ISEP - DM – Engenharia Química
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O Mestrado em Engenharia Química, visando a especialização nas áreas ambiental e energética, nasceu da necessidade de conjugar a optimização dos recursos ambientais e energéticos com a engenharia química.
O Mestrado em Engenharia Química (2º ciclo) tem como objetivo aprofundar os conhecimentos adquiridos na Licenciatura (1º ciclo) em áreas fundamentais para o engenheiro químico, como fenómenos de transporte, termodinâmica, reatores químicos, matemática aplicada à engenharia e projeto e conferir aos diplomados as competências técnicas e científicas adequadas a cada um dos ramos: Tecnologias de Proteção Ambiental e Otimização Energética na Indústria Química.
Os diplomados devem possuir capacidade de planear e conduzir experiências, analisar e interpretar resultados, projetar um sistema ou um processo para atingir determinada necessidade com constrangimentos realísticos (económicos, ambientais, sociais, de saúde, de segurança e de sustentabilidade). Devem demonstrar as competências adquiridas para identificar, equacionar e resolver problemas complexos de engenharia química e devem saber colaborar no desenvolvimento e na aplicação de novos produtos e de novos processos.
• Ramo de Otimização Energética na Indústria Química
É objetivo específico do Mestrado em Engenharia Química – Ramo de Otimização Energética na Indústria Química formar técnicos de engenharia com elevada preparação técnica e científica, capazes de avaliar o consumo de energia de uma unidade industrial e propor alterações no sentido da sua otimização, tendo em conta a necessidade de aumentar o nível tecnológico e a eficiência dos processos. Os diplomados devem ainda ser capazes de gerir sistemas de produção de energia, colaborar na realização de auditorias energéticas, definir e implementar planos de racionalização da utilização da energia.
• Ramo de Tecnologias de Proteção Ambiental
É objetivo específico do Mestrado em Engenharia Química – Ramo de Tecnologias de Proteção Ambiental a formação de técnicos de engenharia com elevada preparação técnica e científica, capazes de projetar e operar unidades de proteção ambiental, nas áreas de tratamento de águas e águas residuais, de emissões gasosas e de resíduos sólidos. Os diplomados terão capacidade para aplicar conhecimentos e implementar tecnologias que garantam um avanço real nas técnicas de proteção ambiental
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- PPO Reaction Scale-upPublication . Pereira, Joana Sofia Nogueira Caseiro; Pinto, Gilberto; Beleza, Vitorino de Matos; Delsman, ErikO óxido de polifenileno com a marca comercial PPO® é uma das resinas principais produzidas na SABIC IP e o ingrediente principal do plástico de engenharia com a marca registada, Noryl®. A equipa de tecnologia de processo de PPO® desenvolve uma série de novos produtos em reactores de pequena escala, tanto em Selkirk como em Bergen op Zoom. Para se efectuar uma transição rápida da escala laboratorial para a fábrica, é necessário um conhecimento completo do reactor. O objectivo deste projecto consiste em esboçar linhas gerais para o scale-up de novos produtos de PPO1, do laboratório para a escala industrial, baseado no estudo de um tipo de PPO, PPO 803. Este estudo pode ser dividido em duas fases. Numa primeira fase, as receitas e os perfis da reacção são comparados, de onde se retiram as primeiras conclusões. Posteriormente, com base nestas conclusões, é realizado um planeamento experimental. O estudo inicial sugeriu que a receita, a temperatura inicial do reactor e a velocidade do agitador poderiam influenciar o tempo da reacção bem como a queda da velocidade intrínseca do polímero (IV drop). As reacções experimentais mostraram que a receita é o principal factor que influencia, tanto o tempo de reacção, como a queda de viscosidade intrínseca. O tempo de reacção será tanto maior quanto menor a agitação devido à má dispersão do oxigénio na mistura. O uso de temperaturas iniciais elevadas conduz a uma queda maior da viscosidade intrínseca devido à desactivação do catalisador. O método experimental utilizado no laboratório de Bergen op Zoom é um bom exemplo, simulador, do procedimento utilizado na fábrica.
