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- Políticas educativo-curriculares na formação inicial de professores: o caso do ensino da História em PortugalPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel; Alves, Luis AlbertoA partir de uma análise comparativa entre o Decreto-Lei n.º 43/2007 e o Decreto-Lei n.º 79/2014, pretendemos explicitar as mais recentes políticas educativo-curriculares portuguesas no que concerne à formação inicial de professores de História/Estudo do Meio. Num presente de constantes incertezas, de profissionais em falta nas escolas, de desarticulações entre as exigências dos contextos e a formação inicial proporcionada, afigurou-se como pertinente pensar sobre as circunstâncias prévias ao exercício da profissão docente. A leitura dos documentos normativos que, após o Processo de Bolonha (1999), enquadraram juridicamente os cursos de formação inicial de professores permitiu-nos um estudo qualitativo focado nas opções curriculares subjacentes às matrizes dos mesmos, nas concepções de docência perfilhadas, no discurso ali considerado e seus (eventuais) sentidos. Como resultados preliminares, percebemos uma tendência de valorização das dimensões mais técnicas da profissão em detrimento dos domínios mais abrangentes da reflexão pedagógica. Além disso, notamos a necessidade de contrariar uma formação inicial ‘menos rigorosa’, porquanto tal pode significar certa desvalorização da função docente.
- O Estudo do Meio como espaço de implicação social e ambiental: prospeções e propostas curriculares, organizacionais e políticasPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabelegundo Arendt (1961), o compromisso com a educação resultade uma relação de amorcom o mundo, porque decorre de uma efetiva responsabilização face ao mesmo. Talvez por esse motivo, como esclarecem Misiaszeke colaboradores (2022), o pensamento pedagógico emerge preocupado com um conjunto de domínios que não podem ser desconsiderados, como a diversidade cultural, as desigualdades sociais, as relações humanasou os efeitos da globalização nos diversos contextos ambientais.O Estudo do Meio, do 1.º Ciclo do Ensino Básico português, devido às suas características interdisciplinares tenderá a estabelecer-se como fundamental, numa formação comprometida com a cidadania da infância, possibilitando a articulação entre os desafios humanos, sociais e ecológicos. Pretendemos refletir sobre o modo como tal componente surge, ou não, como um espaço educativo de implicação social e ambiental, pelo qual a realidade contemporânea não é ocultada e sepotencia uma consciencialização mais abrangente e ecológica, associada às características do meio ambiente, às injustiças na sociedade, à diversidade humana. Assumindo essa finalidade, o estudo avança com um mapeamento das orientações curriculares nacionais para aquela componente curricular. Conseguimos compreender que, apesar da menção a aspetos como os direitos humanos, a justiça ou os problemas ambientais e comunitários, o currículo nacional parece não privilegiar uma análise desocultadora e humanizante dos desafios sociais e ambientais mais atuais. Assim, propomos um conjunto de opções curriculares, organizacionais e políticas que melhor poderão convergir para uma pedagogia assente no olhar atento e na atuação crítica, como condição necessária para a afirmação da cidadania democrática das crianças.
- Sensitivities of past and present in the curriculum: history in portuguese basic educationPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroThis paper seeks to understand how the national curricular guidelines for the History curriculum component, in the 2nd and 3rd cycles of basic education in Portugal, dialog with sensitive themes. Considering the most recent documents — Metas Curriculares (2012–2021) and Aprendizagens Essenciais (2018–present) — from a comparative perspective, but not exclusively so, an analysis of ‘socially active questions’ included in or excluded from those was made, along with that of the sense of teaching and the underlying history learning. That initial approach has thus enabled a definition of revealing categories and subcategories. It has also created further data interpretation based on the principles arising from Curriculum and History Education research. Among the main results, stands out a certain prevalence of a (individual? collective?) memory emerging from some (intentional? accidental?) oblivion of the past, and which seems to be incapable of encompassing various sensitivities of contemporary times.
