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Authors
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Abstract(s)
O sector cerâmico em Portugal representa aproximadamente 14% do consumo
energético na Industria transformadora. Neste, a energia representa entre 11 e 17% dos
custos de fabrico, tendo um peso relevante na moagem, secagem, climatização e sobretudo
na Cozedura (60% do total), pelo que a optimização dos consumos é crucial.
Os materiais refractários como a Cordierite e Mulite, são os mais usados nos fornos,
quer como revestimentos isolantes, quer na estrutura das vagonas ou como mobília
refractária usada no suporte da cozedura das peças.
Recentemente surgiram outros materiais, com menor inércia térmica e melhores
características químicas, como Nitreto de Silício (Si3N4) e Carboneto de Silício (SiC),
adequados à utilização como mobília refractária.
O objectivo do trabalho consistiu na selecção de materiais refractários que,
substituindo os usados até aqui, permitam a minimização da inércia térmica e
consequentemente reduzam o consumo de energia. Identificaram-se também os modelos
mais adequados à gestão energética, na indústria de louça sanitária.
A execução do trabalho foi suportada no estudo operacional de fornos cerâmicos
industriais da Fábrica Cerâmica de Valadares e orientada para uma forte componente de
aplicação concreta dos resultados do trabalho.
Para tal, realizou-se um levantamento das condições técnicas/operacionais dos
equipamentos em estudo e elaborou-se uma ferramenta de simulação em Excel, para
balanço energético detalhado e diagnóstico da situação existente. No seguimento, foi
efectuada a prospecção de mercado, para elaboração do estudo económico da
implementação das medidas sugeridas, nomeadamente, a substituição parcial do material
refractário utilizado na cozedura, maioritariamente constituído por Cordierite, por elementos
em SiC.
Pôde-se constatar que, houve uma diminuição de massa de refractário de cerca de
44%. O que faz com que haja uma redução do caudal térmico consumido de
aproximadamente 1,01x106 kJ/h, possibilitando uma poupança de cerca de 89310 €/ano, em
combustível nos dois fornos em estudo. O período de retorno do investimento em material refractário é de 14 meses.
Description
Mestrado em Engenharia Química
Keywords
Indústria de cerâmica Energia Material refractário
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Engenharia do Porto
