ESMAD - DAI - Pósteres, resumos em eventos científicos
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Recent Submissions
- Produção de elipses e hipérboles na biografia cinematográficaPublication . Fontoura, Ana Priscila; Baptista, Adriana; Martins, Filipe; Morais, AntónioNa construção da biografia (vida escrita), a genealogia, frequentemente suportada por razões históricas e políticas, enquanto ciência, valoriza a investigação, para a produção de uma árvore híper-informativa, representando alegoricamente a família, com lacunas eventuais por carência de informação, no entanto, o texto literário, suportado pela apresentação icónica do real ou da ficção, valoriza para a biografia a retórica verbal capaz de desenhar o clímax (marcado por causas e consequências) e o segredo (marcado pelo tabu, ou pela ocultação, dissimulação ou disfarce).
- Cinema documental, realizador e personagem enquanto enigmaPublication . Baptista, Adriana; Seixas, Alberto; Fontoura, PriscilaNo cinema documental pode fundir-se o papel do realizador e do personagem. Com base na realização contemporânea de três documentários propomo-nos discutir funções, estatuto e papéis dos personagens no cinema documental. São várias as situações (nas quais destacamos a biografia, a autobiografia e o testemunho do acontecimento), onde o personagem principal eventualmente se esconde atrás da voz do narrador, ou seja, onde o realizador atua, conferindo ao narrador um papel distante do ator e próximo do conhecedor interveniente. Num primeiro momento, o narrador assume ser ator social, como se negasse a representação. Todavia, fica claro, frequentemente, que ao misturar-se o realizador com o personagem (cf. tipologia de Bezerra), ao tentar ser o principal personagem, o narrador, sendo comandado pelo realizador (presença, voz on e off-line, duração da presença, componente narrativa (expositiva, descritiva), argumentativa, opinativa, neutral) é também personagem. A nomeação que qualquer tipologia possa atribuir ao personagem (podendo ser ator ou actante), aborda a designação como um rótulo de papeis dentro do filme e contribui para a função do filme entre a divulgação e a transformação: o personagem herói, o personagem vítima, o personagem protagonista, o personagem ícone, ... Tal como nas narrativas literárias, o personagem do documentário pode ser o personagem central, assumindo ser plano ou redondo e quando redondo podemos atribuir ao realizador ou ao próprio personagem a capacidade de nos surpreender, mesmo que este personagem seja o maior testemunho do acontecimento desconhecido ou imprevisível. Segundo Bezerra não existe um grau zero entre personagem e pessoa. Se pretendermos retirar-lhe o papel de ator continuará sendo um performer ou, enquanto realizador, manter-se-á sempre como um não-performer? Nos três documentários em debate, num deles o realizador busca, escondido num personagem enigma, a sua autobiografia na biografia do seu nome, num outro, a realizadora na biografia da família, faz-se personagem biografada, num outro, a realização ganha a voz de um personagem que decide o que pode ser dito e visto sobre o protagonista e em cada um pretende-se demonstrar a dificuldade de fugir à interseção de papeis, funções e estatutos.
- A fotografia enquanto uma nova molécula do ADN genéticoPublication . Baptista, Adriana; Oliveira, FelíciaPartindo de um projeto de fotografia sobre os documentos/objetos que a Roda do Porto designa como os Sinais da Roda, pretendemos discutir a forma como a produção fotográfica, partindo do arquivo e do registo, pode criar uma nova realidade de retrato biográfico de onde a personagem está ausente e onde a estrutura rizomática da genealogia se mostra como um dado inequívoco de que o que se vê ultrapassa o que se mostra. Assumimos que o fotógrafo tem a capacidade de dar uma nova vida aos sinais que repousam no arquivo, criando uma genealogia emocional. Falando da fotografia como registo e como documento, Miriam Manini afirma que o caminho para a informação, necessita da contextualização sem a qual a informação não fará sentido, mas “o contexto aciona toda uma rede semântica que vai conectar outros fios em sua malha para produzir mais alcance do conhecimento assim obtido.” Ora, esta malha de contextualização na leitura visual, sem a seleção pelo produtor de imagens e pelo seu leitor do que se quer que se veja e do que se quer ver e não do que se mostra, pois tal como Manini diz “qualquer detalhe que se privilegie terá uma série de seus pares preteridos, já que qualquer indexação é seleção.” Sabendo o quanto a fotografia de arquivo, pretende superar a iminente ação do tempo na durabilidade do documento arqueológico, apondo o hoje ao ontem, podemos afirmar que a fotografia do documento arquivado também pode trazer uma luz diversa do hoje valorizando mais o índice (que quem a vê escolhe para pensar na genealogia de quem mostra) do que o próprio documento? Sabendo o quanto a fotografia pode registar o objeto tal como é, podemos acreditar que mesmo fazendo-o, trabalhando sobre a materialização pela topicalização de um detalhe, aumenta a capacidade de pensar sem tocar? Trabalhando a fotografia sobre objetos catalogados e indexados a partir dos dados genealógicos da peça disponíveis, pode a fotografia aumentar o seu valor real, paratextual e histórico.
