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Manometria esofágica convencional e esclerose sistémica: achados e correlações em 90 doentes portugueses

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Introdução: A Esclerose Sistémica (ES) é uma doença generalizada do tecido conjuntivo, de etiologia desconhecida que afeta a pele e vários órgãos internos. O esófago é o órgão do tubo digestivo mais frequentemente envolvido, atingindo cerca de 50-90% dos doentes. As perturbações da motilidade esofágica traduzem-se por hipotonia do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) e alterações ou mesmo ausência, da peristalse distal. Consequentemente, os doentes com ES podem ter complicações como esofagite erosiva e, eventualmente, esófago de Barrett e adenocarcinoma esofágico. A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) também é considerada um fator importante na patogénese da doença pulmonar intersticial, estando esta, por sua vez, associada a um aumento da morbilidade e mortalidade em doentes com ES. Dados que associem as alterações da motilidade esofágica, ao género, subtipo de ES, perfil de anticorpos e doença pulmonar associada são escassos ou contraditórios. O objetivo deste estudo foi a avaliação destas associações em doentes portugueses com ES provenientes da consulta de Auto-Imunes do Centro Hospitalar do Porto, Hospital Santo António. Material e Métodos: 90 doentes (82 mulheres) com ES foram incluídos neste estudo retrospetivo. Foram registados para todos os doentes os seguintes dados: género, subtipo de ES, serologia dos anticorpos antinucleares antitopoisomerase I (Anti-SCL 70) e anticenterómero (ACA), doença pulmonar associada, sintomas esofágicos e resultados da manometria esofágica. Resultados: Na população estudada, 18,9% dos doentes apresentavam a forma difusa da doença (EScd), 81,1% a forma limitada (EScl). Em 60% dos doentes o anticenterómero (ACA) foi positivo enquanto que 12,2% apresentavam o anticorpo antinuclear antitopoisomerase I (Anti-SCL 70) positivo. A disfagia, pirose e regurgitação observou-se em 16,7%, 27,8% e 6,7% respetivamente. 25,6% dos doentes tinham doença pulmonar associada. Alterações do corpo do esófago foram observadas em 35,5% dos doentes (23,3% aperistalse e 12,2% hipomotilidade). Quanto ao EEI, as alterações estavam presentes em 64,4% dos doentes (33,3% EEI intratorácico, 13,3% EEI hipotónico e 17,8% EEI hipotónico e intratorácico). Conclusão: Os resultados do estudo mostraram que os doentes com EScl apresentavam mais alterações a nível do corpo do esófago do que os com EScd. 56,5% dos doentes com doença pulmonar associada tinham alterações da motilidade esofágica. Dos doentes com regurgitação, 83,3% tinham dismotilidade do corpo do esófago. 77,8% dos doentes com ACA positivo tinham alterações a nível do EEI. Não se verificou relação estatisticamente significativa entre os achados manométricos e as restantes variáveis.

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