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ESS - PTE - Análises Clínicas e Saúde Pública

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  • Avaliação da Qualidade Microbiológica da Água de Piscinas da zona norte de Portugal, no ano 2021
    Publication . Ferreira, Stéphanie Lopes
    A utilização de piscinas para fins recreativos está associada a vários benefícios para a saúde e bem-estar dos seus utentes, contudo é necessário monitorizar a qualidade da água em termos de saúde pública. Com o objetivo de avaliar a qualidade microbiológica da água de piscinas, foram analisados os resultados de 1280 amostras de água provenientes de piscinas do Norte de Portugal. A avaliação da qualidade da água foi realizada através da pesquisa e quantificação de Microrganismos viáveis a 37ºC, Bactérias Coliformes, Enterococos, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Estafilococos Coagulase Positiva e o Número Total de Estafilococos. Os resultados mostraram que, no geral, 68,4% das amostras foram classificadas do ponto de vista microbiológico como águas conformes. Os parâmetros microbiológicos que mais frequentemente ultrapassaram o valor limite foram os Estafilococos Totais 24,1% (n=309) e a P. aeruginosa 6,3% (n=81). Os Enterococos e a E. coli foram os microrganismos que apresentaram a menor percentagem de amostras superior ao valor limite estabelecido, 1,7% (n=22) e 0,8% (n=10) respetivamente. Nas amostras de água Não Conformes devido a 1, 2 e 3 parâmetro(s) microbiológico(s) acima do valor limite, os parâmetros com maior frequência de não conformidades foram os Estafilococos Totais, a Pseudomonas aeruginosa e os Microrganismos viáveis a 37ºC. Apesar da qualidade microbiológica das águas das piscinas da região Norte de Portugal ser, no geral, aceitável, é necessário rever o processo de tratamento das águas de piscinas cujos resultados foram Não Conformes. E por consequência verificar a necessidade de intervenção para melhorar as condições gerais de funcionamento das piscinas. O controlo da qualidade destas águas depende fundamentalmente de uma gestão adequada que combine a desinfeção, a monitorização da qualidade da água e o aumento do conhecimento dos utilizadores de piscinas sobre os riscos de potenciais doenças.
  • Avaliação da análise de quimerismo misto como fator preditivo da recidiva em leucemias agudas após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas. Correlação entre a análise do quimerismo e a imunofenotipagem da medula óssea
    Publication . Serra, Carla Susana Pessegueiro
    O transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas é considerado uma proposta terapêutica com grande potencial de sobrevivência a longo prazo como terapia após remissão nas leucemias mieloblástica aguda e linfoblástica B/T, cuja resposta aos tratamentos anteriores não foi efetiva. A recidiva e a consequente progressão da doença, são algumas das principais complicações no período após transplante que poderão levar a finais clinicamente incertos. Assim, os marcadores de monitorização do transplante devem ser reprodutíveis, altamente sensíveis e específicos na identificação da recidiva da doença. Alguns estudos sugerem a existência de uma correlação entre a avaliação do quimerismo e a doença residual mínima na medula óssea, cuja determinação e interpretação paralela destes parâmetros irá otimizar o valor preditivo da recidiva, na medida em que podem formar a base da estratégia de uma imunoterapia individual preventiva na recorrência da doença subjacente. Este estudo teve por objetivo avaliar a foi avaliar a presença de doença residual mínima na medula óssea e a presença de quimerismo misto no sangue periférico ao longo do follow-up dos doentes, submetidos a alo transplante de células estaminais com a finalidade de perceber se a presença de quimerismo misto seria um antecessor à presença de células neoplásicas na medula óssea. Foram utilizadas amostras de sangue periférico e medula óssea de 143 indivíduos com LMA e 80 indivíduos com LLA. As amostras foram colhidas entre janeiro de 2013 e dezembro de 2019, tendo sido feita a avaliação do quimerismo e a determinação da percentagem de células neoplásicas por imunofenotipagem, no pré-transplante, no primeiro momento de evidência de quimerismo misto e um ano após o transplante. Em ambas as patologias, relativamente à avaliação da DRM na medula óssea, nos dois períodos do estudo não se verificaram diferenças com significado estatístico (p=0,180 na LLA e p=1,000 na LMA). No entanto, na avaliação do quimerismo misto de ambas as patologias nos dois momentos do estudo, observaram-se diferenças com significância estatística (p=0,033 na LLA e p=0,008 na LMA). No follow-up dos doentes com LLA, 14 (50%) mantiveram o estado de quimerismo misto, 11 (39%) evoluíram de quimerismo misto para quimerismo completo e 3 (11%) apresentaram uma regressão de quimerismo completo para misto. Em relação à LMA, 26 (60%) dos doentes mantiveram o estado de quimerismo misto, 14 (33%) doentes evoluíram de quimerismo misto para quimerismo completo e 7 (5%) dos doentes regrediram de quimerismo completo para misto.Também se verificaram diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito à evolução da avaliação do quimerismo misto ao longo do follow-up dos indivíduos (p=0.031, LLA e p=0,000, LMA). A maioria dos doentes de ambos os grupos apresentaram um quimerismo misto decrescente. De igual forma, verificou-se que a média de idades de doentes que efetivaram transplante foi de 43,8 anos (LMA) e de 31 anos (LLA) e a média do tempo de sobrevida foi de 11,1 meses na LMA e de 12 meses na LLA. No entanto, para confirmar as associações encontradas serão necessários estudos com amostragens mais significativas.