- Spaces sing, are you listening?Publication . Bernardes, Gilberto; Lopes, Filipe; Cardoso, ClaraWe present Soniferous Resonances, an ongoing collection of electroacoustic composition pieces that intersect music, digital technologies and architecture. The creative impetus supporting this research is grounded in the interchange of the following two concepts: 1) the phenomenological exploration of the aural architecture [1], particularly the reverberation as a sonic effect [2] through music performance and 2) the real time sound analysis of both the performance and the reverberation (i.e. impulse responses) intervallic content — which ultimately leads to a generic control over consonance/dissonance (C/D). Their conceptual and morphological nature can be understood as sonic improvisations where the interaction of sound producing bodies (e.g. saxophone) with the real (e.g. performance space) and the imaginary (i.e. computer) acoustic response of a space results in formal elements mirroring their physical surroundings. Particular emphasis is given to spectromorphological manipulations by a large array of “contrasting” digital reverberations with extended control over the sound mass [3] and its musical interval content across a continuum between pitched and consonant to unpitched and dissonant sounds. Two digital applications developed by the authors are seminal in Soniferous Resonances: Wallace [4] and MusikVerb [5]. The first is a navigable user-control surface that offers a fluid manipulation of audio signals to be convolved with several “contrasting” digital reverberations. The second offers refined (compositional) control over the interval content and/or C/D levels computed from the perceptually-inspired Tonal Interval Space [6] resulting in an automatically adaptation of harmonic content in real time. Soniferous Resonances aims at pushing the boundaries of musical performances that are formally tied to its surrounding space, as well as triggering new concepts and greater awareness about the sublime qualities of experiencing aural architecture.
- ORCA [Orquestra de Robots, Computadores e Altifalantes]Publication . Botelho, André; Lopes, Filipe; Dores, Francisca; Afonso, PedroRecentemente tornei-me responsável pela área de Som na Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD), encarando pela primeira vez estudantes que, em princípio, não têm bases musicais nem tão pouco interesse assumido nessa arte (levando em conta a escola em que se inscreveram). Os currículos, em consonância com as bibliografias de referência sobre som no cinema e multimédia, espelham também essa ausência de “música” privilegiando o estudo técnico (e.g. áudio digital, microfones, pós- -produção áudio). Ora, acredito que o currículo destes estudantes não deve ser refém da aprendizagem técnica mas sim complementadas com experiências musicais que aflorem o sentido crítico e criativo. Nas palavras de Andreas Schleicher, diretor do departamento de Educação e Competências da OCDE, o mundo “já não recompensa as pessoas apenas por aquilo que sabem – o Google sabe tudo – mas por aquilo que conseguem fazer com isso”. Neste sentido, a criação livre e artística é especialmente importante promovendo competências criativas e preparando as pessoas para problemas que, porventura, hoje ainda nem existem. A ORCA (Orquestra de Robots, Computadores e Altifalantes) é uma atividade extra-curricular que num primeiro plano traz “música ao som” mas que, acima de tudo, é um espaço instigador da criatividade pela partilha humana e criação livre. A ORCA nasceu em janeiro deste ano e fazem parte o prof. de Som e três estudantes. O Projeto 1 é a nossa primeira manifestação pública e é constituída por um agregado robótico de objetos sonoros controlados por interfaces originais e internet, com estreia marcada no Intermediartes.
- Music with plants: cultivating bonds between grade-schoolers and nature through sound designPublication . Lêdo, Rita; Penha, Rui; Lopes, FilipeA growing need for environmental awareness requires sensitive strategies to help us rethink the way interactions transform our habitat. This work proposes a musical approach to nourishing the bonds between elementary-school students and nature. Since plants and humans experience life in very different time frames, humans might mistakenly perceive plants as quiet and motionless living-beings. The ability to sense elements of their surroundings to which we are unaware of, makes plants invaluable allies towards a more conscious relationship with the planet we share. This work proposes that music has the potential to intermediate these interactions and provide meaningful experiences to the young participants by bringing to common ground digital technology, music and plants. Using sensors to collect data from the plant’s environment we shape musical features over time, encouraging children care of their own plant as it blossoms into its matured “musical form”. In addition, sound events might be triggered to reward positive behavior in the classroom. Students split responsibility for the plant assigned to their desk, which stimulates cooperation and companionship. Each individual plant then becomes part of and contributes to its class and school musical.
