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ESS - PTE - Radioterapia

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  • Avaliação dos desvios no posicionamento dos tumores de cabeça e pescoço
    Publication . Patrício, Rosa Maria Queirós
    A Radioterapia é uma forma de tratamento local que recorre ao uso controlado de radiações ionizantes com fins terapêuticos permitindo a destruição das células tumorais activas e tendo como objectivo a erradicação do tumor, melhoria da qualidade de vida ou prolongamento da sobrevivência. É também eficaz na abordagem paliativa ou na prevenção dos sintomas da patologia em causa. A Radioterapia pretende o máximo benefício terapêutico com a maior probabilidade de controlo de doença tumoral e o mínimo de efeitos secundários. Este objectivo é conseguido com a conformação dos feixes de radiação sobre os volumes a irradiar, utilizando as margens adequadas ao volume tumoral para incluir as incertezas do tratamento. Só se consegue ter um controlo destas incertezas se se conseguir fazer uma verificação adequada de todos os parâmetros de tratamento. Uma ferramenta fundamental nesta verificação é a “imagem portal” que permite fazer uma comparação das imagens adquiridas no processo do tratamento com as imagens obtidas na fase do planeamento, como por exemplo a Digitally Reconstructed Radiographs (DRR), permitindo assim avaliar possíveis desvios relativos ao posicionamento do doente. O objectivo deste trabalho foi avaliar as discrepâncias verificadas ou não entre as imagens portais feitas semanalmente ao posicionamento dos doentes com tumores de cabeça e pescoço e comparadas com as DRR’s acompanhando as eventuais alterações manifestadas (desvios laterais ou longitudinais ou verticais ou mesmo o doente “desalinhado”), discutir a necessidade de uma reavaliação do posicionamento e, se necessário, realizar e avaliar a eficácia dos reajustes e propor eventuais soluções para a resolução do problema, integrando conhecimentos obtidos durante outras práticas no posicionamento desses doentes. A recolha e análise dos dados utilizados neste estudo foram feitas através da verificação dos desvios no posicionamento, transversalmente com a comparação das imagens portais realizadas semanalmente com as DRRs, em dez doentes com tumores de cabeça e pescoço que se encontravam em tratamento no acelerador linear Primus, Siemens, no serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar de S. João do Porto. A base deste estudo consistiu no registo e análise das três coordenadas de posicionamento (X, Y e Z) obtidas após a sobreposição e observação das imagens portais com as imagens de planeamento - DRR. Como resultados obtiveram-se: 80% dos casos não apresentaram desvios significativos e 20% apresentaram resultados significativos. Pode-se concluir que este trabalho vai de encontro à literatura no que diz respeito à utilização da imagem portal para verificação de possíveis desvios durante o tratamento de Radioterapia.
  • Comparação de duas Técnicas de Radioterapia de Intensidade Modulada no tratamento do cancro da próstata
    Publication . Monteiro, Armanda G. Carvalho Reis
    Objectivo: A Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) é uma técnica que teoricamente permite prescrever doses de radiação mais elevadas, com doses mais baixas aos órgãos críticos quando comparada com a radioterapia tridimensional conformacionada (3D-CRT). O objectivo deste trabalho foi comparar duas técnicas de intensidade modulada no tratamento do cancro da próstata, analisando a dose nos órgãos críticos e nos volumes alvo. Material e Métodos: Foram seleccionados 10 doentes com cancro da próstata de risco intermédio ou alto risco, com indicação para irradiação da próstata e gânglios pélvicos, tratados entre Junho e Dezembro de 2014 no Centro Hospitalar São João (CHSJ). Em todos os doentes foram delineados os órgãos críticos e os volumes de tratamento: - PTV1: próstata + vesículas seminais + região ganglionar; - PTV2: próstata + vesículas seminais; Para o PTV1 foram realizados dois planos, um com a técnica de intensidade modulada com planeamento inverso (IP- IMRT) e outro com a técnica de intensidade modulada de planeamento directo (FP-IMRT). A comparação das técnicas baseou-se na avaliação dos histogramas dose volume para o PTV1, V65 da bexiga, V60 do reto e V15 do intestino de acordo com a ICRU 83 e a QUANTEC. Resultados: A análise dos Histograma Dose Volume (HDV) demonstrou uma superioridade da IP-IMRT em relação à FP-IMRT que se traduz numa melhor conformidade das isodoses ao PTV com uma redução das doses nos órgãos críticos, no entanto a maior parte dos valores dos doentes em estudo (8) da FPIMRT estavam de acordo com a ICRU 83 e a QUANTEC. Conclusão: Os resultados obtidos estão de acordo com a literatura. Nos Serviços que não possuem IP-IMRT a introdução da Técnica de FP-IMRT na rotina do tratamento do cancro da próstata em substituição da Técnica 3DCRT deve ser uma prioridade e não uma hipótese.
