ESS - LRP – Laboratório de Reabilitação Psicossocial
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- Impacto da privação ocupacional no quotidiano de mulheres reclusas e na sua adaptação à reclusãoPublication . Coelho, Tiago; Bernardo, Alina; Rocha, Nuno; Portugal, PaulaA nossa investigação, de natureza qualitativa e carácter exploratório, teve como objectivo compreender o impacto da privação ocupacional no quotidiano de mulheres reclusas e na sua adaptação à reclusão. Para tal, realizamos entrevistas semi-estruturadas a 12 mulheres encarceradas num estabelecimento prisional. Verificamos que as reclusas, de forma a assegurarem o seu bem-estar, eram forçadas a assumir novos papéis e rotinas de acordo com as ocupações permitidas. O envolvimento significativo nas actividades disponíveis no estabelecimento pareceu-nos traduzir uma adaptação com sucesso ao meio prisional, assim como aparenta contribuir para essa mesma integração.
- Sociodrama e e-learning na diminuição do auto-estigma em doentes psicóticosPublication . Sousa, Sara de; Fontoura, Mariana; Marques, António; Queirós, CristinaA aprendizagem com base na acção vivida no Sociodrama é marcada pela relação dos elementos do grupo, tendo como contexto a formação da competência humana, cuja ideia central é a formação de sujeitos capazes de história própria, individual e colectiva (Marra, 2004). Para Moreno a doença mental é algo que restringe a espontaneidade, que contém a pessoa doente e lhe impede a energia espontânea (Abreu, 1992). O auto-estigma conceptualizado sobretudo a partir de um conjunto de crenças negativas da pessoa diagnosticada com doença mental acerca de si própria, organizadas em torno de representações de incompetência, fragilidade (estereótipo), sentimentos de baixa auto-estima e de auto-eficácia (preconceito), impõe frequentemente graves barreiras ao processo de recuperação e consequentemente à espontaneidade, ao funcionamento e efectiva inserção social destas pessoas (Corrigan et al, 2003). No âmbito de um Projecto de Doutoramento em Psicologia na FPCEUP sobre estes temas, surge o Curso de Educação e Formação para a Vida Activa, assente numa metodologia de b-learning (sessões interactivas online realizadas à distância e sessões formativas presenciais com recurso ao Sociodrama). Este poster propõem-se apresentar um resumo dos resultados preliminares da abordagem sociodramática utilizada
- Virtual City: Neurocognitive rehabilitation of Acquired Brain InjuryPublication . Dores, Artemisa Rocha; Miranda, Maria João; Carvalho, Irene Palmares; Mendes, Liliana; Barbosa, Fernando; Coelho, António; Sousa, Liliana de; Castro Caldas, AlexandreAcquired Brain Injury (ABI) is one of the leading causes of individuals' reduced participation in various contexts of life, compromising autonomous functioning and performance in complex activities. Neurocognitive rehabilitation, carried out by transdisciplinary teams, is part of the intervention after the acute phase, aiming patients' maximum functionality and quality of life. Serious games and virtual reality begin to provide innovative solutions in this area. In this study, a prototype platform for the rehabilitation of executive functioning and other related cognitive functions is presented: the Virtual City. Part of a larger project, it consists of urban virtual environments that simulate real-life scenarios and activities. Tests will be performed to validate it as a tool for the rehabilitation of ABI.
- Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão SistemáticaPublication . Dores, Artemisa Rocha; Barbosa, Fernando; Marques, António; Carvalho, Irene P.; Sousa, Liliana; Castro-Caldas, AlexandreO processo de reabilitação, independentemente da área de saúde a que se refere, continua a ser um desafio para profissionais, pacientes e suas famílias. Na tentativa de superar as limitações das intervenções tradicionais, a tecnologia de Realidade Virtual (RV) tem sido aplicada de forma crescente à reabilitação e começa a fornecer importantes ferramentas que, contudo, geram debate e posicionamentos divergentes. Com o objetivo de investigar quais os contributos da RV aplicada ao domínio da reabilitação, nomeadamente em termos das vantagens e limitações que comporta, o presente estudo procede a uma revisão sistemática da produção científica nesta área e apresenta um modelo que permite, de modo hierarquizado, descrever e sistematizar a natureza dos estudos revistos e as principais temáticas abordadas. A revisão sistemática focou-se sobre trabalhos científicos indexados, até novembro de 2010, na base de dados ISI Web of Knowledge. Os trabalhos incluídos foram analisados por dois investigadores independentes no programa NVivo 9 e o modelo desenvolvido aplicado à recodificação do material em análise. Foram identificados 963 artigos, dos quais, aplicados os critérios de exclusão, 288 títulos e resumos foram analisados. O modelo desenvolvido indica, como categorias centrais da bibliografia: Tipo de Artigo (Empírico; Teórico); Contextualização do Projeto; Tipo de Abordagem (Tecnologia Assistiva; Realidade Aumentada; Abordagens Tradicionais; Realidade Virtual). Esta última categoria (RV) foi decomposta de forma exaustiva para documentação da sua aplicabilidade, efeitos e tendências futuras. Como vantagens da RV, surgem: a possibilidade de sua aplicação a uma diversidade de domínios, funções cognitivas, comportamentos, doenças neurológicas e incapacidades físicas; as suas características e respetivas consequências; e a possibilidade de superar limitações das intervenções tradicionais. Do lado das limitações aparecem discutidos: os efeitos secundários da RV, as causas das limitações e precauções sugeridas. Os resultados evidenciam tendências promissoras acerca da utilização da tecnologia de RV no domínio da reabilitação, com implicações para a forma como será realizada no futuro. Sugerem ainda a necessidade de dar continuidade aos trabalhos que procuram avaliar a aplicabilidade da RV na reabilitação em geral e na reabilitação (neuro) cognitiva em particular.
