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- A planificação como dimensão da ação docente: especificidades na formação de professores de históriaPublication . Duarte, Pedro; Moreira, Ana IsabelPese embora o currículo tenha ultrapassado as dinâmicas circunscritas à seleção, planificação e avaliação (Paraskeva, 2000), diferentes autores (Diogo, 2010; Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008; Pacheco, 2001; Zabalza, 2000) integram, ainda com destaque, o processo de planificação no âmbito das dinâmicas de desenho e desenvolvimento curricular. Porém, os mesmos reconhecem mudanças significativas no modo como esta prática é entendida, valorizando-se, atualmente, processos mais flexíveis, que atribuem menor importância a estruturas e objetivos rígidos e detalhados (Doll Jr., 1989). O ato de planificar é não só importante para a prática pedagógica, em sentido estrito, como é um elemento indispensável ao desenvolvimento docente (Jalongo, Rieg, & Helterbran, 2007; Mutton, Hagger, & Burn, 2011), evidenciando-se, assim, a sua relevância aquando da formação inicial de professores. A este propósito, e subscrevendo Moreira, Duarte & Alves (2019), emerge como pertinente uma reflexão abrangente sobre as atuais dinâmicas de formação de professores de Ciências Sociais.Pela presente comunicação, propomo-nos a analisar exemplos de planificações desenhadas por futuros docentes de história do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, no âmbito da prática educativa supervisionada vivenciada durante a profissionalização.Assim, selecionaram-se, aleatoriamente, três instituições públicas portuguesas de Ensino Superior, que incluem o mestrado profissionalizante para aqueles níveis de ensino na sua oferta formativa, recolhendo-se nos respetivos repositórios abertos seis planificações de aulas de história (duas por cada). O principal objetivo deste trabalho de análise documental será conceptualizar as características das planificações consideradas, quer numa perspetiva subjacente à educação histórica preconizada para a contemporaneidade (Seixas, 2012; Barca, 2015; Lee, 2016; Schmidt & Urban, 2018), quer nas dimensões curriculares mais amplas.Mais do que meros conteúdos substantivos sob a forma de atividades tradicionais de transmissão unidirecional e de um recurso didático único, definidas quase minuto a minuto e para uma avaliação circunscrita ao (com)provar, a planificação de uma aula de história precisa de ser um ‘objeto’ prático e mobilizado, sobretudo, para o desenvolvimento de competências de pensamento histórico várias (Domínguez, 2015), focadas na aprendizagem dos estudantes e não na hiperdefinição das ações docentes, como se de uma exigência burocrática se tratasse (Gimeno Sacristán & Pérez Gómez, 2008).
- Troca por troca: cidadania pela história? – Ensaio bibliográfico sobre as relações entre ciências sociais e educação para a cidadaniaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro; Barca, Isabel; Alves, Luis AlbertoComo Pinar (2015) e Santomé (2017), reconhecemos, neste trabalho, que a história é um elemento inequívoco no âmbito da educação para a cidadania, porém denotando que, a este nível, as restantes áreas curriculares não podem ser menosprezadas. O ensino da história, também associado a outras ciências sociais, assente em determinadas intencionalidades (Prats, 2006) pode, de facto, contribuir para uma educação democrática, responsável e aberta ao diálogo, no sentido de uma real cidadania. Se mais do que memorizarem conteúdos e explicações únicas, os estudantes desenvolverem destrezas próprias do pensamento histórico (Seixas e Morton, 2013), adquirindo consciência cidadã como sujeitos capazes de interpretar criticamente a sociedade onde se integram, fundamentando-se na evidência disponível (Barca, 2015; Alves, 2016; Chapman, 2016). Esse processo, todavia, pressupõe a compreensão de que as dinâmicas de educação para a cidadania não se circunscrevem a uma só área do saber. O processo de formação cidadã tem de ser um esforço coletivo (Biesta, 2011), transdisciplinar e transversal (López, 2015), tendo a disciplina de História um papel fundamental, não exclusivo. Partindo de notícias recentes, em Portugal, que parecem confirmar certa confusão entre educação histórica e educação para a cidadania, pretendemos desenvolver uma reflexão sobre estes dois domínios formativos. Assim, discutiremos abordagens educativas dominantes, dimensões curriculares ocultas, intenções (des)ordenadas inerentes às disciplinas que, várias e com especificidades próprias, poderão afirmar-se como recurso para uma consequente atitude cidadã.