- Composing a sound installation to a specific outdoor place employing soundwalking as a methodologyPublication . Oliveira, Elder; Lopes, Filipe; Carvalho, SaraThis paper presents the methodology employed to create the sound installation Saving Shapes (2016-2018). Based on that, we will present some remarks about composing music for sound installations at outdoor places on exhibition for prolonged periods of time, particularly strategies to avoid audio loops. Our approach is based on three phases: (1) gather a wide range of phenomenological “information” from the place, mostly by performing soundwalks, taking notes and doing sound recordings (2) analyzing that “information” and composing music to be performed and installed at that specific place (3) periodically recreate the composition/installation using new “information” retrieved by repeating step number 1. Our research is mostly based and inspired on ideas from soundscape studies and artistic practices of well-known authors such as Murray Schafer (1977), Hildegard Westerkamp (1974), Barry Truax (2001), David Abram (1996) and Bernie Krause (2013). For our specific work and research, Westerkamp and Krause are two key figures. On the one hand, Westerkamp (1974) addresses the surrounding environment as a performing place to be experienced while one performs a soundwalk. She believes that such a “performance” (i.e. soundwalking) within complex soundscapes (e.g. outdoor locations) is a rich sonic experience, thus, we believe, interesting to create (and recreate) music compositions. Soundwalking became the central aspect of our creative and analytical methodology, understood here as a multifaceted activity to listen, record and devise music compositions; on the other hand, Krause defined biophony, geophony and antrophony as complementary spheres of the soundscape, thus, defining a clear theoretical and practical reference about the acoustic elements of a given place. Krause’s spheres of the soundscape, together with Westerkamp’s soundwalk, are essential to our methodology and they form the theoretical and practical basis of our proposed creative process. Saving Shapes (2016-2018) was composed for an outdoor space. We believe that outdoor spaces, as opposed to indoor spaces, are best suited for our proposed creative methodology. Outdoor spaces offer an infinitude of complexities that (might) transform and dialog with instrumental and electroacoustic sounds. Lastly, we will discuss the benefits of revisiting the same place to experience its particularities and meanings as a methodology, as opposed to using a computer to retrieve data in real time during the period of the installation. A lot of objects and narratives were constantly explored during a long period of time to instigate new (or old) connections between environmental sounds and the creative process. It materializes the multiple roles of soundwalking and the idiosyncrasy of the “human factor” to rebuild perspectives and transforming pre-existing compositions for a specific place.
- Organização do léxico e visão do(s) mundo(s): uma proposta multimédia de abordagem das relações lexicais no 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Baptista, Adriana; Choupina, Celda; Costa, José António; Azevedo, João; Oliveira, Inês; Querido, Joana; Ribeiro, IolandaUma criança, desde cedo, compreende que diferentes palavras apresentam diferentes significados, o que se afigura relevante em várias operações cognitivas. Linguisticamente, é possível constatar que o contraste (de itens lexicais, de semas e de morfemas) está na base de relações lexicais de natureza diversa (Baptista, 2006). Contudo, o tratamento desta temática no 1.º CEB tem-se confinado à abordagem da antonímia e da sinonímia nos dois primeiros anos (Buescu et al., 2015), relegando para ciclos posteriores a hiperonímia e a holonímia e perpetuando um ensino dicotómico e descontextualizado (Baptista et al., 2017). A mudança deste cenário afigura-se possível, a começar pela mudança de paradigma que parece encontrar-se espelhada nas recentes Aprendizagens Essenciais (DGE, 2018). No entanto, a verdadeira alteração no ensino pressupõe um conhecimento científico atualizado por parte dos agentes educativos, razão pela qual abordaremos esta problemática. Apresentaremos a noção de oposição, a sua relevância na estruturação do léxico mental e o modo como se torna produtiva para a caracterização das relações lexicais, no quadro das relações múltiplas (Cruse, 2001). Avaliaremos algumas das estratégias linguísticas disponíveis para a expressão de oposições antonímicas, convocando critérios diversos. Tentaremos evidenciar os contributos da investigação em diferentes áreas na elaboração de propostas didáticas. Foram elaboradas três narrativas bimodais que colocam pares de palavras aparentemente dicotómicos em contextos de ocorrência que podem admitir relações semânticas de gradação ou mesmo de sinonímia, comprometendo a possibilidade de interpretação antonímica, sendo, posteriormente, transformadas em narrativas multimédia, a fim de poderem ser utilizadas como ferramentas pedagógicas, em contexto de aprendizagem do 1.º CEB e onde se pretende que o texto visual nunca duplique a hipótese de antonímia. Socorremo-nos de aplicações de Realidade Aumentada para a construção das narrativas multimédia e de aplicações específicas a disponibilizar, em breve, na Google PlayStore.
