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- Training and research in communication skills at the School of Allied Health Technologies of PortoPublication . Dores, Artemisa Rocha; Salgado, Ana; Magalhães, Andreia; Pedroso, João P.; Sousa, Zita; Martins, HelenaCommunication skills, often considered transversal, have recently been regarded, in the health field, as technical competencies crucial to professional practice. Nevertheless, little is known about the effects of training in communication skills to the area of health technologies, and the relation with psychological variables.
- O impacto da síndrome de burnout na autorregulação da aprendizagem dos estudantes da ESS a frequentar modelos pedagógicos distintosPublication . Salgado, Ana Isabel; Oliveira, Alexandra; Magalhães, Andreia; Faias, Joaquim; Pedroso, João PauloOs desafios da sociedade atual obrigam a repensar o Ensino Superior, a questionar a adequação dos seus objetivos e métodos, a redefinir o perfil quer do docente quer do estudante. A literatura tem reforçado a importância do desenvolvimento de competências autorregulatórias que permitam aos estudantes adaptar-se às mais diversas solicitações de um novo ambiente que impõe uma reorganização multidimensional. A autorregulação da aprendizagem tem sido definida como os pensamentos, sentimentos e ações planeados pelo próprio estudante para incrementar a motivação e a aprendizagem. Alguns autores sugerem que em ambientes onde as tarefas são percecionadas como demasiado exigentes ou pouco compensadoras podem constituir-se como importantes stressores, surgindo inclusivamente a síndrome de burnout e interferir negativamente no rendimento académico. O presente trabalho inclui 73 estudantes do 2º ano do Ensino Superior da área da saúde, da Escola Superior de Saúde do Porto, a frequentar os cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Saúde Ambiental e Farmácia, divididos em duas metodologias de ensino diferentes, o modelo tradicional e o modelo Problem-Based Learning (PBL). O objetivo principal consistiu em estudar as competências autorregulatórias destes estudantes bem como as relações destas com outras variáveis. Neste sentido foram utilizados a Escala de Burnout de Maslach para estudantes portugueses, o Inventário de Processos de Autorregulação da Aprendizagem – Universidade do Minho, e um questionário sociodemográfico. Os resultados evidenciam que existem diferenças significativas no que respeita à autorregulação nos dois grupos definidos pelas tipologias de ensino, apresentando-se mais elevada nos estudantes do ensino com metodologia tradicional. As análises revelam que a autorregulação pode ser também explicada pelos 3 domínios da escala de Burnout, sendo que quanto maior o valor das subescalas de exaustão emocional e de eficácia profissional, maiores são os níveis de autorregulação. O inverso acontece com a subescala de descrença. Não foram encontradas evidências estatísticas da relação entre a autorregulação e as variáveis: média geral pretendida, idade, sexo, saída de casa e número de matrículas feitas no Ensino Superior. Para além disso, a medida utilizada para avaliar o sucesso académico pode ser explicada pela dimensão da exaustão emocional, a média geral pretendida, o género, a prática desportiva e a tipologia de ensino. Sendo que, a medida de sucesso académico diminuiu se a dimensão da exaustão emocional aumentar, e aumenta com um incremento da média pretendida. Os rapazes têm menor sucesso académico assim como os estudantes da tipologia tradicional. Este estudo mostra que a síndrome de burnout tem um papel importante na explicação da autorregulação, com implicações diretas no sucesso académico dos estudantes em ambos os modelos educativos. No futuro será importante continuar a recolher dados para melhor compreender estas variáveis ao longo do percurso de formação no sentido de otimizar a capacidade de detetar precocemente dificuldades, definir estratégias promotoras das competências autorregulatórias e refletir sobre as práticas pedagógicas, contribuindo assim para o sucesso académico no sentido mais lato.