- Modelação do transporte e dispersão atmosférica de poluentes produzidos por uma refinaria: estudo de casoPublication . Pinto, Miguel Filipe Teixeira; Silva, L. M. S.; Sá, ChristopherCom este trabalho, pretendeu-se avaliar o impacto ambiental, em termos de qualidade do ar, provocado em Évora, Beja e Moura, com a futura instalação de uma refinaria em Espanha, Refinería Balboa, próxima da fronteira portuguesa. O trabalho desenvolvido compreendeu três etapas fundamentais: realização de um inventário de emissões atmosféricas, modelação do transporte e dispersão dos principais poluentes atmosféricos e comparação das concentrações de poluentes obtidas ao nível do solo com os valores limite legislados. O inventário das emissões gasosas foi realizado através do recurso a dados de emissão de poluentes atmosféricos (2006 e 2007), provenientes de refinarias. Este permitiu determinar os principais poluentes atmosféricos emitidos, SO2 e NOX, representando respectivamente 76,3 % e 18,6 % das emissões totais, bem como os seus valores médios de emissão, utilizando o conceito de “bolha comum”. A modelação da dispersão gaussiana de pluma em estado estacionário foi realizada para diversas condições atmosféricas e de emissão de poluentes. Considerando o pior cenário possível obteve-se, em Évora, Beja e Moura, concentrações ao nível do solo de, respectivamente, 56,3 μg/m3, 50,7 μg/m3 e 65,4 μg/m3 para o SO2 e de 13,7 μg/m3, 12,3 μg/m3 e 15,9 μg/m3 para o NOx. Estes valores foram obtidos considerando a orientação dos ventos na direcção dos locais receptores, correspondendo a uma frequência de 3,45 % para Évora e de 3,78 % para Beja e Moura. Verifica-se que, mesmo nos períodos menos favoráveis e no pior cenário possível, o impacto provocado pela Refinería Balboa não causará incumprimento da legislação ambiental (Decreto-Lei n.º 111/2002 de 16 de Abril[1]). Como complemento, tentou-se realizar a modelação da dispersão dos poluentes recorrendo a um sistema de modelação computacional de dispersão atmosférica, o CALPUFF. Esta não foi conseguida integralmente, tendo-se contudo avançado consideravelmente na compreensão e interpretação do sistema de modelos e correspondente interface gráfica.
- Auditoria à qualidade do ar interior de um edifício de serviços - RSECE QAIPublication . Ferreira, Fedra Alexandra de Sousa Vaquero Marado; Pilão, Rosa Maria; Costa, João LimaO objectivo principal deste trabalho é a realização de uma auditoria, à qualidade do ar interior (QAI), a um edifício de serviços – COCIGA, SA, tendo como base o Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios (RSECE). A auditoria QAI implica a medição de vários parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e também a inspecção aos componentes do sistema de climatização com a finalidade de averiguar o seu estado de limpeza e manutenção. Assim, foram seleccionados 3 espaços, para a realização de amostragens designados por Comercial - Produtos, AVAC e Mezaninne das oficinas, nos quais foi efectuada a medição de diversos parâmetros, de acordo com as imposições do RSECE, utilizando medidores portáteis ou recorrendo a métodos analíticos. Relativamente aos parâmetros físicos, registaram-se valores de temperatura, para os três espaços estudados, entre os 21 e os 24 ºC e valores médios de humidade relativa de cerca de 50 %. Outro parâmetro medido, e de grande importância para garantir o conforto dos ocupantes, foi a velocidade do ar nos postos de trabalho. De acordo com o RSECE este valor não deve ser superior a 0,2 m/s, o que se verificou em todos os pontos medidos. O último parâmetro físico medido foi a concentração de partículas (PM10) tendo-se obtido valores de cerca de 23 μg/m3ar, valor bastante inferior ao máximo permitido pelo RSECE (150 μg/m3ar). Também no que diz respeito aos parâmetros químicos, ou seja, CO2, CO, formaldeído e ozono, não se verificaram valores superiores aos regulamentares. No caso do CO2, o valor máximo encontrado, nestes três espaços, foi de 745 ppm na Mezaninne das Oficinas e para o CO, na zona AVAC com uma concentração de 0,73 ppm. A medição do formaldeído registou valores perto dos 45 μg/m3ar e o ozono apenas foi detectado, em concentração muito reduzida, na zona Comercial – Produtos. Por fim, as concentrações de bactérias e fungos, de acordo com o RSECE, não devem ultrapassar as 500 UFC/m3ar (parâmetros microbiológicos). Em qualquer dos espaços, os valores medidos foram inferiores ao máximo legal, não ultrapassando as 50 UFC/m3ar. Da avaliação do projecto AVAC, e através da medição dos caudais de insuflação/ extracção em cada zona, concluiu-se que os seus valores não estão de acordo com os valores do projecto inicial que poderá ser imputada a uma insuficiência no funcionamento do sistema detectada na altura das medições. No que diz respeito ao estado de limpeza do sistema AVAC, apenas foi possível inspeccionar as unidades de tratamento de ar, tendo-se constatado que se encontram em boas condições. Ou seja, do ponto de vista do RSECE, e referindo-nos apenas à vertente da Qualidade do Ar Interior, o edifício em causa, cumpre todos os limites impostos para as concentrações de poluentes mas, apresenta algumas deficiências no que respeita aos caudais de ar novo insuflados em cada espaço.
