ESS - DM- Higiene e Segurança nas Organizações
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Browsing ESS - DM- Higiene e Segurança nas Organizações by advisor "Dores, Artemisa Rocha"
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- Eficácia da formação em segurança e saúde no trabalho em empresas de pequena dimensão do setor da metalomecânica: estudo comparativo de dois métodos de formaçãoPublication . Barros, Beatriz Lopes; Rodrigues, Matilde; Dores, Artemisa RochaA formação nas empresas de pequena dimensão, bem como a sua eficácia tem sido alvo de poucos estudos, sendo necessária uma pesquisa adicional. Neste sentido, este estudo teve como objetivo comparar a eficácia de dois métodos de formação quando aplicados no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em empresas de pequena dimensão do setor da metalomecânica: o método ativo, com discussão em grupo, e o método expositivo, com exposição formal. O efeito destes dois métodos foi avaliado ao nível da perceção de risco (perceções de suscetibilidade, gravidade, barreiras e benefícios), comportamento de segurança (conformidade com a segurança e participação em segurança) e conhecimento de SST. Foi também analisada a influência de variáveis sociodemográficas e profissionais nas diferentes variáveis dependentes em estudo, bem como verificada a relação entre as variáveis dependentes. Foram definidos três grupos (n=212): dois grupos sujeitos a intervenção e um grupo sem intervenção. De forma a avaliar as necessidades de formação das empresas, foi realizado um focus groups e foram efetuadas visitas às mesmas, tendo sido posteriormente desenhado um programa pedagógico. A eficácia da formação foi avaliada através de um questionário aplicado antes e um mês após a formação, o qual inclui questões para avaliar as dimensões em estudo. Os resultados obtidos demonstraram, em geral, um efeito limitado mas positivo da formação nas variáveis em estudo, independentemente do método utilizado. Contudo, apenas foram identificadas diferenças significativas ao nível da perceção de suscetibilidade e do conhecimento de SST (p≤0,05). Adicionalmente, apesar dos resultados ligeiramente mais favoráveis por parte do método que envolveu discussão em grupo, não foram observadas diferenças significativas entre os dois métodos de formação (p≥0,05). Os resultados mostraram também que género, idade, antiguidade, ocorrência de acidentes de trabalho e doenças profissionais, escolaridade e tipo de contrato de trabalho tiveram influência nas dimensões em estudo. Ainda que existam evidências da importância do envolvimento nas ações de formação, o mesmo não se verificou no presente estudo. No entanto, é de ressalvar que a intervenção foi limitada a uma única sessão, pelo que estudos adicionais, com maior tempo de implementação, devem ser realizados.
- Relação entre fatores de risco psicossociais e individuais e a prevalência de sintomatologia de dor musculoesquelética: um estudo de caso numa indústria com rotatividade de tarefasPublication . Silva, Miguel Rodrigues; Rodrigues, Matilde; Dores, Artemisa RochaA prevalência das Lesões Musculoesqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT) na Europa continua a ser elevada, verificando-se nos diferentes setores de atividade e ocupação profissional. Nos últimos anos, têm sido desenvolvidos estudo sobre as LMERT e quais as variáveis que podem surgir como fatores de risco, sendo ainda sugerida uma combinação de vários fatores de risco, entre os quais, os físicos, os organizacionais e psicossociais e os individuais. Face ao exposto, este estudo teve como objetivo principal analisar o risco de LMERT numa indústria com rotatividade de tarefas, bem como verificar a relação entre fatores de risco psicossociais e individuais e a prevalência de sintomatologia musculosquelética. Foi realizada uma avaliação de risco às tarefas realizadas pelos trabalhadores através dos métodos Rapid Upper Lim Assessment (RULA) e Rapid Entire Body Assessment (REBA). Foram ainda analisados os fatores individuais, como a idade, índice de massa corporal (IMC) e antiguidade de laboração no setor da atividade e a perceção de risco dos trabalhadores. Aplicou-se o Copnehagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ II) para determinar os fatores psicossociais o trabalho e o Nordic Musculoskeletal Quastionnaire (NMQ) para caracterizar a sintomatologia musculosquelética auto- relatada. Para alguma das tarefas analisadas obtiveram-se níveis de risco muito elevados, com necessidade de intervenção imediata, mormente motivados pela movimentação manual de cargas e as posturas instáveis. Maiores níveis de dor musculoesquelética foram identificados para a região lombar, tornozelos/pés, ombros, pescoço e joelhos. Os fatores individuais, como a idade e o IMC, foram positiva e significativamente associados à dor musculoesquelética na região lombar e tornozelos/pés. Relativamente à perceção de risco, os trabalhadores reconheceram que os diferentes fatores de risco promovem o desenvolvimento de LMERT, com particular ênfase no que diz respeito aos movimentos repetitivos e à movimentação manual de cargas. Foram ainda reportados alguns fatores de risco psicossocial relevantes, entre os quais, exigências cognitivas, insegurança laboral, influência no trabalho e conflitos laborais. Verificou-se ainda que, de acordo com os fatores psicossociais que os trabalhadores reportaram como relevantes, existiram associações significativas entre as subescalas conflito trabalho-família, problemas em dormir, burnout, stress, sintomas depressivos, satisfação do trabalho, saúde geral e transparência de papel em relação à dor musculoesquelética em algumas regiões anatómicas, maioritariamente a nível da região lombar, punhos/mãos, cotovelos e ombros. Em suma, os resultados obtidos mostraram que os diversos fatores de risco, quer relacionados com s tarefas e o ambiente de trabalho quer relacionadas com os indivíduos, podem contribuir para o surgimento de distúrbios a nível musculoesquelético, nomeadamente a dor.
