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Abstract(s)
Neste trabalho, analisamos um dos elementos da chamada e-democracia: o e-governo que desempenha
um peso crescente nos discursos e nas justificações de modernização do governo e na reformulação da
noção de cidadania. O e-governo é geralmente considerado como uma extensão da e-democracia, outro
conceito ambíguo, e ambos merecem uma análise sociológica apurada, é o nosso intuito dar um
contributo ainda que modesto neste sentido.
Depois de uma breve discussão das noções de democracia, e-democracia, Estado e cidadania e das
opções metodológicas, na primeira parte, passaremos, na secção seguinte a uma primeira análise crítica
da noção de e-governo, sobretudo no que toca a um elemento central: a distinção entre cidadania e
serviço público transferível pura e simplesmente para o mercado ou, ainda, em moldes flexíveis e híbridos
mas essencialmente através do mercado.
Baseamos esta distinção numa investigação sobre dois projectos que tratam da questão da e-democracia
e dos serviços públicos (e do e-governo) em que se destacam os problemas da cidadania e da crise do
sistema político representativo.
O problema do e-governo, tal como do e-learning, é de negligenciar aspectos cruciais do funcionamento
das democracias. Facilitar ou agilizar a prestação de serviços online, não basta para resolver os
problemas da participação nas nossas democracias. O e-governo não pode ser confundido com uma
mera prestação de serviço, seja ele público ou privado. Ele se insere num contexto sociopolítico mais
vasto e que engloba os cidadãos. Esta é uma das nossas principais conclusões. O e-governo aparece
cada vez mais como um mito e se assemelha a uma miragem que promete “montes e maravilhas”
enquanto os problemas fundamentais não são tocados senão à margem.
Description
Keywords
Globalização Cidadania E-democracia e e-governo Empreendedorismo Políticas públicas
Citation
Publisher
Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto
Universidade Aberta
Universidade Aberta