- A planificação na formação inicial de professores: um retrato a partir dos contributos da educação históricaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroComo nos explica Rosales López (2012), o ato de planificar é uma prática específica da ação docente e, como tal, é essencial que os professores em formação desenvolvam competências no âmbito desta temática. Na mesma linha de pensamento, Roldão (2017) advoga a necessidade de se investigarem os processos pelos quais o cur r ículo - na sua dinâmica prescr ita - é, efetivamente, concretizado nos contextos educativos. Partindo destes pressupostos, no presente artigo temos como objetivo analisar as características das planificações desenhadas por futuros professores de História, aquando da prática educativa supervisionada, nomeadamente os contributos decorrentes dos estudos curriculares, bem como aqueles que são mais específicos da educação histórica (Barca, 2009), aí patentes. Para tal, optamos por uma análise documental de nove planificações provenientes de três instituições universitárias portuguesas distintas. Numa aproximação à Grounded Theory foi nosso propósito, também, criar uma planificação-tipo, enquanto retrato das principais tendências notadas. No final, verificamos que a direção tomada pelos futuros docentes pode ler-se a partir de dois eixos distintos: i) uma linha de pensamento curricular influenciada pelas teorias mais tradicionais e burocráticas, privilegiando, quase por inerência, estratégias pedagógicas assentes na ação primordial do professor e fundamentalmente expositiva; ii) a não integração de alguns dos mais relevantes princípios da educação histórica - a saber, a prevalência das destrezas do pensamento histórico, a diversidade de fontes de facto exploradas e uma recorrente relação intertemporal - evidenciando que, ainda na formação inicial, se valorizam mais os conhecimentos substantivos em detrimento dos saberes sobre História (Seixas, 2017).
- Pelos manuais escolares, (um)a história contada: entre o currículo e a Educação HistóricaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroOs estudos curriculares têm evidenciado crescente interesse em investigar os manuais escolares, adotando uma generalizada crítica face a tal recurso educativo, tradicionalmente associada a dinâmicas de reprodução de estereótipos sociais e ao entendimento hegemónico e monocultural do conhecimento ou concertada com uma tendência homogeneizadora aí patente. Assim, este ensaio tem como principal propósito apresentar uma sustentada reflexão sobre o papel do manual escolar na dinâmica pedagogico-didática das aulas (de História) contemporâneas e, simultaneamente, perspetivar linhas estruturais que aquele recurso poderia seguir se concebido como mais um contributo para o desenvolvimento das competências de pensamento histórico dos estudantes.
- Uma flor com História: ensinar o fim da ditadura em Portugal a partir de uma narrativa literáriaPublication . Moreira, Ana Isabel; Sousa, Maria Elisa; Duarte, PedroO ensino da História afirma-se, hoje, como um importante contributo para a formação integral das mais jovens gerações, como facilitador de uma mais consciente compreensão das realidades sociais e culturais contemporâneas, como potenciador de competências várias para a interpretação dos assuntos históricos e, por conseguinte, da participação democrática mais esclarecida. Por sua vez, a educação literária pode, se assim for entendido, proporcionar uma multiperspetivada e humana forma de analisar e compreender os fenómenos sociais, a história comum de todos os dias, os diferentes tempos e lugares. Dessa interação evidente entre áreas do saber diferentes percebe-se a possibilidade de se desenvolverem, com coerência, dinâmicas de articulação curricular. Nesse sentido, a presente investigação resulta de um estudo desenvolvido com crianças portuguesas do 6.º ano de escolaridade, que, em sala de aula, estudaram os conteúdos relacionados com a Revolução democrática do 25 de abril de 1974 a partir de uma obra literária infanto-juvenil – “História de uma Flor”, de Matilde Rosa Araújo. Os dados evidenciam as potencialidades formativas da dinâmica de articulação curricular concretizada, uma vez que as crianças foram capazes de fazer uma leitura individual, com significado, do texto literário selecionado e, através dela, apropriar-se de outros conhecimentos históricos além dos substantivos.