- Relação entre o uso da internet, redes sociais digitais e a fadiga e recuperação entre turnosPublication . Lopes, Cristina de Fátima Moreira; Dores, Artemisa Rocha; Santos, JoanaA UPI, em especial, das redes sociais digitais tem se tornado uma preocupação a nível global, dado os prejuízos físicos e psicológicos provocados nos utilizadores, destacando-se a fadiga que conjuntamente com o reduzido descanso e o stress, originam consequências para os locais de trabalho. Este estudo teve como objetivo compreender se a UPI, especialmente, das redes sociais digitais se correlaciona com a fadiga dos trabalhadores e o seu nível de recuperação. Neste estudo participaram 206 indivíduos, maioritariamente do género masculino (n = 117; 56,80%) e da faixa etária 41 - 65 anos (n = 116; 56,31%). Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e às escalas: Escala de Gravidade e Dependência de Atividades na Internet (ISAAQ), Escala de Perturbação de Redes Sociais (SMD) e Escala de Fadiga, Exaustão e Recuperação Ocupacional (EFER15). Os resultados evidenciaram, em média, baixa severidade de UPI, sendo a faixa etária mais jovem aquela que apresenta maior severidade (MD = 16,00; DP = 10,93). Já para as redes sociais digitais, os resultados revelaram que 11 participantes (5,34%) apresentam perturbação de adição às redes sociais digitais, sendo a faixa etária mais jovem (M = 3,24; DP = 3,23) e o género feminino (M = 2,09; DP = 2,76), aqueles que apresentam maior severidade. Os dados revelaram que vários participantes apresentam fadiga crónica e aguda e uma recuperação dificultada entre turnos, sendo o género feminino aquele que apresenta maior fadiga crónica (M = 58,20; DP = 27,61) e aguda (M = 57,87; DP = 24,26), não existindo diferenças estatisticamente significativas entre faixas etárias para estas variáveis. Verificou-se, ainda, uma correlação positiva moderada entre a UPI e a utilização excessiva e problemática das redes sociais digitais e uma correlação positiva fraca entre esta última e a fadiga aguda. Estes dados não permitem instituir correlação entre a UPI, em particular das redes sociais digitais, e a fadiga e a recuperação dificultada entre turnos. Contudo, face aos casos de UPI, perturbação de adição às redes sociais digitais, fadiga e recuperação dificultada entre turnos, identificados nos participantes, sugere-se que sejam implementadas pelas empresas medidas como a criação de rotinas de trabalho que promovam o bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores e um bom sistema de apoio psicológico.
- Traumas e sintomas de stresse pós-traumático em contexto ocupacional, conhecer, desconstruir, formar e capacitarPublication . Cortes, Nuno Miguel Faztudo; Dores, Artemisa Rocha; Rodrigues, Matilde AlexandraO stresse pós-traumático é um tema emergente no que se refere aos riscos ocupacionais. Diversos fatores têm contribuído para o aumento do número de pessoas que sofre de sintomas de stresse pós-traumático, nomeadamente, acontecimentos recentes como a pandemia COVID-19 e a guerra na Ucrânia. Assim, é importante definir estratégias para a preparação da população trabalhadora para lidar com este tipo de situações. Este estudo teve como objetivo desenvolver e estudar o impacto de uma ação de formação no âmbito do trauma e do stresse pós-traumático em trabalhadores de serviços públicos, através de um estudo de caso. Num primeiro momento, com a participação de profissionais de vários serviços, realizou-se a recolha de dados e o diagnóstico de necessidades numa perspetiva macro. Posteriormente, numa visão micro, procedeu-se à recolha de dados e ao diagnóstico de necessidades com o público-alvo da intervenção: profissionais, docentes e auxiliares de um Agrupamento de Escolas do Alto Alentejo. O diagnóstico macro, feito a partir da análise de respostas ao Questionário TIPS reflete que, num total de 80 respostas, 57 (71,25%) referem ter pouca ou nenhuma experiência nesta área; 6 (7,50%) dos respondentes indica que alguns dos profissionais têm experiência, mas sentem que precisam de adquirir mais conhecimentos. No que toca ao diagnóstico de necessidades micro, focado unicamente no contexto do Agrupamento de Escolas, concluiu-se que o tema não é desconhecido, havendo no entanto um nível de conhecimento díspar entre os participantes. Com base nas necessidades identificadas, desenvolveu-se uma formação visando a sensibilização e informação sobre o trauma e os sintomas de stresse pós-traumático para uma prática informada. Para avaliar o impacto da intervenção, ao nível de conhecimentos do grupo de participantes, estes foram avaliados em dois momentos, antes e após a formação, através de um questionário. Verificou-se que a formação ministrada contribuiu para o aumento do nível dos conhecimentos teóricos nesta matéria. Este Estudo é importante na medida em que aborda temas e procedimento para a sensibilização, formação e capacitação de trabalhadores de serviços públicos, para uma prática informada em trauma e stresse pós-traumático, para a diminuição da discriminação associada e para a inclusão da população com sintomas de stresse pós-traumático.