- Capacidade antioxidante de cervejas comerciaisPublication . Tafulo, Paula A. R.; Sales, M. Goreti F.O estudo da capacidade antioxidante (CA) de cervejas consistiu na determinação e avaliação da CA de cervejas comerciais, disponíveis no mercado nacional. A CA indica o grau de protecção conferido ao organismo relativamente a danos oxidativos radicalares envolvidos em processos degenerativos. A CA foi determinada pelos métodos (i) Total radical trapping antioxidant parameter (TRAP); (ii) Trolox equivalent antioxidant capacity (TEAC); (iii) Trolox equivalent antioxidant capacity (DPPH); (iv) Ferric ion reducing antioxidant parameter (FRAP); (v) Cupric reducing antioxidant capacity (CUPRAC); (vi) Oxygen radical absorbance capacity (ORAC). Estes métodos são ópticos e baseiam-se na inibição de radicais livres em solução. Os valores de CA foram calculados relativamente aos compostos ácido ascórbico (AA), ácido gálico (AG) e o trolox (TR). No sentido de esclarecer o efeito de alguns factores na CA das várias amostras de cerveja procedeu-se à análise estatística dos resultados com base no teste ANOVA (analysis of variance). Os factores considerados neste estudo foram: método de análise, composto padrão, marca comercial, tipo, origem, corantes, aromas, antioxidantes, edulcorantes, teor de álcool, cor, sumo e outros aditivos. O teste ANOVA sugeriu a existência de diferenças estatisticamente significativas entre as marcas nos métodos FRAP (para o padrão AG) e no método ORAC. Relativamente ao teor de álcool, somente o método ORAC, para os padrões AG e TR, sugeriu existirem dois subgrupos diferentes. Todos os métodos indicaram diferenças estatisticamente significativas entre os vários grupos de cores da cerveja. No estudo relativo ao efeito do método verificou-se que, para todos os padrões, o método ORAC apresentou diferenças estatisticamente significativas dos restantes, tendo valores de CA muito superiores aos dos restantes métodos usados. No efeito dos padrões concluiu-se que, para todos os métodos, existiam diferenças estatisticamente significativas entre os vários padrões. No método TRAP e CUPRAC todos os padrões se comportaram de forma distinta, nos métodos TEAC e FRAP o padrão AG apresentou CA inferiores aos restantes, pertencendo a um subgrupo diferente. O método DPPH sugeriu que o AG produzia valores de CA superiores aos dos demais padrões. O método ORAC registou um comportamento semelhante, mas para o padrão TR.