  • O laboratório de biologia molecular no diagnóstico e acompanhamento da infeção pelo VIH-2
    Publication . Monteiro, Maria de Fátima Pinto
    O VIH-2 é o segundo agente etiológico da SIDA no mundo, logo após o VIH-1, encontrando-se sobretudo confinado à África Ocidental. A infeção pelo VIH-2 possui também alguma relevância em países Europeus que mantém relações socioeconómicas com esta região. A infecção pelo VIH-2 caracteriza-se por uma progressão lenta para SIDA devido à reduzida taxa de replicação do vírus. A terapia contra o VIH-1 e VIH-2 foca-se principalmente na interrupção da replicação do vírus. Os principais alvos terapêuticos têm sido as enzimas virais, tais como transcriptase inversa(TR), protease(PR) e integrase(INT). Estas enzimas são codificadas pelo gene pol e são essenciais para o ciclo de replicação dos retrovírus. Este trabalho tem como objectivo principal demonstrar a experiência do centro de Biologia Molecular no diagnóstico e monitorização dos doentes infetados por VIH-2 na região Norte. O Centro de Biologia Molecular (CBM) está integrado no Serviço de Imunohemoterapia no Centro Hospitalar São João, sendo um dos hospitais referência no tratamento destes doentes em Portugal. Em 2003, o CBM implementa a realização da quantificação da virémia por PCR em tempo real ,método “in house”, na rotina laboratorial à semelhança do que era recomendado para os doentes infectados por VIH-1.Em 2014 implementa o teste genotipico de resistência aos fármacos antirretrovirais para a PR/TR e o teste genotipico de resistência aos fármacos antirretrovirais para a INT por sequenciação, na rotina laboratorial à semelhança do que era recomendado para os doentes infetados por VIH-1. A implementação destes testes permitiram a caraterização dos doentes infetados pelo VIH-2 e permite aos clínicos de doenças infeciosas que acompanham estes doentes, o conhecimento das resistências genotipicas detetadas bem como a possibilidade de adotar esquemas terapêuticos mais eficazes .No entanto os clinicos foram confrontados com a existência de doentes portadores de VIH-2 multiresistentes às 3 classes de antiretroviricos mais frequentemente utilizados ( Inibidores da Protease, Inibidores da transcriptase reversa nucleosideos e não nucleosideos e inibidores da integrase). Em 2015, o centro implementou o teste genotípico para a determinação do tropismo do VIH-2 para permitir aos clínicos a possibilidade da utilização dos antagonistas do co-recetor CCR5. Conscientes da constante necessidade de melhorar a resposta no controlo da infecção por VIH-2, a equipa do CBM está atenta e sempre disponível para colaborar com os clínicos do serviço de infeciosas. A finalidade desta colaboração é a melhoria continua na prestação de cuidados de saúde aos doentes infetados pelo VIH-2 similares aos cuidados que que são prestados aos doentes infetados pelo VIH-1.
  • Estudo da prevalência de Treponema pallidum na população de dadores de sangue do CSTP-IPST
    Publication . Neto, Sandra Rodrigues
    A possibilidade de transmissão de agentes patogénicos (conhecidos ou não) por transfusão sanguínea representa um desafio para a medicina transfusional. Neste particular, os estudos epidemiológicos constituem uma ferramenta útil que contribuem para a hemovigilância, um elemento da segurança transfusional e, igualmente, um sistema privilegiado de vigilância epidemiológica da transfusão de produtos sanguíneos. A sífilis é uma doença sistémica de evolução crónica, que, de acordo com a forma de transmissão, pode ser classificada em sífilis Adquirida e Congénita. Caracteriza-se por períodos sintomáticos alternados por longos períodos de latência, com vários estádios e manifestações severas. Este trabalho tem por objetivo caracterizar os dadores de sangue do Centro de Sangue e Transplantação do Porto - Instituto Português do Sangue (CSTP-IPST) com resultados serológicos positivos para sífilis, num período de cinco anos (2010-2014). No período de estudo, o perfil epidemiológico dos dadores com sífilis confirmadamente positiva eram na sua maioria dadores de "primeira vez", do sexo masculino, no grupo etário 41-50 anos e casados. A prevalência de sífilis encontrada na amostra de dadores em cada ano de estudo apresentou uma variação entre 74 e 122 casos por 100.000 dadores de sangue. A prevalência encontrada no nosso estudo - maior do que os dados europeus que tomámos como referência - poderá apontar para a necessidade de uma maior atuação no desenvolvimento e planeamento de estratégias de diagnóstico, prevenção e controlo da prevalência de sífilis na população em geral, bem como a adoção de novas estratégias educacionais não só para a sífilis, mas também para as demais DST.