- Troca por troca: cidadania pela história? Ensaio bibliográfico sobre as relações entre ciências sociais e educação para a cidadaniaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro; Alves, Luis Alberto; Barca, IsabelComo Pinar (2015) e Santomé (2017), reconhecemos, neste trabalho, que a história é um elemento inequívoco no âmbito da educação para a cidadania, porém denotando que, a este nível, as restantes áreas curriculares não podem ser menosprezadas. O ensino da história, também associado a outras ciências sociais, assente em determinadas intencionalidades (Prats, 2006) pode, de facto, contribuir para uma educação democrática, responsável e aberta ao diálogo, no sentido de uma real cidadania. Se mais do que memorizarem conteúdos e explicações únicas, os estudantes desenvolverem destrezas próprias do pensamento histórico (Seixas e Morton, 2013), adquirindo consciência cidadã como sujeitos capazes de interpretar criticamente a sociedade onde se integram, fundamentando-se na evidência disponível (Barca, 2015; Alves, 2016; Chapman, 2016). Esse processo, todavia, pressupõe a compreensão de que as dinâmicas de educação para a cidadania não se circunscrevem a uma só área do saber. O processo de formação cidadã tem de ser um esforço coletivo (Biesta, 2011), transdisciplinar e transversal (López, 2015), tendo a disciplina de História um papel fundamental, não exclusivo.
- A planificação na formação inicial de professores: um retrato a partir dos contributos da educação históricaPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroComo nos explica Rosales López (2012), o ato de planificar é uma prática específica da ação docente e, como tal, é essencial que os professores em formação desenvolvam competências no âmbito desta temática. Na mesma linha de pensamento, Roldão (2017) advoga a necessidade de se investigarem os processos pelos quais o cur r ículo - na sua dinâmica prescr ita - é, efetivamente, concretizado nos contextos educativos. Partindo destes pressupostos, no presente artigo temos como objetivo analisar as características das planificações desenhadas por futuros professores de História, aquando da prática educativa supervisionada, nomeadamente os contributos decorrentes dos estudos curriculares, bem como aqueles que são mais específicos da educação histórica (Barca, 2009), aí patentes. Para tal, optamos por uma análise documental de nove planificações provenientes de três instituições universitárias portuguesas distintas. Numa aproximação à Grounded Theory foi nosso propósito, também, criar uma planificação-tipo, enquanto retrato das principais tendências notadas. No final, verificamos que a direção tomada pelos futuros docentes pode ler-se a partir de dois eixos distintos: i) uma linha de pensamento curricular influenciada pelas teorias mais tradicionais e burocráticas, privilegiando, quase por inerência, estratégias pedagógicas assentes na ação primordial do professor e fundamentalmente expositiva; ii) a não integração de alguns dos mais relevantes princípios da educação histórica - a saber, a prevalência das destrezas do pensamento histórico, a diversidade de fontes de facto exploradas e uma recorrente relação intertemporal - evidenciando que, ainda na formação inicial, se valorizam mais os conhecimentos substantivos em detrimento dos saberes sobre História (Seixas, 2017).
- Sensitivities of past and present in the curriculum: history in portuguese basic educationPublication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, PedroThis paper seeks to understand how the national curricular guidelines for the History curriculum component, in the 2nd and 3rd cycles of basic education in Portugal, dialog with sensitive themes. Considering the most recent documents — Metas Curriculares (2012–2021) and Aprendizagens Essenciais (2018–present) — from a comparative perspective, but not exclusively so, an analysis of ‘socially active questions’ included in or excluded from those was made, along with that of the sense of teaching and the underlying history learning. That initial approach has thus enabled a definition of revealing categories and subcategories. It has also created further data interpretation based on the principles arising from Curriculum and History Education research. Among the main results, stands out a certain prevalence of a (individual? collective?) memory emerging from some (intentional? accidental?) oblivion of the past, and which seems to be incapable of encompassing various sensitivities of contemporary times.