- Capacidade antioxidante de bebidas comerciaisPublication . Queirós, Raquel Barbosa; Sales, M. Goreti F.O presente trabalho pretende avaliar a capacidade antioxidante (CA) de bebidas comerciais. O valor de CA poderá fornecer informações quanto ao grau de protecção conferido ao organismo relativamente a processos de dano oxidativo celular, visto que a CA traduz o potencial de inibição de processos de oxidação. Foram analisadas 50 amostras das quais 6 eram referentes a vinhos, 18 eram de bebidas refrigerantes, 14 eram águas naturais e aromatizadas e 12 eram referentes a cervejas. A determinação da CA foi realizada por três métodos ópticos, Total Radical trapping Antioxidant Parameter (TRAP), Trolox Equivalent Antioxidant Capacity (TEAC) e Ferric ion Reducing Antioxidant Parameter (FRAP). O método TRAP é um método cuja determinação analítica envolve reacções de transferência de átomos de hidrogénio, enquanto que o TEAC e o FRAP envolvem reacções de transferência de electrões. Os resultados foram calculados em função de três antioxidantes (AOs) de referência, Ácido Ascórbico (AA), Ácido Gálico (AG) e o Trolox. Os resultados foram avaliados relativamente aos constituintes das amostras, como por exemplo, a presença de gás, de aromas, de conservantes, de corantes, de AOs, de vitaminas e outros aditivos, relativamente ao método e padrão utilizados na determinação da CA, e relativamente à marca e ao tipo de bebida. Os estudos baseados no teste Anova sugerem que de uma forma geral, os métodos e os padrões podem produzir diferenças estatisticamente significativas. Para as bebidas refrigerantes os factores que se revelam importantes são o aroma, o regulador de acidez, o teor de sumo e a cor. Para as águas os factores que mais influenciam os valores de CA foram os aromas e os AOs. Para as cervejas foi o tipo de cerveja. E para o vinho nenhum dos factores analisado é determinante na avaliação da CA.
- Valorização energética do biogás de um aterro de resíduos sólidos urbanosPublication . Marques, Helder Filipe Correia; Caetano, Nídia de SáActualmente, a sociedade depara-se com um enorme desafio: a gestão dos resíduos sólidos urbanos. A sua produção tem vindo a aumentar devido à intensificação das actividades humanas nas últimas décadas. A criação de um sistema de gestão dos resíduos é fundamental para definir prioridades nas acções e metas para que haja uma prevenção na produção de resíduos. Os resíduos sólidos urbanos quando dispostos de forma inadequada podem provocar graves impactos ambientais, tendo sido neste trabalho demonstrado que através de uma gestão eficiente destes é possível aproveitar o potencial energético do biogás e consequentemente diminuir o consumo de combustíveis fósseis reduzindo o impacto ambiental. Os aterros sanitários devem funcionar como a ultima etapa do sistema de tratamento dos resíduos sólidos urbanos e são uma alternativa a ter em conta se forem tomadas todas as medidas necessárias. Estima-se que os aterros sejam responsáveis pela produção de 6-20% do metano existente e que contribuam com 3-4% da produção anual de gases efeito de estufa provenientes de actividades antropogénicas1. É, portanto, fundamental proceder a uma impermeabilização do solo e à criação de condições para recolha do biogás produzido durante a decomposição dos resíduos. Foi estimada a produção de biogás, de acordo com o modelo “LandGEM”, no entanto comparando esta produção com a produção medida pelo explorador, constatou-se uma diferença significativa que pode ser justificada pelo: modo de funcionamento do aterro (longos períodos de paragem); desvio dos resíduos rapidamente biodegradáveis para valorização; a existência de uma percentagem superior ao normal de oxigénio no biogás; a utilização de escórias e cinzas, e a correspondente redução da humidade devido ao compactamento exercido sobre os resíduos durante a sua deposição. Visto tratar-se de um estudo de viabilidade económica da valorização do biogás, foram propostos três cenários para a valorização do biogás. O 1º cenário contempla a instalação de um sistema gerador de energia para comercialização junto da Rede Eléctrica Nacional. O 2º Cenário contempla a instalação de um sistema alternativo de alimentação à caldeira da central de valorização energética de forma a substituir o combustível utilizado actualmente. E o 3º Cenário vem de encontro com os resultados observados actualmente onde se verifica uma reduzida produção/recolha de biogás no aterro. Assim é proposto um sistema gerador de energia que garanta o auto-consumo da exploração do aterro (26 MWh/ano). Qualquer um dos cenários apresenta uma VAL negativa o que leva a concluir que não são viáveis. No entanto, através da análise de sensibilidade, verificamos que estes são claramente afectados por factores como o benefício e o investimento anual, concluindo-se que com alterações nos factores de cálculo, como por exemplo, um aumento no consumo de combustível auxiliar da caldeira (2º cenário), ou com um aumento da factura eléctrica (3º cenário), ou com o aumento do tempo de retorno do investimento inicial(1º cenário), os projectos podem-se tornar viáveis. Por fim importa referir que independentemente da valorização é fundamental continuar a eliminar a máxima quantidade de metano produzida para tentar diminuir o impacto que este tem sobre o ambiente.