- O 1.º Ciclo do Ensino Básico: Que identidade(s)?Publication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana Isabel; Diogo, Fernando; Fernandes, Dárida; Ribeiro, Deolinda; Costa, José António; Queiroz Canha, Manuel BernardoO presente livro resulta das comunicações apresentadas no seminário O 1.º ciclo do Ensino Básico — Que identidade(s)? | Currículo, práticas e formação docente, que teve como objetivo primeiro a partilha de perspetivas e investigações sobre o currículo, as práticas e a identidade docente, para uma reflexão mais ampla no âmbito do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
- A relação entre o currículo e a formação inicial de professores (de Ciências Sociais): contributos para uma reflexão no ensino da didáticaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelComo nos esclareceu Young (2010), os conhecimentos são essenciais para os processos escolares e educativos, daí o currículo ter um papel predominante na escola. Como é indicado por diferentes autores (Apple, 2004; Pacheco, 2012; Paraskeva, 2000; Silva, 2000; Torres Santomé, 2017), o reconhecimento de influências distintas, como a ideologia e o poder, no que ao currículo se refere, tem sido evidenciada, paulatinamente, por diversos trabalhos e no âmbito daquilo que podemos denominar como estudos curriculares. Esses trabalhos sustentam a ideia de que, contrariamente às perspetivas clássicas (Bobbitt, 1918; Tyler, 1976), não é possível conceptualizarmos o currículo como uma prescrição que estrutura, de modo técnico, científico e neutro, os conhecimentos que deverão ser desenvolvidos em contexto escolar e o método de os ensinar. Atualmente, assume-se que o mesmo, podendo ser entendido como um projeto (Pacehco, 2016), integra uma dimensão de conflito (Paraskeva, 2000) e/ou de batalha ideológica, política, cultural, epistemológica, entre outras (Gimeno Sacristán, 2013). É de suma importância que um professor de Ciências Sociais, em sentido lato, tenha consciência de tais dinâmicas em torno do currículo e não o percecione como um texto entendido de modo ahistórico e apolítico (Torres Santomé, 2017). Reconhecendo as suas implicações no que concerne à validação e legitimação do conhecimento (Apple, 2000) e, talvez mais importante, a forma como esse conhecimento se entrecruza com o processo de reprodução (da desigualdade) social e de construção da cidadania individual e coletiva (Torres Santomé, 1998), assume-se como relevante tal reflexão também no contexto da formação (inicial) daqueles professores (Barton e Levstik, 2003; Merchán, 2009). Face ao indicado, e considerando-se a existência de uma relação estreita entre o currículo e a didática (Roldão, 2017), com a presente comunicação, em formato de ensaio, pretende-se discutir sobre o modo como os estudos curriculares podem contribuir para pensar o ensino da didática na formação dos professores de Ciências Sociais, para que estes se assumam como efetivos construtores do currículo, estando ainda conscientes da influência, por exemplo, da disciplina de história na formação cidadã dos estudantes.
- História (e identidade) ensinada a partir do currículo oficial portuguêsPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroObjetivo: compreender o contributo do currículo prescrito português para o acesso a determinada narrativa histórica oficial pelos estudantes dos dois primeiros ciclos do Ensino Básico. Isto para se estudar a inclusão de determinados conhecimentos (históricos) e a ocultação de outros, que contribuem para a aprendizagem de certa identidade individual e coletiva, identificando o lugar da realidade portuguesa neste âmbito. Metodologia: concretizou-se um estudo de caso. A partir da leitura das Aprendizagens Essenciais para o 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, enquanto documento curricular em vigor, definiram-se as categorias de análise (nacionalista, interativa, controversa, geográfica, genérica) e procedeu-se à explicitação e interpretação das mesmas. Resultados: pela pesquisa concretizada, percebeu-se que parte do currículo oficial tende a privilegiar, com maior ou menor evidência, a aprendizagem de uma narrativa nacional não tão abrangente, democrática e dialogante quanto o desejável no século XXI. Conclusões: será essencial que o processo de ensino e de aprendizagem da História permita a assunção de uma (multi)perspetiva realmente humanista e indagadora.
- Currículo, cidadania e racismo: uma leitura dos textos curriculares nacionaisPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelPela sua condição parasitária e sistémica, o racismo perpassa diferentes espaços e esferas sociais, nomeadamente a escola. Com efeito, diferentes exemplos internacionais têm revelado a perpetuação de desigualdades étnicas, culturais e raciais, também por via dos sistemas educativos e suas opções curriculares e organizacionais. Na sequência destas preocupações, a presente investigação visa identificar e compreender o modo como as orientações curriculares nacionais, para o Ensino Básico, contemplam questões relacionadas com o racismo e suas manifestações. A partir da análise documental dos textos curriculares portugueses das componentes curriculares ligadas aos Estudos Sociais, sobressaem já três ideias-chave a mencionar. Desde logo, como exemplo de uma educação implicada na formação cidadã e antirracista, nota-se, embora com reduzida expressão, a presença de diferentes conhecimentos associados à pluralidade identitária e à diversidade cultural. Como segundo aspeto, detetam-se certas ausências – como o eurocentrismo, a consciencialização das desigualdades sociais e a discussão sobre o racismo – que, pelo menos em parte, parecem enfraquecer o potencial destes artefactos em relação à desocultação do fenómeno e suas múltiplas características. Por fim, apesar de pontuais nuances, os mesmos textos curriculares apresentam-se, predominantemente, monocromáticos, com uma prevalência do património cultural ocidental.
