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Abstract(s)
A elaboração deste trabalho de investigação pretende dar a conhecer o papel da radiologia convencional no estudo da patologia traumática da omoplata e clavícula, e refletir a experiência profissional da autora.
Ao longo dos seus anos de atividade profissional quer a nível hospitalar quer a nível do ensino, a autora observou que existia quer por parte dos técnicos quer por parte dos médicos, nomeadamente médicos ortopedistas, alguma dificuldade no processo de decisão subjacente à requisição de incidências para melhor esclarecimento e diagnóstico de patologias traumáticas da omoplata e clavícula.
De acordo com o American College of Radiology (ACR), o estudo radiológico da cintura escapular deverá ser sempre realizado com base na clinica do paciente, bem como no local anatómico da lesão e tipo de patologias que lhe poderão estar associadas (1).
Embora a percentagem de patologia traumática destas estruturas anatómicas não seja tão elevada quando comparadas com outras estruturas da cintura escapular, o seu estudo radiológico torna-se mais relevante e desafiante quer pela sua complexidade estrutural quer pela sua disposição anatómica. Estes fatores obrigam assim à utilização de incidências radiológicas mais específicas e dirigidas ( 2).
A radiologia convencional permite, através de incidências específicas, a acuidade e o valor de diagnóstico que é imperativo quando falamos de estruturas anatómicas complexas e de difícil interpretação, por esse motivo é que a técnica radiológica deve ser bem conhecida devendo haver também um perfeito conhecimento quer da anatomia radiológica quer da patologia articular e semiótica radiológica da omoplata, suas articulações e clavícula.
Este trabalho surge assim com o intuito de propor um guia/protocolo padronizado de incidências radiológicas de acordo com as patologias traumaticas que mais frequentemente afetam a omoplata (glenoide, acrómio, apófise coracoide), clavícula e respetivas articulações.
Em termos metodológicos, para a realização deste trabalho recorreu-se a uma ampla pesquisa bibliográfica, bem como a testemunhos privilegiados quer técnicos de radiologia quer médicos de ortopedia.
Estruturalmente, este trabalho encontra-se organizado em sete capítulos. O primeiro capítulo destina-se à contextualização anatómica por forma, a perceber as diferentes orientações anatómicas das estruturas em estudo. Esta contextualização torna-se relevante pois aquando da realização das incidências é importante ter o prefeito conhecimento da orientação anatómica da omoplata (regiões) e clavícula.
Segue-se a descrição das patologias traumáticas mais frequentes de acordo com as diferentes classificações utilizadas em ortopedia. Assim, do segundo ao quinto capítulo, são estabelecidas correlações entre as incidências radiológicas específicas para o diagnóstico de patologias traumáticas e respetivas classificações patológicas para a avaliação da omoplata, da clavícula, das articulações acrómioclaviculares e das articulações esternoclaviculares. Todas as imagens de posicionamento e radiográficas foram produzidas pela autora com a cortesia do Hospital Militar.
No capítulo 6 descreve-se a importância da semiótica radiológica e do seu conhecimento e interpretação, nomeadamente do método “ABC’S” que embora não seja muito conhecido, demonstra se extremamente útil para a realização de uma avaliação sistemática e cuidada.
No capítulo 7 faz-se a apresentação de dois casos clínicos, por forma a demonstrar a importância da padronização do estudo radiológico da omoplata e clavícula.