- Linguística comparada e psicolinguística na formação de professores de inglêsPublication . Choupina, Celda; Baptista, AdrianaCompreender a relevância dos conhecimentos psicolinguísticos, linguísticos e metalinguísticos sobre o Português e o Inglês no desenho de estratégias didáticas e na predição e análise das dificuldades do aluno de 1.º ciclo do Ensino Básico foi o objetivo estruturante de duas disciplinas – Linguagem e Cognição e Interfaces Linguísticos na Aprendizagem de Línguas - lecionadas no Complemento de formação para a docência no grupo de recrutamento 120 destinado a titulares de qualificação profissional para a docência no grupo de recrutamento 330. Este complemento teve apenas duas edições, tendo dado lugar ao Mestrado em Ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico (Baptista, & Choupina, 2016). Neste Mestrado, aquelas duas disciplinas fundiram-se numa só, intitulada Linguagem, Cognição e Interfaces Linguísticos. No âmbito da Psicolinguística, pretendeu-se fornecer informações relevantes na compreensão do modo como ocorre o processamento neurofisiológico da linguagem e de quais as suas consequências para a aquisição de línguas e a organização cognitiva. No âmbito da Linguística Comparada, os conhecimentos científicos, as competências de análise linguística e o uso da linguagem cientificamente rigorosa foram componentes essenciais do processo formativo (Choupina, & Baptista, 2016). Quer nas edições dos Complementos, quer no Mestrado a avaliação dos estudantes foi realizada por meio de uma metodologia de trabalho por projeto, sendo elaborado um trabalho cujo objetivo principal foi o de articular os saberes de ambas as áreas, capitalizados no desenho de propostas didáticas. Nesta comunicação, daremos conta da metodologia utilizada, dos vários temas dos trabalhos realizados, bem como das conceções dos professores/estudantes envolvidos quanto à relevância da articulação interdisciplinar dos saberes.
- Construção de uma prova de fluência de leitura de textos para alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico: evidências de validadePublication . Rodrigues, Bruna; Viana, Fernanda; Cadime, Irene; Baptista, Adriana; Choupina, Celda; Cosme, Maria do Céu; Freitas, Tânia; Ribeiro, IolandaA fluência de leitura, definida como a capacidade de ler com precisão, velocidade e expressividade, é uma competência-chave de leitura, sendo consensualmente reconhecido a sua importância na compreensão da leitura. Em Portugal, a prova existente para avaliar esta competência recorre à leitura de um texto durante três minutos, sendo avaliado o número de palavras corretamente lidas por minuto. O mesmo texto é usado para alunos do 1º e 2º ciclo do ensino básico, observando-se efeitos de teto a partir do 4º ano de escolaridade, o que limita a possibilidade de usar estas provas, seja com objetivos de diagnóstico, seja com objetivo de monitorização ou de investigação. A construção do Teste de Avaliação de Fluência 5-6 (TAF 5-6) procura colmatar aquela limitação. Nesta comunicação, apresentam-se dados preliminares da versão destinada a alunos do 5º e do 6º ano de escolaridade. Especificamente pretende-se obter evidências de validade e determinar em que medida a mesma permite identificar alunos em risco na leitura. Participaram no estudo 94 alunos do 5º ano (54.3% rapazes) e 88 do 6º ano (48.9% rapazes). Os resultados do teste t para amostras independentes mostrou que há diferenças estatisticamente significativas entre os alunos dos dois anos de escolaridade. Os resultados da análise de regressão logística indicam que a fluência de leitura foi um preditor significativo da compreensão da leitura em ambos os anos. Por último, os resultados das análises das curvas ROC sugerem que a prova de fluência de leitura identifica, com precisão, alunos em risco na compreensão da leitura.