- Para uma reflexão sobre a identidade docente a partir das planificações de futuros professores do 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelCom este artigo pretende-se apresentar os resultados de uma pequena investigação sobre as características de planificações elaboradas por futuros professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, a frequentarem um mestrado profissionalizante em instituições de Ensino Superior portuguesas. Assumindo que o ato de planificar é um processo em muito associado ao desenvolvimento profissional docente e que evidencia, de modo implícito, as conceções pedagógicas dos profissionais, o estudo de tais planificações tem como propósito notar a aproximação de docentes ainda em formação a um perfil tradicional/clássico ou, num outro sentido, a um perfil inovador/prático. A proposta de caracterização dos perfis apontados assenta em quatro dimensões distintas, mas complementares, que podem figurar numa planificação: influência normativa do currículo, processo de ensino/papel do professor, processo de aprendizagem/papel do aluno, avaliação. A partir de uma análise de cariz predominantemente qualitativo, pela descrição e interpretação do conteúdo de 30 planificações de curta duração, constata-se que a maioria daqueles futuros professores, autores desses documentos, tendem a assumir, de forma explícita ou implícita, um perfil (tradicional) marcado pela valorização da ação do professor em detrimento do aluno, pela opção por uma segmentação curricular, bem como por dinâmicas pedagógicas de carácter reprodutivo e sem uma real preocupação com os elementos de avaliação.
- A planificação na formação inicial de professores: um retrato a partir dos contributos da educação históricaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroComo nos explica Rosales López (2012), o ato de planificar é uma prática específica da ação docente e, como tal, é essencial que os professores em formação desenvolvam competências no âmbito desta temática. Na mesma linha de pensamento, Roldão (2017) advoga a necessidade de se investigarem os processos pelos quais o cur r ículo - na sua dinâmica prescr ita - é, efetivamente, concretizado nos contextos educativos. Partindo destes pressupostos, no presente artigo temos como objetivo analisar as características das planificações desenhadas por futuros professores de História, aquando da prática educativa supervisionada, nomeadamente os contributos decorrentes dos estudos curriculares, bem como aqueles que são mais específicos da educação histórica (Barca, 2009), aí patentes. Para tal, optamos por uma análise documental de nove planificações provenientes de três instituições universitárias portuguesas distintas. Numa aproximação à Grounded Theory foi nosso propósito, também, criar uma planificação-tipo, enquanto retrato das principais tendências notadas. No final, verificamos que a direção tomada pelos futuros docentes pode ler-se a partir de dois eixos distintos: i) uma linha de pensamento curricular influenciada pelas teorias mais tradicionais e burocráticas, privilegiando, quase por inerência, estratégias pedagógicas assentes na ação primordial do professor e fundamentalmente expositiva; ii) a não integração de alguns dos mais relevantes princípios da educação histórica - a saber, a prevalência das destrezas do pensamento histórico, a diversidade de fontes de facto exploradas e uma recorrente relação intertemporal - evidenciando que, ainda na formação inicial, se valorizam mais os conhecimentos substantivos em detrimento dos saberes sobre História (Seixas, 2017).
- A planificação como dimensão da ação docente: especificidades na formação de professores de históriaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelPese embora o currículo tenha ultrapassado as dinâmicas circunscritas à seleção, planificação e avaliação (Paraskeva, 2000), diferentes autores (Diogo, 2010; Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008; Pacheco, 2001; Zabalza, 2000) integram, ainda com destaque, o processo de planificação no âmbito das dinâmicas de desenho e desenvolvimento curricular. Porém, os mesmos reconhecem mudanças significativas no modo como esta prática é entendida, valorizando-se, atualmente, processos mais flexíveis, que atribuem menor importância a estruturas e objetivos rígidos e detalhados (Doll Jr., 1989). O ato de planificar é não só importante para a prática pedagógica, em sentido estrito, como é um elemento indispensável ao desenvolvimento docente (Jalongo, Rieg, & Helterbran, 2007; Mutton, Hagger, & Burn, 2011), evidenciando-se, assim, a sua relevância aquando da formação inicial de professores. A este propósito, e subscrevendo Moreira, Duarte & Alves (2019), emerge como pertinente uma reflexão abrangente sobre as atuais dinâmicas de formação de professores de Ciências Sociais.Pela presente comunicação, propomo-nos a analisar exemplos de planificações desenhadas por futuros docentes de história do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, no âmbito da prática educativa supervisionada vivenciada durante a profissionalização.Assim, selecionaram-se, aleatoriamente, três instituições públicas portuguesas de Ensino Superior, que incluem o mestrado profissionalizante para aqueles níveis de ensino na sua oferta formativa, recolhendo-se nos respetivos repositórios abertos seis planificações de aulas de história (duas por cada). O principal objetivo deste trabalho de análise documental será conceptualizar as características das planificações consideradas, quer numa perspetiva subjacente à educação histórica preconizada para a contemporaneidade (Seixas, 2012; Barca, 2015; Lee, 2016; Schmidt & Urban, 2018), quer nas dimensões curriculares mais amplas.Mais do que meros conteúdos substantivos sob a forma de atividades tradicionais de transmissão unidirecional e de um recurso didático único, definidas quase minuto a minuto e para uma avaliação circunscrita ao (com)provar, a planificação de uma aula de história precisa de ser um ‘objeto’ prático e mobilizado, sobretudo, para o desenvolvimento de competências de pensamento histórico várias (Domínguez, 2015), focadas na aprendizagem dos estudantes e não na hiperdefinição das ações docentes, como se de uma exigência burocrática se tratasse (Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008).