- DI-VISÕES e DI-Á-LOGOS pedagógicos a partir de um encontro entre a Terapia Ocupacional e a SociologiaPublication . Faias, Joaquim; Pedroso, João PauloEm 2008, o Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto adoptou o modelo pedagógico de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Esta decisão implicou uma viragem significativa na forma como os docentes e os estudantes, até aí entendiam a relação entre ensino e aprendizagem. Entre inúmeros aspectos que foram alterados nessa relação, logo à partida, mudou a forma como se passou a entender cada unidade curricular do plano de estudos. Neste modelo de aprendizagem, cada unidade curricular é dirigida para um conjunto de competências que só podem ser alcançadas com o contributo de diferentes áreas do conhecimento. Este pressuposto levou-nos a mudar de paradigma: da unidade curricular, compreendida como uma peça do mosaico que é um plano de estudos, contribuindo de forma, muitas vezes descontinua (Stengel, 1997), para passar a ser percebida como uma camada de uma pintura que contribui para definir o perfil de competências que se pretende que o estudante adquira, de forma contínua, até ao final do seu percurso académico (Venville, G.; Wallace, J.; Rennie, L. & Malone, J., 2002). Para ir ao encontro desta mudança paradigmática, procurámos incorporar no desenho curricular o conceito de curriculum integrado em cada unidade curricular. Partimos dos seguintes pressupostos: a) que, no mundo real, o conhecimento não é aplicado em pequenas peças mas de uma forma integrada; b) que o conhecimento tem crescido e se tem modificado exponencialmente; c) que os estudantes necessitam de aprender a aprender e a pensar de forma crítica em vez de serem meros receptáculos de factos; d) que docentes e estudantes precisam de trabalhar de forma colaborativa no processo educativo para assegurar uma aprendizagem mais efectiva (Kysilka, M. 1998; Drake, S. & Burns, R., 2004). Não sendo esta abordagem pedagógica uma novidade, há uma necessidade expressa e constante de validar as práticas que a mesma sugere, exige e impõe. A adopção deste modelo pedagógico confere uma agilidade distinta ao processo de aprendizagem, já que estimula a aquisição integrada de conhecimentos, onde as visões particulares de cada área científica se cruzam e alimentam um di-á-LOGOS que visa a formação de Terapeutas Ocupacionais numa lógica de integração/fusão do conhecimento para construir um corpo de competências assente na interdisciplinaridade e na natureza multifactorial dos fenómenos em estudo. Apesar de todas as unidades curriculares do plano de estudos do Curso de Terapia Ocupacional estarem organizadas de acordo com este modelo, é nosso objectivo partilhar a experiência adquirida de integração curricular entre duas áreas do conhecimento que têm vindo a colaborar há mais de 10 anos neste exercício pedagógico: A área de Terapia Ocupacional, enquanto área core do curso, e a Sociologia. Esta articulação ocorre na primeira unidade curricular do primeiro ano do curso (Introdução à Ciência Ocupacional) e na última unidade curricular do último ano do curso (Redefinição Ocupacional). A Sociologia incita este di-á-LOGOS com elementos e enquadramentos teóricos, suportes conceptuais e uma visão crítica dos fenómenos da sociedade, com particular ênfase ao nível da saúde. Os docentes de Terapia Ocupacional traduzem essas visões dos fenómenos sociais para desenvolver uma compreensão mais abrangente dos modelos profissionais que os estudantes irão utilizar no processo de aprendizagem e mais tarde, já no exercício da profissão. Esta integração curricular também alimenta e procura a promoção do pensamento crítico dos estudantes numa lógica de pedagogia colaborativa. Este processo exige formas muito próprias de planeamento da unidade curricular, adequação e articulação dos conteúdos que são desenvolvidos por vários docentes ao longo do tempo em que a unidade curricular se desenrola. Exige também práticas ao nível da avaliação de resultados que sejam adequados e capazes de aferir em que medida o estudante desenvolveu este di-á-LOGOS entre as diferentes áreas do conhecimento e o utiliza no raciocínio clínico próprio da profissão. Assim, a partir de uma entrevista semi-estruturada, procurámos saber, entre os estudantes do curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional da ESS|P.Porto qual o impacto percebido que esta integração entre áreas do conhecimento tinha nas competências mobilizadas durante os períodos de educação clínica. Considerando a natureza dos conhecimentos específicos de cada uma das áreas envolvidas, os resultados ao nível da utilidade e compreensão percepcionados pelos estudantes são diferentes em cada um dos momentos desta experiência (primeiro e último ano curricular). Os resultados da análise das entrevistas semi-estruturadas realizadas apontam para uma percepção de que só a partir das experiências de contacto com a prática clínica, principalmente no último ano curricular, os estudantes compreendem e usam as competências resultantes desta estratégia pedagógica.