Browsing by Author "Sousa, Joana"
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- Conjugados anticorpo-fármaco: uma nova perspetiva no tratamento oncológicoPublication . Barbosa, Crisália; Silva, Ana; Sousa, JoanaO tratamento oncológico reveste-se de múltiplas condicionantes, entre elas, os efeitos sistémicos e a resposta individual do doente, sendo, portanto, uma área terapêutica em constante investigação para encontrar esquemas terapêuticos que sejam menos lesivos e mais efetivos. No ano 2000, a Food and Drug Administration aprovou o primeiro medicamento conjugado anticorpo-fármaco (CAF). Os CAF pretendem combinar o direcionamento altamente específico de um anticorpo monoclonal e o poder potente de um fármaco ou toxina com atividade antineoplásica, objetivando a eliminação precisa e eficiente de células cancerígenas, melhorando a janela terapêutica. Embora os sucessos iniciais tenham ressaltadoo seu potencial, ainda não são amplamente utilizados nos diversos tipos de cancro. Identificar e caracterizar os CAF disponíveis em contexto nacional e internacional.Métodos:Em outubro de 2022, procedeu-se a uma pesquisa na base de dados Infomed do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.), da Food and Drug Administration, da Agência Europeia de Medicamentos e da Pharmaceuticals and Medical Devices Agency utilizando o sufixo “mab” para medicamentos autorizados. Foram eliminados da pesquisa os medicamentos que não se enquadravam no género CAF e percursores radiofarmacêuticos. Para a contextualização da temática, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos de revisão, revisão sistemática e meta-análises no motor de busca PubMed® com a palavra-chave “antibody-drug conjugate”, dos últimos 5 anos. Em outubro 2022, encontravam-se 13 medicamentos CAF autorizados pelas principais autoridades reguladoras. Em Portugal, foram encontrados 9 CAF com o estado de medicamento autorizado, sendo que 5 tinham indicação para tumores hematológicos e 4 para tumores sólidos. O potencial inovador dos CAF no tratamento oncológico tem encontrado diversas barreiras que condicionam a sua aprovação pelas diferentes autoridades reguladoras do medicamento, nacionais e internacionais. A eficácia destes complexos moleculares está dependente de vários fatores como: tamanho da molécula, eficácia do ligante, dependência do ciclo celular e variabilidade inter-individual, o que se tem traduzido numa grande variabilidade em termos de resultados observados, face ao expectável. Assim, as diferentes políticas de aprovação de medicamentos, em conjunto com o limitado balanço custo-efetividade tem condicionado a aprovação de novos CAF, com variação mundial, remetendo quase sempre a sua utilização para tumores refratários ou recidivantes. Apesar da expectativa inicial para o aumento do arsenal terapêutico em oncologia, existem diversas limitações associadas aos CAF que não se traduzem num valor terapêutico acrescentado, condicionando, por isso, a sua aprovação.
- Estudo da adequabilidade de fracionamento dos comprimidos de amlodipina para obtenção da dose de 2,5 mgPublication . Barbosa, Crisália; Silva, Ana; Sousa, JoanaA dose anti-hipertensora oral de amlodipina recomendada em doentes pediátricos (6 -17 anos) é de 2,5 mg, uma vez por dia, como dose inicial. A obtenção da dose faz-se por fracionamento de comprimidos de 5 mg. Verificar a disponibilidade no mercado farmacêutico português de comprimidos de amlodipina de 5 mg adequados para fracionamento e obtenção da dose pediátrica recomendada (2,5 mg). Em setembro de 2023, procedeu-se a uma pesquisa na base de dados Infomed do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.). Foi criada uma base de dados no Microsoft Office Excel® com a totalidade de referências de amlodipina de 5 mg, com estado de medicamento autorizado e comercializado em Portugal. Foram obtidos e analisados os Resumo das Características do medicamento (RCM) e folhetos informativos (FI) dos medicamentos. A pesquisa revelou a existência de 22 referências de amlodipina de 5 mg com estado autorizado e comercializado em Portugal. Destas, apenas 59,1% (n=13) mencionam no RCM / FI a adequabilidade para fracionamento em 2 partes iguais. Das 9 referências que indicam não ser adequadas para obtenção da dose de 2,5 mg, pelo menos 66,7% (n=6) são ranhuradas. Apesar de vários comprimidos de amlodipina 5 mg apresentarem ranhura de fracionamento, o mesmo não significa que seja possível a obtenção da dose de 2,5 mg. O mercado português oferece uma boa diversidade de laboratórios que permite este ajuste de dose. Consultar a literatura do medicamento permite comprovar a adequabilidade de fracionamento e, portanto, é recomendada a todos os doentes, cuidadores e profissionais que necessitam de obter a dose 2,5 mg de amlodipina. Os clínicos devem ter presente esta informação quando prescrevem para o domicílio, uma vez que condiciona a liberdade de opção do laboratório do medicamento. Por sua vez, os profissionais de farmácia comunitária devem estar atentos a possíveis incoerências na prescrição que invalidem a correta obtenção da dose pediátrica.