O papel emergente dos RNAs não codifcantes como biomarcadores dos cancros causados por HPV: do diagnóstico à terapêutica

Alves, Liliana Faria

http://hdl.handle.net/10400.22/29462

Use this identifier to reference this record.

Name:	Description:	Size:	Format:
DISSERTAÇÃO_MACSP_LilianaFariaAlves_V.Final.pdf		14.35 MB	Adobe PDF	Download

Send Feedback

Authors

Alves, Liliana Faria

Advisor(s)

Santos, Joana Maria de Oliveira

Rodrigues, Catarina Alexandre da Rocha

Sousa, Maria Manuela Amorim de Silva e

Abstract(s)

O vírus do Papiloma Humano (HPV) é o agente infecioso responsável por mais infeções sexualmente transmissíveis, e está associado aos cancros do colo do útero, da cabeça e pescoço e anogenitais. Um dos mecanismos de carcinogpenese do HPV é a desrugulaçãp de RNA não codificantes (ncRNAs) através das oncoproteínas virais. Assim, a literatura tem demonstrado que os ncRNAs podem ser uma ferramenta clínica útil, tendo potencial para serem utilizados como biomarcadores para o diagnóstico, prognóstico e preditivos de resposta terapêutica. O objetivo desta revisão sistemática da literatura é sistematizar e analisar o valor clínico dos ncRNAs em cancros relacionados com a infeção por HPV. Utilizaram-se as bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus e Cochrane e foram considerados artigos redigidos em inglês ou português, cujo objetivo de estudo fosse o ser humano e que relacionassem ncRNAs como biomarcadores em cancros HPV-positivos. Foram encontrados 1082 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram mantidos 90. O número de artigos obtidos após o processo de avaliação da qualidade da evidência foi 55. A análise detalhada das três vertentes de interesse clínico – diagnóstico, prognóstico e terapêutica – é fundamental para compreender a aplicabilidade clínica dos ncRNAs em diferentes contextos dos tumores malignos HPV-positivos. Nos resultados obtidos, observou-se que o cancro do colo do útero é o cancro HPV-positivo mais estudado e que os miRs foram os ncRNAs mais evidentes, sendo que o miR-21 e o miR-34a foram os mais explorados e que apresentam um maior potencial como biomarcadores de diagnóstico e prognóstico. Observou-se alguma heterogenia metodológica entre os resultados, o que destaca a necessidade de uma maior padronização entre as investigações que utilizam as ncRNAs na rotina clínica. O tipo de amostra utilizada nos diversos estudos foi predominantemente de biópsias invasivas. Assim, a condução de mais estudos com técnicas de colheitas menos invasivas (biópsias líquidas) é fundamental.