Browsing by Author "Castro, Cristina"
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- Cum festinationePublication . Castro, CristinaPartindo da ideia de que, qualquer vislumbre de uma montanha real não aparece sem a nossa presença, e, assim sendo formando uma mistura de pedra e de carne, pensamos na hipótese de um imaginário impregnado nela, ou seja, em nós. Nesta acepção, localizar a montanha não implica a utilização de instrumentos de mediação, porque este é um território corpóreo, que se escapa a cada movimento.
- Lugar de repetiçãoPublication . Castro, CristinaEste texto, inaugurando com uma frase de Agustina Bessa‑Luís, propõe uma reflexão acerca da primazia da vivência dos lugares, corpo a corpo, ponto de partida desta praxis artística, e, de igual modo, se indica que para fruir as obras que daí resultam, também se torna indispensável a presença corpórea, ao invés dos seus índices ou de tudo o que aqui se possa narrar acerca delas. Acentua‑se, assim, que é insubstituível o estado de mensuração corpórea e a partilha do mesmo “ar” de modo a aceder ao sobressalto e à inquietude reais que a pintura, embora sendo bidimensional, pode mostrar de profundidade. Do desenho e da pintura falar‑se‑á apenas o indispensável, e de viés, na medida em que o encontro com as obras permita, finalmente, uma cumulação minuciosa de todos os aspectos que permanecerão ainda mais indizíveis, sublimando‑se em agregação indistinguível do destinatário e da obra.
- Sarilhos e desejoPublication . Castro, CristinaO excerto do filme Simple Men, de Hal Hartley, 1992, põe a descoberto a essência dos entes que se propõem experimentar e reflectir acerca do realmente vivido. Aquilo que de sobrevoo aparenta aventura e romance, formatos demasiado estabilizados e sem lugar a contaminações contraditórias, é substituído por Hartley em jeito de ensinamento, como lugar esbatido e permeável a entradas e saídas, pairando de portas escancaradas num ensaio ininterrupto1 , concebendo assim uma rota volátil, em estado de efervescência contínua.
- Ver o que se move, justamente porque se escapa do lugarPublication . Castro, Cristina; Ferreira, MiguelPartindo de um excerto de L'Oeil et L'Esprit, de Merleau-Ponty, os estudantes da Licenciatura em Tecnologia da Comunicação Audiovisual, da Escola Superior de Media Artes e Design do Instituto Politécnico do Porto, conceberam projectos autorais, incidindo na ideia de identidade de um lugar pelo vestígio. Descreve-se a metodologiapara a criação destes projectos, incidindo, de modo particular, na obra O ar barómetro do fluxo. A experiência de uma práxis do desenho, que surge do movimento de um lugar, evidencia a sua faceta invisível, pela ingerência mútua, entre corpo e espaço, numa filiação indefinida. É nesta ambiguidade que se procura a sua materialidade, pela percepção háptica, que se faz derme.
- A vida é ouvidoCastro, CristinaO corpo de trabalho intitulado A vida é ouvido, partiu da expressão tomada de empréstimo de um ensaio de Álvaro Lapa1, pela sua capacidade de mostrar serenidade e tumulto a um só tempo. A ela acrescenta-se uma certa estranheza, que vem do prisma analítico eleito, sobre a possibilidade tornada visível e materializada, do que pode ser a essência do mundo. Este conjunto de desenhos e pinturas procura que ao ser observado se desencadeie um movimento semelhante ao da sua criação, isto é, que se olhe um desenho de muito perto, que se afaste o corpo para se ver ao longe, que se passe a olhar uma outra obra, e talvez se volte a olhar para as anteriores, e depois disso para a última, para melhor perceber semelhanças e dissonâncias em cada uma delas, e, em simultâneo conflrmar uma pertença de todos a um mesmo corpo, a um lugar que é animado pela presença do observador, numa deriva sempre pessoal.
