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O contato com espaços azuis está associado a maior bem-estar físico e mental em pessoas idosas. Contudo, não existe evidência sobre a sua relação com a fragilidade. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a proximidade, a frequência e o tipo de contacto com espaços azuis com fragilidade em idosos residentes na comunidade. Para tal foi desenvolvido um estudo transversal com uma amostra recrutada por conveniência, constituída por 189 pessoas com 65 anos de idade ou mais e residentes na comunidade. Estes foram avaliados quanto à sua fragilidade multidimensional com o Tilburg Frailty Indicator e foi aplicado um questionário sobre a exposição a espaços azuis. Verificou-se que um maior tempo de permanência em contacto com espaços azuis (B=-0,172; p=0,037), a prática de atividade física na proximidade desses locais (B=-0,212; p=0,010), e a visita desses locais com animais de estimação (B=-0,197; p=0,019), foram os indicadores que se associaram significativamente a menor fragilidade física. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre a passagem nesses locais em deslocações diárias e menor fragilidade total (B=-0148; p=0,026) e física (B=-0,143; p=0,030). Maior tempo de deslocação até espaços azuis associou-se significativamente (B=0,158; p=0,036) a maior fragilidade social. Quanto à fragilidade psicológica, não se verificaram associações significativas com os indicadores de exposição a espaços azuis. Os resultados deste estudo poderão ser contributos importantes para a reflexão sobre iniciativas destinadas à prevenção de fragilidade e promoção de contacto com espaços azuis, que pode ter impacto positivo para a saúde das populações mais envelhecidas.
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Keywords
Pessoas idosas Espaços azuis Saúde pública Epidemiologia ambiental Fragilidade