- Estudo da reciclagem do banho de caleiro de pele caprinaPublication . Sampaio, António Manuel Pinheiro; Ribeiro, António Alfredo Crispim; Caetano, Nídia de SáNos dias que correm cada vez mais o ambiente é um factor preocupante, levando assim a que se procurem medidas e/ou alternativas mais limpas nos processos industriais. Sendo do conhecimento global que a industria dos curtumes é uma industria fortemente poluidora, consumindo elevadas quantidades de água e ao mesmo tempo produzindo elevados caudais de efluentes líquidos alcalinos ricos em sulfuretos, procurou-se minimizar o consumo de água e de reagentes recorrendo à reciclagem do banho de caleiro pelos processos de ultrafiltração e centrifugação. Na reciclagem usando o processo de ultrafiltração foi estudada a reciclagem com e sem destruição do pêlo e também se procedeu á optimização da imunização do pêlo de cabra por forma a que este não sofra destruição aquando do banho de caleiro, conseguindo obter o pêlo quase intacto, para posterior valorização: fertilizante orgânico, produção de hidrolisado de queratina, etc. Na reciclagem do banho de caleiro com destruição do pêlo utilizou-se a centrifugação e a ultrafiltração como processos de purificação do banho de caleiro, enquanto que na reciclagem do banho em que não se destruía o pêlo, o processo de purificação do banho era a ultrafiltração. Concluiu-se com este estudo que no processo em que não se destruía o pêlo e se rejeitava a água de imunização e se fazia a purificação do banho por ultrafiltração, os valores de carga orgânica eram os mais baixos sendo o seu valor de aproximadamente 6 g O2/L e economizava-se 16 m3 de água por cada banho de caleiro efectuado, enquanto que no processo em que se destruía o pêlo e a purificação do banho era feita por centrifugação, o valor de CQO era de aproximadamente 30 g O2/L, conseguindo economizar-se também cerca de 16 m3 de água por cada banho de caleiro efectuado. Relativamente á análise económica comparou-se os processos de reciclagem do banho de caleiro por centrifugação e ultrafiltração com o processo clássico e observou-se que tanto na reciclagem por centrifugação como na reciclagem por ultrafiltração são viáveis as opções. É de notar que na reciclagem por centrifugação o payback é inferior uma vez que é feito ao fim de 3 anos enquanto que no processo por ultrafiltração é feito ao fim de 4 anos. O VAL na reciclagem por ultrafiltração é de 168054 € e na reciclagem por centrifugação é de 193473 €. A nível económico podemos concluir assim que será mais vantajoso optar pela reciclagem do banho por centrifugação.
- Estudo do tratamento de águas contaminadas com tricloroetileno, usando ferro zerovalentePublication . Pereira, Bruno José Rocha; Delerue-Matos, Cristina Maria Fernandes; Silva, AuroraA tecnologia de barreiras reactivas é uma alternativa possível de ser implementada para tratamento de águas contaminadas com compostos organoclorados, nomeadamente o tricloroetileno (TCE). O recurso a ferro zerovalente (Fe0) como meio reactivo tem na actualidade inúmeras aplicações, tratando-se de uma reacção de desalogenação por mecanismo de oxidação-redução. Neste trabalho fizeram-se estudos em batch da reacção entre o Fe0 e o TCE de forma a conhecer os parâmetros cinéticos. A natureza e a área da superfície do ferro provaram ser determinantes na velocidade da reacção. Foi possível verificar que para o sistema ferro comercial / TCE a ordem da reacção é inferior a um, e a constante cinética da ordem de 10-2 Lm-2h-1. Para simular uma barreira reactiva, projectaram-se e construíram-se colunas, as quais foram cheias com areia e ferro depois de devidamente misturados, uma vez que se tratou da disposição a que corresponderam melhores eficiências de redução do TCE. Não foi possível estabelecer o mecanismo da reacção, nem conhecer os parâmetros cinéticos, pelas dificuldades experimentais encontradas na análise do TCE e pelo facto de se tratar de uma reacção muito lenta. A cromatografia gasosa com detector de ionização de chama provou ser o método mais apropriado para doseamento do TCE em águas contaminadas, nas condições usadas neste estudo. A elevada volatilização do TCE e a baixa solubilidade em água contribuíram para as dificuldades operacionais encontradas.
