Papel da fisioterapia na intervenção em cicatrizes hipertróficas: revisão sistemática

Ferreira, Vera Lúcia de Sousa

http://hdl.handle.net/10400.22/29703

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Authors

Ferreira, Vera Lúcia de Sousa

Advisor(s)

Campelo, Natália

Noites, Andreia

Abstract(s)

As cicatrizes hipertróficas são observadas em aproximadamente 30% a 50% das pessoas que sofreram lesões profundas na derme reticular, como aquelas causadas por cirurgias, traumas e queimaduras. Estas cicatrizes podem causar sintomas como dor, prurido, limitação da mobilidade e perturbações psicológicas e estéticas. Estudos anteriores concluíram que existem vários métodos para a prevenção e tratamento de cicatrizes hipertróficas, incluindo terapia tópica, laser CO2, silicone (folhas ou gel), terapia de pressão e massagem de cicatrizes. No âmbito da fisioterapia, as abordagens existentes visam tanto o tratamento como a prevenção de cicatrizes hipertróficas, em diferentes grupos etários. Esta revisão tem como objetivo averiguar a eficácia dos métodos de intervenção, no âmbito da fisioterapia, na prevenção e tratamento das cicatrizes hipertróficas. Este estudo foi elaborado de acordo com a guideline Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), e utilizou as bases de dados PubMed®, ScienceDirect, Web of ScienceTM e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) para a realização da pesquisa bibliográfica. A seleção dos estudos para esta revisão, assim como a extração de dados e a avaliação da qualidade metodológica, foram realizadas por duas revisoras, tendo-se recorrido em caso de discordância a uma terceira pessoa. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada utilizando a ferramenta Cochrane Risk of Bias Tool 2. Foram incluídos sete estudos nos quais foram identificados diferentes tipos de intervenções, como folha/gel de silicone, fita de papel, adesivo de microagulhas, roupa de pressão, ondas de choque e massagem. Destes estudos, três apresentaram um baixo risco de viés, dois um alto risco de viés, e dois levantaram algumas preocupações em relação ao risco de viés. O gel de silicone com extrato de cebola e aloé vera, a folha de silicone, o adesivo de microagulhas com triancinolona acetonida dissolvida, as ondas de choque e a massagem mostraram melhorias significativas intra e/ ou intergrupos. As ondas de choque revelaram-se o método de intervenção mais eficaz, com um baixo risco de viés, quando associadas ao tratamento padrão. O gel de silicone com extrato de cebola e aloé vera, bem como a folha de silicone, também mostraram eficácia; contudo carecem de estudos com melhor robustez metodológica.