  • Capacidade diagnóstica dos biomarcadores de rastreio Pré-natal
    Publication . Silva, Maria Fernanda Duarte
    Introdução: Algumas anomalias fetais podem colocar sérios riscos para a saúde materna ou estar associadas a uma diminuição acentuada da qualidade de vida do novo ser em formação, ou ainda, ser incompatíveis com a vida do mesmo. O Rastreio Pré-natal (RPN) é um teste que se destina a seleccionar gravidezes com um risco aumentado de apresentarem um feto com malformações. O desenvolvimento de métodos de rastreio pré-natal de anomalias cromossómicas teve grande impacto no diagnóstico pré-natal (DPN). Tradicionalmente, a idade materna era vista como o principal teste de rastreio, pelo que todas as mulheres com idade igual ou superior a 35 anos são aconselhadas a realizar amniocentese. Actualmente maioria das amniocenteses já não são realizadas exclusivamente com base na idade materna, mas com base nos resultados dos teste de rastreio actualmente recomendados, devem-se oferecer a todas as grávidas a possibilidade de efectuarem os testes de rastreio pré-natal uma vez que estes são universais, pois aconselhar a amniocentese a todas as mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, apresenta baixa capacidade diagnóstica, uma vez que quer neste estudo, quer noutros estudos publicados, apresentam evidência de malformações fetais em mulheres com idade inferior aos 35 anos. Novos testes de rastreio pré-natal, assim a sua combinação, possibilita a determinação do risco de desenvolver um feto com estas anomalias com elevada probabilidade. As malformações genéticas estão associadas a elevada morbilidade e mortalidade. Os testes de rastreio pré-natal assumem especial importância, uma vez que, permitem a sua detecção, ainda numa fase precoce. O objectivo deste estudo foi avaliar a capacidade diagnóstica dos marcadores bioquímicos analisando os resultados dos diferentes métodos de rastreio pré-natal numa amostra de grávidas que realizaram amniocentese. A população deste estudo foi os registos das amniocenteses, das mulheres grávidas do Serviço de Obstetrícia do Hospital de Santo António -CHP. Resultados: Foram recolhidos 722 registos de amniocenteses, 540 foram realizadas com base na idade materna, 144 no resultado positivo do rastreio bioquímico e 38 com base nos dados ecográficos. No total, 697 (96,5%) das amniocenteses foram negativas e 25 (3,5%) positivas. Relativamente aos testes bioquímicos de rastreio, verificamos que existe uma proporção de 7,64% (n=11) de verdadeiros positivos, e 92,36% (n=133) de falsos positivos. Conclusão: Não existem evidências para afirmar que os marcadores bioquímicos de rastreio pré-natal tenham capacidade diagnóstica, mas tem grande utilidade clínica na detecção do risco de malformações fetais, e por isso mesmo, segundo as ultimas recomendações de consenso, o RPN e o DPN devem estar disponíveis para todas as mulheres que iniciem a sua rotina pré-natal antes das 20 semanas de gestação, independentemente da sua idade.
  • Política de garantia da qualidade do Laboratório de Patologia Clínica do Hospital de Magalhães Lemos, EPE
    Publication . Lamas, Maria do Céu
    Provas públicas para obtenção do Título de Especialista em Análises Clínicas e Saúde Pública, pelo Instituto Politécnico do Porto,
  • Avaliação do risco cardiovascular numa população da zona Norte do País
    Publication . Sousa, Maria Manuela Amorim Silva e
    As doenças cardiovasculares lideram as causas de mortalidade no mundo e em Portugal. Alguns dos fatores de risco (FR) associados são sexo masculino, idade avançada, hipertensão arterial, hipercolesteremia, tabagismo, obesidade e sedentarismo, cuja sinergia amplifica o risco cardiovascular. Realizou-se um rastreio em indivíduos da região norte de Portugal, com o objetivo de determinar, pela tabela derivada do projeto SCORE, o Risco Cardiovascular Absoluto e o Risco Cardiovascular Relativo e Risco Cardiovascular Absoluto Projetado aos 60 anos. Verificou-se a presença de vários FR na amostra em estudo. A avaliação do risco permite estimar a interação de FR individuais, fundamentando a definição de estratégias interventivas, com potenciais ganhos em saúde.