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- A relação entre o currículo e a formação inicial de professores (de Ciências Sociais): contributos para uma reflexão no ensino da didáticaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelComo nos esclareceu Young (2010), os conhecimentos são essenciais para os processos escolares e educativos, daí o currículo ter um papel predominante na escola. Como é indicado por diferentes autores (Apple, 2004; Pacheco, 2012; Paraskeva, 2000; Silva, 2000; Torres Santomé, 2017), o reconhecimento de influências distintas, como a ideologia e o poder, no que ao currículo se refere, tem sido evidenciada, paulatinamente, por diversos trabalhos e no âmbito daquilo que podemos denominar como estudos curriculares. Esses trabalhos sustentam a ideia de que, contrariamente às perspetivas clássicas (Bobbitt, 1918; Tyler, 1976), não é possível conceptualizarmos o currículo como uma prescrição que estrutura, de modo técnico, científico e neutro, os conhecimentos que deverão ser desenvolvidos em contexto escolar e o método de os ensinar. Atualmente, assume-se que o mesmo, podendo ser entendido como um projeto (Pacehco, 2016), integra uma dimensão de conflito (Paraskeva, 2000) e/ou de batalha ideológica, política, cultural, epistemológica, entre outras (Gimeno Sacristán, 2013). É de suma importância que um professor de Ciências Sociais, em sentido lato, tenha consciência de tais dinâmicas em torno do currículo e não o percecione como um texto entendido de modo ahistórico e apolítico (Torres Santomé, 2017). Reconhecendo as suas implicações no que concerne à validação e legitimação do conhecimento (Apple, 2000) e, talvez mais importante, a forma como esse conhecimento se entrecruza com o processo de reprodução (da desigualdade) social e de construção da cidadania individual e coletiva (Torres Santomé, 1998), assume-se como relevante tal reflexão também no contexto da formação (inicial) daqueles professores (Barton e Levstik, 2003; Merchán, 2009). Face ao indicado, e considerando-se a existência de uma relação estreita entre o currículo e a didática (Roldão, 2017), com a presente comunicação, em formato de ensaio, pretende-se discutir sobre o modo como os estudos curriculares podem contribuir para pensar o ensino da didática na formação dos professores de Ciências Sociais, para que estes se assumam como efetivos construtores do currículo, estando ainda conscientes da influência, por exemplo, da disciplina de história na formação cidadã dos estudantes.
- Troca por troca: cidadania pela história? Ensaio bibliográfico sobre as relações entre ciências sociais e educação para a cidadaniaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro; Alves, Luis Alberto; Barca, IsabelComo Pinar (2015) e Santomé (2017), reconhecemos, neste trabalho, que a história é um elemento inequívoco no âmbito da educação para a cidadania, porém denotando que, a este nível, as restantes áreas curriculares não podem ser menosprezadas. O ensino da história, também associado a outras ciências sociais, assente em determinadas intencionalidades (Prats, 2006) pode, de facto, contribuir para uma educação democrática, responsável e aberta ao diálogo, no sentido de uma real cidadania. Se mais do que memorizarem conteúdos e explicações únicas, os estudantes desenvolverem destrezas próprias do pensamento histórico (Seixas e Morton, 2013), adquirindo consciência cidadã como sujeitos capazes de interpretar criticamente a sociedade onde se integram, fundamentando-se na evidência disponível (Barca, 2015; Alves, 2016; Chapman, 2016). Esse processo, todavia, pressupõe a compreensão de que as dinâmicas de educação para a cidadania não se circunscrevem a uma só área do saber. O processo de formação cidadã tem de ser um esforço coletivo (Biesta, 2011), transdisciplinar e transversal (López, 2015), tendo a disciplina de História um papel fundamental, não exclusivo.
- Contas-me como foi? Narrativas de estudantes do Ensino Básico sobre o 25 de abril (de 1974)Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroEste artigo surge como mais um contributo para o debate sobre o papel do ensino da História na construção de uma sociedade cada vez mais complexa. Assim, focado na realidade educativa portuguesa, assenta num estudo de caso que envolveu 44 alunos que, no ano letivo 2022/23, frequentaram o Ensino Básico (4.º e 6.º anos) numa instituição privada do distrito do Porto. A sua participação ganhou forma de narrativa histórica sobre a Revolução do 25 de abril de 1974. Analisados os relatos individuais, percebe-se que a cidadania democrática interiorizada pelos jovens participantes assenta na ideia maior, feliz, de liberdade recuperada, ao mesmo tempo que se enforma numa certa simbologia cristalizada.
- Sala de aula ou redação do jornal? Uma experiência curricular cidadãPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroNo século subsequente aos seminais trabalhos de Kilpatrick (1918) e Freinet (1976), mantêm-se fundamentais ações pedagógicas dialogantes com as conceções de ‘trabalho por projeto’ e ‘jornal escolar’, referenciais estruturantes para se equacionar uma real formação cidadã. Decorrente dessa perspetiva, este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que assentou na seguinte questão: Que opiniões constroem os alunos do 2.º ciclo do Ensino Básico sobre a experiência de criarem um jornal escolar?. Uma experiência que envolveu duas turmas do 5.º ano e uma do 6.º ano, no ano letivo 2020/21, numa instituição escolar privada portuguesa. Como principais resultados destacam-se, por um lado, o reconhecimento consensual do ‘ensino por projeto’ como uma prática relevante para a aprendizagem dos estudantes e, ainda, para o desenvolvimento de competências de interação social; e, por outro, a constatação justificada das potencialidades de tal opção curricular na promoção da autonomia e autodeterminação das crianças e jovens.
- Entre o Currículo e a Filosofia: possibilidades para o 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Duarte, Pedro; Diogo, Fernando; Guedes, António José; Fernandes, DáridaO 1.º ciclo do Ensino Básico está intimamente associado a uma ideia de gestão integrada do currículo (Alonso, 2002). A Filosofia para Crianças, enquanto proposta pedagógica que visa o desenvolvimento do pensamento das crianças, nas suas múltiplas dimensões, poderá assumir-se como um elemento potenciador dessa integração (Guedes & Duarte, 2015). Metodologicamente, optou-se por um estudo de caso, que contemplou um período de intervenção numa turma do 2.º ano, e face ao qual já se analisaram dados parciais (Duarte, Fernandes & Guedes, 2017). A recolha de dados assentou numa entrevista à docente titular, após terem sido desenvolvidas, na sua turma, doze sessões de Filosofia para Crianças (numa perspetiva de articulação/transversalidade curricular). Pretende-se, com este estudo, compreender, à luz da opinião de professor titular, as potencialidades da Filosofia para Crianças como componente curricular transversal naquele ciclo, de acordo com dois parâmetros: as práticas pedagógicas dos docentes e as aprendizagens dos alunos.