  • Análise do Planning Target Volume e Órgãos de Risco, com diferentes energias de fotões em 3D-CRT, no Cancro do Pulmão
    Publication . Ferreira, Marta Patrícia Varzim Miranda
    Objetivo: Este estudo tem como principal objetivo analisar a presença de um benefício na distribuição das isodoses (cobertura do Planning Target Volume – PTV), assim como nas doses recebidas pelos órgãos de risco, utilizando feixes de baixa energia 6 MV (megavolt) em comparação com feixes de alta energia, 18 MV, no planeamento do tratamento de Radioterapia (RT) com Three-Dimencional Conformal Radiotherapy (3D-CRT) em pacientes com Carcinoma de Pulmão. Materiais e Métodos: A amostra incluiu 15 pacientes com diagnóstico de Carcinoma do Pulmão. Foram realizados dois planeamentos dosimétricos, idênticos para cada doente, com energias de 6 MV e de 18 MV. Posteriormente foram avaliados os histogramas de dose volume (DVH’s) de todos os órgãos de risco (OAR’s), bem como a cobertura, o índice de conformidade (IC) e o índice de homogeneidade (IH) relativos ao PTV. Os dados foram analisados estatisticamente através do programa Statistical Package for the Social Science. Resultados: Através da análise dos dados recolhidos é possível afirmar que com a energia de 6 MV obtiveram-se melhores resultados nos seguintes parâmetros de avaliação do PTV: índice de conformidade e índice de homogeneidade, em comparação com os planos de energia de 18 MV. Também se verificou que a energia de 6 MV apresentou valores mais baixos relativamente aos órgãos de risco. Através da análise diferencial, percebeu-se que vários são os parâmetros dos quais se verificam diferenças estatisticamente significativas, entre os dois planeamentos, sendo a energia de 6 MV a que apresenta melhores resultados. Conclusões: Através dos resultados obtidos neste estudo pode-se constatar que estes vão de encontro, a outros anteriormente publicados, podemos então concluir que a energia 6 MV apresenta melhores valores, com diferenças estatisticamente significativas, em particular para o tratamento do cancro do pulmão, em relação à energia 18 MV. Contudo o que não quer dizer que não se possa usar energia de 18 MV no tratamento do cancro do pulmão, principalmente nos casos de tumores do mediastino.
  • A influência da comunicação e informação no procedimento de posicionamento do doente em Radioterapia
    Publication . Pinto, Serafim
    A Radioterapia é um processo multi-etapas que trata uma grande diversidade de patologias oncológicas, através da utilização de variados elementos tecnológicos e profissionais diferenciados. A multidisciplinaridade exige uma cultura de trabalho em equipa, para que o processo comunicativo e de transferência de informação sejam eficientes. As referências de imobilização e posicionamento devem ser registadas e transmitidas corretamente, garantindo a reprodutibilidade dos parâmetros iniciais. Erro, incidente, “quase falha” em Radioterapia são conceitos mencionados em inúmeros artigos, com descrição de ocorrências, registadas em bases de dados importantes para a evolução da especialidade como o ROSIS, IAEA e NRC. A análise de um caso prático referente a um Hospital permitiu analisar aspetos concretos que influenciam a comunicação e a informação e o seu percurso e aplicabilidade no processo de tratamento. Questões como a identificação do doente, o registo e inserção manual de informação, leitura e aplicação das referências de imobilização e o cálculo dos desvios da mesa de tratamento face às marcações no doente, são aspetos sensíveis, comuns a todos os departamentos, que deverão ser alvo de especial atenção. São propostas medidas que poderão beneficiar os procedimentos e projetados estudos como a gestão e registo de erro em Radioterapia em Portugal, o custo-benefício da aplicação de ferramentas que melhorem a comunicação e a informação nos serviços, entre outros.
  • Controlo da qualidade em radioterapia externa
    Publication . Faria, Isabel
    Sendo a radioterapia (RT) uma modalidade terapêutica cada vez mais complexa e precisa em oncologia, torna-se pertinente refletir sobre alguns conceitos e procedimentos acerca da qualidade e do controlo da qualidade a ela associados, uma vez que se encontram profundamente aplicados nos centros de radioterapia já existentes. Estes conceitos e procedimentos estão bem sustentados em muitas experiências clinicas e em estudos acessíveis numa vasta série de artigos científicos publicados em revistas e outras fontes credíveis e científicas. A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho passa pela pesquisa e revisão de material bibliográfico existente não só em livros de referência como também em artigos de revistas da área da física médica, radioterapia e oncologia. A estrutura do trabalho passa pela descrição do “estado-da-arte” atual, sendo que, e nesta perspetiva, se tenha recorrido ao percurso evolutivo dos conceitos e procedimentos tidos ao longo do desenvolvimento das tecnologias e técnicas em radioterapia. O que se observa neste trabalho é que “Qualidade em Radioterapia” envolve uma complexa estrutura não só de recursos físicos como também humanos, onde uma pequena falha de comunicação no elo de ligação entre os diversos membros da equipa compromete afinal aquilo que é o seu objetivo major: tratar com qualidade e dignidade o doente oncológico.