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A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano, estimando-se que aproximadamente 4% de indivíduos com menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo. A surdez severa a profunda afeta cerca de 1:1000 recém-nascidos e mais do que 1:1000 crianças apresentam perda auditiva antes da idade adulta, sendo esta perda de grau inferior à surdez severa e de caráter maioritariamente progressivo. A criança com perda auditiva pode ter comprometido o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, uma vez que a aquisição da linguagem oral está também comprometida. A surdez infantil constitui um problema de Saúde Pública devido à sua elevada prevalência e às múltiplas consequências que acarreta. Na criança pode observar-se atraso no desenvolvimento cognitivo, escolar, psicoafectivo, familiar e social, consequência das alterações na aquisição da linguagem - especificamente na sua expressão oral - onde a audição desempenha um papel fundamental pois possibilita a captação da informação sonora e a sua descodificação. Em Portugal, o RANU (rastreio auditivo neonatal universal) é já uma realidade mas ainda não se realizam rastreios de forma sistemática, que permitam avaliar a audição infantil e acompanhar o desenvolvimento das crianças a este nível. No sentido de reduzir o impacto da perda auditiva nas crianças e as implicações no seu desenvolvimento, é fundamental o diagnóstico precoce e a consequente implementação de rastreios auditivos que acompanhem o percurso e o desenvolvimento infantil.
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Citation
Lopes, P. (2019, abril). A importância do Rastreio Auditivo Neonatal Universal e do Rastreio Auditivo em idade escolar e pré-escolar. Congresso Nacional das Tecnologias da Saúde (CNTS).