização de formação para profissionais que manipulam citotóxicos. A metodologia do presente estudo resultou da combinação de uma revisão sistemática das diretrizes sobre manipulação de medicamentos citotóxicos e de um estudo observacional transversal sobre os resumos de características de medicamentos (RCM) dos medicamentos citotóxicos. A revisão sistemática decorreu da pesquisa nas bases de dados Pubmed, Cochrane, Web of Science e Lilacs de publicações entre 2004 e 2022. Foram incluídas as diretrizes que abordavam a formação em manipulação de citotóxicos e o principal critério de exclusão foi a aplicação limitada ao trabalho com citotóxicos em ambiente não hospitalar ou em unidades hospitalares específicas. Já no âmbito da seleção dos RCM, foram selecionados os documentos carregados na página do Infomed dos medicamentos citotóxicos sujeitos a manipulação comercializados em Portugal, em maio de 2022. Para evitar o risco de viés de publicação na seleção das diretrizes, foram consultados peritos na área da manipulação de citotóxicos. Os resultados obtidos foram tratados na ferramenta Microsoft Excel. Foram incluídas 18 diretrizes e 97 RCM. Verificou-se que, 66,7% das diretrizes recomendava a realização de formação prévia ao início de funções e 72,6% recomendava a realização de formação numa base periódica. As sugestões específicas mais frequentemente referidas foram as formações em utilização de equipamento de proteção individual (EPI) (50%) e em utilização de controlos de engenharia primários de contenção (50%). Foi sugerido um plano de formação estruturado em cinco níveis, contemplando dois níveis teóricos, dois níveis práticos simulados e um nível de formação prática em contexto real. A principal limitação do plano de formação apresentado consiste no tempo necessário para a sua concretização. Ainda assim, admite-se a adequação do plano de formação proposto com recurso aos conteúdos formativos mais habitualmente mencionados nas diretrizes e às necessidades de conhecimentos e capacidades implícitas nos RCM.
- Gestão de Stocks em farmácia hospitalar e a aplicação da teoria LeanPublication . Oliveira, Vânia Pinto deO sistema de saúde português, tal como o da maioria dos países europeus, tem-se defrontado com problemas de sustentabilidade financeira no médio prazo, sendo que alguns autores já consideram a possibilidade de, no futuro, não ser financeiramente sustentável. Dada a conjuntura atual do país e a relevância económica que a Farmácia Hospitalar assume na gestão hospitalar, este trabalho teve como objetivo principal demonstrar a importância de uma adequada gestão de stocks no aumento da eficiência, enfatizando duas etapas do circuito do medicamento dentro da Farmácia Hospitalar: a receção e o armazenamento. Como complemento, optou-se por abordar uma teoria que tem vindo a ter uma aplicação crescente na área da saúde em geral, a teoria Lean. Adotar estratégias de trabalho que imprimam qualidade e melhoria nos resultados passa por criar tarefas que acrescentem valor e eliminar o desperdício (muda). A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica clássica, sendo que, foi feita uma análise crítica e cuidada de diversas fontes de informação como livros da área ou artigos científicos publicados em revistas e jornais científicos e considerados relevantes para os temas expostos. A dificuldade de análise de toda a bibliografia consultada prendeu-se com a quantidade de matéria publicada mas, muitas vezes não direcionada para a área da saúde, bem como, com o enquadramento legal extenso a que está sujeito todo o circuito do medicamento em instituições do Serviço Nacional de Saúde, principalmente na etapa de aquisição dos mesmos. É importante perceber que, um aumento da qualidade do serviço prestado em saúde traduz-se por um aumento da segurança do doente que só é conseguido com a envolvência de todos os profissionais. No dia-a-dia da Farmácia Hospitalar isso pode conseguir-se através de uma melhoria das mais pequenas tarefas.
- Farmácia Hospitalar Desafios de um Novo ParadigmaPublication . Carvalho, António Manuel Gomes deProva de Título de Especialista na área de farmácia apresentado ao Instituto Politécnico do Porto. Este artigo de opinião tem como principal objectivo transcrever para texto, um conjunto de considerações sobre a actividade Farmacêutica Hospitalar, reflectindo uma caminhada profissional de mais de 20 anos. Todavia não posso deixar de salientar que no âmbito deste artigo, ele pretende apenas e tão só evidenciar de uma forma reflectida e critica, Actividade Farmacêutica Hospitalar sem que com isso possa evidenciar qualquer intenção de representação institucional.
- Devolução de doses unitárias: análise de uma prática diáriaPublication . Couto, CristinaA Distribuição Individual Diária em Dose Unitária deve assegurar o maior rigor no Processo de Distribuição de Medicamentos, o que nem sempre se verificou no Hospital Pedro Hispano, dado que as Doses Unitárias devolvidas pelos Serviços de Internamento, nem sempre seguiam os Parâmetros de Qualidade. Assim, desenvolveu-se um estudo quasi-experimental, longitudinal, prospetivo e analítico, entre 1 de Março a 30 de Junho de 2012, no qual se analisaram as Doses Unitárias, devolvidas pelos Serviços de Internamento da Unidade Local de Saúde de Matosinhos a funcionam com Distribuição Individual Diária em Dose Unitária, tendo-se recolhido as não conformes relativamente aos Parâmetros de Qualidade instituídos. Na 1.ª fase do estudo (Recolha de amostras), foram contabilizadas 337 amostras, correspondentes a uma perda de 471 €. Na 2.ª fase do estudo (Implementação de acções correctivas às amostras previamente recolhidas), foram rejeitadas definitivamente 129 amostras, correspondentes a uma perda de 198 €. Na 4.ª fase do estudo (Segunda recolha de amostras), foram contabilizadas 228 amostras, correspondentes a uma perda de 199 €. A 3.ª fase do estudo incluiu a divulgação dos resultados às enfermeiras chefes dos serviços envolvidos no estudo e a 5.ª fase a comparação dos resultados obtidos na 1.ª, 2.ª e 4.ª fase do estudo. As amostras foram recolhidas em 16 serviços de internamento, sendo os valores monetários mais relevantes associados ao Espessante para alimentos líquidos e ao Imipeno + Cilastatina. A prática observada e sujeita a estudo aumenta os riscos associados ao consumo do medicamento e os custos relativos ao Processo, sendo de eliminar. A sua monitorização deve constituir uma rotina, uma vez que houve mudança de comportamentos. A redução/eliminação desta prática não conforme conduz à integração de novas tarefas com valor acrescentado, com aumento da fiabilidade do Processo.