- Estudo da obtenção de gelatina a partir de raspa Wet-Blue da indústria de curtumesPublication . Moreira, Silvana; Ribeiro, António Alfredo Crispim; Pinto, GilbertoA indústria dos curtumes é uma das mais antigas e tradicionais, mas também bastante problemática. De facto, as quantidades de resíduos gerados são tão grandes e os seus constituintes tão diversos que se tornou necessário encontrar técnicas de tratamento que permitam reduzir drasticamente o volume de resíduos Este trabalho teve como objectivo o desenvolvimento de metodologias de recuperação da gelatina a partir de raspa Wet-Blue, com vista à sua valorização. Assim sendo, realizou-se a extracção da gelatina dos resíduos de couro por via química, através de um processo de Hidrólise Alcalina. Estudou-se a influência de alguns dos principais parâmetros sobre a eficiência do processo de extracção da gelatina, tais como: a concentração do material utilizado na Hidrólise Alcalina, o tempo de extracção e ainda a temperatura à qual a Hidrólise é realizada. Mostrou-se que as condições ideais para a hidrólise são uma temperatura de 80ºC, um tempo de contacto de 2 horas e a utilização de uma quantidade de Óxido de Magnésio correspondente a 12% da massa da raspa tripa a tratar, e obteve-se como resultado uma fase orgânica com baixa concentração de crómio e uma lama rica no mesmo elemento. Estudou-se o efeito da adição de duas enzimas sobre o processo de extracção. Os produtos desenvolvidos foram testados à escala semi-piloto com resultados positivos. Obtiveram-se rendimentos de primeira extracção de gelatina da ordem dos 63,5%, com utilização de 1% da enzima Oropon WB, e 25,18% na segunda extracção. A digestão final da raspa wet-blue é possível, com NaOH e Ca(OH)2, obtendo-se dois produtos com potencial na indústria de curtumes: um bolo de crómio e um hidrolisado proteico. A gelatina obtida, após redução da salinidade por permuta iónica, e concentração, tem potencial para ser utilizada como produto em várias indústrias.
- Estudo da estabilidade térmica da pelePublication . Silva, Mónica Rosas da; Domingues, Valentina Maria Fernandes; Ribeiro, António Alfredo CrispimAs preocupações ambientais associadas à indústria dos curtumes centram-se no curtume com crómio, uma das etapas mais poluentes de todo o processo. Actualmente, 80 a 90% das peles, em todo o mundo, são curtidas com crómio (wet blue), é do interesse de todos a busca por um processo isento de crómio, de forma a obter um couro mais ecológico, o wet white. A pele é formada por uma rede complexa de fibras de colagénio que são estabilizadas através da formação de cross-links inter e intramoleculares, que lhe confere as propriedades físicas. Quando aquecidas em água essas fibras encolhem, devido ao processo de desnaturação, a temperatura à qual ocorre é designada por temperatura de encolhimento (Ts). O curtume vai criar ligações que conferem maior estabilidade às fibras elevando a sua Ts. Uma das vantagens do crómio como agente de curtume é a elevada estabilidade hidrotérmica que confere ao couro, obtendo Ts superior a 100ºC. Foram desenvolvidos processos com diferentes agentes de curtume, de forma a encontrar alternativas ao crómio. Efectuaram-se ensaios de curtume mineral, com crómio, zircónio e silicatos; curtume vegetal, com extracto de mimosa, quebracho e genipina; curtume sintético, com tanino sintético, resina acrílica e gluteraldeído; e finalmente curtumes mistos, combinando processos dos curtumes anteriores. Foi avaliada a estabilidade hidrotérmica das peles processadas pelos métodos desenvolvidos pela determinação das Ts (norma ISO 3380 e banho termostatizado). Usou-se a calorimetria diferencial de varrimento (DSC), de forma a determinar a variação de entalpia associada à desnaturação do colagénio. Para um estudo mais detalhado foi realizada a análise dos espectros FTIR-ATR permitindo identificar alterações na estrutura da pele, quer na sequência do processo de curtume, quer após o encolhimento da pele. Os resultados obtidos que permitem propor processos alternativos ao crómio, com elevadas Ts e menos poluentes, um dos quais já com implementação na indústria.