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Abstract(s)
No contexto nacional, a referência a uma organização start-up, tem definido, no
plano dos discursos político e mediático, uma amenidade, uma platitude, correlativa da
apologia dos seus méritos como factos consumados, anódinos, salvíficos. Neste quadro,
é reduzida a visibilidade de perspectivas que procurem interrogar este fenómeno, em si
mesmo relevante, para uma putativa recomposição das práticas que enformam a actividade
económica nacional.
Apresentando como suporte empírico um conjunto de observações registadas em diário de
campo constituído no decurso de uma pesquisa longitudinal realizada entre Novembro de
2014 e Novembro 2015, numa das organizações start-up portuguesas que maior crescimento
(e visibilidade) tem conhecido nos últimos três anos, o presente artigo procura explorar a
praxis da gestão de RH (GRH) observável no contexto de uma organização start-up.
Regista-se, em termos empíricos, uma praxis de GRH tributária de uma lógica e uma cultura de
gestão ancorada na experimentação e na descontinuidade, que são apresentadas, em termos
discursivos, como necessidades estratégicas da organização. Num quadro de ação pontuado
pela incerteza, a promoção deliberada de rutura(s), de descontinuidade (nas práticas, nas
equipas, nos objectivos), procura afirmar uma aparência de desenvolvimento distintivo da
organização start-up, o acesso a um estádio de maturidade organizacional qualitativamente
diferenciada.
Trata-se de uma GRH desfuturizada, cujo foco é colocado, no essencial, no presente imediato.
Sugerem-se duas implicações desta orientação normativa: a persistência de um sentido geral
de incerteza, volatilidade e impermanência; a tendência de desfuturização de práticas de
gestão e de experiências individuais de trabalho.
Description
Keywords
Gestão de recursos humanos (GRH) Tempo Start-up Organização temporária Desfuturização
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Instituto Politécnico do Porto, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Edição própria
