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Entre as relações morfossintáticas de género formal no Português Europeu e a expressão linguística da categoria sexo no Inglês

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Abstract(s)

Te linguistic gender and the way to express the sex of living beings are correlated information in several world languages depending on the gender systems and on language families (Corbett 1991; 2013b). We will perform a contrastive morphosyntactic analysis between the European Portuguese (EP) gender category, showing its syntactic obligation, and the biological sex category, linguistically expressed in English. EP is a language where the linguistic gender system is decisive in syntactic agreement, both in the noun phrase and in the sentence. Following previous work, we will assume, according to the theoretical feld of Distributed Morphology, that the linguistic gender trait is distinct from the semantic sex information of the referents (Choupina e.a. 2014) and from the thematic class to which the names belong (cf. male, <cup> male gender / <tribe> female gender) (see Choupina e.a. 2015). All nouns in EP have a gender value (inherent or syntactically assigned), regardless of the formal class to which the noun belongs. Gender should not be studied in infectional morphology, since it is not systematic and regular, contrary to category number. We will discuss the relationship between derivational morphology and syntax with regards to the topic of linguistic gender value attribution. By contrast, English does not have a formal category of linguistic gender, as it is a language that observes the semantic criterion and not the formal one (Corbett 1991). Tus, in English, there is a distinction between nouns designating sexual beings and nouns designating non-sexed beings, whereby the former category still distinguishes human beings from animal beings, usually expressed through personal pronouns / possessive adjectives (he / his, she / her and it / its) or heteronymous radicals (man / woman). In summary, in English what can be considered as natural or semantic genre (Curzan 2003) has nothing to do with the linguistic or formal genre, and does not show morphosyntactic consequences in the agreement of the words in SN or in Phrases as in EP.
Em várias línguas do mundo, género linguístico e expressão do sexo dos seres vivos são informações correlatas, dependendo dos sistemas de género e das famílias em que as línguas se inserem (cf. Corbett 1991; 2013b). Faremos uma análise morfossintática contrastiva da categoria género em Português Europeu (PE), mostrando a sua obrigatoriedade sintática, e da categoria biológica sexo, linguisticamente expressa no Inglês. O PE é uma língua com um sistema de género linguístico decisivo na concordância sintática, quer no sintagma nominal quer na frase. Na senda de trabalhos anteriores, assumiremos que o traço de género é distinto da informação semântica de sexo dos referentes (Choupina e.a. 2014) e da classe temática a que os nomes pertencem (cf. <casa> género feminino / <planeta> género masculino; <copo> género masculino / <tribo> género feminino) (cf. Choupina e.a. 2015), na linha da Morfologia Distribuída. Todos os nomes, no PE, apresentam um valor de género (inerente ou sintaticamente atribuído), independente da classe formal a que o nome pertence. O género não se integra na morfologia fexional, dado que não é sistemático e regular, contrariamente à categoria número. Discutiremos a relação entre morfologia derivacional e sintaxe no que se refere à atribuição do valor de género linguístico. Em contraste, o Inglês não apresenta categoria formal de género linguístico, sendo uma língua que segue o critério semântico e não o formal (cf. Corbett 1991). Assim, no Inglês há uma distinção entre nomes de seres sexuados e nomes de seres não-sexuados, sendo que nos primeiros ainda se distinguem seres humanos de seres animais, normalmente expressa por meio dos pronomes pessoais / adjetivos possessivos (he / his, she / her e it / its) ou radicais heterónimos (man / woman). Em síntese, no Inglês o que pode ser considerado género natural ou semântico (Curzan 2003) nada tem que ver com o género linguístico ou formal, não apresentando consequências morfossintáticas na concordância das palavras nos SN e nas frases como no PE.
Le genre linguistique et l'expression du sexe des êtres vivants sont des informations connexes, dans plusieurs langues du monde selon les systèmes de genre et les familles des langues (Corbett 1991; 2013b). Nous proposons de faire une analyse morphosyntaxique contrastive de la catégorie de genre en portugais européen (PE), montrant son caractère obligatoire dans la syntaxe, et l‘expression anglaise pour la catégorie de sexe biologique. Le PE est une langue avec un système de genre linguistique décisif dans l'accord syntaxique, à la fois dans le syntagme nominal et dans la phrase. Dans nos travaux précédents, nous avons défendu l’idée que le trait linguistique de genre est distinct de l'information de sexe sémantique des référents (Choupina e.a. 2014) et de la classe thématique à laquelle appartiennent les noms (cf. mâle, <coupe> sexe masculin / <tribu> sexe féminin) (voir Choupina e.a. 2015), d’après les théories de la morphologie distribuée. Tous les noms, en PE, possèdent une valeur de genre (assignée de manière inhérente ou syntaxiquement), indépendamment de la classe formelle à laquelle le nom appartient. Le genre n'est pas intégré dans la morphologie fexionnelle, car il n'est pas systématique et régulier, contrairement à la catégorie nombre. Nous discuterons la relation entre la morphologie dérivationnelle et la syntaxe en ce qui concerne l'attribution de la valeur linguistique du genre. En revanche, l'anglais, étant une langue qui suit le critère sémantique et non le critère formel (Corbett 1991), ne présente pas la catégorie formelle du genre linguistique, Ainsi, en anglais il y a une distinction entre les noms des êtres sexués et les noms des êtres non-sexués, étant donné que parmi les premiers la distinction entre les humains et les animaux est généralement exprimée par les pronoms personnels / adjectifs possessifs (il / son/sa, elle / son/sa) ou par des radicaux hétéronymes (homme / femme). En résumé, en anglais, ce qui peut être considéré comme le genre naturel ou sémantique (Curzan 2003) n'a rien à voir avec le sexe ou le genre formel, car il n’y a aucune conséquence morphosyntaxique au niveau de la concordance dans les SN et les phrases, comme il y en a en PE.

Description

Keywords

Gender vs. sex Linguistic or formal genre Natural or semantic genre European Portuguese vs. English Distributed morphology Género vs. sexo Género linguístico ou formal Género natural ou semântico Português Europeu vs. Inglês Morfologia distribuída Genre vs. sexe Genre linguistique ou formel Genre naturel ou sémantique Portugais européen vs. anglais Morphologie distribuée

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Peter Lang

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