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Balada para um carrinho de bebé

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Acontece que o Homem que embala o Carrinho espreita as aflições da contemporaneidade; do ser Homem do seu tempo com todas as dificuldades que isso implica, a começar nas aparências perigosas que parecem conduzi-lo ao abismo. Se o Homem se entrega a uma espera diligente do futuro, procura, assim creio, afirmar no Bebé que vem um campo aberto de possibilidades. Esse compromisso moral não fecha o futuro, abre-o e disso procura dar nota a encenação. O tremor visível, e táctil, do actor como que relembra a tensão dessa disponibilidade para criar e cuidar o que acarreta uma precariedade necessária, uma modéstia comovente. Parece que estamos próximos de um teatro que se entrega sem omissões ao colapso das aparências, ao colapso do próprio teatro. Que sobra dessa exposição frugal de vestígios? O casaco de Próspero a partir de fios eléctricos? A sintonização dos ecos do mundo num rádio de pilhas? A trindade iluminante que parece consagrar uma religiosidade antiga? As mamas da Genoveva? Talvez só reste o rosto do actor no embalo das sombras.

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