Browsing by Author "Ribeiro, Sandra Sofia de Sousa"
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- Influência dos Aspetos Cognitivos no Padrão de Internacionalização entre EmpreendedoresPublication . Ribeiro, Sandra Sofia de Sousa; Silva, Carina; González-Loureiro, MiguelInvestigações recentes enfatizam o impacto que o padrão de internacionalização tem sobre a sobrevivência e o crescimento de pequenas e médias empresas. Entende-se por padrão de internacionalização o caminho que a empresa escolhe aquando a tomada das principais decisões estratégicas, nomeadamente, a combinação do momento da primeira entrada no mercado internacional, o nível de recursos comprometidos, e o modo de entrada. A associação da psicologia humana aos negócios, nomeadamente, em ambiente internacional tem evidenciado um crescente interesse científico. Apesar da muita literatura existente sobre os padrões de internacionalização, o papel do sistema cognitivo como determinante na escolha do padrão de internacionalização não parece ter recebido a adequada atenção, especialmente nos estudos referentes ao international business. A presente investigação pretende colmatar esta lacuna, estabelecendo uma ponte na revisão literária sobre padrões de internacionalização de empresas, “organizational ambidexterity” e sistema cognitivo do manager-empreendedor. Neste sentido, a investigação tem por objetivo verificar se existe influência do sistema cognitivo do manager-empreendedor, na escolha do padrão de internacionalização, analisando o Modelo de Uppsala e as International New Ventures. Esta ideia de influência do sistema cognitivo na literatura dos negócios também é aplicada à orientação de aprendizagem/adaptação da empresa, a “organizational ambidexterity”, visto que trata do modo como a empresa encara o mercado internacional. Ainda no âmbito da “organizational ambidexterity” também pretendemos verificar se existe influência sobre a escolha do padrão de internacionalização, uma vez que o modo como a empresa pretende abordar o mercado internacional também é um tema inerente à “organizational ambidexterity”. Sugerimos ainda que empresas que possuam caraterísticas, objetivos e necessidades específicas possam necessitar de possuir um manager com caraterísticas cognitivas especificas que se adaptem às singularidades de cada empresa. A análise quantitativa que aqui se implementa foi baseada na recolha de indicadores de fonte primária, através de um inquérito direto aos alunos inscritos na unidade curricular de Simulação Empresarial I, da Licenciatura em Ciências Empresarias, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico do Porto. O presente estudo incidiu inicialmente sobre uma amostra de 52 estudantes, que enfrentam relevantes níveis de incerteza sob o projeto empresarial futuro. Contudo a falta de interesse pela internacionalização levou à reaplicação do teste, dado que era expectável que com a experiência adquirida em Simulação Empresarial I, os futuros managers-empreendedores demonstrassem um interesse crescente na internacionalização dos seus negócios/empresas, sendo que obtivemos uma amostra de 31 estudantes. Porém, surgiu o mesmo problema: a falta de interesse na internacionalização. Apontamos como principal explicação a este problema estarmos a lidar com uma amostra com sistema cognitivo de Tipo 2 (racional), que seguem a “exploitation” organizacional. Isto é, estas duas variáveis aliadas levam a que os inquiridos optem pelo seu desenvolvimento no mercado doméstico não tendo em mente apenas o mercado internacional, o qual é considerado racional do ponto de vista da teoria de internacionalização gradual, estando apenas interessados em desenvolver o que a empresa já conquistou. Ainda assim o nosso estudo prosseguiu, possibilitando constatar a existência duma real ligação, verificada através de análises estatísticas, entre o sistema cognitivo com a “organizational ambidexterity”, e uma possível ligação, verificada através de análise de gráficos, entre o sistema cognitivo e a “organizational ambidexterity” na escolha do padrão de internacionalização.