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Authors
Abstract(s)
There is an extensive literature on the relationship between internationalization and the capital structure of companies, particularly when it comes to the mode of financing and the weight of debt. The various theories point to several arguments, some arguing that the presence in foreign markets accentuates the need for companies to resort to debt, others pointing in the opposite direction. Added to this is the importance that debt maturity has on the impact that internationalization may have on the capital structure. More recently, the empirical literature has argued that the relationship between internationalization and capital structure may be non-linear.
This study aims to contribute to the literature by empirically analyzing the relationship between export activity and the capital structure of Portuguese firms. In this sense, a panel data model was estimated, based on an unbalanced sample of 6022 firms belonging to the manufacturing industry sector, which includes SMEs and large firms, in the period of 2011-2019. The hypotheses that the relationship between export intensity and capital structure is linear or non-linear and that the nature of the relationship is different when the destination of export activity is a higher or lower risk country were tested.
The results of the estimations suggest that firms with higher export intensity resort more to short-term debt, with this relationship being statistically significant only for SMEs (the vast majority in the sample). The hypothesis of the existence of a non-linear relationship between internationalization and indebtedness was not validated for any of the debt maturities. Firms that export to destinations with lower risk than the domestic market tend to borrow more (confirming the upstream hypothesis), but only in what concerns total indebtedness. The downstream hypothesis, which predicts lower debt for firms exporting to riskier destinations, is validated only for long-term debt, and is not statistically significant for large firms.
Existe uma extensa literatura sobre a relação entre a internacionalização e a estrutura de capital das empresas, particularmente, no que diz respeito ao modo de financiamento e ao peso do endividamento. As diferentes teorias existentes apontam vários argumentos, uns defendendo que a presença em mercados externos acentua a necessidade das empresas recorrerem ao endividamento, outros apontando na direção oposta. A isto acresce a importância que a maturidade da dívida tem no impacto que a internacionalização pode ter sobre a estrutura de capital. Mais recentemente, a literatura empírica vem defender a possibilidade da relação entre a internacionalização e a estrutura de capital ser não linear. Este estudo pretende contribuir para esta literatura, analisando empiricamente a relação entre a atividade exportadora e a estrutura de capital de empresas portuguesas. Nesse sentido, foi estimado um modelo com dados em painel, com base numa amostra não balanceada de 6022 empresas pertencentes ao setor da indústria transformadora, que inclui PME e grandes empresas, no período 2011-2019. Foram testadas as hipóteses de a relação entre a intensidade exportadora e a estrutura de capital ser linear ou não linear e de a natureza da relação ser diferente quando o destino da atividade exportadora é um país de maior ou menor risco. Os resultados das estimações realizadas sugerem que as empresas com maior intensidade exportadora recorrem mais à dívida de curto prazo, sendo esta relação estatisticamente significativa apenas para as PME (em larga maioria na amostra). Já a hipótese da existência de uma relação não linear entre a internacionalização e o endividamento não foi validada para nenhum dos prazos da dívida. As empresas que exportam para destinos com menor risco do que o mercado doméstico tendem a endividar-se mais (confirmando a hipótese upstream), mas apenas no que diz respeito ao endividamento total. A hipótese downstream, que prevê um menor endividamento para empresas que exportam para destinos mais arriscados, é validada apenas para o endividamento de longo prazo, não sendo estatisticamente significativa para as grandes empresas.
Existe uma extensa literatura sobre a relação entre a internacionalização e a estrutura de capital das empresas, particularmente, no que diz respeito ao modo de financiamento e ao peso do endividamento. As diferentes teorias existentes apontam vários argumentos, uns defendendo que a presença em mercados externos acentua a necessidade das empresas recorrerem ao endividamento, outros apontando na direção oposta. A isto acresce a importância que a maturidade da dívida tem no impacto que a internacionalização pode ter sobre a estrutura de capital. Mais recentemente, a literatura empírica vem defender a possibilidade da relação entre a internacionalização e a estrutura de capital ser não linear. Este estudo pretende contribuir para esta literatura, analisando empiricamente a relação entre a atividade exportadora e a estrutura de capital de empresas portuguesas. Nesse sentido, foi estimado um modelo com dados em painel, com base numa amostra não balanceada de 6022 empresas pertencentes ao setor da indústria transformadora, que inclui PME e grandes empresas, no período 2011-2019. Foram testadas as hipóteses de a relação entre a intensidade exportadora e a estrutura de capital ser linear ou não linear e de a natureza da relação ser diferente quando o destino da atividade exportadora é um país de maior ou menor risco. Os resultados das estimações realizadas sugerem que as empresas com maior intensidade exportadora recorrem mais à dívida de curto prazo, sendo esta relação estatisticamente significativa apenas para as PME (em larga maioria na amostra). Já a hipótese da existência de uma relação não linear entre a internacionalização e o endividamento não foi validada para nenhum dos prazos da dívida. As empresas que exportam para destinos com menor risco do que o mercado doméstico tendem a endividar-se mais (confirmando a hipótese upstream), mas apenas no que diz respeito ao endividamento total. A hipótese downstream, que prevê um menor endividamento para empresas que exportam para destinos mais arriscados, é validada apenas para o endividamento de longo prazo, não sendo estatisticamente significativa para as grandes empresas.
Description
Keywords
Dados em Painel Estrutura de Capital Grandes empresas Internacionalização Pequenas e Médias Empresas Portugal Panel Data Capital Structure Large Firms Internationalization Small and Medium-sized Firms