ESMAE - DM - Artes e Tecnologias do Som
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESMAE - DM - Artes e Tecnologias do Som by advisor "Costa, Gustavo Miguel Beça Rodrigues da"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Escutar sobre a paisagem: instalações sonoras em (re)configuração do lugarPublication . Quintais, Tomás Xavier; Conceição, Marco Paulo Barbosa; Costa, Gustavo Miguel Beça Rodrigues daCom o presente projeto de mestrado procura-se fomentar a exploração e a (re)apreciação dos sons da cidade de Coimbra segundo uma prática de escuta ativa e diferenciada, que assenta numa perspetiva de articulação entre a recolha de gravações de campo in situ, a partir de uma série de caminhadas sonoras efetuadas ao longo da cidade, e a produção de três instalações artísticas inspiradas no trabalho do ecologista norte-americano Bernie Krause. Imersos no contexto de uma nova era geológica, a que atualmente designamos por Antropoceno (Krause, 2021, p. 81), a referida proposta tem por base ideias e reflexões tão fundamentais como a composição acústica dos ecossistemas, as interações sónicas que se estabelecem com os vários intervenientes acustemológicos ou a forma como as diferentes comunidades se expressam com os lugares da cidade. Estes temas serão introduzidos por uma primeira parte teórica, ancorada nas abordagens artísticas e científicas de vários autores, com particular destaque para a área disciplinar dos estudos do som. A componente prática do projeto, por sua vez, pretende traçar novas correspondências auditivas com os sons de Coimbra, baseadas numa experiência de escuta dinâmica, no local, mas também através da implementação artística e conceptual de três instalações sonoras no espaço do Convento de São Francisco, na ocasião do evento “Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade. Just Listen!”. Estas obras integram, assim, uma coleção expositiva guiada pelas principais categorias sonoro-paisagísticas descritas por Bernie Krause: a antropofonia, a biofonia e a geofonia (Krause, 2016, pp. 2-8). Por último, a elaboração de um conjunto de estudos empíricos sobre a temática da paisagem, visa responder de que forma a (re)configuração do lugar, diretamente das ruas para um espaço museológico descaracterizado, permite ou não elaborar uma representação paisagística em função dos modelos propostos por Krause e demais seguidores. Enquanto exercício artístico, este é também um exercício metodológico, que alimenta a reflexão em torno das classificações contemporâneas de paisagem.
- Exercícios sonoros sobre a emancipação do som mediados pela tecnologia do século XX/XXIPublication . Churro, João Afonso de Matos Alves Pinto; Pereira, Bruno Alexandre Bernardino; Costa, Gustavo Miguel Beça Rodrigues daNeste trabalho foram realizados três exercícios sonoros, os quais foram intitulados de: O Vazio, Desconhecido e Ventoinha 2.0. Para a execução dos mesmos foi importante o pensar sobre o que é emancipação sonora, assim como a sua relação com a tecnologia do século XX e XXI. Para tal, alguns pensamentos importantes foram correlacionados para pensar a música e o som. Autores como Walter Benjamin ou compositores como John Cage, Stockhausen ou Pierre Schaeffer foram, assim, fundamentais para o meu pensamento sobre emancipação sonora que ocorre numa linha contínua com todos os seus antecessores: desde o Krautrock à música minimalista, desde a música industrial até à música ambiente. O projeto foi, então, o fruto deste pensamento – o que pode ser a emancipação sonora – e a importância da tecnologia do século XX e XXI para essa mesma emancipação. Considerando, assim, três exercícios diferentes, em que todos tiveram um pensamento sobre a liberdade sonora e o que pode ou não ser considerado válido como música ou som. Assim sendo, o projeto foi executado fora da linha de pensamento do sistema musical temperado, utilizando uma linguagem musical intuitiva. Neste sentido, foram criados mais desafios de forma a perder controlo sobre o som das fontes sonoras. Portanto, todas estas ideais foram pensadas, de forma a criar desafios sonoros que acabaram por ter uma enorme influência nas composições. Ou seja, a ideia foi trabalhar o som fora da abordagem tradicional, mas sem condicionamentos de uma sonoridade específica: o que me desafiou a compor sobre um som em constante trabalho, numa relação com os instrumentos, numa linguagem que não conheça. Deste modo, a tecnologia teve um papel fundamental, permitindo que conseguisse manipular o som, desenhando-o de uma forma personalizada. Então, através da utilização de pedais de efeitos, microfones e até os próprios instrumentos utilizados por mim, como o sintetizador e a guitarra eléctrica, a tecnologia faz parte das composições tanto quanto eu.
- Processos de repetição e temporalidade em composições surroundPublication . Borges, Diogo Miguel Parreira Jacinto Pereira; Moreira, Daniel Filipe Pinto; Costa, Gustavo Miguel Beça Rodrigues daNeste projecto, desenvolvi duas peças sonoras baseadas no uso da repetição: uma centrada na utilização de um drone de guitarra e ondas sinusoidais puras, e outra na utilização de notas arpejadas num sintetizador polifónico. A dissertação divide-se em duas partes fundamentais: contextualização teórica e descrição das peças. A contextualização teórica aborda três temáticas essenciais: temporalidade, repetição e espaço, levantando questões e apresentando conceitos que se adequam ao projecto, a partir de autores fundamentais que os têm abordado, como por exemplo Jonathan Kramer, Taylor, Margulis e até Steve Reich. Na questão da temporalidade, o foco incide no pensamento de Jonathan Kramer sobre a linearidade e a não-linearidade, com destaque para o conceito de tempo vertical e as ideias de estase e presente eterno que lhe estão subjacentes. Quanto à repetição, o foco principal será centrado em Elizabeth Margulis. A autora trabalhou aprofundadamente esta questão, apresentando resultados com estudos de caso e retirando algumas conclusões que ajudam a reflectir sobre a questão da repetição na música e no som. Uma vez que, o projecto se foca num espaço delimitado por 16 altifalantes, pretendo dar foco à localização de sons neste espaço. É feita uma descrição do espaço e do material envolvido que permitiu criar as composições e contexto surround. A monografia será finalizada com a descrição das composições e os vários testes que foram necessários para compreender alguns fundamentos teóricos estudados. A primeira composição foi fortemente influenciada, na forma contemplativa de tocar que é demonstrada pela música de Terry Riley, juntamente com as ideias de não-linearidade apresentadas por Kramer. A segunda composição foi inspirada pelo método do phase shifting utilizado por Steve Reich e pelas minhas leituras sobre o conceito de repetição, a partir do livro de Margulis.