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Abstract(s)
O processo de intervenção clínico-terapêutica em contextos de Reabilitação centra-se na definição e implementação de práticas que visam simultaneamente satisfazer as necessidades dos pacientes vítimas de doença de etiologia neurológica entre outras, e as dos profissionais que desempenham funções nos referidos contextos.
Em que medida há de facto uma visão comum assente nos mesmos modelos epistemológicos e transversais às conceções e práticas a todos os profissionais, ou há discrepância de visão e conceptualização? De que forma, nesse caso, isso afeta a tipologia de prestação de serviços? Como é que a mais recente proposta da OMS através da CIF (2001), se integra nas práticas?
Para aceder às diferentes representações dos profissionais implicados relativas a estas questões, optou-se pela elaboração de um estudo exploratório descritivo e não inferencial, com recurso à utilização da Grelha de Repertório, para explorar a construção de significados pessoais, decorrente da Teoria de Constructos Pessoais de George Kelly (1955).
Os resultados mostraram diferentes construções para diferentes profissionais, sendo que para médicos e fisioterapeutas o modelo que melhor enquadra as suas construções é o biomédico. Para enfermeiros de reabilitação e terapeutas ocupacionais é o modelo de reabilitação e para terapeutas da fala é o modelo biopsicossocial.
Verificou-se ainda e apesar das tendências atrás expostas, a existência de construções semelhantes nos diferentes profissionais nomeadamente, na dimensão biológica e centrada nas deficiências, na dimensão centrada no indivíduo relativamente às incapacidades, e ainda associados às consequências sociais das patologias no próprio e nos seus contextos de vida.