- Virtual centre for the rehabilitation of road accident victims (VICERAVI)Publication . Mendes, Liliana; Dores, Artemisa Rocha; Barbosa, Fernando; Rego, Paula Alexandra; Moreira, Pedro Miguel; Reis, Luís Paulo; Viana, José; Coelho, António; Sousa, ArmandoThe main objective of this work is to describe the Virtual Center for the Rehabilitation of Road Accident Victims - VICERAVI and the serious games it includes for the purpose of neuropsychological rehabilitation. The validation of the VICERAVI as a rehabilitation system involves 30 participants of both sexes, with brain injury due to road accidents. The applicability and the benefits of virtual worlds for a holistic neuropsychological rehabilitation will be tested using virtual reality (OpenSimulator) to simulate tasks of everyday life, enabling participants to perform cognitive and social skills training through their avatars. The progresses of this group will be compared with a group of conventional neuropsychological rehabilitation. The main innovation of the work is the possibility of administering neuropsychological rehabilitation at distance, via ecological virtual environments. Moreover, the paper discusses also relevant criteria and issues in respect to the use of serious games, simulation and virtual environments in rehabilitation.
- Effects of emotional valence and three-dimensionality of visual stimuli on brain activation: an fMRI studPublication . Dores, Artemisa Rocha; Almeida, I.; Barbosa, F.; Castelo-Branco, M.; Guerreiro, S.; Almeida, I.; Reis, M.; Sousa, L. de; Castro Caldas, A.Examining changes in brain activation associated with emotion-inducing stimuli is essential to the study of emotions. Due to the ecological potential of virtual reality in neurocognitive rehabilitation, inspection of whether brain activation in response to emotional stimuli can also be modulated by the three-dimensional properties of the images is now important. This study sought to test whether the activation of brain areas involved in the emotional processing of scenarios of different valences can be modulated by three dimensionality. It focused on the interaction effect among emotion-inducing stimuli of different emotional valences (pleasant, unpleasant and neutral valences) and visualization types (2D, 3D).
- Suporte interpares na doença mentalPublication . Campos, Filipa; Marques, António; Queirós, CristinaA ajuda inter-pares assenta no pressuposto de que alguém que enfrentou e superou algum tipo de adversidade pode oferecer apoio, encorajamento, esperança e orientação a pessoas que se encontram a vivenciar uma situação similar (Davidson et al., 2006). Determinar princípios orientadores para a aplicação do suporte interpares em Portugal e posterior operacionalização de uma formação para pares e implementação de um programa de intervenção neste âmbito. Recorreu-se ao método de Delphi (questionário com 77 questões) no qual participaram 96 especialistas no tema. A formação integrou 5 pessoas com doença mental, das quais 3 foram selecionadas para desempenharem funções remuneradas como prestadores de suporte interpares na ANARP. O programa de intervenção será avaliado através do RAS-R (Corrigan et al., 2004, 2012; Sousa et al., 2009), Escala de Empowerment (Almeida & Pais-Ribeiro, 2010), ESSS (Pais-Ribeiro, 1999), WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2007) e EAAG (Pais Ribeiro, 1995). Obteve-se consenso em 83% das afirmações sobre o suporte interpares, tendo determinado pressupostos quanto aos objetivos, características, perfil do prestador e da população alvo, estratégia de formação e supervisão. O programa formativo foi constituído por 10 sessões teórico-práticas, com periodicidade diária, num total de 30h. O programa de intervenção prevê o envolvimento dos pares na admissão e integração de novos utentes, facilitação de grupo de suporte, ligação com utentes e famílias, e desenvolvimento de projectos anti-estigma. O suporte interpares é uma intervenção benéfica para o processo de recovery das pessoas com doença mental bem como para os prestadores deste tipo de serviços.
