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Authors
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Abstract(s)
Este estudo investigou a ‘Orquestra Som da Rua’, criada no Porto,
em 2009, pelo Serviço Educativo da Casa da Música. Com
um forte apoio de músicos profissionais e educadores sociais,
os elementos deste grupo, maioritariamente pessoas sem-abrigo,
assistidas por instituições de solidariedade social, ensaiam
semanalmente e realizam concertos, seguindo uma rotina semelhante
à de tantos outros grupos musicais amadores.
Revisitando as funções sociais (Merriam, 1964) e as funções
psicológicas da música (Hargreaves & North, 1999), o estudo reflecte
sobre os conceitos de democratização cultural, democracia
cultural e música comunitária (Graves, 2005; Higgins, 2002; Teixeira
Lopes, 2009) e investiga os benefícios da prática musical,
como meio de intervenção em contextos sociais desfavorecidos,
junto de pessoas fragilizadas (Hallam, 2010; Rodrigues, 2008).
A metodologia utilizou uma abordagem narrativa, tentando
compreender os objectivos do grupo e o significado da prática
musical na vida dos seus membros. A ‘imersão’ na situação real
dos ensaios e concertos durante um ano através da observação
participante e quase participante, e entrevistas a alguns membros
do grupo permitiram registar actividades e atitudes dos
participantes e acompanhar a sua evolução musical. O repertório
musical e os instrumentos desta ‘orquestra’ foram também
analisados, enquanto elementos relevantes na construção da
identidade musical e social do grupo.
Os resultados estão de acordo com outros estudos, sugerindo que
a prática musical em grupo traz benefícios emocionais, sociais
e cognitivos consideráveis, aumentando competências sociais e
aprendizagens. Em pessoas socialmente excluídas e fragilizadas,
este potencial da música parece ser ainda mais relevante.
Description
Keywords
educação social música comunitária Intervenção social
Citation
Publisher
Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto