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A sequência de fotos no vídeo documental e a receção de tempo e silêncio

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Uma vez que a fotografia tem a capacidade de imobilizar o sujeito fotografado no tempo, é-lhe sistematicamente atribuído o poder de matar e de ressuscitar. Sabendo que a realização do vídeo documental se suporta, frequentemente, na imagem fotografada, ainda que esta não busque o movimento iminente dos sujeitos ou dos objetos, mas a fugacidade do instante prévio, síncrono ou póstumo ao acontecimento, considerámo-la capaz de captar, para além do sucedido, a fugaz imagem especular da alma do sujeito ou do objeto. As mãos e os olhos dos sujeitos são frequentemente produtores de expressões sinérgicas, capazes de falar retoricamente e agarrar o poder de construir o conhecimento do mundo através da legibilidade do silêncio. Neste trabalho, pretendemos sistematizar os objetivos que o cinema, suportado em fotografias com voz pós-síncrona, pode cumprir através da manipulação do silêncio, do ruído coerente e incoerente com a imagem e da voz-off e analisar a gestão da voz pós-síncrona enquanto estratégia retórica disponível para as ‘sound-bridges’ entre as fotografias e a instrução verbal mandatória sobre o processamento visual das imagens fixas. Escolhemos as masseiras, um terreno agrícola escavado abaixo da linha do horizonte, fugitivo do vento e do sal do mar e, nesta perspetiva, propomos a realização de um documentário sobre as masseiras, suportado pela fotografia fixa e pelo som síncrono entre a imagem parada no tempo e a voz e o vento que recuperaram a vida, trazendo através da sequência cinematográfica e do som não a ação, mas o tempo.

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Fotografia Vídeo Som Silêncio Voz

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