- Uso da realidade virtual no treino cognitivo de pessoas com esquizofreniaPublication . Cardoso, Mónica; Marques, António; Queirós, CristinaA Realidade Virtual representa uma nova possibilidade no treino da cognição em pessoas com esquizofrenia, tentando reproduzir em contexto securizante e de laboratório a realidade do paciente. Consiste num conjunto de tecnologias informáticas que, quando combinadas culminam numa interface interactiva para um mundo gerado por computador. Têm sido aplicadas com eficácia na avaliação e tratamento de patologias psiquiátricas como os transtornos de ansiedade, fobias, stress póstraumático, depressão, etc (Arbona et al., 2007; Richard & Richardson, 2012). Realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso da realidade virtual na avaliação e tratamento das funções cognitivas na esquizofrenia. Pesquisa bibliográfica nas bases de dados utilizando palavras chave representativas da patologia em questão (esquizofrenia), cognição, tratamentou ou avaliação, e realidade virtual ou "serious game", sem limites de data mas limitados a artigos publicados em revistas de caracter científico. Foram identificados 56 artigos, e após definição de critérios de exclusão sucessivos, verificou se que apenas 9 abordavam a aplicação da realidade virtual aos défices cognitivos de pessoas com esquizofenia. Todos abordavam as funções executivas, sendo que 55% concentram-se na avaliação e 30 % no tratamento/treino, e verificou-se que o uso da realidade virtual apresentou resultados superiores comparativamente às abordagens tradicionais. A realidade virtual parece fornecer um ambiente com estímulos graduados e controlados, num contexto específico, de forma interactiva e dinâmica, promovendo resultados positivos no treino da cognição de pessoas com esquizofrenia. Pretende-se com bases nestes resultados desenvolver uma ferramenta tecnológica para o treino de competências na reabilitação psicossocial e cognitiva.
- Agressividade e impulsividade em políciasPublication . Queirós, Cristina; Silva, António Leitão da; Marques, AntónioEnquanto características individuais, a impulsividade e a agressividade têm sido estudadas em polícias sobretudo relacionadas com o uso excessivo da força e com a reacção a eventos stressantes, constituindo um tema de interesse para investigadores (Griffin & Bernard, 2003; Kop & Euwema, 2001; Lee & Egan, 2013; Próchniak, 2012). Conhecer os niveis de impulsividade e agressividade em polícias e a relação entre estas duas variáveis. Participaram 319 policias da PSP, todos do sexo masculino, idade média de 35,9 anos, média de tempo de serviço de 12,7 anos, sendo 74% casados e no que se refere às habilitações tendo 60% o 12º ano. Usou-se um questionário de auto-preenchimento com versões portuguesas da Barrat Impulsivity Scale (Patton et al., 2008) e do Aggression Questionnaire (Buss & Perry, 1992). Encontraram-se valores moderados de impulsividade (entre 1,91 e 2,10) e pouca agressividade (entre 1,95 e 2,72), bem como correlações positivas significativas entre impulsividade e agressividade. Baixos niveis de habilitações estão associados a maior agressividade, e a impulsividade explica 11 a 32% da agressividade, embora haja um menor valor explicativo para agressividade verbal e hostilidade. Esta última está correlacionada com a idade e o tempo de serviço. A agressividade e a impulsividade partilham bases biológicas comuns (Fairbanks et al., 2004) e relações complexas (Chen et al, 2012). Apesar da impulsividade ser uma característica útil na actividade policial, em situações stressantes pode predispor para a agressividade e para o uso excessivo da força (Adams & Buck, 2010; Griffin & Bernard, 2003).
- Reconhecimento emocional facial: programa experimental de realidade virtual para pessoas com esquizofreniaPublication . Souto, Teresa; Baptista, Alexandre; Queirós, Cristina; Marques, AntónioA realidade virtual (RV), como recurso metodológico, tem provado ter um elevado potencial na avaliação e treino de pessoas que sofrem de doença mental, nomeadamente esquizofrenia (Costa et al., 2000; Kim et al., 2007). Apresentar um programa (RV-REF) em fase experimental, com uma concepção modular que visa em formato individualizado a avaliação e treino reconhecimento facial emociona incluindo feedback do desempenho em cada tarefa. Apresentação do 1º módulo do programa, relativo à avaliação do reconhecimento emocional facial e respectivos resultados. Avaliou-se a capacidade de reconhecimento das seis emoções básicas (alegria, tristeza, raiva, nojo, surpresa e medo), tendo por base estudos prévios sobre esta temática, efectuados com a metodologia de fotografias, referenciada por Ekman e Friesen (2003) e introduzindo alterações relativamente ao tipo de estímulos e forma de apresentação. No RV-REF, recorre-se a avatares tridimensionais em ambientes virtuais igualmente tridimensionais, o que constitui uma abordagem ecológica. São as emoções de felicidade e raiva as melhor reconhecidas pelos dois grupos (um grupo de 12 indivíduos com esquizofrenia e um grupo de referência de 12 indivíduos sem patologia psiquiátrica) com, respectivamente, 92% e 100% de acertos. As principais dificuldades surgem no reconhecimento do medo (17% de acertos em ambos os grupos), nojo (33% de acertos para o grupo de indivíduos com esquizofrenia) e tristeza (42% de acertos grupo de referência). É necessário melhorar algumas expressões emocionais mas, este formato de avaliação, sendo mais representativo da realidade em que o indivíduo se encontra inserido, constitui uma inovação terapêutica.